Desde o começo do mês está definitivamente proibido o uso de
aparelhos eletrônicos em salas de aula das escolas públicas e privadas
do ensino fundamental e médio do Paraná. A nova lei vem para apoiar o
que já estava no regimento das escolas. Algo que antes era só uma norma
interna, agora está amparado na legislação estadual.
Em entrevista para o Diário a diretora de Ensino da Secretaria de
Educação de Maringá, Mara Mello, diz que desde que foi observado que os
aparelhos eletrônicos começaram a invadir o espaço escolar já havia sido
iniciado um trabalho de conscientização dos alunos e da comunidade para
coibir a prática em sala de aula.
A professora, Sara Ester Meneghetti leciona na Escola Municipal
Pastor João Barbosa de Macedo, em Maringá, e conta que o assunto sempre
foi discutido com os alunos, pois a proibição é uma das normas da
instituição. “Confesso que as crianças nunca deram a importância devida
ao que eu recomendava, mas no dia em que o Diário publicou a reportagem
com a manchete ‘Uso de aparelhos eletrônicos é proibido por lei’ todos
os estudantes ficaram curiosos em ler a notícia. A palavra ‘lei’
despertou um certo medo em quem não respeitava as normas escolares.”
Com o interesse dos alunos, Sara realizou um debate sobre o tema.
“Neste momento eles puderam expor opiniões, justificar e argumentar”,
comenta. A estudante Larissa Soares Rodrigues, acredita que a regra é
certa, sim. “Diferente da maioria dos alunos, eu não acho que o celular
vai me ajudar em sala de aula, ao contrário, com o acesso à internet nos
distraímos facilmente e ficamos mais preguiçosos, qualquer dificuldade
nas atividades acabamos buscando a resposta pronta em sites, isso só nos
prejudica.”
“A escola é uma ambiente seguro, qualquer necessidade de comunicação
com os pais das crianças, elas podem usar o telefone fixo. A proibição é
válida, pois não acredito que o aluno consiga, ao mesmo tempo, prestar
atenção na aula e mexer em aparelhos eletrônicos”, ressalta a
supervisora pedagógica, Simone Isabel de Souza.
Produção
Depois de participar da formação do Diário na Escola sobre como
construir o humor e as histórias em quadrinhos (HQ) a partir das
notícias do jornal, e aproveitando que este é o gênero textual
trabalhado neste bimestre, a professora solicitou às crianças que
criassem charges sobre a nova lei. “Elas adoraram produzir HQ, desde que
apresentei o conteúdo todo o tema que desenvolvo em sala de aula os
alunos querem finalizar a uma charge, tirinha ou história em
quadrinhos”, conta Sara.
“A charge é uma das partes mais divertidas do jornal, poder criar uma
foi muito divertido. O interessante é que neste tipo de produção você
pode fazer uma brincadeira, sem ser mal educado”, relata a aluna Vitoria
Emanuelle de Souza Pereira.
Retirado de "O diários na Escola"
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