quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

VOTOS DE UM FELIZ 2015!

O ano de 2015 passou tão rápido que a impressão que fica é que foi pouco tempo para muita coisa que precisava ser feita. Mas vem aí o ano de 2015, renovando esperanças e abrindo caminho para muitos projetos. 

A nossa Gibiteca continua aí, firme e forte, caminhando para 8 anos de existência. Parece que foi ontem. Agradecemos imensamente a todos os nossos colaboradores, a todas as pessoas que se dispuseram, de uma forma ou de outra, a ajudar nosso projeto, a acreditar que ela possível tonar o ensino mais lúdico e prazeroso.

Uma vez fui chamada à atenção porque falei justamente isso: que aprender devia ser agradável. Continuo acreditando nisso porque não há prazer igual ao de completar uma atividade com êxito, de sentir que o esforço valeu a pena, de construir alguma coisa, mesmo que seja um pequeno mas significativo conhecimento,

Que 2015 seja o ano das construção: que possamos construir com a nossa imaginação e que os quadrinhos possam ser nossa matéria-prima.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Mangá cheio de química


Paixões adolescentes, intrigas de um colégio interno e química, em todos os sentidos. A mistura inusitada foi proposta por um projeto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e transformada no mangá Sigma Pi, história em quadrinhos ao estilo oriental que explora as confusões da rotina de um colégio interno a partir da ciência. O resultado final é uma série que mostra de maneira simples e divertida como a química está presente nas mais diferentes situações do dia a dia.

A trama, que já está na sétima edição, é de autoria da química Adriana Yumi, da UFSCar, que teve a ideia de misturar suas duas paixões: química e quadrinhos. “Sempre fui fã de quadrinhos, como a Turma da Mônica, e de mangás, e comecei a desenhar e escrever o Sigma Pi em 2009, quando ainda estava cursando a graduação em química”, lembra. “Acho que essa é uma ótima forma de despertar o interesse de adolescentes e do público em geral pela química e pelas ciências exatas.”

As histórias são destinadas principalmente ao público infanto-juvenil e envolvem as rotinas de cinco personagens que estudam juntos em um colégio interno.

“Branca, a protagonista, vai estudar nessa escola, onde todos devem se filiar a algum clube, e ela acaba obrigada a entrar no clube de química, o Sigma Pi”, conta. “Apesar da resistência inicial, ela acaba gostando da experiência e conhecendo novos amigos e percebe que a química está em todos os lugares e pode ser muito interessante”, conta Yumi.  

Química do dia a dia

Além de desentendimentos, romances, comédia e outros ingredientes que têm tudo para despertar o interesse do público, a autora aborda temas como átomos, os três estados da matéria, ácidos, bases.
A autora, que atualmente escreve o oitavo número do mangá, pretende concluir a trama em vinte edições.
 
“Por exemplo, em um ponto da história, as personagens não podem entrar no laboratório do clube, então decidem fazer um experimento com elementos do cotidiano, fora do laboratório, para distinguir ácidos de bases”, destaca Yumi. “Eles mostram que, se fizermos um suco de repolho roxo, que serve como um indicador de acidez, e adicionarmos vinagre, a mistura fica rosa, indicando que o vinagre é ácido. Se colocarmos sabão em pó, fica verde, pois o sabão é uma base.”

A autora, que atualmente escreve o oitavo número do mangá, pretende concluir a trama em vinte edições. Cada revista custa de 4 a 6 reais, mas todas elas também estão disponíveis para leitura on-line. “Apesar dos gastos que tenho com a série, vale a pena porque, além de ser um meio de entretenimento, é uma forma de divulgar a química”, ressalta. “E o trabalho também é muito importante para mim, pois evoluí bastante como escritora desde a primeira edição.”

PIsabelle Carvalho
Retirado do Ciência Hoje On-line

Fatos do cotidiano viram histórias em quadrinhos

André Moraes
andre.moraes@jcruzeiro.com.br

Com certeza você já leu alguma História em Quadrinhos (HQ), não é mesmo? Essas revistinhas trazem, geralmente, histórias fantásticas de super-heróis, que lutam contra vilões ou até mesmo monstros. Mas há aquelas, também, que trazem narrações divertidas, que fazem todos rirem, como a Turma da Mônica, por exemplo. Mas imagine você liberar toda a sua criatividade e criar sua própria HQ? É isso que fizeram os alunos do Ensino Fundamental da Escola Estadual José Roque Almeida Rosa, da Vila Formosa, em parceria com os estudantes do curso de Artes Visuais da Universidade de Sorocaba (Uniso).

O resultado de todo esse trabalho foi a criação de diversas Histórias em Quadrinhos bastante divertidas, que ficaram expostas para todos que quisessem conhecê-las na Biblioteca Aluísio de Almeida, que fica na Cidade Universitária da Uniso, entre os dias 13 e 23 de novembro. Os alunos da rede estadual capricharam nas ideias e fizeram HQs com temas bastante variados. Os super-heróis apareceram em algumas criações, mas assuntos do dia-a-dia, como namoros e até mesmo a falta d"água foram abordados pelos estudantes, que ficaram sabendo mais sobre as técnicas utilizadas na hora de criar uma História em Quadrinhos.

Criação em equipe

Os alunos da escola da Vila Formosa foram orientados por estudantes do curso de Artes Visuais da Uniso, que ensinaram como criar uma HQ, que é um tipo de arte muito conhecido no mundo todo. A coordenadora do curso de Artes Visuais, Tânia Cristina dos Santos Boy, afirma que a História em Quadrinhos pode fazer com que as pessoas pensem mais sobre assuntos de nossa realidade, mas de uma forma mais divertida. "A linguagem das HQs está muito próxima dos jovens e adolescentes que se identificam com os personagens e os enredos das muitas revistas de Mangás existentes no país", declara.

