terça-feira, 30 de março de 2021

SUGESTÃO DE ATIVIDADE: QUADRINHOS AO CUBO


Aprenda uma nova atividade para usar com seus alunos em sala de aula: quadrinhos ao cubo. Essa atividade ajuda a desenvolver a capacidade narrativa dos alunos e pode ser empregada em todos os anos do ensino regular. Essa atividade pode ser usada desde a alfabetização até o ensino médio e adaptada a todos os conteúdos.

Confira como desenvolver essa atividade com a professora Valéria Aparecida Bari, da Universidade Federal do Ceará.

   

quinta-feira, 25 de março de 2021

GRAMA: UM MANHWA QUE TODO MUNDO DEVERIA LER


Grama é um manhwa (história em quadrinhos coreana) produzida pela sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim e publicada no Brasil, em 2020, pela Pipoca & Nanquim. Grama é um quadrinho que todos deveriam ler. Ele fala sobre a história dramática das mulheres que foram vitimadas pelo sistema de comfort women (mulheres de conforto), criado pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Este episódio é pouco conhecido, mas muito representativo, pois expõe mazelas da sociedade patriarcal que ainda permanecem e que precisam ser combatidas. Fala sobre a escravidão sexual, que vitimou centenas de milhares de mulheres e que ainda está presente nos dias de hoje.

Comfort women é um termo utilizado para designar as mulheres que, durante a Segunda Guerra Mundial, foram forçadas à escravidão sexual em bordéis criados pelo exército japonês. Esse sistema de exploração sexual baseado na criação de “estações ou casas de conforto” vitimou centenas de milhares de mulheres que ainda aguardam a reparação pelos danos físicos e psicológicos deixados pela experiência.

O sistema de comfort women teve origem na prática institucionalizada pelo Estado japonês de enviar mulheres jovens ao estrangeiro como escravas sexuais. País profundamente patriarcal, o Japão tratava as mulheres como uma mercadoria. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão impôs essa realidade às suas colônias, criando o sistema de comfort women para atender às necessidades de seus soldados. 

Foram criadas cerca de 400 “estações de conforto”, espalhadas pela China, Filipinas, Taiwan, Cingapura, Indonésia, Birmânia, Tailândia e Vietnã, sempre próximas às bases militares. Estima-se que cerca de 80 a 200 mil mulheres foram forçadas a prestar serviços sexuais a soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que apenas 30% delas sobreviveram. O maior número de mulheres era de origem coreana, cerca de 80% delas.[1]

Grama nos coloca dentro das memórias de uma das sobreviventes, a vovó Ok-sun Lee. É, portanto, é um quadrinho biográfico e, ao mesmo tempo, uma reportagem em quadrinhos ou jornalismo em quadrinhos que dá voz àquelas mulheres que foram esquecidas ou silenciadas pela história.

 

Em respeito às vítimas e suas famílias, Keum Suk Gendry-Kim teve especial cuidado com as cenas que envolviam violência. Segundo autora, por ser mulher, consegue se colocar melhor no lugar das sobreviventes e sensibilizar com sua dor de uma forma que um homem não conseguiria. “Precisamente por ser mulher, provavelmente estou melhor posicionada, em relação aos artistas masculinos, para compreendê-las. Prestei atenção especialmente às cenas de estupro para não mostrá-las diretamente nas imagens.”[2]  

Ao contrário da Alemanha, que, após a Segunda Guerra Mundial, assumiu a responsabilidade pelos crimes cometidos contra a humanidade, o Japão não apenas negou a existência das “estações de conforto” como também destruiu provas da sua existência. Além disso, o sistema não foi encerrado após a guerra. Durante a ocupação estadunidense, ele continuou funcionando, atendendo agora aos soldados dos Estados Unidos. Estima-se que, após a guerra, cerca de 70.000 mulheres foram escravizadas para atender a 350.000 soldados durante a ocupação do Japão.[3]

A busca pelo reconhecimento dos crimes e por reparação tem sido a luta das sobreviventes e suas famílias desde a década de 1990, quando surgiram as primeiras denúncias.  A sociedade mobilizou-se, tanto na Coreia quanto em outros países, nos quais as mulheres também foram vítimas da escravidão sexual durante e depois da Segunda Guerra, incluindo o próprio Japão. “Grama” e outras obras que abordam o tema cumprem o papel de reivindicar esse “dever de memória” e ser o lugar de fala dessas mulheres que, por quase 50 anos, permaneceram resignadas e silenciadas em seus sofrimentos, mas que agora estão tendo-os registrados nos anais da história.

