quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Quadrinhos: mulheres mostram que também têm muitas histórias a contar


Seja com lápis ou canetas em punho, é comum expressar as histórias da imaginação por meio das narrativas visuais, que se confundem ordenadamente entre desenhos e balões de fala. Nomes como os de Maurício de Sousa, Ziraldo e Laerte Coutinho foram alguns dos que popularizaram as histórias em quadrinhos no País. Embora nos venha à memória um extenso número de referências masculinas, este universo está longe de ser habitado somente por homens: as mulheres provam que, por meio de sua amplitude de sentimentos e ideias, também possuem muitas histórias a contar (ou desenhar).
Fábulas em quadrinhosEm Manaus, a psicóloga Viviane Bandeira, 38, exibe orgulhosa o acervo dos mais de 40 quadrinhos desenhados por hobby desde os 15 anos. Reconhecida pelos professores na infância como uma criança que ‘carimbava’ desenhos em todas as páginas do caderno, ela retrata em suas histórias verdadeiros contos de fantasia e ficção, onde vilões e mocinhas terminam apaixonados. Totalmente autodidata,  ela firmou como sua principal base a história “Sandman” (1988), de Neil Gaiman.
“Enquanto as meninas gostavam de sair, eu gostava de ler livros, e me aprofundar nos quadrinhos. Meu objetivo era tornar cada vez mais fidedigna a imagem nos desenhos. Penso que a visão das mulheres nos quadrinhos é dar maior profundidade nas histórias, com uma sensibilidade diferente da dos homens - um pouco mais voltada à ação. Se eu pudesse dar uma mensagem às mulheres que escrevem quadrinhos, diria para tentarem conciliar as carreiras com os desenhos”, pontua Bandeira.
A força femininaDesmitificando a imagem de que os desenhos das mulheres se inspiram apenas na delicadeza e no romantismo, a ilustradora Carol Peace, 26, também começou cedo na área: aos nove anos ingressou no curso de quadrinhos da Federação de Escolas Simonsen Faculdades Integradas, no RJ. Em 2008, ela lançou o fanzine “Sigma”, totalmente editado em inglês, sob o gênero cyberpunk, do segmento de ficção científica, pouco povoado por mulheres. Atualmente ela auxilia o roteirista Bruno Cavalcante desenhando algumas páginas para o projeto Black Hammer, um HQ com traços que lembram o mangá, mas cujas formas corporais se parecem com os comics americanos.
“Muita gente acha que mulheres vão escrever só sobre coisas ‘fofinhas’, mas não escrevo histórias de romance. Escrevo o que as mulheres querem ler nos quadrinhos, que não são os casais românticos, e sim heroínas fantásticas. Existe uma personagem chamada Glory, criada por Rob Liefeld, que foge ao estereótipo do quadrinho para mulheres: ela é uma ogra e passa por altos e baixos. Com ela, é possível mostrar que as mulheres não são frágeis, e sim fortes”, enfatiza Carol.
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