domingo, 28 de agosto de 2016

MULHERES SE DESTACAM COMO LEITORAS, AUTORAS E DESENHISTAS DE QUADRINHOS


Por:  Juliana Contaifer

As histórias em quadrinhos foram, por muito tempo, território masculino. Eram feitas por eles, para eles, como se mulher alguma tivesse interesse em ler aventuras de homens fortes e cheios de honra salvando o universo e mocinhas desamparadas dos mais variados problemas. Só que não são poucas as mulheres fãs de quadrinhos (muitas são autoras, inclusive). Em uma pesquisa do blog Papo de Quadrinho, especializado em HQs, descobriu-se que 31% dos leitores são do sexo feminino. A gigante Marvel apurou um número semelhante: 40%. Assim, as grandes editoras se dobraram às evidências e, finalmente, entenderam que precisavam criar identificação com esse público. E o primeiro passo foi oferecer personagens adequadas.

A sucessora do Homem de Ferro, por exemplo, é Riri, a IronHeart (Coração de Ferro), uma adolescente brilhante escolhida pelo próprio Tony Stark para tomar seu lugar. Já a cientista Jane Foster saiu do papel de namorada do Thor para se tornar, ela própria, a Deusa do Trovão, que, além de salvar o universo de milhões de ameaças, luta contra um câncer de mama. A nova Miss Marvel é Kamala Khan, uma adolescente muçulmana de origem paquistanesa.

Fora do cenário das grandes editoras, no mundo independente, as mulheres são ainda mais presentes. Seja em páginas da internet, blogs, no Facebook, seja em feiras dedicadas a fanzines e quadrinhos, as representações honestas de mulheres atuais, que não seguem padrões e lidam com dilemas e inseguranças, dão a tônica das heroínas contemporâneas. Em Brasília, são várias as meninas que se cansaram de procurar a própria voz nos quadrinhos disponíveis nas bancas e decidiram tomar o lápis e criar suas próprias aventuras.

Leia toda a matéria publicada no Correio Brasiliense, clicando aqui!