domingo, 28 de fevereiro de 2010

Exposição com histórias contadas em quadros


Esqueletos são simpáticos. Este é o título da exposição do desenhista André Ducci, que está em cartaz no Centro de Criatividade de Curitiba, localizado nas dependências do parque São Lourenço. Trata-se de uma história em quadrinhos, com seis páginas, que tem como personagens três esqueletos.

“A história em quadrinhos foi escrita há cerca de seis meses e colocada no formato de quadros, para que pudesse ser exposta. É uma forma diferente de ler quadrinhos”, conta André, que desenha desde a infância e realizou seu primeiro trabalho profissional no ano de 1997.

Há cerca de dez anos, o desenhista realiza um projeto denominado “Anatomia”, com desenhos que unem corpo humano, design, cores e traços. Foi a partir deste trabalho que surgiu a ideia da realização de uma história em quadrinhos com esqueletos.

“O esqueleto é associado à morte e tido como sinal de perigo. Porém, também é uma figura pop, que gera simpatia. Nos meus desenhos, ele está sempre rindo. Procuro mostrar que o sorriso é a única expressão que uma caveira tem”, afirma o artista.

Serviço

Exposição Esqueletos são simpáticos, de André Ducci. Até dia 4 de abril, no Centro de Criatividade de Curitiba (Rua Mateus Leme, 4700 - Parque São Lourenço). Entrada franca.

FONTE: PARANÁ@ONLINE

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Programa Escola Legal vai promover oficinas e atividades para alunos no contraturno escolar


Cubatão vai implantar a partir de abril, o Escola Legal, programa de educação integral para alunos da rede municipal que será desenvolvido no contraturno escolar, concretizando uma das metas do Plano de Atenção à Educação (PAE) da Secretaria Municipal de Educação (Seduc).
Como o nome sugere, a ideia é criar atividades fora do horário escolar para que os estudantes aproveitem os espaços da escola e das entidades civis para desenvolver atividades diferenciadas e de acordo com a idade e necessidade dos grupos. Entre as atividades estão oficinas culturais de dança, hip hop, grafite, escultura, capoeira e teatro; atividades desportivas como judô, taekwondo, natação, ioga, xadrez e tênis de mesa; noções de educomunicação com a criação de jornal e rádio escolar, mídias alternativas e histórias em quadrinhos; entre outras.
O objetivo do Escola Legal é promover oficinas e atividades pedagógicas no contraturno escolar para crianças e adolescentes da rede municipal, com prioridade de atendimento àqueles que apresentem baixo desempenho, risco de vulnerabilidade social e defasagem escolar.
Inicialmente, cinco escolas de Educação Infantil e outras cinco escolas de Ensino Fundamental serão contempladas com o programa. “Queremos implementar neste ano letivo nossa proposta de educação integral que tem como base o modelo do Ministério da Educação, o Mais Educação” explica Fábio Oliveira Inácio, secretário municipal de Educação.
Segundo Inácio, o programa consiste em cursos e oficinas nas áreas de acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos em educação, cultura e artes, inclusão digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica, educação econômica e cidadania.
As atividades serão voltadas ao desenvolvimento dos alunos, despertando nas crianças e adolescentes o interesse em ampliar seu nível de escolaridade e seus conhecimentos, além de fortalecer a autoestima e a identidade social dos estudantes.
Projetos – O Escola Legal será desenvolvido em parceria com as secretarias municipais de Esportes, Cultura, Meio Ambiente e Saúde e também com entidades privadas sem fins lucrativos, que serão escolhidas por meio de seleção pública, de acordo com o edital 002/2010, publicado dia 13 de fevereiro, no jornal A Tribuna, e disponível no site da Prefeitura www.cubatao.sp.gov.br .

Texto: Cecília Beu – (MTb. 22.332)
20100223-SEDUC-escola legal-CB

FONTE: CUBATÃO

Quadrinhos na rede

Paula Maria Prado

do Agora

Além dos jornais, com suas tirinhas tradicionais, a rede também pode ser uma boa fonte de diversão para quem é fã de histórias em quadrinhos. A produção on-line de cartunistas como Laerte, Angeli e Ziraldo --e de novatos-- vem ganhando cada vez mais fãs. "A internet traz a vantagem de possuir um alcance maior. Esse meio não tem a limitação dos três quadrinhos comuns nos jornais", afirma Joatan Dutra, do blog coletivo "Tiras Nacionais".

Com diferentes formas de humor, os sites podem agradar a todo tipo de público. "Eu gosto de um humor nonsense", afirma Geraldo Neto, do site Irmãos Brain, em que uma mesma história pode ser acompanhada por três pontos de vista diferentes. "Inspiro-me em Laerte, que é mais conceitual e não tem a necessidade de fazer rir", explica Rodrigo Franco, do site Brainstorm #9.

E há sites de HQs que mantêm postagens diárias. "Graças aos 20 mil acessos por dia, agora posso viver só do blog", afirma Carlos Ruas, 24 anos, ilustrador do site Um Sábado Qualquer.

Confira alguns sites

FONTE: AGORA

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

26º Prêmio Ângelo Agostini neste sábado em SP


Neste sábado, 27 de fevereiro, a partir das 13 horas, no Senac Lapa Faustolo, em São Paulo, acontece a entrega do 26º Prêmio Ângelo Agostini, aos melhores do quadrinho nacional do ano de 2009, marcando os 100 anos do falecimento de Ângelo Agostini.

O evento foi criado em 1984, como o Dia do Quadrinho Nacional, para marcar a publicação do primeiro capítulo de "Nhô Quim". E este ano, o prêmio destaca os 100 Anos Sem Ângelo Agostini.

Além da entrega do prêmio, o evento contará com diversas outras atividades que acontecem durante a tarde, fomentando o encontro de grandes artistas, jovens talentos e fãs da arte desenhada.

Para conferir a programação completa, clique aqui.

O Senac Lapa Faustolo fica à Rua Faustolo, 1347, Lapa (próximo ao terminal de ônibus da Lapa). Maiores informações pelo telefone (11) 3475-2200.

FONTE: HQ MANIACS

Nossa! Quadrinhos tá valendo muito dinheiro!!


Outro dia eu achei na internet a revista Illustrada, nº 01, por 1000 reais e quase caí da cadeira. Depois veio a venda da revista nº 01 do Super Homem por 1 milhão, agora o Batman bate o record. Só tendo muito dinheiro mesmo!

Detective Comics #27 é leiloada por mais de um milhão de dólares

Segundo o site Bleeding Cool, uma edição de Detective Comics # 27 foi vendida por 1.075.500 dólares em um leilão realizado pela Heritage Auctions, num lance feito por telefone.

Detective Comics # 27, publicada em 1939 pela Detective Comics, Inc - (hoje DC Comics), foi a revista na qual surgiu o Batman.

A venda desta edição superou o recorde estabelecido há poucos dias no leilão de Actions Comics # 1, que atingiu o valor de um milhão de dólares.

A revista leiloada foi comprada em 1960 por 600 dólares. A expectativa era de que os lances chegassem a 300 mil dólares. O resultado final surpreendeu muita gente.

FONTE: UNIVERSO HQ

Clique aqui e conheça os 10 gibis mais valiosos do mundo!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Inscrições abertas para o 2º Salão Medplan de Humor, no Piauí

Estão abertas as inscrições para o 2º Salão Medplan de Humor, organizado pelo premiado cartunista Jota A, que assina o cartaz do evento. A data limite para o envio de trabalhos é 22 de abril de 2010.

O evento está aberto a todos os artistas gráficos brasileiros, natos ou naturalizados, nas modalidades Charge e Cartum, com o tema Sedentarismo.

