quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

HQ em Foco e Nanquim Descartável

A equipe da escola HQ em Foco fez uma homenagem especial ao Dia Nacional dos Quadrinhos. O desenho é de Wanderson de Souza e os personagem são de Dainel Esteves (clique em cima a imagem para ampliar).

E já que estamos falando deles, nada mais legal do que indicar uma revista em quadrinhos cujo pano de fundo são os quadrinhos. A HQ em Foco lançou durante a FIQ a revista NANQUIM DESCARTÁVEL.

"Nanquim Descartável narra às loucas aventuras de Ju e Sandra, duas garotas comuns que moram juntas e fazem HQs. Ju é uma garota completamente caótica, roteirista de quadrinhos e estudante de jornalismo. Sandra uma moça modernosa, desenhista de quadrinhos e estudante de artes-plásticas. As histórias se centram na vida pessoal das duas e começa com a aparição de Tuba, um rapaz bem-humorado e atrapalhado que também faz quadrinhos e se tornará amigo das duas."

Para saber como adquirir a revista (que não é cara) é só clicar. Eles mantém um blog, também, cujo link é www.escola-hqemfoco.blogspot.com

Editora Globo tira os quadrinhos das bancas

Esta semana tivemos uma notícia ruim: no mês de fevereiro não terá revistas em quadrinhos da Globo em bancas. Assim vão ser interrompidas as revistas Menino Maluquinho, Junin, Julieta - A Menina Maluquinha, Cocoricó, e Sítio do Picapau Amarelo, Cuca, EmíliaVocê Sabia - Sítio do Picapau Amarelo, todas hqs nacionais. Uma péssima notícia para a semana em que se comemora o dia Nacional dos Quadrinhos.

A editoria ira publicar quadrinhos apenas na forma de livros, pois estes tem saída em livrarias (como Menino Maluquinho, Turma do Pererê etc.), é provável que outros títulos como Cocoricó tenham o mesmo destino. Infelizmente, nem todas as cidades do Brasil possuem boas livrarias e o preço dos álbuns é muito maior do que o dos gibis que compramos nas bancas. Assim, muitas pessoas – entre crianças e adultos – não terão mais o acesso fácil a este material. O Universo HQ fez um matéria muito boa sobre o assunto. Para conferir, clique aqui

Dia nacional dos quadrinhos!

Hoje é uma data muito especial para quem é fã de quadrinhos: HOJE É O DIA NACIONAL DOS QUADRINHOS!

Esta data foi criada em homenagem à primeira publicação de quadrinhos no Brasil, em 1869: “As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte” foi escrita e O personagem desta primeira HQ era um caipira, que, hoje, um dos símbolos da cidade de Piracicaba (SP). A história, contada em nove páginas duplas e com todas as características de quadrinho.

O marco oficial da criação da primeira HQ é dos americanos, com o Yellow Kid (o Menino Amarelo) de Richard Outcault, em 1895, mas apesar dos norte-americanos se considerarem os criadores deste gênero narrativo, as HQs já existiam em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

Sobre autor da primeira HQ brasileira

Angelo Agostini nasceu no ano de 1843 em Vercelli, no Piemonte (Itália) e passou a infância e a adolescência em Paris. Veio ao Brasil (São Paulo) quando tinha 16 anos acompanhado da mãe, que era cantora lírica e estava em turnê. Em 1864, quando começou a desenhar para a revista O Diabo Coxo. Em 1867, muda-se para o Rio de Janeiro, onde foi o fundador e, em muitos casos, diretor dos mais importantes jornais e revistas ilustradas no período de 1864 a 1903: O Cabrião, A Vida Fluminense, O Mosquito, Revista Ilustrada e Don Quixote. Agostini conseguiu a cidadania brasileira em 1888.

Agostini também foi o inventor da “revista em quadrinhos” no brasileira: devido ao grande sucesso de Zé Caipora (considerado o primeiro personagem de longa duração criado no Brasil). Seu personagem ainda inspirou músicas e chegou a virar filme. Agostini também participou da fundação da mais importante revista infantil brasileira, O Tico-Tico, para a qual fez algumas ilustrações.