A luta das comfort women tornou-se a luta de todas as mulheres contra a exploração sexual e o machismo, que as sufocam e oprimem em todo mundo, não apenas no Leste Asiático. “Grama” fala com essas mulheres a partir da linguagem universal da justiça, da reivindicação de uma memória, mesmo que dolorosa, dando nome e identidade a mulheres que foram por décadas silenciadas.

O que você achou desse assunto?

Você gostaria de ter essa HQ na nossa Gibiteca?

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Bibliografia consultada:

[1] OKAMOTO, Julia Yuri. As “mulheres de conforto” da Guerra do Pacífico. Revista de Iniciação Científica em Relações Internacionais, João Pessoa, v. 1, n. 1, 2013. p. 92-93. Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/index.php/ricri/article/view/17698/10136>. Acesso em: 12 out. 2020.

 [2] NOGUEIRA, Natania Aparecida da Silva. Entretien avec l'artiste de bande dessinée. Entrevista com Keum Suk Gendry-Kim. Mensagem recebida por: <natania.nogueira2010@gmail.com> em 30 set. 2020.

[3] RAYMOND, Janice. 70 anos depois, um novo sistema de “mulheres de conforto”. Medium. Feminismo com classe. Disponível em: < https://cutt.ly/ngk6PKO >. Acesso em: 28 set. 2020.

 

 


terça-feira, 23 de março de 2021

HALLYU, A ONDA COREANA: VOCÊ SABE O QUE É ISSO?

A Onda Coreana ou Hallyu, que pode ser resumido na expansão de múltiplos aspectos da cultura sul-coreana para as mais diversas regiões do mundo. Este fenômeno se baseia na exportação e popularização de produtos culturais sul-coreanos, a partir da década de 1990. Destes produtos culturais podemos destacar os k-dramas, os grupos musicais k-pop (estilo musical criado na Coreia do Sul) e histórias em quadrinhos, que lá recebem o nome de manhwas. 

Grupo de K-Pop, BTS, formado em 2013.

Esta nova mania que está tomando o mundo fica cada vez mais persente no dia a dia dos nossos jovens, fãs de dramas que podem ser encontrados no Youtube, em site organizados por fãs e em no Netflix, por exemplo. Eles também consomem em grandes quantidades músicas de grupos do K-POP como o Black Pink, o BTX, o EXO e o ASTRO. 

Os manhwas também estão presentes como leitura para os jovens, muitas vezes confundidos com os mangás. Na Gibiteca Helena Fonseca temos, por exemplo, alguns desses quadrinhos, como o Tarot Café, um manhwa publicado no Brasil e que fez um grande sucesso. 
Manhwa (quadrinho sul coreano) - Tarot Café.

Querem conhecer um pouco mais dessa Onde Coreana? Separamos para vocês um vídeo onde especialista falam um pouco sobre isso, indicando e analisando filmes, séries e quadrinhos para quem se interessa pelos produtos culturais. do leste asiático.
 
 

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quinta-feira, 18 de março de 2021

QUE TAL APRENDER A FAZER SEUS PRÓPRIOS BLOCOS E CADERNOS?

O professor Amaury Fernandes, da UFRJ, esteve em Leopoldina (MG), em maior de 2019 e ministrou um minicurso sobre encadernação, dando dicas de como fazer blocos. É simples e muito tranquilo de se fazer, nós testamos. 

Nós gravamos e editamos um vídeo dando o passo a passo. Que tal preparar criar seus próprios cadernos e blocos personalizados? O resultado é fantástico! Nós testamos, usando materiais simples! 


Nós testamos e deu certo: usamos papel de presente comum e tecido para fazer as capas.

Inclusive, na falta do material indicado no vídeo você pode improvisar, sem problemas, usando, por exemplo, papel de presente comum, restos de tecido (retalhos), etc. Você pode usar o tema que quiser e fazer seus blocos e cadernos roubarem elogios dos seus colegas. O que vale é usar a sua imaginação e se divertir fazendo seu próprio material escolar.

