segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Proibição do uso de celular em sala de aula é tema de debate em escola


Desde o começo do mês está definitivamente proibido o uso de aparelhos eletrônicos em salas de aula das escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio do Paraná. A nova lei vem para apoiar o que já estava no regimento das escolas. Algo que antes era só uma norma interna, agora está amparado na legislação estadual.

Em entrevista para o Diário a diretora de Ensino da Secretaria de Educação de Maringá, Mara Mello, diz que desde que foi observado que os aparelhos eletrônicos começaram a invadir o espaço escolar já havia sido iniciado um trabalho de conscientização dos alunos e da comunidade para coibir a prática em sala de aula.

A professora, Sara Ester Meneghetti leciona na Escola Municipal Pastor João Barbosa de Macedo, em Maringá, e conta que o assunto sempre foi discutido com os alunos, pois a proibição é uma das normas da instituição. “Confesso que as crianças nunca deram a importância devida ao que eu recomendava, mas no dia em que o Diário publicou a reportagem com a manchete ‘Uso de aparelhos eletrônicos é proibido por lei’ todos os estudantes ficaram curiosos em ler a notícia. A palavra ‘lei’ despertou um certo medo em quem não respeitava as normas escolares.”

Com o interesse dos alunos, Sara realizou um debate sobre o tema. “Neste momento eles puderam expor opiniões, justificar e argumentar”, comenta. A estudante Larissa Soares Rodrigues, acredita que a regra é certa, sim. “Diferente da maioria dos alunos, eu não acho que o celular vai me ajudar em sala de aula, ao contrário, com o acesso à internet nos distraímos facilmente e ficamos mais preguiçosos, qualquer dificuldade nas atividades acabamos buscando a resposta pronta em sites, isso só nos prejudica.”
“A escola é uma ambiente seguro, qualquer necessidade de comunicação com os pais das crianças, elas podem usar o telefone fixo. A proibição é válida, pois não acredito que o aluno consiga, ao mesmo tempo, prestar atenção na aula e mexer em aparelhos eletrônicos”, ressalta a supervisora pedagógica, Simone Isabel de Souza.

Produção
Depois de participar da formação do Diário na Escola sobre como construir o humor e as histórias em quadrinhos (HQ) a partir das notícias do jornal, e aproveitando que este é o gênero textual trabalhado neste bimestre, a professora solicitou às crianças que criassem charges sobre a nova lei. “Elas adoraram produzir HQ, desde que apresentei o conteúdo todo o tema que desenvolvo em sala de aula os alunos querem finalizar a uma charge, tirinha ou história em quadrinhos”, conta Sara.

“A charge é uma das partes mais divertidas do jornal, poder criar uma foi muito divertido. O interessante é que neste tipo de produção você pode fazer uma brincadeira, sem ser mal educado”, relata a aluna Vitoria Emanuelle de Souza Pereira.

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