Angelo Agostini esteve à frente de sua época, criou um estilo, influenciou e tornou a caricatura, a sátira política e os quadrinhos parte de nossa nascente imprensa. Por esses feitos, o dia 30 de janeiro ficou instituído como o Dia do Quadrinho Nacional.

Sobre a primeira HQ

Nhô-Quim contava a história de um caipira rico e ingênuo, que vai à corte, acaba se perdendo e se envolve em todo tipo de trapalhadas. A história mostrava o conflito entre a cultura rural e urbana. É uma história hilariante, onde o autor procura fazer críticas aos problemas enfrentados na cidade, aos modismos e costumes da sociedade da época, além de aproveitar para fazer sua costumeira critica política (Agostini era republicano e não perdia oportunidade para criticar a monarquia).

Recentemente foi lançado um álbum com os principais trabalhos com quadrinho de Ângelo Agostini As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883, Senado Federal, organizado pelo jornalista e pesquisador Athos Eichler Cardoso.

Como estão os quadrinhos no Brasil?

No Brasil, os quadrinhos ainda lutam para serem reconhecidos como uma forma séria de fazer arte e literatura. Algumas conquistas vieram, como a entrada dos quadrinhos nas escolas, através do MEC, prêmios como o Trofeu Angelo Agostini e o HQ Mix, etc. Mas ainda não há espaço para nossos quadrinistas revelarem seu talento e mostrarem suas propostas. Para muitos, a Internet ainda é a melhor forma de divulgação. Poucas são as editoras, como a Marca Fantasia, por exemplo, que dão chances aos talentos nacionais. As grandes editoras brasileiras estão, aos poucos, reduzindo os títulos que chegam as bancas. Podemos citar nomes como Maurício de Sousa, Antônio Cedraz e Ziraldo, que conseguiram abrir espaço para sua produção, mas eles são exceções. O site Almanaque Brasil fez uma maréria muito legal, sobre os dia nacional dos quadrinhos. Para dar uma espiada, clique aqui

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Livro ensino ciências por meio de histórias em quadrinhos

Um dica da amiga Valéria Fernandes, sobre um livro que ensina ciências através dos quadrinhos. Em dois meses o livro vendeu mais de 200 mil exemplares, um verdadeiro sucesso edutoral. Vale a pena conferir! A notícia saiu na revista Época.

Ciências em Quadrinhos

Um gibi americano faz sucesso ao ensinar experiências de física e química de forma divertida. Tudo pode ser feito em casa com sucata e objetos recicláveis

Os professores de ciências nos Estados Unidos descobriram uma forma eficiente de aguçar a curiosidade de seus alunos. Antes de escrever uma fórmula de física na lousa ou levar as crianças ao laboratório, eles pedem que os alunos leiam gibi. Não qualquer gibi. A lição de casa é ler Howtoons, uma revista de histórias em quadrinhos que ensina a fazer experiências com materiais simples. A idéia já está embutida no nome, que une a expressão “como fazer” (how to) e parte da palavra “quadrinhos” (cartoon), em inglês. A fórmula fez tanto sucesso que virou livro e em menos de dois meses já vendeu mais de 200 mil exemplares.

As histórias são contadas pelos personagens Celine e Tucker, dois irmãos que descobrem uma maneira divertida de curtir as férias sem apelar para o computador. Eles resolvem juntar objetos fáceis de encontrar em casa e fazem experiências. Em uma delas, usam um saco plástico, gelo e sal para simular as baixas temperaturas de um freezer e ensinam a preparar um sorvete de creme ultragelado (ao lado). Esta é uma das 15 histórias do livro Howtoons: the Possibilities Are Endless (Howtoons: as Possibilidades São Infinitas).