 

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terça-feira, 16 de março de 2021

SERÁ QUE VOCÊ REALMENTE SABE QUEM SÃO OS VINGADORES?

Os Vingadores  (The Avengers) são um grupo de super-heróis das Histórias em Quadrinhos (HQs), criado por Stan Lee, Jack Kirby e Dick Ayers, em 1963, e publicados desde aquela época pela editora Marvel Comics, nos Estados Unidos. A Marvel também criou e publica as aventuras de outros super-heróis como o Homem Aranha, o Demolidor e a Miss Marvel.

Nos quadrinhos, tudo começou com Loki, o deus da trapaça tentando usar o Hulk para se vingar de seu irmão, Thor. Mas o Deus do Trovão recebeu ajuda de outros heróis da terra, Homem de Ferro, Homem-Formiga e a Vespa, que juntos conseguiram derrotar Loki e salvar o Hulk. Diferente do que foi mostrado no cinema, vai ser o Homem-Formiga que vai sugerir que o grupo permaneça unido e a Vespa que escolheu o nome do grupo, batizando-o de “Avengers”.  Vai ser apenas na quarta aventura do grupo que o Capitão América vai ser recrutado. Sendo assim, ele não um dos membros fundadores do grupo, como muitas pessoas acreditam.

Primeira aventura dos Vingadores, em 1963.

A equipe de super-heróis mais poderosa da terra passou por muitas fases, nas quais muitos dos seus membros abandonaram o grupo ou foram substituídos.  Alguns Vingadores chegaram a morrer nos quadrinhos, outros tornaram-se vilões e se voltaram contra seus companheiros. Os Vingadores lutaram muitas vezes ao lado de outros grupos e outros super-heróis, como os X-Men e os Guardiões da Galáxia.

A equipe, que existe há mais de cinquenta anos, foi ganhado o gosto do público e hoje podemos encontrar os Vingadores facilmente em jogos, roupas, material escolar, desenhos animados e filmes. No cinema eles fizeram um grande sucesso, popularizando heróis pouco conhecidos como a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro e inaugurando uma nova era no cinema, com efeitos especiais fantásticos e batalhas de tirar o fôlego.

Os Vingadores no cinema.
No Brasil suas histórias foram publicadas pela Editora Abril, na década de 1980, na revista Heróis da TV, da qual temos vários números na nossa Gibiteca. Posteriormente, os Vingadores passaram a ser publicados no Brasil, pela Editora Panini, em vários títulos. Desses títulos, temos disponíveis na Gibiteca Helena Fonseca vários números de “Vingadores”, os “Novos Vingadores”.

Você é fã dos Vingadores? Se é deixe aqui seu comentário sobre o grupo e aponte seu personagem preferido.

 

domingo, 14 de março de 2021

RETOMANDO AS POSTAGENS NO BLOG


 Saudações a nossos leitores e leitoras!

A Gibiteca Helena Fonseca está inativa há vários meses devido à pandemia de Covid-19, por conta da reorganização que tivemos que fazer para poder adaptar nossas aulas à nova realidade. No entanto, ainda estamos aqui e vamos retomar nossas postagens a  partir de hoje, trazendo dicas de quadrinhos para leitura, recomendando vídeos e atividades para professores que querem utilizar quadrinhos como ferramenta de ensino.

Quanto à Gibiteca, espaço físico, temos novidades. Nosso espaço está passando por uma reorganização, recebendo mais material e tendo o acervo sendo higienizado (passamos muito tempo fechados, é necessário), para podermos receber os alunos quando retornarem as aulas presenciais. Além disso, a conservação do acervo é necessária e deve ser regular.

Esperamos poder trazer novidades para quem se interessa por quadrinhos e educação e queremos suas sugestões para nosso blog. A Gibiteca Helena Fonseca está caminhando para completar 15 anos de existência em 2022 e queremos manter vivo nosso compromisso com nossos alunos, professores e toda a comunidade escolar, além de você, nosso leitor, que vem nos acompanhando desde o início das nossas atividades.

Dito isso, convidamos todos a compartilhar conosco nosso amor pelos e pela educação.

Direção da E. M. Judith Lintz Guedes Machado

Coordenação da Gibiteca Helena Fonseca