Cada artista pode inscrever no máximo de três trabalhos inéditos, no formato 30 x 40 cm, em qualquer técnica. É importante o autor não se esquecer de informar nome completo, endereço, e-mail, telefone, número de identidade, CPF e conta bancária.

A abertura do salão será dia 20 de maio de 2010, com a divulgação dos vencedores.

O artista poderá enviar seus trabalhos pelo site oficial do evento ou para este endereço: 2º Salão Medplan de Humor - Rua Coelho Rodrigues, 1921 - Centro - CEP 64000-080 - Teresina/PI.

O melhor trabalho do salão, entre Charge e Cartum, receberá um prêmio de três mil reais. O segundo lugar ganhará dois mil reais.

Para mais detalhes, consulte o regulamento do salão ou telefone para 0XX-86-9975-2514.

FONTE: UNIVERSO HQ

Wellington Srbek prepara adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis

Wellington Srbek (Estórias Gerais, Fantasmagoriana) divulgou no seu blog, o Mais Quadrinhos, que está produzindo uma adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para os quadrinhos. E até postou algumas páginas do seu roteiro.

Segundo o autor, apesar de o roteiro estar pronto, ainda não há um desenhista "escalado" e nem uma editora para publicar o trabalho.

Vale lembrar que já há outra adaptação desta obra machadiana em andamento, com roteiro de Felipe Greco e arte de Mário Cau (Pieces), também sem editora definida.

Esta não é a única obra de Machado de Assis que Srbek está adaptando para os quadrinhos. Sua versão de Memórias Póstumas de Brás Cubas, com desenhos de J.B. Melado, está em fase de finalização e deve lançado ainda este pelo selo Desiderata, da editora Agir, que pertence ao grupo Ediouro.

No blog de Srbek há várias informações sobre este trabalho e uma das páginas do álbum blogjá finalizada.

FONTE: UNIVERSO HQ

Gibi encoraja imigrantes brasileiros a responderem Censo nos EUA

As Aventuras de Zé Brasil & Tião Mineiro”, uma publicação em português que visa informar os imigrantes sobre a importância da realização do censo a cada 10 anos

Inspirados pelo popular senso de humor e criatividade do povo brasileiro, representantes do Censo 2010 esperam que um pouco de alegria e descontração levem à contagem mais apurada. Em virtude disso, o Boston Regional Census Center lançou recentemente o gibi “2010 Census: As Aventuras de Zé Brasil & Tião Mineiro”, uma publicação em português que visa informar os imigrantes sobre a importância da realização do censo a cada 10 anos.

Ao longo do mês de fevereiro, jornais e revistas comunitários distribuirão o gibi nas regiões de Framingham e Marlborough (MA) e, então, novamente em março. As igrejas que, por ventura, apresentem congregação predominantemente brasileira também distribuirão a publicação de 16 páginas.

Os personagens Zé Brasil e Tião Mineiro são figuras populares entre os leitores dos jornais brasileiros na região de Bay State. Criados pelo cartunista brasileiro Daniel Nocera, radicado em Boston (MA), ambos representam dois imigrantes ilegais que moram em Massachusetts em 2005.

Os desenhos em quadrinhos, publicados semanalmente no Metropolitan Brazilian News e A Notícia na área da Nova Inglaterra, assim como o The Brazilian News em London e o The Brazil News em Toronto, Canadá, retrata de forma bem humorada os desafios enfrentados pela dupla devido à inabilidade de falar inglês e a falta de documentação. Utilizando situações como não saber em que estação descer no trem “T” ou lidar com um senhorio inescrupuloso, Nocera disse que tenta retratar a realidade, mas também fazer os leitores refletirem e rirem.

“Estamos tentando alcançar todos”, disse Alexandra Barker, especialista em mídia do US Census.

“Acredito que muitos brasileiros irão se identificar com meus personagens”, disse ele.

“Há três histórias curtas e três jogos, todos envolvendo mensagens relativas às principais mensagens do Censo: É fácil, importante e confidencial”, disse Nocera, que foi reconhecido como melhor cartunista brasileiro fora do Brasil em 2008 e 2009. No gibi, Zé Brasil e Tião Mineiro recebem a visita de um agente do Censo e todos conversam sobre coisas que podem ser melhoradas, como escolas e hospitais, baseado em uma contagem apurada do Censo.

“Esse gibi é uma ferramenta importante para atingirmos essa parte da população que é difícil de ser contada e representa a maior comunidade estrangeira na região de Boston”, disse Barker.

“Queremos ser culturalmente sensíveis, não tanto burocratas”, disse ela.

Realizado a cada década, determinado pela Constituição dos Estados Unidos, o Censo conta todas as pessoas que vivem no país, independente de seu status migratório. Os números são utilizados para determinar assentos no Congresso, colégios eleitorais, ajuda federal e patrocínios em programas governamentais.

“Senti-me honrado em ser convidado para desenvolver um projeto com a equipe do Censo e ajudá-los a divulgar a mensagem”, disse Nocera.

O Censo começou mês passado na região rural do Alaska e a maioria do país receberá os formulários via correios a partir de 15 de março. O esforço local de alcançar os brasileiros é uma das várias estratégias utilizadas pelo U.S. Census Bureau.

O Governo já gastou US$ 2.5 milhões em propagandas durante o Sunday’s Super Bowl e serão veiculados anúncios na televisão durante a Olimpíada de Inverno e o Daytona 500, além de mensagens através do Facebook, Myspace, Twitter e YouTube.

“Definitivamente, planejo utilizar a mídia social”, disse Baker. “Temos uma conta regional e nacional do Facebook e temos uma conta no Twitter”.

Escolas e universidades também fazem parte do programa de alcance do Census Bureau. “Os estudantes universitários são difíceis de serem contados”, disse Baker.

Na região da Nova Inglaterra, os parceiros brasileiros do Censo 2010 incluem A Notícia, A Semana, Apostolado Brasileiro, Assistência Total Brasileira, Brazilian Times, Central do Trabalhador Imigrante Brasileiro, Comunidade News, Grupo Mulher Brasileira, Jornal dos Sports, Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers, Massa! Magazine, O Favorito.com, O Metropolitan, Rede de Pastores Brasileiros, The Brazilian Magazine e Tribuna CT.

Informações mais detalhadas sobre o Censo 2010 podem ser obtidas na página eletrônica: www.census.gov

FONTE: BRAZILIAN VOICE

Curso de Quadrinhos na Gibiteca de Curitiba

A Gibiteca de Curitiba (Solar do Barão - Rua Carlos Cavalcanti, 533 - Centro), uma das unidades da Prefeitura Municipal, está com inscrições abertas para os cursos de História em Quadrinhos - HQ, além dos cursos de Mangá e língua japonesa .

As aulas têm início em março e os alunos contam com opções de turmas em dias e horários diferenciados. Qualquer um dos cursos tem custo mensal de R$ 40 e o pagamento da primeira mensalidade deve ser feito no ato da matrícula. Informações : (41) 3321-3250.

FONTE: BEM PARANÁ

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Oni lança série de graphic novels brasileiras

Os autores brasileiros Mateus Santolouco, Eduardo Medeiros e Rafael Albuquerque revelaram em seu blog Mondo Urbano que a editora independente norte-americana Oni Press lançará uma série de graphic novels reunindo seus trabalhos independentes.

O primeiro volume de Mondo Urbano reunirá quatro histórias feitas pelo trio: Powertrio, Overdose, Cabaret e Encore, além de uma HQ inédita chamada Bonus Track. Todas elas contam histórias com temática de Sexo, Drogas e Rock ´n Roll.

O encadernado sai lá fora em maio, com 128 páginas em preto e branco. O preço final é US$ 11.99. Nenhuma editora brasileira chegou a publicar este material em forma de graphic novel.