O gibi faz sucesso porque propõe experiências curiosas e fáceis de ser copiadas. Não é exatamente a ciência por trás de cada episódio que encanta o público. É a linguagem simples, a sintonia com os assuntos infanto-juvenis e os desenhos do ilustrador Nick Dragotta. Ele já foi da DC Comics e da Marvel, duas das maiores editoras de histórias em quadrinhos do mundo. “Os quadrinhos mostram que o mundo não precisa ser como é, que as crianças podem modificar e imaginar o futuro que querem criar”, afirma o engenheiro australiano Saul Griffith, que criou o Howtoons em parceria com seu colega americano Joost Paul Bonsen. Na época, os dois estudavam Engenharia no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ajudavam a organizar workshops sobre ciência para alunos de escolas da região.

O manual de experimentos caseiros desperta o interesse das crianças para conceitos da Física e da Química, disciplinas geralmente consideradas chatas, principalmente porque costumam ser tratadas apenas na teoria. “O Howtoons traz a ciência para o dia-a-dia das crianças. O interesse dos alunos pela Física e pela Química muda drasticamente quando se constrói um revólver que atira marshmallows”, diz Bonsen. “Ou quando se cria um submarino com garrafa de refrigerante e uma prancha de surfe feita com madeira e tubo de PVC.”

O Howtoons se tornou uma poderosa ferramenta de apoio ao ensino de ciências em escolas americanas. E pode fazer ainda mais diferença em países em que há deficiências no sistema de ensino. O Brasil ficou entre os seis últimos colocados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), um dos indicadores mais respeitados de qualidade do ensino. O exame avaliou o desempenho dos alunos em 57 países. “A escola não é o espaço de experiências que deveria ser”, afirma Bianca Encarnação, editora-executiva da revista Ciência Hoje para Crianças, publicação brasileira com uma proposta parecida com a do Howtoons. “Os professores têm dificuldade de despertar o interesse dos alunos porque o modelo educacional é antigo, repetitivo.”

Ainda não há versão em português para o Howtoons. Mas a meta é que até o fim deste ano ele seja traduzido para 15 idiomas. Se depender dos autores, depois de ler Howtoons as crianças nunca mais vão olhar a sucata com os mesmos olhos.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Especial da Mônica: saiba mais sobre o carnaval

Notícia do Unverso HQ: Já está nas bancas, pela Panini, um especial da Turma da Mônica sobre o Carnaval. Um bom material para professores e uma boa dica de hq para os pais, que querem dar aos filhos uma leitura divertida e ao mesmo tempo informativa.

"Com uma aventura em duas partes, na qual a Dona Morte acompanha o Espírito do Carnaval através da história do festejo popular mais aguardado pelos brasileiros, a revista mostra as origens e as transformações do evento, sem esquecer do humor e da participação de diversos outros personagens de Maurício de Sousa."

Esta série é uma espécie de remix da série publicada pela editora Globo "Você Sabia". Aliás, com relação a esta série, semana passada eu a vi numa banca de jornal com o preço promocional de 1,99. Então, quem animar a ir no jornaleiro não esqueça de dar uma espiadinha e levar também outros temas. Bom lembrar que a série da ed. Globo tratava de vários assuntos, como história, cultura popular, saúde, etc.

ANGOULEME 2008 : Exposition 35 ans de Grands Prix

domingo, 27 de janeiro de 2008

35° Festival International de la Bande Dessinée de Angoulême

Ocorreu entre os dias 24 e 27 de janeiro (hoje) o 35° O Festival International de la Bande Dessinée (Festival Internacional da Histórias em Quadrinhos) de Angoulême, que teve início em 1974 na França, na cidade de Angoulême.

São quatro dias de exposições, palestras, encontros com quadrinistas, roteiristas e com direito a uma votação para se descobrir quem será o próximo presidente do Festival para o ano que vem. Sem falar que estudantes podem apresentar seus trabalhos e concorrer a prêmios e a possibilidade de conseguir um contrato com alguma editora.

