sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quadrinhos de pernambucanos em exposição no Shopping Guararapes

Trabalhos de quadrinistas pernambucanos serão expostos, a partir desta segunda-feira (26), no Shopping Guararapes, em comemoração ao Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, celebrado na sexta-feira (30). A programação da primeira Expocomics Guararapes tem ainda mesas temáticas para discutir o tema e mostra de edições raras.

Jarbas Domingos, Bruno Alves, Romo Oliveira, Luciano Felix, Rafael Anderson, Thony Silas, Wamberto Nicomedes, Milton Estevam, Amaro Braga, Danielle Jaimes, Roberta Cirne, Laerte Silvino, Eduardo Schloesser e Rodrigo Acioli são os artistas que vão expor seus quadrinhos no mall.

Além disso, o colecionador Filipe Lira, da Fênix Comic Shop, trará quadrinhos raros e edições históricas de personagens como Homem-Aranha e Capitão América e relançamentos de edições raras como a do Batman em 1940.

As mesas temáticas serão no último dia da Expocomics, sábado (31), começando com o debate sobre A história do quadrinho nacional, com Bruno Alves e Murilo Lima. Em seguida, as discussões serão sobre a publicação de quadrinhos no Brasil, com Luciano Félix e Laerte Silvino, e quadrinistas brasileiros no exterior, com Thony Silas.
SERVIÇO Expocomics Guararapes

Com exposição de trabalhos de pernambucanos, edições raras e mesas temáticas
De 26 a 31 de janeiro
No Shopping Guararapes

Publicado no UOL

DIA NACIONAL DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO


Nesse dia 30 de Janeiro de 2015, a Gibiteca de Curitiba vai receber para um bate papo quadrinistas e editores para pontuar, debater e revelar quais são os planos e o futuro para os quadrinhos para o ano de 2015.
Ingresso: gratuito 
Data(s): 30/01/2015 
Horário(s): 19h às 21h 
Público Dirigido: não 
Espaço Cultural: Gibiteca de Curitiba

Os apaixonados por publicações em quadrinhos e seus personagens vão poder curtir o 2º HQ Comics Expo Embu das Artes no próximo final de semana. A abertura oficial da Exposição Coletiva Arte Embu Comics acontece na sexta-feira, dia 30, às 19h, no Centro Cultural Mestre Assis. Participam da mostra grafiteiros, quadrinistas e artistas da cidade e região, com pinturas e desenhos inspirados em histórias em quadrinhos e seus personagens. A exposição será das 9h às 20h, no sábado e domingo, dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Como já é tradição os fãs geralmente comparecem ao evento vestidos iguais aos seus personagens preferidos.  Por isso a HQ Comics de Embu elegerá os melhores cosplayers que circularem pelo local. 



O Espaço Multiverso, de casa nova, realizará nos dias 30, 31 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano a 8ª Feira de Quadrinhos e Artes, evento em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional (30 de janeiro). O local terá promoções, lançamentos, oficinas, bate-papos e sessões de autógrafos. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"Grande Sertão: veredas" ganha versão em quadrinhos

Assim como o Sertão, o romance Grande Sertão: veredas, obra-prima do mineiro João Guimarães Rosa, também é o mundo, é em toda parte, é dentro da gente, é sem lugar, é o sozinho. Uma das narrativas mais tocantes e trabalhadas da literatura brasileira, o volume é tão amado quanto respeitado – e, justamente por isso, considerado quase irretocável. Recriar ou inventar em cima de um livro tão icônico parece, na melhor das hipóteses, risco desnecessário.

Viver, no entanto, é muito perigoso, e a vida quer da gente coragem. Dois quadrinistas gaúchos, Eloar Guazzelli e Rodrigo Rosa, aceitaram o desafio proposto de contarem em HQ a história de Riobaldo, da guerra entre jagunços, o amor por Diadorim e a existência do diabo. Grande Sertão: veredas – graphic novel (Biblioteca Azul) foi publicado no final ano passado, em uma edição caprichada e com tiragem limitada de 7 mil exemplares. Uma versão ousada, com qualquer adaptação do clássico teria que ser.