Veja mais sobre Mondo Urbano

FONTE: HQ MANIACS

Turma da Mônica vai ensinar crianças a lidar com dinheiro


Gibi de 20 páginas terá 200 mil cópias e distribuição gratuita
Helenice Laguardia

A Turma da Mônica, eternizada pelo escritor Maurício de Sousa, tem um novo desafio pela frente: o da educação financeira para as crianças e toda a família. A história da "Turma da Mônica em Superendividados" começa com a Mônica que vai comprar alguns cartões e se encontra com a amiga Magali ajudando o pai a fazer compras num supermercado.

O carrinho de compras está cheio de supérfluos que a Magali colocou. O pai leva um susto, mas aceita pagar, ou pelo menos tenta. Tenta com um cartão, com outro, com cheque e nada. O restante da história você vai saber quando a próxima Revista da Turma da Mônica for lançada no dia 13 de março, em São Paulo. A gente adianta para você a capa da edição (veja ilustrações ao lado).

Serão 20 páginas com as peripécias da Mônica e da turma em 200 mil exemplares divididos em duas edições. A distribuição será gratuita. Quem quiser saber como conseguir um exemplar também pode acessar o site www.sosconsumidorsp.com.

A criadora do projeto que o escritor Maurício de Sousa adotou é a presidente do Movimento SOS Consumidor, Marli Aparecida Sampaio. Ela contou que a ideia nasceu durante a preparação para a tese de mestrado dela. "No mestrado, através de um trabalho, eu desenvolvi um tema sobre o endividamento, e, junto com o orientador, começamos a fazer histórias em quadrinhos para tocar no assunto. Então, resolvi ligar para o Maurício de Sousa, que se encantou pelo projeto", contou. A Turma da Mônica, para Marli Aparecida, teria uma linguagem mais fácil de atingir os consumidores infantis e também toda a família, de todas as classes e em todas as regiões.

Ex-diretora-executiva do Procon de São Paulo por dois anos, Marli Aparecida explicou que tem acompanhado com preocupação o problema do consumidor endividado. "Ele se sente sozinho, envergonhado, não quer falar do problema com a família, fica à margem da sociedade", disse.
Marli Aparecida vê as crianças como compradoras de tudo. "A educação financeira tem que começar logo no início para ela saber o valor do que está comprando, os gastos que podem acontecer e se os pais ficarem numa situação difícil", observou.

No mercado editorial brasileiro já é comum encontrar títulos direcionados à educação financeira infantil. "O Menino do Dinheiro", Editora Gente, do consultor financeiro Reinaldo Domingos, é o mais recente. Os personagens são o Menino do Dinheiro, a mãe Dona Providência, o pai Senhor Desprevenido, o professor Reimoney e o rival do menino, o Gastão. Todos eles são usados para o autor contar como saber poupar e fazer escolhas para a conquista dos sonhos.

Sem ser chato, "Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos", também da Editora Gente, é do consultor Gustavo Cerbasi. Consagrado autor de livros de autoajuda financeira, como "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", mostra o ato de educar os filhos sem fórmulas ou planilhas complicadas.

Educação financeira vai parar na sala de aula das escolas
"É de pequeno que se torce o pepino" já dizia o ditado popular, e as escolas estão adaptando o currículo para o ensino da educação financeira. Neide Noronha, professora de matemática do colégio Santo Antônio, em Belo Horizonte, contou que a partir dos 6 anos as crianças da escola começam a trabalhar com "notinhas imitando dinheiro dentro da sala".
No ano seguinte, já começam a ler o livro "Aprender Juntos", que ensina como lidar com o dinheiro na forma real. "Tem criança que não sabe o valor do dinheiro. Se o brinquedo vai custar R$50 ou R$ 500 é a mesma coisa", disse. As lições, que incluem visitas ao supermercado, vão até os 11 anos. "Eles levam os folders para a sala para comparar os preços". (HL)

Ensinando o filho
1- Escolhas
É preciso ensinar seu filho a fazer escolhas, pois não dá para comprar tudo o que se quer

2- Diferenças
Explicar à criança o que é a diferença entre desejo de consumo e necessidade

3- Planejar
Ajudar o filho a planejar o uso do dinheiro que ele recebe como mesada

4- Multiplicar
Mostrar ao filho que, quando o dinheiro é poupado, ele vai se multiplicar por causa dos juros e aí ele poderá comprar o brinquedo depois

5- Custo
Mostrar que os produtos são adquiridos com o dinheiro que os pais ganham com o trabalho

6- Parcelar
Conte ao filho que as compras parceladas no cartão ou cheque são uma forma de antecipar o consumo para alguma coisa de grande necessidade

7- Dívidas
Explique ao filho que as dívidas têm que ser pagas

8- Contas
Conte quantas horas são necessárias no local de trabalho para pagar contas e que quanto maiores os gastos, mais tempo você terá que trabalhar

No Congresso
Projeto. Tramita no Congresso Nacional projeto que obriga a educação financeira em escolas públicas. O texto já foi apreciado na Câmara e está no Senado para avaliação.

FONTE: O TEMPO

MAUS ( do Blog Meia Palavra)

Maus é uma grafic novel de Art Spiegelman que narra a luta de seu pai, um judeu polonês, para sobreviver ao Holocausto. O livro também fala do relacionamento complicado do autor com seu pai e de como os efeitos da guerra repercutiram através das gerações de sua família. Em 1992 Spiegelman foi agraciado com um “Prêmio Especial Pulitzer”: tal categoria foi proposta pois o comitê de premiação não se decidiu se categorizava Maus como uma obra de ficção ou biografia.

Amélie: Surpreendente. Essa é a palavra que define Maus. O livro tem como cenário a fantasia, aquela antiga briga entre ratos e gatos. Mas a realidade dura da Guerra não aceita superficialidades e esse é o segredo do sucesso em Maus. A caçada é, antes de tudo, um depoimento, relato das lembranças do pai de Art Spielgeman, o premiado quadrinista. Enredo: um comerciante com dinheiro de sobra, mas que precisa trocar diamantes para conseguir um um pedaço de pão. Leva o fardo dos “indignos”: Judeu em uma Europa de Guerra. Os relatos de familias que sobreviveram ao Holocausto têm apelo natural, pela crueldade, chamam mesmo a atenção. E acredite, este é ainda mais especial. A escolha de representá-lo em quadrinhos, é certa: mexe com a imaginação do leitor. A cada fuga dos gatos (Nazistas), o coração do espectador dispara. Pequenas histórias emocionantes ganham as páginas, e a torcida pelos ratos (Judeus) é inquestionável. A partir daqui, guardo o segredo. Para quem ainda não conhece o que é uma Graphic Novel, deveria começar obrigatóriamente por esse livro. É amor à primeira vista, e com razão de ser tão aclamado.

Luciano R.M.: Confesso ser um pouco displicente com relação aos quadrinhos: só recentemente eles têm me cativado de forma mais séria. Um dos responsáveis por isso é Art Spiegelman, autor do excelente ‘Maus’ (palavra alemã para rato). Transformando judeus em ratos, poloneses em porcos e alemães em gatos- os dois primeiros tirados da propaganda nazista- ele reconta a história de seu pai, Vladek Spiegelman, e a sua própria, através e graças ao holocausto. Não cai, entretanto, no cliché piegas da maioria das obras a respeito do que os judeus passaram. A tragédia histórica de um povo é apenas o pano de fundo para a tragédia pessoa de seu pai- e, consequentemente, a sua própria. As repercussões e a contradição disso com o presente- como quando o pai de Art teme que um negro o roube, simplesmente por ser negro- é demonstrada, dando a ‘Maus’ o valor que tem.

