quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Quadrinhos paraibanos e consciência ecológica são temas do Espaço HQ de dezembro na Funesc


A última edição do ano do projeto Espaço HQ da Funesc terá duas atividades. Para começar, a ação apresenta o HQ Leituras, que neste mês de dezembro discutirá obras de quadrinistas paraibanos. O encontro acontece nesta quarta-feira (9), das 19h às 20h, na Gibiteca Henfil, localizada no Espaço Cultural José Lins do Rego. Cada participante poderá falar sobre o seu quadrinho preferido. Quem não conhecer nenhuma obra pode comparecer ao local e conhecer o acervo.

Já a mesa-redonda está agendada para o sábado (12), das 16h às 18h. A discussão é sobre o tema “Quadrinhos como ferramenta de consciência ecológica”, antecipando a comemoração do Dia da Consciência Ecológica (nacionalmente celebrado em 22 de dezembro) e aproveitando o mote dos desastres ambientais ocorridos no Brasil durante o mês de novembro. Os convidados para discutir o assunto são Val Fonseca (autor das tiras Árvores) e William Medeiros (curador da III Mostra de Cartum e Ilustração Semana do Meio Ambiente).

Val Fonseca – Paraibano de João Pessoa, é graduado pela UFPB em Educação Artística (habilitação em Arte Visual). É ilustrador, quadrinista e colecionador de revistas em quadrinhos. Em 2013 iniciou a publicação no jornal A União com a séries de tiras semanais Árvores, e em 2014 com Augusto & Eu. Para o Jornal Microfonia, também de João Pessoa, desenvolve textos sobre histórias em quadrinhos e as tiras Enquanto Isso na Redação.

Em 2013 participou de duas coletâneas em quadrinhos: AQC 100 Vezes (da Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo) e Sanitário 02 – Grandes Monstros da Humanidade (PB) do extinto Coletivo WC. Em novembro de 2014 foi lançada a edição em quadrinhos Árvores, fruto do Prêmio Literário Augusto dos Anjos - Edições Funesc 2013. Foi contemplado em exposições no Sesc com Árvores e premiado em salões de arte do Sesc e também no Salão de Humor José Lins do Rego.

William Medeiros – É paraibano de Campina Grande, radicado em João Pessoa desde 1998. Desde os anos 1980 atua no humor e no design gráfico. Aos 15 anos de idade, começou a publicar caricaturas no jornal Diário da Borborema, de Campina Grande. Formado em Desenho Industrial, é diretor de criação da Rede Paraíba de Comunicação desde 1998 e de 1997 a 2014 ilustrou todas as capas da revista Brasília em Dia, até sua desativação em 2013, chegando à marca de mais de 800 capas ilustradas.

Atua como ilustrador e designer gráfico no mercado editorial e publicitário de vários estados do Brasil. Foi premiado em diversos salões de humor, entre eles Piracicaba, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Aracajú, Amazônia e João Pessoa. Em 2013 foi selecionado para estar entre os homenageados do 40º Salão de Humor de Piracicaba. Depois de diversos livros publicados em parceria, em 2013 lançou Traços de Trinta, seu primeiro livro que resume sua trajetória de atuação como cartunista.

Espaço HQ – Desenvolvido pela Funesc, o projeto Espaço HQ vem realizando mensalmente atividades voltadas a esse segmento de produção, como oficinas, laboratórios, discussões, palestras e vivência entre profissionais e amadores da área. A primeira ação do projeto ocorreu em outubro do ano passado com o Laboratório de Quadrinhos, ministrado por Thaïs Gualberto. Desde então, novas edições aconteceram regularmente, passando a fazer parte da agenda mensal da Funesc. A temporada de 2015 teve início em março e já chegou a Campina Grande.

Serviço: Espaço HQ de dezembro

Quarta-feira (09.12.15)

19h às 20h: HQ Leituras, na Gibiteca Henfil – conversa sobre HQs paraibanas

Sábado (12.12.15)

16h às 18h: mesa-redonda “Quadrinhos como ferramenta de consciência ecológica”, no Auditório 1 – com Val Fonseca e William Medeiros


RETIRADO DO PBAGORA

De negros a muçulmanos, 2015 foi ano em que super-heróis abraçaram o mundo


Por: Ramon Vitral
O ano de 2015 provavelmente entrará para a história da editora de quadrinhos Marvel Comics como aquele no qual o escudo do Capitão América passou a ser de responsabilidade de um soldado negro, o martelo do Thor virou a arma de uma mulher e o alter-ego do Hulk se transfigurou em um jovem de origem coreana. Ao longo dos últimos 12 meses, um dos principais grupos de publicações de histórias em quadrinhos do planeta deu continuidade à transformação de sua linha editorial majoritariamente protagonizada por heróis homens, brancos e ocidentais em uma potencial referência de diversidade e representatividade da variedade de gêneros e etnias da população mundial.
"A Marvel tem feito essas mudanças para vender mais porque é isso que seu público, cada vez mais, quer consumir: histórias nas quais ele possa se ver de alguma forma. O que leva a editora a se reinventar é a transformação, ou subversão, no gosto do público - mais questionador, mais alerta e, acho que principalmente, mais de saco cheio", analisa a pesquisa e tradutora de histórias em quadrinhos Dandara Palankof.
Além da nova versão dos três membros dos Vingadores, a editora levou para seu universo principal de heróis uma versão alternativa do Homem-Aranha. Sucesso de público, Miles Morales é uma versão adolescente, negra e de ascendência latina do herói aracnídeo. Da mesma forma, a Miss Marvel é hoje uma adolescente muçulmana de 16 anos com pais paquistaneses que mora em Nova Jersey. Nos X-Men, o Homem de Gelo revelou ser gay e o uniforme do Wolverine também passou a ser utilizado por uma mulher. Também podem entrar para essa conta a Mulher-Aranha, atualmente grávida, combatendo o crime, e a nova líder dos Guardiões da Galáxia.
Criada em 2013, a Miss Marvel de origem paquistanesa ganhou revista própria em fevereiro de 2014 e terá sua primeira coletânea em português até o final do mês de dezembro. A série foi indicada a alguns dos principais troféus da indústria de HQs dos Estados Unidos em 2015 (cinco nomeações ao Eisner e duas ao Harvey) e recebeu o renomado Hugo Award de Melhor Narrativa Gráfica em 2015.
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Assista o documentário sobre o cartunista Moacir Torres