No volume, com 180 páginas, reduz bastante as mais de 600 do romance – a principal dificuldade, segundo o roteirista Eloar Guazzelli. Experiente em adaptações, ele precisou, para poder cortar com coerência, colocar os acontecimentos em ordem cronológica, em oposição às deliciosas idas e vindas do pensamento de Riobaldo. Não sem uma boa dose de sofrimento, boa parte das elucubrações do personagem-narrador foram postas de lado, assim como algumas histórias paralelas. “Eu tive que cometer o crime de retirar coisas da obra”, define Eloar.

PUBLICADO NO: JORNAL DO COMÉRCIO

sábado, 17 de janeiro de 2015

Quadrinhos contra o Ebola

O artista moçambicano Justino Cardoso, 54 anos, lançou em agosto do ano passado uma polêmica obra em quadrinhos sobre os perigos epidêmicos do ebola.

O lançamento foi em conjunto com uma exposição no Museu Nacional de Etnologia de Nampula, região norte de Moçambique, no dia 06 de agosto de 2014 com encerramento no dia 06 de setembro do mesmo ano. Nampula está numa região com grande movimentação de imigrantes, principalmente de lugares afetados pelo ebola.

A história em quadrinhos "O Sorriso do Ebola" ironiza a doença e sua mortandade, alertando seus leitores sobre os verdadeiros riscos de surto epidêmico. Seu objetivo é a conscientização das populações tanto locais quanto vindas das regiões mais afetadas do continente. Material publicado no país, mas ainda não aproveitado pelos países vizinhos.

O artista já havia participado de outro lançamento de livro, "Macuas de Moçambique", e ministrado um curso, em comunhão com a UNESCO, de artes gráficas, desenho e escultura na instituição, e viu oportuno fazer uma narrativa informativa de alerta às populações na região. O Ebola voltou enquanto surto no começo de 2014 e ainda é uma doença ameaçadora no continente africano, aproximando-se de 9 mortes em 21 mil casos registrados até recentemente. A Organização Mundial de Saúde, no dia 14 de janeiro deste ano, registrou queda na mortalidade, apesar de que a crise do Ebola deve durar até final de 2015.

Se a taxa de tratamento e hospitalização continuar na faixa de 85%, o desfecho da epidemia poderá ocorrer em junho de 2015, segundo o pesquisador John Drake, da Escola de Ecologia Odum da Universidade da Geórgia.
 
PUBLICADO NO QUADRO A QUADRO

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Revista em quadrinhos de jovem em Divinópolis fala sobre solidariedade

Aos 19 anos, Gustavo Majory, um jovem estudante de Divinópolis, apaixonado por poesias, decidiu reinventar a forma de escrever e passou a produzir revistas em quadrinhos. A edição de número um, foi lançada essa semana com o tema "Natal Solidário". A intenção do jovem é conscientizar leitores que atitudes muitas vezes banalizadas, podem fazer a diferença na sociedade.
Segundo Gustavo o estilo de escrita não chamava muito a atenção dele, já que sempre esteve ligado à poesias. Há um ano quando decidiu que faria as revistas, com ajuda de um amigo desenhista, passou a pesquisar temas de venturas que pudessem despertar a consciência das pessoas com relação a atos banalizados, como ajudar um menino de rua. "A decisão por fazer gibi veio naturalmente. Acho que as pessoas que escrevem passam por fases, já escrevi muitas poesias, crônicas, ao decorrer do tempo vamos mudando e agora decidi investir em histórias de quadrinhos", disse.
A intenção do jovem escritor é que a cada mês a revista trate de um teme e já está programado para a próxima edição  uma revista que tratará de meio ambiente. "A intenção é falar da limpeza do nosso rio Itapecerica", disse.
Primeira edição
Com o tema "Natal Solidário", a revista conta a história de uma turma chamada pelo autor de "Turminha do Itapecerica", onde três personagens principais, que são crianças com idades de sete e oito anos, se unem para proporcionar um Natal diferente para um menino de rua. Juntos eles acionam outros amigos e recolhem roupa, brinquedos e até comida. Em seguida fazem a entrega dos presentes juntos. "A ação é mobilizada pelas próprias crianças. A intenção é mostrar que é possível fazer algumas coisas que ao final vão gerar satisfação para a sociedade. O menino ficou feliz e as crianças que ajudaram também", disse

