quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

MÊS DE MAIO EM LEOPOLDINA: MÊS DOS QUADRINHOS

O mês de maio tornou-se o mês dos quadrinhos para a pequena cidade de Leopoldina (MG). Em maio de 2007 foi inaugurada uma Gibiteca em uma escola pública, da periferia da cidade. Muita gente achou que seria um modismo passageiro, mas lá se foram 10 anos. 

Há exatamente 10 anos também tivemos o nosso I Seminário Sobre Quadrinhos, Leitura e Educação, no dia 18 de maio, para professores. Foram mais 300 participantes. Desde então os quadrinhos se tornaram a pauta de debates escolares na cidade e tivemos até a criação de outras gibitecas escolares.
O mês de maio tornou-se, também, o mês dos encontros da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial, criada e sediada em Leopoldina a partir dos vários encontros que se seguiram ao I Seminário Sobre Quadrinhos e Ensino e da realização do I Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial, em 2012.
Pesquisadores de várias regiões do Brasil passaram a se reunir em Leopoldina a cada dois anos, para apresentem os avanços que vem sendo realizados no ensino e em diversas áreas de pesquisa acadêmica a partir do uso dos quadrinhos como fonte.

Este ano, maio vai ser um mês mais do que especial. Teremos a Semana da Gibiteca (mais informações em breve), em comemoração aos 10 anos da Gibiteca Escolar e, quase em seguida, entre os dias 25 e 27, o III Entre Aspas, encontro dos pesquisadores da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial. 

Quem sabe, no futuro, Leopoldina não virá a se tornar o capital dos quadrinho no Brasil?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ESCOLHENDO UM NOME PARA A GIBITECA

Uma das primeiras inciativas que tomaremos nas comemorações dos 10 anos da Gibiteca é justamento nomeá-la. 

Pois é, não temos um nome para nossa Gibiteca Escolar. Passaram-se 10 anos e não paramos para pensar em qual pioneiro dos quadrinhos brasileiros homenagear. Mas nunca é tarde! 

Montamos uma enquete no blog da Gibiteca. Nossos leitores podem votar em até três nomes. Ao final da enquete, os três mais votados irão para um "segundo turno", onde um deles será escolhido para ser homenageado, pelos anos do 9º ano, turma de 2017. O nome do homenageado será relado no dia 11 de maio, aniversário da Gibiteca, durante uma cerimônia onde será inaugurada uma placa comemorativa dos 10 anos.

A enquete vai até dia 21 de março! Participe e nos ajude-nos a escolher o nome da nossa Gibiteca!

sábado, 18 de fevereiro de 2017

QUANDO UMA CIDADE ABRAÇA OS QUADRINHOS

Cidade de Angoulême preparada para receber visitantes para o 44º Festival de Histórias em Quadrinhos.
Entre 26 e 29 de janeiro a pequena comuna de Angoulême, na França, direcionou toda a sua atenção para o Festival Internacional de Quadrinhos, que este ano esteve em sua 44ª edição. A cidade de Angoulême, com suas catedrais góticas e muralhas medievais, abraçou há mais de quarenta anos a nona arte, não apenas no sentido festivo, mas também financeiro e educacional. 

Sua Escola de Quadrinhos (École Européenne Supérieure de l'Image), seus museus destinados aos quadrinhos e o Festival Internacional que ocorre todos os anos tornaram a cidade famosa em todo o mundo. E uma fama merecida. Os turistas, autores e jornalistas são calorosamente recebidos em meio ao inverno europeu. E a comuna lucra com isso: as HQs trazem turistas, incentivam o comércio e aumentam as vendas. É um bom negócio para todos.

École Européenne Supérieure de l'Image - Escola Superior de Quadrinhos e Imagem.
Em Angoulême a comunidade é desde cedo incentivada a ler através dos quadrinhos. Nas ruas do centro histórico da cidade, eles também se tornaram parte da história. Bustos de autores famosos como Hergé dividem espaço com estátuas de personagens históricos e com prédios que remontam à Baixa Idade Média. É simplesmente encantador.

Mais encantador ainda é observar a participação dos jovens e das crianças, que em excussões escolares lotam as exposições durante o festival. Exposições guiadas onde cada quadro merece atenção especial. Museus abrem as portas para os quadrinhos, que dividem espaço com relíquias do neolítico ou do Império Romano. No Museu da Resistência, dedicado aos franceses que não aceitaram passivamente a invasão nazista durante a II Guerra Mundial, eles estão lá para o deleite dos visitantes.
 
Os ônibus que circulam durante o Festival são customizados com temas referentes a HQs.
Não raro é possível ver um grupo de adolescentes, sentados na calçada, lendo uma revista em quadrinhos.  Leitores sendo formados de forma prazerosa, para quem o ato da leitura é tão natural quando respirar. Esta é a verdadeira educação pelos quadrinhos, que aproxima a leitor do texto e da imagem, onde a narrativa de fatos fictícios estimula a imaginação e a criatividade e onde histórias reais podem ser contadas em páginas cheias de cores, ação e emoção.

Não temos uma Angoulême no Brasil, mas temos quadrinhos nas escolas. Ou podemos ter. A leitura dos quadrinhos pode ajudar a ultrapassar limites, a romper barreiras que impedem aprendizado dos jovens. Não apenas os jovens podem ser beneficiados. O ato de ler deve acompanhar-nos por toda a vida. Ele estimula e mente e nos torna mais capazes de compreender a realidade onde vivemos, pois mesmo a ficção bebe da fonte do real e é capaz de divertir e informar.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

DEZ ANOS DA GIBITECA ESCOLAR

A primeira postagem de 2017 é especial. A nossa Gibiteca está comemorando este ano 10 anos de funcionamento. De lá pra cá muitos jovens leitores de quadrinhos foram formados na nossa escola, assim como tantos outros aprenderam com os quadrinhos como melhor se expressarem em diversos conteúdos.

Inaugurada no dia 11 de maio de 2007, a Gibiteca escolar começou como um pequeno projeto, envolvendo alunos do ensino fundamental. Tínhamos uma salinha minúscula, móveis abandonados no depósito, que os alunos do nono ano limparam e até consertaram, e um acervo doado de 1200 revistas em quadrinhos. 

Em 2011 conquistamos um espaço mais amplo, as antigas estantes de ferro ainda permanecem, mas juntaram-se a elas outras, assim como mesas e cadeiras que são usadas para atividades dentro da gibiteca. Nosso acervo é de quase 10.000 revistas e já podemos, inclusive, repassar partes dele para outras gibitecas.

Nossa Escola é mais do que agradecida pelo reconhecimento de toda a comunidade escolar, que não apenas abraçou o projeto como é, certamente, a responsável pela sua continuidade. Por isso, a Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado, em parceria com os órgãos responsáveis pela a educação e a cultura de Leopoldina, irão promover uma série de eventos em comemoração aos 10 anos da nossa gibiteca.

Iniciaremos com uma série de postagens semanais destacando atividades desenvolvidas na última década. Em breve será lançada, também, a programação oficial das comemorações.