O consagrado artista belga Enki Bilal, famoso por seu universo futurista e decadente, retratado em imagens fortes e estéticas, aceitou um desafio de peso. Ele fotografou cerca de 400 obras emblemáticas no museu do Louvre; desse total foram escolhidas 23, que foram pintadas em telas de 50 x 60 cm.
Enki Bilal utilizou tinta acrílica e pastel para pintar seus 23 "fantasmas": mulheres, homens e crianças que foram guerreiros romanos, musas, artistas e militares, mortos há muito tempo e de forma violenta, na maioria dos casos.
Bilal explica que são "seres errantes do Museu do Louvre, a rondar a obra que os imortalizou e que mudou suas vidas". Alguns exemplos: A Monalisa, a Vitória de Samotrácia, um Cristo deitado, um busto egípcio, todos enfocados pelo artista como almas errantes.
"A ideia foi brincar sutilmente com a transparência, como se as imagens estivessem surgindo do fundo da tela até sua presença dominar a obra de forma particularmente forte", explica Bilal, que também apresenta a biografia de cada "fantasma".
Um autor de histórias em quadrinhos no Museu do Louvre já é motivo suficiente para quem estiver em Paris não perder a oportunidade.
As telas estarão expostas até 18 de março deste ano na Sala das Sete Chaminés.
PUBLICADO NO SITE RFI
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