Tiago: Seria o caso de se perguntar qual é a vantagem de transferir o relato de um sobrevivente de Auschwitz para os quadrinhos? Se fosse apenas uma variação de meios (a literatura e o cinema já estariam saturados) então “Maus” não teria o valor que tem. Spiegelman, que teve uma longa experiência em publicações alternativas nos anos 1960 e 1970, soube usar os quadrinhos no que eles têm de melhor: seu lugar subterrâneo, como algo que circula por fora, até mesmo junky. Sem dúvidas, é a partir daí que ele consegue contar a história de seu pai sem apelos à dramaticidade barata ou à vitimização, ao que pendem as narrativas mais comuns desse “lugar impossível de se contar”. Seu pai e mesmo o alter-ego do autor são, na maior parte das vezes, absolutamente odiáveis. Mas, poderíamos ir além: mesmo uma certa “sublimidade” inerente e muitas vezes pervesa que clamamos ao assistirmos a um filme ou lermos um livro sobre o tema (entramos em contato com A Literatura, O Cinema, mais do que com um terror inominável) é evitada por Spiegelman. Até mesmo o risco mais provável de seu meio, o da infantilização da história por leitores mal acustumados, é contornada e ironizada pelos usos esteriotipados de animais (rato, gato, cão, etc.), típicos de histórias em quadrinhos. “Maus” faz lembrar, para aqueles que acham que HQ deveria ser Literatura, que, às vezes, é melhor que uma história seja em quadrinhos.

Kika: Não é só a despersonalização dos personagens (gatos, ratos, porcos), ou o assunto altamente contundente tratado – a Segunda Guerra Mundial. Esta obra prima dos quadrinhos me encanta por sua honestidade, pelo veio emocional de um filho contando a história de seu pai,sem esconder seus vícios e manias, boas ou ruins. Li de um só fôlego, chorei, me frustrei e até ri em alguns momentos. Foi o suficiente para despertar meu lado missionário. Genial.

Anica: O importante em Maus não é o enredo em si (que convenhamos, já foi bem explorado em tudo quanto é tipo de mídia). A questão é como Art Spiegelman o faz, contrastando a leveza e o peso de maneira única ao contar uma fábula sobre os horrores do Holocausto. Ao contar a história dos pais e de como ele sobreviveram à Auschwitz, Spiegelman foge do caminho mais fácil de simplesmente vitimizá-los, mostrando que eram pessoas comuns que estavam lá: com todo os tipos de qualidades e defeitos que qualquer um poderia ter. Se você cresceu com a ideia de que HQ são só herois com superpoderes, talvez seja um bom momento para conhecer uma que apresenta como maior ato de heroísmo o fato de simplesmente sobreviver, quando tudo parece ir contra.

FONTE: BLOG MEIA PALAVRA

Exposição de quadrinhos, caricaturas e charges segue na Biblioteca Pública

A Fundação Pedro Calmon, por intermédio da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, continua apresentando a exposição Literatura brasileira em quadrinhos: o humor gráfico em cartum, charge, caricatura e tiras, que segue até 30 de março, das 8h30 às 21h, na Sala de Exposições do segundo andar. A exposição faz parte das comemorações do Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, 30 de janeiro.

A ideia principal da exposição é divulgar o acervo pessoal da instituição e apresentar a importância dos quadrinhos para o âmbito cultural e político por meio da arte e do humor gráfico, uma vez que quadrinhos não são apenas voltados para o público infantil. A biblioteca tem um vasto material que mostra o histórico desse tipo de literatura, com livros, fotos em reprodução A2, cartazes e reproduções de histórias em quadrinhos e as próprias revistas em expositores.

“A recepção do público é excelente. Muitos que estão visitando a exposição deixam recados nos cadernos de assinaturas dando parabéns e opinando para que possamos complementar o que estamos expondo e sugerindo novas ideias”, afirma a responsável pela exposição, Célia Matos.

FONTE: JORNAL DA MÍDIA

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dica para trabalhar meio ambiente

As tiras abaixo, retiradas do Blog da Turma do Xaxado, podem ser utilizada em uma atividade de ciências ou geografia para se trabalhar a questão da poluição do meio ambiente ou da expansão capitalista e suas consequências.

Clique em cima para ampliar!

Informativos do Quarto Mundo para download

O Informativo Quarto Mundo é uma publicação gratuita do coletivo de quadrinhistas independentes Quarto Mundo, criado em 2007. A publicação traz histórias em quadrinhos, artigos e novidades sobre o mercado nacional.

Até o momento foram lançados 4 edições (do n°00 ao 03). Para conferir, clique nos links abaixo.

Edições para download:
nº00 (2008)
nº01 (2008)
nº02 (2009)
nº03 (2009)

FONTE: TOKA DI RATO

Uma edição de Action Comics #1 é vendida em leilão por um milhão de dólares

A revista de estreia do Super-Homem, o primeiro dos super-heróis, publicada em 1938, foi vendida recentemente num leilão pelo valor recorde de um milhão de dólares.

Não se trata de uma cópia qualquer de Action Comics #1, e sim de uma edição que faz parte da Coleção Kansas City, uma das mais antigas coleções de quadrinhos dos Estados Unidos, e cujas revistas são consideradas como tendo pedigree. Existem apenas três outras cópias de Action Comics #1, com pedigree, todas de coleções famosas, como a Edgar Church - Mile High Comics, por exemplo.

São quatro os critérios para que uma revista em quadrinhos tenha pedigree, de acordo com as regras do Comic Book Pedigree:

1 - Origem: Uma coleção com pedigree tem que ter sido criada por apenas um indivíduo, que comprou as revistas nas bancas na época do lançamento das mesmas.

2- Qualidade: O estado das revistas da coleção deve ser de alta qualidade, com uma classificação média de 8.0 no índice do CGC (Certified Collectibles Group - Comics Guaranty).

3- Abrangência: Uma coleção de pedigree tem de ter um grande volume de edições raras e importantes, ou abranger um período grande de um único titulo, gênero ou editora.

4- Aceitação do Mercado: O CGC e os colecionadores têm que continuar reconhecendo o nome da coleção e o pedigree de uma revista após a sua venda inicial.

A edição leiloada no ComicConnect (um braço da Metropolis Comics) foi classificada pelo CGC com um índice de 8.0 (numa escala de zero a dez), e a coloração do papel ainda está quase branca, não amarelou.

FONTE: UNIVERSO HQ

Blog utiliza quadrinhos para fazer análise de HQs

Está online o blog Quadrinhos em Quadrinhos.

O novo espaço virtual trará resenhas quinzenais de HQs, de modo diferenciado: mimetizando estilos narrativos e/ou artísticos das obras quadrinhísticas radiografadas.

A primeira HQ analisada é Copacabana, de Sandro Lobo e Odyr Bernardi (Desiderata).

Conheça o blog clicando aqui.

FONTE: UNIVERSO HQ

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Semanas Temáticas: Nos Bastidores dos Quadrinhos

O projeto Semanas Temáticas está em sua quarta edição e, na presente proposta, oferece uma programação sobre a linguagem das histórias em quadrinhos e seu universo multicultural. Curadoria: Alexandre Jubran.

Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Av. Deputado Emílio Carlos, 3641 – Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte. De 20 a 27/02. Grátis. Inscrições para as atividades na recepção do CCJ.

.Palestra: Produzindo Comics:
Com Renato Guedes, responsável por títulos como Superman, OMAC é considerado um desenhista “realista” devido ao seu trabalho em HQs adaptadas do cinema e da TV, como 24 Horas, Smallville e Jogos Mortais.

Bate-papo sobre o atual mercado de quadrinhos de super-heróis norte-americanos: o processo de trabalho, de publicação e de edição de uma revista em quadrinhos, bem como os processos editoriais, apresentação de portifolio e preparação para o mercado. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 20/02, sábado, 17h.

.Palestra: Trabalhando para a DC Comics

Bate-papo com Ivan Reis, desenhista da DC Comics e um dos mais importantes nomes das HQs de super-heróis do mundo. Laterna Verde, Action Comic, Superman e Blackest Night são alguns de seus principais trabalhos. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 20/02, sábado, 19h.