O festival reúne os maiores nomes dos quadrinhos do mundo e as melhores hqs recebem prêmios durante o festival. Segue, na próxima postagem, um vídeo feito este fim de semana, durante o festival. Preste atenção em dois detalhes: a faixa etária do público presente e a grandiosidade do evento. Os vídeos são narrados em francês, mas não chega a ser uma barreira pra quem quer apenas conhecer o espaço do festival.
Clicando aqui você pode ver fotos e s vídeos do festival disponíveis na net. Ano passado eu tive notícias fresquinhas de Angouleme, vindas do meu amigo Pedro Bouça (foto ao lado), que participou pela primeira vez do festival. As impressões dele foram as melhore possíveis, claro.
O Universo HQ fez uma ótima matéria sobre o festival. Clique aqui e confira!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Livros, fanzines e álbuns: dica para quem quer saber mais sobre quadrinhos

Um das vantagens de se estar de férias é poder fazer uma “faxina” nas coisas que ficam guardadas. Pois bem, eu comecei esta limpeza na postagem anterior, quando finalmente consegui comentar sobre o programa Banca de Quadrinhos. Hoje, vou aproveitar para dar uma outra dica, ou referência: a linha de publicações sobre quadrinhos da Editora Marca Fantasia.

Marca de Fantasia é uma editora independente dedicada às histórias em quadrinhos e cultura pop, criada 1995. Ela publica fanzines, álbuns, livros e mantém parcerias editoriais. Esta editora nasceu da experiência com a edição de fanzines e o respaldo de alguns estudos acadêmicos.

“A Marca de Fantasia busca prestigiar os novos autores brasileiros, favorecendo os trabalhos experimentais e revelando valores, além de estabelecer o intercâmbio com a produção independente de outros países. Seu processo de produção é artesanal, com pequenas tiragens progressivas, mas procurando dar às publicações uma boa qualidade gráfica.”

Vale a pena dar uma olhada no index da editora. Lá existem várias publicações teóricas sobre quadrinhos que valem a pena serem adquiridas, sem falar que o preço é tão bom, que compensa adquirir duas ou mais edições de cada vez. Clique aqui e visite o site da editora.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Banca de quadrinhos: os quadrinhos invadindo a TV

Em 19 de setembro de 2007 foi lançado na TV um programa especializado em HQs e cultura pop Banca de Quadrinhos. Na época eu assisti ao primeiro programa, que teve um especial sobre o Fest Comix (um dos motivos que me fez ir ao segundo evento, que ocorreu em novembro). Eu já devia ter feito um comentário sobre o lançamento, mas tantas coisas aconteceram no segundo semestre de 2007 que só agora tive tempo para fazer o post. Mas vamos lá!

Neste programa, que pode ser assistindo pela Internet (pois é, a Internet quebra um galho nestas horas), podemos ter acesso a informações sobre quadrinhos, em geral, além de assistir a entrevistas com autores nacionais e estrangeiros, como Laerte, Maurício de Sousa e Alexandro Jodorowsky.

No programa são comentados os lançamentos de Hqs independentes, além reportagens especiais, como o que foi feito, por exemplo, no Museu da Língua Portuguesa. É uma presente para os fãs e uma forma dos leigos se inteirarem no mundo dos quadrinhos. Além disso, a equipe da Banca e quadrinhos formada por Daiane Crepalde, Carlos Eduardo Novaes, Rodrigo Febrônio, Cris Sayuri, Gabi Franco e Luiza Xavier, procuram cercar o tema por todos os cantos, já tendo feito matérias que abordam os quadrinhos no ensino.


O Banca de Quadrinhos é exibido nas quartas-feiras, às 20h30, no Canal São Paulo (TVA, canal 18 em São Paulo-SP) e na BlueTV (TVA, canal 18 no Rio de Janeiro-RJ; canal 70 em Curitiba-PR; e canal 75 em Florianópolis-SC). O público de outros estados pode assistir aos programas no blog oficial do Banca de Quadrinhos. O email para contato é bancadequadrinhos@canalsp.com.br.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Turma do Papi

Temos muitos quadrinhos nacionais que podem ser utilizados nas salas de aula, principalmente nos primeiros anos da alfabetização e na educação infantil. Um exemplo disto é a Turma da Mônica, a Turma do Xaxado e os personagens de Ziraldo, como o Menino Maluquinho e a Julieta. Mas há muitos outros personagens que podem ser usados para incrementar as aulas, muitos deles desconhecidos pela maioria dos educadores.