O resultado foi um sucesso e 75 adolescentes, dos 6º e 7º ano da Escola José Roque de Almeida Rosa, participaram muito entusiasmados das oficinas. "Os alunos das oficinas aprenderam sobre a história da HQ, sobre as técnicas de desenho, sobre os tipos de balões utilizados para os textos, sobre a criação dos personagens, movimento, materialidade da arte, entre outros assuntos. Assim, puderam ao longo do ano desenvolver a criação de personagens que viveriam as histórias das HQs", afirma Tânia.

Futura professora

A jovem Bianca Beatriz Monteiro Faria, 22 anos, foi uma das orientadoras das oficinas de HQs. Ela pretende ser professora de artes futuramente, portanto conseguiu aprender na prática como seria dar aulas para os alunos da rede estadual. "Vi muitos alunos superarem seus próprios problemas e, através da arte, tendo momentos de lazer, liberdade de expressão, criatividade e reflexão sobre vários assuntos da atualidade", afirma.

Ela diz que os alunos da escola da Vila Formosa estavam muito abertos para aprender as técnicas de se fazer uma História em Quadrinhos e aproveitaram bastante a oficina, para tirar dúvidas sobre qual balão usar em cada fala dos personagens, e também como fazer com que os desenhos mostrem, realmente, a mensagem que o criador quer passar. "Alguns estavam com um pouco de receio em desenhar no começo do ano, pois pensavam que não sabiam desenhar ou não conseguiriam fazer bonito. Mas depois de conversas e palavras motivadoras para conseguirmos que eles treinassem bastante, eles mudaram de ideia, porque viram que eles conseguiam sim", diz.

Dicas para sua HQ

* Criação da história: Se tiver dificuldades em criar alguma história, observe algo que acontece no seu dia-a-dia e transforme em uma HQ. Pode ser alguma situação vivida na escola, na sua casa, com seus amigos, etc. Então comece a incluir algumas piadinhas, exagere algumas coisas, e fique à vontade para criar!
* Quadrinhos: Depois de criar o roteiro, faça as contas de quantos quadrinhos sua história vai precisar. Dividindo uma folha de sulfite ao meio, você pode fazer a capa na primeira página, deixar a história na segunda e na terceira, e colocar o seu nome na última. Nas folhas do meio, desenhe os quadrinhos, que são onde a história vai acontecer.
* Primeiro os balões: Para começar cada quadrinho, comece sempre pelo texto, que vai dentro dos balões dos personagens. Lembre-se que cada tipo de balão representa o tipo de fala do personagem (fotos). É indicado começar pelos balões, colocando os desenhos depois, porque senão você pode se empolgar com os cenários e os personagens e aí não sobra espaço para os balões, que são super importantes!
* Letras maiúsculas: Dentro dos balões, é bom sempre usar letras maiúsculas, pois facilita na hora que alguém for ler sua historinha. Capriche para ficarem mais ou menos do mesmo tamanho. Você pode destacar palavras importantes ou gritos com cores mais fortes.
* Onomatopéias: Essa palavra difícil é a expressão que usamos para descrever as palavras que imitam sons. Use bastante essas palavras, que deixam a HQ mais divertida!
* Final da história: O final é muito importante. Imagine que todo leitor gosta de uma surpresa no final. Não se esqueça de colocar a palavra "fim" no último quadrinho.
* Lápis: Faça tudo a lápis primeiro, pois assim fica mais fácil de arrumar alguma coisa que você não tenha gostado durante a criação da HQ.

Essas dicas são da Evelyn Heine, que trabalhou como roteirista de Histórias em Quadrinhos publicadas pela editora Abril, como do Pato Donald, Zé Carioca, Tio Patinhas e Mickey. Fonte: www. divertudo.com.br

Retirado do Cruzeiro do Sul

DOCUMENTÁRIO: MULHERES DESENHADAS

Mulheres Desenhadas é um documentário performático sobre a experiência de ser uma mulher que desenha. Em 10 minutos, experiências pessoais são relacionadas com acontecimentos midiáticos e obras variadas. 

Foi publicado no youtube semana passada, no dia 04 de dezembro. É curtinho, apenas 10 min, mas muito interessante e um estímulo às meninas que gostam de desenhar mas que não são levadas a sério.

Vale a pena assistir.


História da Arte ganha cores e traços de quadrinhos

“A Provença deve ser um lugar lindo. Tenho certeza de que você vai se recuperar lá”, diz um esperançoso Theo van Gogh, que ouve como reposta do irmão Vincent, prestes a embarcar em um trem para a bucólica Arles, na França: “Acima de tudo preciso produzir muito”. O diálogo revelador é um dos primeiros da graphic novel “Vincent” (R$ 29,90), de Barbara Stok, que acaba de ganhar edição brasileira pela Editora L&PM.

A obra retrata os últimos anos da vida do pintor holandês Van Gogh, que se mudou para a pequena cidade francesa com o objetivo de fundar uma colônia de artistas. Porém a falta de dinheiro e de perspectivas para o futuro, além da culpa que sentia por ser sustentado pelo irmão, fez os tormentos psicológicos de Vincent se agravarem, culminando com o conhecido episódio em que o artista decepou parte da sua orelha direita.

São esses embates internos e acontecimentos da fase mais rica e revolucionária do gênio pós-impressionista que Stok retrata em quadrinhos de traços pop, singelos e coloridos. Barbara ainda incorpora ao livro trechos de cartas escritas ao irmão Theo e telas do próprio pintor, assim como seu processo criativo e suas ideias sobre pintura. Para chegar a isso, a ilustradora trabalhou por três anos com apoio do Museu Van Gogh, de Amsterdã.

Leia mais, clicando aqui!