.Palestra: Desenhos Faroeste
Bate-papo com Alberto Pessoa, quadrinista, professor e pesquisadores de HQ. Atualmente trabalha na série Purgatory. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 21/02, domingo, 14h.

.Palestra e Workshop: Colorização Digital de Quadrinhos
Com Rod Reis, colorista da DC Comics e ilustrador de diversos livros de RPG, revistas e HQs. Entre seus principais trabalhos estão: a premiada série Holy Avenger, Supergirl, Dungeon and Dragons, Teen Titans etc.

O convidado abordará a importância das cores no processo de criação de uma HQ e coordenará, em seguida, um workshop de colorização de quadrinhos. Palestra: Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 23/02, terça, 16h. Workshop: 18 a 29 anos. 12 vagas. Sala 13. Dia 23/02, terça, 17h.

.Palestra: Roteiro para História em Quadrinhos
Com: Marcela Godoy, escritora, roteirista, tradutora/adaptadora de HQs e autora dos romances O Primeiro Relato da Queda de um Demônio e Liah e o Relógio.

Um recorte sobre os principais aspectos na composição de um roteiro de HQ: a criação de personagens, a trama e as técnicas de escrita. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 23/02, terça, 19h.

.Palestra: Game+Quadrinhos (ATIVIDADE CANCELADA)
Com Eduardo Ferrara, ilustrador com atuação em diversas editoras, desenhista das HQs do Universo Taikodom e professor na Quanta Academia de Artes.

A palestra abordará o processo de produção de minissérie em quadrinhos para o jogo brasileiro on-line Taikodom, lançado em 2009. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 25/02, quinta, 19h.

.Palestra: O Universo Feminino nas HQsCom:
Patrícia M. Borges, professora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, foi indicada para o Troféu HQ MIX 2006, com a tese Traços Ideogramáticos na Linguagem dos Animes.

Patrícia trata da representação das mulheres e do universo feminino nas HQs: as autoras, as leitoras e algumas personagens, com enfoque para Rê Bordosa , Maitena , Mônica e Valentina. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 26/02, sexta, 16h.

.Palestra: Narrativa em Quadrinhos:
Marcelo Campos, desenhista e roteirista de histórias em quadrinhos, é o criador do personagem Quebra-Queixo, com o qual ganhou os prêmios Angelo Agostini e HQ Mix.

O que diferencia as histórias em quadrinhos das outras mídias são as suas ferramentas de linguagem específicas, aprimoradas ao longo dos anos por centenas de artistas, no que chamamos de narrativa ou storytelling. A intenção deste bate-papo é apresentar uma base desta estrutura de linguagem, seus símbolos gráficos e um pouco da evolução do que chamamos sintaxe. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 27/02, sábado, 13h.

.Por Dentro do Cosplay

Com: Comics Cosplay Brasil, grupo de cosplay focado em apresentação de personagens de quadrinhos. O grupo esclarecerá o funcionamento desse “hobbie” chamado cosplay: jogo lúdico praticado, sobretudo, por jovens e que consiste em fantasiar-se de algum personagem real ou ficcional – como animes, mangás, comics ou grupos musicais – na tentativa de interpretá-los na medida do possível. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 27/02, sábado, 15h.

.Palestra: HQs e Fanzines – o caso Fantasia-FilosóficaCom:
Gazy Andraus, professor na UNIFIG, Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e premiado com a melhor tese de 2006 pelo HQ-MIX.

A palestra enfoca a questão da autoria nas HQs mundiais e sua verve artística, em especial no estilo ético-estético sui generis da Fantasia-Filosófica. Ao mesmo tempo mostra que também nos fanzines (especialmente de HQ), a autoria e a arte são experienciadas e desenvolvidas de maneira livre e vanguardista, influenciando a criação de um quadrinho profissional mais artístico e maduro. Livre. 30 vagas. Espaço Sarau. Dia 27/02, sábado, 19h.

FONTE: http://escuta.estudiolivre.org/2010/02/02/inauguracao-de-hqteca-e-semanas-tematicas/

Nova Feira de Quadrinhos e Cultura da USP


De 10 a 12 de março vai acontecer mais uma Feira de Quadrinhos e Cultura da USP. O evento, tradicionalíssimo e muito animado, ocorre várias vezes ao ano e reúne expositores, colecionadores e amigos que comercializam gibis, livros, CDs, DVDs, desenhos animados e afins. Além de ser uma excelente ocasião para encontrar os amigos e fazer novos.

A Feira acontece em frente ao refeitório do CRUSP, o famoso Bandejão. Quem quiser alugar um espaço para montar seu estande basta entrar em contato com o organizador Praxedes pelos fones (11) 3257-8787 ou (11) 7572-5371.

FONTE: BIGORNA

Direção-Geral de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia lança HQ

A Direção-Geral de Ajuda Humanitária (European Commission's Humanitarian Aid Office - ECHO) lançou a HQ Hidden Disaster, sobre as atividades da entidade.

A história mostra a organização tentando reunir fundos para enviar ajuda humanitária para a Borduvia, um país fictício atingido por um terremoto. Uma premissa similar ao desastre ocorrido recentemente no Haiti.

Hidden Disaster foi escrito e ilustrado por Erik Bongers. O álbum será distribuído gratuitamente nas escolas de alguns dos países membros da União Europeia. Inicialmente, o volume foi traduzido para os idiomas inglês, francês, alemão, italiano e holandês. Versões em espanhol e polonês são aguardadas para breve.

Segundo o site Bleeding Cool, a tiragem inicial é de 400 mil exemplares.

A grande tiragem e a distribuição gratuita gerou uma controvérsia no Reino Unido, sobre o abuso do dinheiro público, que está financiando a edição.

O material pode ser obtido gratuitamente (em papel ou em versão eletrônica) no site da ECHO.

FONTE: UNIVERSO HQ

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O pai do quadrinho no Brasil


IGOR COSTOLI

Apesar de ser uma arte que encanta e apaixona um incontável número de leitores pelo Brasil, poucos são os que conhecem o nome de Angelo Agostini. Contudo, deveriam.

Angelo Agostini nasceu na Itália, em 1843, e veio para o Brasil com 16 anos. Viveu primeiro em São Paulo, onde fundou o primeiro periódico ilustrado local, o "Diabo Coxo". Anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde sua carreira de cartunista deslanchou.

Nessa época, já há muito se fazia cartum no Brasil e no mundo. O que faz de Agostini um nome tão importante foi a publicação, em 30 de janeiro de 1869, de "Nhô Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte", a primeira história em quadrinhos do país e que figura entre as mais antigas do mundo.

"Nhô Quim é um caipira que vai para a cidade do Rio e se choca com a civilização meio rural, meio urbana. É uma caricatura dos costumes da época", explica o jornalista e pesquisador Athos Eichler.

O pesquisador afirma que, 14 anos depois, Agostini lançou outro personagem, Zé Caipora, que também fez história. Publicado inicialmente na "Revista Ilustrada", mais tarde ele foi retomado em outras edições e teve suas aventuras lançadas em fascículos. "Isso é algo que gosto de chamar a atenção. É a primeira revista exclusivamente de quadrinhos e a primeira que acompanha as histórias de um personagem fixo", afirma.

Em 2002, Eichler lançou pela Editora do Senado Federal o livro "As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora", recuperando ambas as histórias na íntegra. "Sempre fui interessado por esse material, que até então não tinha visto completo. Achava impossível ninguém ter publicado aquilo até então", lembra.

Eichler precisou de quatro anos de pesquisa e várias fontes para reunir todo o material. "Tenho um amigo colecionador que possui alguns exemplares das revistas em que elas saíram. A Casa Rui Barbosa forneceu uma parte ao Senado, e o restante encontrei em outras bibliotecas pelo país", conta.