Uma dica para os professores que querem começar o ano de 2008 com algo diferente para seus alunos são os quadrinhos feitos por Denilson do Carmo Fontanetti, criador da Turma do Papi. Papi é uma tartaruga que se envolve em muitas aventuras junto com seus amigos Doli, Pula-Pula, Esperto e outros membros desta divertida turma. No site criado pelo autor há jogos, brincadeiras, tirinhas e hqs on line que podem servir de inspiração para atividades e até mesmo para confecção de material didático. Vale a pena conferir o conteúdo do site clicando aqui

Persépolis, animação baseada na biografia em quadrinhos de Marjane Satrapi é indicada para concorrer ao prêmio de melhor animação

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pato Donald encontra Zé Carioca no Rio de Janeiro

Os quadrinhos no carnaval, o carnaval nos quadrinhos

Os quadrinhos estão presente na maior festa popular brasileira, o carnaval, assim como o carnaval é um tema constante nos quadrinhos nacionais. Seja através de enredos de escolas de samba, fantasias ou mesmo através de histórias escritas e desenhadas com muito humor esta combinação mostrou que dá certo e está sempre sendo reeditada.
Histórias em Quadrinhos com temas de carnavalescos


Maurício de Sousa não poderia deixar o carnaval de fora e, em várias aventuras da Turma da Mônica este tema esteve presente. Na coleção “Você Sabia?”, O Espírito do Carnaval mostra à Dona Morte como surgiu o Carnaval, começando na antiguidade e chegando no Carnaval brasileiro. A aventura conta com a participação da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, além de vários outros personagens .

Há também outras histórias, divertidíssimas, disponível on line, como “Aconteceu no Carnaval” e “Qual é sua fantasia?”

Ziraldo e o Menino Maluquinho também embarcaram na história dos carnavais, através do Portal o Portal Educacional, que preparou material especial para discutir este tema em sala de aula, contando detalhes da festa. Vale a pena conferir, clicando aqui

Outro personagem dos quadrinhos que está diretamente ligado ao samba e, por assim dizer, ao carnaval é o papagaio Zé Carioca. Criado no início da década de 1940, fez um grande sucesso nas telas dos cinemas e também nos quadrinhos. Um personagem da Disney, autenticamente brasileiro e guia do Pato Donald pelas ruas do Rio de Janeiro, onde ele lhe apresenta o carnaval carioca, e depois pelas ladeiras da Bahia dos dois filmes que protagonizou ao lado do pato mais famoso da Disney: "Alô Amigos" e "Você já Foi à Bahia?". De lá pra cá o papagaio caiu nas graças do público brasileiro e, na década de 1960, passou a ter sua própria revista. O Universo HQ tem um excelente artigo sobre Zé Carioca, para quem quiser conhecer e trabalhar melhor o personagem. Clique aqui e confira!


Quadrinhos na avenida: enredos e escolas de samba


Os quadrinhos não fazem apenas referência ao samba ou ao carnaval, eles também já foram usadaods como tal, por carnavalescos e fuliões de todos o Brasil. Nas matinês dos clubes é muito comum ver meninos e meninas fantasiados como seus super-heróis preferidos.



Quem já não ouviu falar da famosa escola de samba GRCES X-9 Paulistana? A expressão X-9 também não é estranha para muitos – geralmente é usada para nomear um delator. Pois bem, o que poucos sabem é que a X-9 Paulistana tem este nome por causa de uma revista em quadrinhos de um detetive, que se chamava X-9. Secret Agent X-9 é um personagem de histórias em quadrinhos criado por Dashiell Hammett e pelo desenhista Alex Raymond. X-9 era um agente sem nome.


Para além da festa da gurizada, os quadrinhos também foram temas de escolas de samba, que em alguns casos homenageiam seus criadores.

Em 1997 a Acadêmicos da Rocinha entrou na Sapucaí com o tema "A Viagem Encantada do Zé Carioca à Disney", representando a viagem do famoso personagem brasileiro criado por Walt Disney na década de 1940, à Walt Disney World Resort, em homenagem ao seu vigésimo-quinto aniversário.