Disponível em: G1 CENTRO OESTE MG

Aprendendo com os quadrinhos

por
Inaldo da Paixão Santos Araújo





Certo dia, escrevi que muito aprendi e aprendo com as histórias em quadrinhos. Apesar de ser um entusiasta por mudanças e em nelas acreditar, não mudei o meu pensar. Como já confessei alhures, se hoje sou um apaixonado pelos livros, o meu encantar teve como mote principal a arte dos quadrinhos. Saudades (sempre!) das primeiras leituras de Mickey Mouse e dos geniais heróis, da Marvel e da DC Comics.
Muitos desconhecem a essência dos quadrinhos e até os banalizam. O fato é que eles são importantes no processo de aprendizagem, e isso não deve, nem pode, ser desconsiderado.
Entendo que a história em quadrinhos representa a junção de duas artes: o desenho e a escrita. E não podemos esquecer: é a arte que nos aproxima do divino.
Desse modo, a leitura visual é um fator que motiva e desperta o interesse para a leitura, de forma criativa, lúdica e prazerosa, ampliando o potencial de comunicação e conhecimento, até mesmo para os pequenos que não sabem “ler” (no sentido convencional do verbo).
Assim sendo, gosto, sempre que possível, de utilizar essa figura que encanta como um veículo que transmite bons exemplos, promovendo, igualmente, o ensino de bons valores e de bons hábitos.
Utilizar o quadrinho para o ensino torna a apreensão do conhecimento algo muito mais descomplicado, pois o estudo se torna uma enorme brincadeira. E afinal, quem não gosta de aprender brincando?
Não é à toa que o dizer atribuído a Platão assim informa: “Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa”.
Mas voltando ao tema dos personagens dos quadrinhos, há muito deixei de ler os almanaques da Disney. Muito tempo faz que não lia o universo dos super-heróis. Não consegui acompanhar suas constantes alterações, seus estranhos mundos, suas mudanças de uniformes e suas mortes e ressurreições.
Para os não iniciados, explico a quais heróis me refiro: da editora DC Comics, o Batman e o Super-Homem; já os da editora Marvel, o Homem de Ferro, o incrível Hulk, o Thor, o Capitão América e o impressionante Homem-Aranha.
Faz algum tempo, ao passar em uma banca de revistas, em um centro comercial da cidade (alguém já percebeu que na orla de Salvador não existem bancas de jornais? Aliás, o que existe mesmo naquilo que nós soteropolitanos denominamos de orla?), chamou minha atenção uma nova publicação do Homem Morcego.
Como era o número um, resolvi comprar e voltar ao passado, ou tentar entender o presente.
Fui duplamente agraciado. Primeiro, ao ler a revista, lembrei-me das minhas leituras às tardes, no bairro de Itapuã, local onde passava o verão e não via o tempo passar. Hoje, como já escrevi, não passo – nem posso passar – na praia de Itapuã.
Naqueles tempos, como era difícil conseguir dinheiro com o velho Paixão para comprar um exemplar para minha pequena coleção de gibis! (um dia, ainda confesso meus pecados). Mas hoje o que me falta é, cada vez mais, tempo para ler.
O segundo motivo para o meu contentar foi o discurso proferido por Bruce Wayne (o Batman) sobre o dia de amanhã, nas primeiras páginas da revista, na história “Truque com facas”, com roteiro de Scott Snyder.
Nele, o milionário Bruce Wayne, ao defender propostas inovadoras para a cidade de Gotham City, relata que não há sentido em se preocupar com o que se foi ou com o que se é, mas, sim, com o que se quer ser. No transcurso da sua fala, Wayne rememora um dizer de seu pai e verbaliza que “o amanhã está a um sonho de distância”.
Ao ler essa frase, muito refleti sobre a importância do sonhar e do acreditar para a transformação de uma realidade. Em outras palavras, toda realização humana depende sempre do ato de idealizar.
É, caro leitor, em face das atribulações da vida, tenho deixado de lado muitas coisas boas, simples e, paradoxalmente, importantes.
Entretanto, permita o Senhor que eu não perca a minha capacidade de ler e que, nas minhas leituras – seja de livros ou de quadrinhos –, eu continue a compreender o quanto é bom recordar, o quanto é bom viver, o quanto é bom aprender, o quanto é bom sonhar; afinal, não é o sonho que nos separa do amanhã? Contudo, o que ao mesmo tempo separa aproxima.
Além disso, não é no amanhã que, como poetizou Guilherme Arantes, “está toda a esperança por menor que pareça” e “mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar”?  
Texto original disponível em: Tribuna da Bahia