Qualidade. Para o crítico de quadrinhos Sidney Gusman, Agostini não apenas publicou primeiro, mas estava de fato à frente do seu tempo. "É fato que o Angelo é um dos precursores do HQ, mas deve ser respeitado também porque ele era muito bom", afirma.

Segundo Gusman, Agostini já possuía em seu trabalho elementos modernos dos quadrinhos. "Fala-se muito do termo narrativa, que é a fluidez entre os quadros, que mostra o movimento da cena. Ele tinha isso", diz.

Apesar de não ter trabalhado as falas em balões, evolução que consagrou essa mídia em definitivo, esse detalhe na obra de Agostini se antecipa em quase 40 anos à experiência norte-americana, tida como pioneira. "Ele trabalhava a sequência com o texto em baixo. Mas a narrativa já estava com ele, precisa, e seus quadrinhos tinham movimento", afirma. "As obras de Agostini são leitura obrigatória. Quem trabalha com quadrinhos precisa saber da origem do quadrinho brasileiro, saber onde tudo começou", conclui Gusman.

Importância
30 de janeiro, data da publicação de "Nhô Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte", foi escolhido como o Dia do Quadrinho Nacional em 1984

Prêmio. Agostini dá nome ao prêmio oferecido todo ano pela Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo aos melhores profissionais da área

Morreu em 28 de janeiro de 1910, publicando as aventuras de Zé Caipora. O fim abrupto das histórias sugere que Agostini desenhou até bem próximo de sua morte


Chargista com gosto afiado pela polêmica

Antes de publicar a primeira história em quadrinhos do Brasil, Angelo Agostini já era uma figura notória. Cartunista de alma empreendedora, fundou jornais e revistas ao longo da carreira, sempre se destacando pelo humor e, principalmente, pelas críticas.

“Ele era uma metralhadora giratória, uma mistura de Carlos Lacerda com Procon. De matadouros à higiene nas ruas, criticava tudo”, explica o pesquisador Athos Eichler. Ele conta que Agostini não tinha anunciantes, por isso seu compromisso era com os leitores. Posicionou-se a favor do abolicionismo e foi grande crítico de dom Pedro II e, posteriormente, de Floriano Peixoto.

Mais de uma vez, sua “metralhadora” lhe trouxe problemas. Algumas de suas tiras atraíram a atenção – e a raiva – do clero e de elites escravocratas, e algumas de suas publicações tiveram vida bem curta.

Nesse sentido, Agostini não foi significativo apenas no cartum. “Ele era uma figura importante da época, alguém que as pessoas escutavam”, aponta o chargista de O TEMPO, Duke, sem deixar de lado a qualidade do trabalho do italiano. “Acho interessante o acabamento que ele dava, suas ilustrações eram do tipo que se encontravam em livros, não em jornal. Retratava pessoas e roupas com grande caracterização e tudo, às vezes, para uma única charge. Mesmo hoje vemos que nada tem a riqueza de detalhes do que ele fazia naquela época”, afirma.

O professor de quadrinhos João Marcos destaca outro ponto pioneiro do cartunista: retratar fatos cotidianos em desenhos. “Ele foi um dos primeiros a dar importância à imagem para passar uma informação, fosse uma história ou uma notícia. Ele deu a isso um tratamento do qual ainda não desfrutava na imprensa”, explica o professor.

Marcos, também autor da tira “Mendelévio”, reitera a coragem de Agostini nesse sentido. “As histórias sequenciadas não eram bem vistas na época. Ele apostou nessa linguagem e criou personagens populares”. Duke possui opinião semelhante: “Devemos muito a ele, não é fácil ser pioneiro. Isso de acreditar no cartum como ferramenta de comunicação é algo que todos devemos louvar”, resume.

Angelo Agostini
Carreira. Começou com o jornal “Diabo Coxo”, em São Paulo. Dois anos depois lançou “O Cabrião”, jornal que teve a sede apedrejada antes de falir.

Rio de Janeiro
. Lá viveu sua fase mais criativa. Em 1876, fundou a “Revista Ilustrada” e nela lançou o personagem Zé Caipora, com o qual fez história nos quadrinhos

FONTE: O TEMPO

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Confira o HQ de despedida do Parque da Mônica


O quadrinista Maurício de Souza divulgou à imprensa a HQ especial que produziu em despedida ao Parque da Mônica, o espaço de diversão temático de suas famosas histórias em quadrinhos, que encerrou suas atividades no Shopping Eldorado, em São Paulo, no dia 16 de fevereiro.

Além de servir como forma de agradecimento aos usuários que por lá passaram, a historinha serviu para dar uma esperança à criançada, já que no final há a afirmação que o parque será reaberto em outro lugar em breve.

Clique na imagem para ampliar!
FONTE: POP NEWS

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sobre Vídeos na internet e comentários no blog

Hoje tirei a noite para responder comentários deixados no Blog (e foram muitos). Infelizmente, nem sempre eu posso respondê-los quando chegam. Eu aprovo, publico e deixo para responder mais tarde.

Acaba acontecendo que eu esqueço, sem falar que algumas vezes acontece que esses comentários são feitos em postagens antigas e eu acabo não os encontrando para responder. Mas leio todos, afinal eles tem que ser aprovados antes de serem publicados.

Há comentários que eu não publico, geralmente são ofensivos e talvez algumas pessoas não entendam que o blog da Gibiteca representa um projeto educativo de uma instituição de ensino, então eu não posso simplesmente publicar ofensas a autores ou a preconceitos de raça, sexo ou religião. Seria irresponsabilidade da minha parte. Mas são casos raros, creio que 3 ou 4 nesses quase três anos de blog.

Respondendo aos comentários eu me deparei com um, feito por uma leitora do blog, que preferi responder por meio desta postagem. Ela diz que tem dificuldades em assistir vídeos do Youtube no seu computador, por conta da conexão.

Eu também tinha esse problema, antes de ter banda larga. Resolvia de uma forma simples: eu baixava os vídeos para poder assistir direto no pc. É simples. Basta usar um programa chamado ATUBE, que pode ser encontrado gratuiramente na internet. Ele captura os vídeos e vc pode assistí-los no computador e deletá-los depois, se for o caso. E não é pirataria, pois os vídeos do Youtube estão disponíveis para serem assistidos e incorporados. Espero que ajude.

Biblioteca Jayme Cortez será inaugurada em São Paulo


No próximo dia 20 de Março, às 11h, no Centro Cultural da Juventude (Av. Deputado Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo/SP), será inaugurada a Biblioteca Jayme Cortez, em homenagem a um dos maiores nomes da história dos quadrinhos brasileiros.

"A homenagem a Cortez é também reconhecimento da importância das artes da ilustração, quadrinhos, cartum e design gráfico na literatura e em toda cadeia produtiva da comunicação e cultura", diz o texto da placa de inauguração.

No mesmo dia, às 15h, o jornalista Álvaro de Moya realizará no local uma palestra sobre Jayme Cortez.

FONTE: UNIVERSO HQ

Carta de Suplicy aos netos e ao Menino Maluquinho poderá virar história em quadrinho sobre renda mínima


O cartunista Ziraldo prometeu ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) presenteá-lo com uma história em quadrinhos explicando a renda básica de cidadania, a principal bandeira da vida política do parlamentar. Para tanto, Ziraldo pediu um texto didático explicando o projeto, que virou a Lei 10.835, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de janeiro de 2004. Suplicy, então, escreveu uma carta aos seus netos Teodoro, Bernardo, Laura, Maria Luiza e Felipe e ao Menino Maluquinho - personagem criado por Ziraldo - explicando a proposta.