Dez anos depois, no carnaval de de 2007, a Unidos do Peruche homenageou o criador da Turma da Mônica, com o tema Com Mauricio de Sousa, a Unidos do Peruche abre-alas, abre-livros, abre-mentes e faz sonhar. Quando a Unidos Peruche decidiu levar a Turma da Mônica e seu criador para a avenida, acabou motivando um importante trabalho educativo.



Alunos 1ª a 8ª séries - inclusive as turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) - da Emef Comandante Garcia D'Ávila, fizeram um admirável trabalho com o uso pedagógico dos gibis da Turma da Mônica desde a alfabetização até as mais diversas disciplinas do Ensino Fundamental - como artes, informática e leitura. O enredo de carnaval deu início a um debate muito sério sobre o uso pedagógico das histórias em quadrinhos do Maurício de Sousa, que tratam de temas como inclusão e diversidade. Professores visitaram os barracões da escola de samba e se envolveram no trabalho, ressaltando a importância da escola do tema para toda a comunidade.[1]

[1] http://www.brasilquele.com.br/texto_ler.php?id=36&page=6

domingo, 20 de janeiro de 2008

Aprendizes em Quadrinhos!

Que tal ouvir o samba, acompanhando a letra?

Compositores: Marcelo Motta, Julia Alan e Gustavo Barros.
Interprete: Tuninho

E “PUXA O BONDE” VAMOS JUNTOS VIAJAR,
ME DE A MÃO, VEM SER FELIZ!
SOU “APRENDIZ”, MAS HOJE EU QUERO TE ENSINAR...
A VER O MUNDO DO JEITINHO QUE EU FIZ!

EM CADA TRAÇO UM MUNDO DE FASCINAÇÃO,
NESSA AVENIDA EU COLORI...
E “DESENHANDO” UMA HISTORINHA DIVERTIDA,
A FANTASIA DE HEROI PUDE VESTIR...
TE SALVEI DE MALFEITORES,
EM CADA QUADRO HÁ UM MOTIVO PRA SORRIR!
A IMAGINAÇÃO É INFINITA,
LENDO E BRINCANDO DEIXO VIDA MAIS BONITA...

A LEITURA ME LEVOU,
PRA BRINCAR O CARNAVAL...
TENHO UM PLANO INFALIVEL
PARA O BEM VENCER O MAL!

VEM PODE SONHAR, REALIZAR...
FAZER DA HISTORIA O QUE QUIZER!
NÃO IMPORTA SE É GRANDE OU PEQUENINO
SE É MENINA OU MENINO...
VEM QUE É BOM BRINCAR
E ESCOLHER QUEM VOCÊ É...
MICKEY MOUSE OU CEBOLINHA
ZÉ CARIOCA TOCA NA “FURIOSINHA”...
A BETTY BOOP É UM AMOR
E A LULUZINHA TAMBEM É UMA GRACINHA...

E “PUXA O BONDE” VAMOS JUNTOS VIAJAR,
ME DE A MÃO, VEM SER FELIZ!
SOU “APRENDIZ”, MAS HOJE EU QUERO TE ENSINAR...
A VER O MUNDO DO JEITINHO QUE EU FIZ!
Compositores: Marcelo Motta, Julia Alan e Gustavo Barros.
Interprete: Tuninho

Aprendizes do Salgueiro vai entrar na avenida com um enredo sobre Histórias em quadrinhos: confira a letra do samba

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Maurício de Sousa apresenta oficialmente o personagem criado para as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil

Ontem, em uma cerimônia realizada no palácio do Itamaraty, Brasília, o desenhista Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica, apresentou a mascote das comemorações. Ele ainda não tem nome, pois este será escolhido por uma comissão formada pela Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (ACCIJB). Maurício de Souza disse que se inspirou em seus filhos para criar o personagem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no lançamento, assim como o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim e o vice-ministro para Negócios Estrangeiros do Japão, Hitoshi Kimura.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Regulamento do Concurso Cultural 'Ninja' de Mangás no Folhateen 2008

Este Regulamento está disponível na sede da EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S.A.(impresso), divulgado na Internet no site à partir do dia 14/01/2008.