Através da renda básica de cidadania, Eduardo Suplicy quer que seja assegurado a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país, não importando sua condição sócio-econômica, o pagamento anual ou em parcelas mensais de um determinado valor como forma de repartir parte das riquezas do país. O senador explicou que esse benefício deverá ser de valor igual para todos e suficiente para atender às despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, saúde e educação.

Roberto Homem / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

FONTE: AGENCIA SENADO

Histórias de assombração em quadrinhos


A editora Jujuba lançou o livro Causos de assombramento em quadrinhos, do ilustrador e escritor paulista Mauricio Pereira.

Reunindo contos de terror com cenário e sotaque brasileiros, o autor narra histórias como O Lobisomem, O Homem da Mala e Corpo-Seco, que em sua infância eram contadas por seu pai ou pelos amigos em frente a um fogão à lenha ou em pescarias.

Pereira tem em seu currículo a autoria de outros dois livros: Asa Branca e Contos de Assombração, ambos pela editora DCL - Difusão Cultural do Livro.

Causos de assombramento em quadrinhos tem 40 páginas e custa R$ 29,90.

FONTE: UNIVERSO HQ

Joana D' Arc e a Guerra dos 100 anos em Mangá

Jeanne, de Yoshikazu Yasuhiko
Por Alexandre Soares

Um dos fatos a se lamentar na chegada tardia dos mangás ao Brasil é que muitos grandes autores continuam inaceitavelmente inéditos em nosso país. Alguns sofreram certas injustiças – mesmo Tezuka foi esnobado nas bancas, sendo tratado com respeito pelos leitores apenas bastante tempo depois, nas livrarias. Outros, permanecem desconhecidos, mesmo que estejam por trás de obras de renome – especialmente pela preferência dos leitores por tudo que é novidade.

Yoshikazu Yasuhiko é um deles. Character designer da série Gundam original, e autor de leituras fundamentais dos mangás nos anos oitenta como Venus Wars, sua obra permanece longe de nossas praias. Mas sua obra não perdeu a validade, e um dos seus trabalhos mais interessantes foi publicado pela extinta editora Comics One nos Estados Unidos: Jeanne (Joan, nos Estados Unidos). Que se destaca no meio dos mangás pelo fato de ser um raro mangá... completamente produzido a cores, aquareladas pelo próprio autor.

Jeanne não é exatamente uma biografia de Joana D'Arc, embora sua vida sirva de fio condutor para a compreensão da história a medida em que ela avança. Nossa protagonista aqui é Emil de Baudricourt, filha bastarda do Duque da Lorena. Com sua morte, a Duquesa Margaret da Lorena se vinga de forma cruel e brutal da amante do marido, e para proteger sua vida, a pequena Emily tem que se passar por um menino, sendo adotada sob o nome masculino de Emil por Robert de Baudricourt, Capitão da Comuna de Vaucouleurs (no original, Commune – a menor unidade administrativa na França. Não custa lembrar que esse tipo de unidade foi oficializada apenas a partir de 14 de dezembro de 1789, portanto não haviam comunas na Idade Média, num pequeno furo de pesquisa de Yasuhiko. Mas sigamos adiante).

O que poderia ser mais uma reciclagem de um tema batido nos mangás e animes ganha outras conotações. O destino de Emil está ligado à legendária Joana D'Arc. Ainda criança, ela teve uma visão do espírito de Joana no castelo do Duque. E Baudricourt foi justamente o homem que a encaminhou ao então Delfim Carlos.

O encontro marcou Emil, que cresceu antevendo seu destino. E ele chega quando o ambicioso Delfim Luís se posiciona contra o próprio pai, o agora rei Carlos. Emil parte em missão no lugar de seu pai adotivo Baudricourt, carregando a bandeira real, e traçando a mesma rota oeste que Joana percorreu. Na vila de Domremy, onde Joana cresceu, Emil encontra sua aparição mais uma vez, após tantos anos. Joana se manifesta como uma simples camponesa, com um único pedido: "Proteja o Rei, como eu fiz, não importa o que aconteça." E assim, a história verdadeiramente começa.

Jornada de Esperança

A Guerra dos Cem Anos se encaminhava para um final. A França sobrepujou sua maior crise graças ao "Milagre de Joana D'Arc" e gradualmente recupera seu território sob o novo rei, Carlos VII. Entretanto, o mundo não mostra confiança em um "rei fraco" como Carlos, e os nobres que o puseram no trono em Reims, com Joana, estão alinhados ao Delfim Luís. O Reino da França está dividido em facções ligadas por laços feudais. Nesse contexto, a delegação de Emil para representar Baudricourt acabou por enfrentar muita resistência. Bertrand, que no passado seguiu Joana e agora segue Emil, a ajuda em sua missão. Entretanto, Emil é presa como "hóspede" em Órleans, sendo confrontada pelo cruel Delfim Luís – que a identifica como uma mulher disfarçada de homem. No cativeiro, Joana faz uma nova aparição a Emil, e a ajuda a fugir. Seu caminho a leva para Tours, cidade que apoia o Rei Carlos. Lá, ela o encontra e se dá conta da verdade: Carlos realmente não inspira confiança, morrendo de medo do Delfim – e é apoiado por um exército fraco.

Não deixa de ser curioso: as histórias contadas a respeito de Joana D'Arc sugerem que Carlos era um fraco que ganhou hombridade após conhecer Joana. O quadrinho parte do princípio que ele de um Delfim fraco se tornou um rei fraco. Não custa lembrar que quando Luís (XI) se tornou rei, fez seu nome na história como um rei forte e de pulso, embora mau-caráter e revanchista. E como para se construir uma imagem, você ou se ancora no antecessor ou se constrói por oposição – e como rei, Luís XI perseguiu todos os partidários do pai, apesar do final do mangá sugerir uma mudança de postura e de caráter. Mas ficção é ficção e história é história. Quem era Carlos VII na verdade? É difícil saber.

Em todo caso, ao descobrir que o exército precisa desesperadamente de recursos, Emil se voluntaria para procurar o apoio financeiro do rico aristocrata Gilles de Rais, que já foi companheiro de Joana. A partir daí, a história ganha tons mais sombrios: Gilles, marcado pela horrível morte de Joana na fogueira, se tornou mentalmente instável, abandonando-se à bebida, glutonaria e depravação, tendo caído sob influência de um "bruxo" local. O detalhe é que na vida real a história foi mais assustadora: Considerado um dos precursores dos assassinos seriais de nossos dias, Rais era um bissexual que se separou de sua esposa e que reuniu uma corte de bruxas, alquimistas e sádicos, gastando sua fortuna em obras de arte relacionadas à finada Joana D'Arc, cuja morte claramente o traumatizou.

Ao cair da noite, eles levavam crianças previamente sequestradas para serem torturadas, estupradas e mortas. Descoberto por conta de uma investigação, ele assumiria sua culpa em um transtorno de personalidade – e como ele documentava pessoalmente todos os seus atos, logo veio à tona a morte de mais de 200 crianças em suas mãos (embora hoje se tenha como certo de que foram bem mais; o fato é que entre 1432 e 1440, mais de mil meninos entre 8 e 10 anos desapareceram na região da Bretanha). Yasuhiko sintetizou essa massa de bruxos e sádicos em um único personagem, talvez por comodidade narrativa – e a influência desse personagem sobre Rais quase leva nossa protagonista à morte.

Fazendo Gilles cair em si (é ficção, gente), ele apóia financeiramente o rei – e isso leva a um confronto armado entre as forças que apoiam Carlos e as forças do Delfim Luís, na batalha de Loche. Os exércitos pró-rei vencem; e após esse sucesso, Emil vai o buscar apoio do duque Jean II de Alençon. No entanto, num ato de traição (justificado na história por rancor contra Carlos pelo que aconteceu com Joana), ele extermina a comitiva – aprisionando Emil para enviá-la, como prisioneira, ao Delfim. E, será que, prisioneira, ela terá o mesmo destino de Joana? Não, não vamos contar o que acontece a partir daqui.