PARTICIPAÇÃO:

- Este concurso cultural é realizado pela Empresa FOLHA da Manhã S.A. ("FOLHA"), com sede na Al. Barão de Limeira, 425, Campos Elíseos, São Paulo/SP, CEP 01202-900, inscrita no CNPJ/MF n.º 60.579.703/0001-48, e por Conrad Editora do Brasil Ltda. ("EDITORA CONRAD"), com sede na R. Simão Dias da Fonseca, 93, Aclimação, São Paulo/SP, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 02.588.717/0001-21, no período de 14/01/2008 à 14/04/2008, nos termos deste Regulamento.

- Este concurso tem caráter exclusivamente cultural, não havendo qualquer modalidade de sorteio ou pagamento, nem está vinculado à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço, conforme art. 30 do Decreto n.º 70.951/72.

- Este concurso cultural é aberto a toda pessoa física, residente e domiciliada em território nacional (Brasil). Não poderão participar deste concurso os sócios, prepostos com função de gestão, funcionários, seus parentes até 2º grau e cônjuges, da FOLHA ou da EDITORA CONRAD.

- Para participar do concurso, o(a) interessado(a) deverá criar um Mangá, uma história em quadrinhos no estilo japonês, no formato de 25 cm de base X 25 cm de altura. A história, bem como os elementos que a compõem, devem ser inéditos e de autoria do participante, sendo vedada, por exemplo, mas não se limitando, a inserção, cópia, paródia ou menção à personagem pré-existente.

- O concurso é composto de duas categorias: até 17 anos e a partir de 18 anos de idade. O(a) interessado(a) poderá encaminhar apenas um trabalho dentro da sua categoria.

- Só serão aceitos os trabalhos enviados com os seguintes dados: nome completo do autor do trabalho, endereço, cidade, CEP, telefone, n.º do documento de identidade, CPF e data de nascimento, através de carta (correio) para o endereço da sede da FOLHA, A/C Folhateen, ou pelo email folhateen@uol.com.br. Trabalhos enviados por e-mail devem estar em formato JPG ou PDF e ter tamanho máximo de 3 megabytes, sob pena de desclassificação. A inscrição dos participantes da categoria até 17 (dezessete) anos só será considerada válida se acompanhada dos dados do menor e de seu responsável legal, bem como autorização, expressa e por escrito, para a participação do menos neste concurso.

- As cartas entregues pessoalmente na sede da FOLHA serão carimbadas com a data de recebimento.

- Todos os trabalhos enviados por carta ou por email deverão ser identificados com o assunto "Concurso Cultural Ninja de Mangás Folhateen 2008" e deverão ser recebidos pela FOLHA até o dia 31/03/2008, às 18:00 horas, sendo que a FOLHA não se responsabilizará por eventuais atrasos e extravios nos casos de cartas enviadas pelo Correio ou por terceiros.

- Todos os trabalhos enviados pertencerão à FOLHA, que se reserva o direito de utilizá-las, comercialmente ou não. Os trabalhos não serão devolvidos, sob nenhuma hipótese.

- Os participantes cedem automaticamente à FOLHA os direitos autorais existentes sobre as respostas, a fim de que a FOLHA possa fazer uso dos trabalhos livremente e da forma que lhe convier, sem qualquer ônus, podendo inclusive destruí-las.

- O(a) interessado(a) que não cumprir todas as condições deste Regulamento estará automaticamente desclassificado(a).

CRITÉRIOS:

- A avaliação dos trabalhos será feita por uma comissão julgadora formada por 03 (três) profissionais da FOLHA, que avaliarão a criatividade e a adequação ao tema, sendo sua decisão soberana e irrecorrível.

- A divulgação do resultado será no dia 14/04/2008 no jornal Folha de S.Paulo, no Folhateen e em lista fixada na portaria da FOLHA em ordem classificatória.