Entre história e ficção

Jeanne é um quadrinho adulto. Lida com as marchas e contramarchas políticas em termos realistas, o que é uma característica constante nas obras de Yasuhiko – como Venus Wars, por exemplo – mas também trata de temas espinhosos – falamos da Idade Média, onde violência, estupro, e uma norma social asfixiante estavam na ordem do dia. Diferente de obras como Berserk, no entanto, Jeanne não faz da violência um espetáculo e não precisa do choque pelo choque para se passar por adulto – em termos gráficos, nada é excessivo, embora definitivamente a história não seja recomendada para crianças. Mesmo a única cena de nudez da história, no último volume, está lá porque é crucial para o andamento dos fatos e se justifica por isso. E não custa lembrar, é desenhada sem o menor apelo erótico, com o realismo que a cena pede.

É curioso ver que Yasuhiko não apela para o fanservice nem quando o roteiro dá margem para tal. Elementos como a clássica "garota apaixonada pela garota vestida de garoto" até aparecem, mas os fãs de shoujo-ai (romances homossexuais entre garotas) vão levar uma bela patada com a resolução da situação.

Moças de treze anos (que aparecem desenhadas em dimensões realistas, sem erotização precoce), casadas contra a vontade com homens muito mais velhos, são tratadas como o que eram: norma socialmente aceita, não fetiche para leitores de gosto questionável. Apesar do elemento de misticismo que permeia a história, a história é pensada em termos realistas; os personagens são o que são, sem filtros culturais locais (como costuma acontecer quando japoneses falam do ocidente. Alguém se lembra da absoluta falta de noção quando o cristianismo foi usado como tema na fase "filler" do anime de Samurai X?).

O verdadeiro motivo de drama interno e auto-questionamento para Emil é justamente a dúvida entre o livre arbítrio e a fé no divino – especialmente quando a sensação que o leitor tem é de que, a cada passo, essa mesma fé pode levá-la diretamente à fogueira: tudo já aconteceu antes e os relatos daqueles que encontraram Joana em vida tendem apenas a reforçar isso. A própria identidade masculina que lhe foi imposta tem mais o perfil de um fardo, que mesmo sendo envergado com hombridade e dignidade, ainda é um fardo a ser carregado – e que ela não questiona; de certa forma, essa identidade é a armadura de batalha que ela tem que vestir em nome da missão que lhe foi imposta, e que, apesar dos pesares (que não são poucos), é um dever que tem que ser cumprido. O final da história deixa bem clara a postura da personagem quanto a esse aspecto.

Yasuhiko toca nestes temas com tanta propriedade e compreensão que chegamos a nos perguntar se ele não seria católico – Porque ele sabe do que está falando e isso se reflete até na construção de seus personagens. Não custa lembrar: esta não é a única incursão histórica que ele fez em sua obra, e entre outros trabalhos seus há uma versão em mangá da vida de Jesus Cristo.

Um Pouco Sobre o Autor

Yoshikazu Yasuhiko (que usualmente assina suas ilusrações como "Yas"), nasceu em 9 de dezembro de 1947 e fez história no mundo dos animes. Tendo entrado na Mushi Produções de Osamu Tezuka como animador, ele posteriormente se tornou um artista freelance e trabalhou para vários longa-metragens e séries de televisão. Seu currículo inclui séries como Combattler V, mas sua fama veio com a série original Mobile Suit Gundam de 1979. No ano seguinte, suas ilustrações para os livros de Haruka Takachiro introduziram o character design original da popular dupla de personagens Yuri e Kei de Dirty Pair – que acabariam cedo ou tarde ganhando as telas de televisão.

Artista polivalente, ele se revelou como autor de livros de ficção científica durante os anos oitenta, além de ser aclamado como ilustrador, mas só entrou no mundo dos mangás em 1988. A obra prima que o aclamaria – um dos melhores mangás dos anos oitenta e talvez um dos melhores mangás de ficção científica de todos os tempos – seria Venus Wars, que adaptou a temática militarista das histórias de guerra com mechas a um cenário de ficção científica mais ortodoxo. Em Venus Wars, o planeta se tornaria habitável graças ao choque de um objeto celeste que mudou a composição de sua atmosfera e sua órbita.

Com o tempo, os humanos os habitariam e formariam suas próprias nações – que entrariam em guerra. De um lado, gigantescos tanques; do outro, motos blindadas de combate. E no meio de tudo, a história de um piloto de motos que é arremessado em meio a eventos do qual ele é só um peão, onde as verdadeiras decisões são tomadas lá em cima. O tema da pessoa comum que tem que seguir seu caminho em meio à uma rede política de eventos sob o qual ele não tem controle parece uma constante em sua obra, e pode ser encontrado inclusive em Jeanne, onde Emil tem que trafegar entre pessoas de poder que podem esmagá-la a qualquer momento.

Em 1992 ele foi premiado com o Nippon Manga-ka Kyokai Award – da sociedade de ilustradores do Japão. E atualmente vem trabalhando no mangá Mobile Suit Gundam: THE ORIGIN, onde ele reconta a seminal história de Yoshiyuki Tomino à qual ele deu vida visualmente nos anos setenta, atualmente no 13º Volume, publicado pela antologia Gundam Ace da editora Kadokawa Shoten. É um material que já nasceu fundamental: a história original do anime já foi adaptada para o mangá no passado, mas por equipes não tão dignas de nota, mesmo que competentes. O Criador visual de Amuro, Char e toda uma iconografia de personagens que fez história, hoje é um quadrinhista com bagagem, que transcende o fato de ter feito uma obra de nota nos anos setenta e conquistou seu espaço posterior pelo próprio mérito.

Ler esse material sendo produzido, em seu próprio ritmo e sem condensações que fazem muitos mangás criados como adaptação de animes parecerem um mero resumo feito às pressas, por um autor que domina o ofício de escrever e que foi um dos criadores originais do clássico que está sendo adaptado, dá ao material uma autenticidade única. E pensar que por causa da má impressão dada pelo pavoroso Gundam Wing em nosso público, talvez jamais vejamos Gundam The Origin em nossas livrarias um dia – porque não se iludam, é material para livraria. Os volumes têm em média de duzentas a duzentos e setenta páginas, e cada capítulo publicado na Ace tem em média oito páginas coloridas. Não dá para se publicar isso de qualquer jeito por aqui. E isso vale para boa parte de suas obras, depois que ele passou a manifestar uma preferência clara por histórias pintadas.

Yasuhiko é um dos autores que já deveriam ser conhecidos dos nossos leitores há muito tempo. E Jeanne é uma obra que seria muito bem-vinda por aqui. Não deve ser vista como uma ficção 100% histórica: a trama não é datada pelo autor, mas é dito que a primeira esposa de Luís, Margarida da Escócia, tem treze anos; então, teoricamente ele teria quinze anos, mas é apresentado visualmente como um homem adulto e a história se passaria em 1438; e para complicar, as rebeliões encabeçadas por Luís só começariam em 1440 e prosseguiriam, com idas e voltas, até meados da década de 1450.

O mangá sugere, em contrapartida que as rebeliões de Louis terminariam ali. Além do mais, temos a presença de Agnes Sorel já como amante oficial de Carlos – quando na verdade ela só entrou na corte depois de 1440, e foi tornada amante oficial em 1444. Não é preciso ir muito longe para concluir que ele tomou liberdades dramáticas imensas com o material que tinha em mãos.

Mas como roteiro, como arte, como história em quadrinhos, é um material de primeira linha; e num momento onde os mangás parecem começar a conquistar um espaço nas livrarias, não custa nada ter esperanças. Jeanne – e Yoshikazu Yasuhiko – merecem.