PRÊMIOS:

O autor do melhor trabalho, em cada categoria, será premiado com 01 (uma) Câmera Digital Kodak C613, 01 (um) DVD Player Portátil Diplomat 7 Polegadas, 01 (um) Pacote Osamu Tezuka (volumes 1, 2, 3 e 4) - Tezuka Productions e Toshio Ban, 01 (um) Pacote Japonês em Quadrinhos: Curso Básico de Japonês (volumes 1, 2 e 3) - Marc Bernabé, 01 (um) Mangá - Como o Japão Reinventou os Quadrinhos - Paul Gravett, 01 (um) Mangaka: Lições de Akira Toriyama - Akira Toriyama e ainda terão seus trabalhos publicados no Folhateen na edição do dia 14/04/2008.
Os prêmios são individuais e intransferíveis, e não poderão, em hipótese alguma, ser entregues a terceiros desautorizados e/ou trocados por dinheiro ou contraprestação de qualquer espécie, tampouco ser cedidos e/ou transferidos.

Os prêmios serão enviados pelo correio em até 30 (trinta) dias após a divulgação do resultado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Os participantes deste concurso declaram que os trabalhos enviados são de autoria própria do participante, e, ao mesmo tempo, cedem e transferem à FOLHA, sem qualquer ônus para esta, em caráter definitivo, irrevogável, plena e totalmente, todos os direitos de reprodução, publicação e os demais incidentes sobre os trabalhos enviados, para qualquer tipo de utilização, inclusive para divulgação do resultado deste concurso.

Os autores dos trabalhos e, quando menor, seu representante legal responsabilizam-se, isolada e exclusivamente, pelo conteúdo dos trabalhos.

Os ganhadores e, quando menor, seu representante legal estarão automaticamente autorizando a FOLHA ao uso de suas imagens, nomes e suas vozes, de forma integralmente gratuita, seja para utilização em fotos, cartazes, internet, filmes e/ou spots, e em qualquer tipo de mídia e peças promocionais para a divulgação da conquista do prêmio.

Ao enviar os trabalhos, os participantes e, quando menor, seu representante legal estarão concordando automática e tacitamente com todas as disposições e itens deste Regulamento, sendo os casos omissos ou as dúvidas solucionadas pela FOLHA através do telefone (11) 3224-4259.

Relações de gênero e mangá

Mais uma reportagem, da Folha on line, que está com um portal só dedicado ao Centenário da Imigração Japonesa. A amiga Valéria Fernandes, do Shoujo Café foi entrevistada e dá até algumas dicas sobre os mangás na escola.

Mulheres podem ganhar o mesmo que homens no mercado de mangás
DAYANNE MIKEVISda Folha Online
Uma das características mais marcantes do mercado japonês de mangá é a segmentação, segundo as pesquisadoras Sônia Maria Bibe Luyten e Christine Akune Sato. Um setor específico, o dos mangás femininos, chamou a atenção da professora de história Valéria Fernandes da Silva, 31.

Segundo Silva, as mulheres, que ainda enfrentam diversos desafios no mercado de trabalho japonês, podem ganhar o mesmo ou até mais no setor dos mangás. No caso dos femininos, geralmente são as desenhistas que se encarregam do formato e até mesmo do enredo.

Luyten afirma que o universo dos mangás é muito variado, há até publicações institucionais e científicas neste formato.

Sato afirma que há duas divisões básicas no mercado de mangás no Japão: gênero e idade. Até os oito anos, basicamente meninos e meninas lêem o mesmo tipo de mangás. Após esta idade, ocorre a primeira grande segmentação, de gênero.

Os desenhos dos mangás para as meninas passam a ser mais delicados, os assuntos são mais românticos e até mesmo "novelizados", segundo Sato. Já o universo retratado nos mangás para meninos é muito parecido com o dos videogames.


A faixa etária seguinte na qual ocorre uma grande mudança é na de 20 a 30 anos, tanto para mulheres quanto para homens. Temas como casamento, família, saúde sexual, começam a surgir nos mangás femininos. Os masculinos focam ainda mais em diversão e também surgem os eróticos, entre eles o hentai.

Após os 35 anos, a faixa de interesses novamente converge, afirma Sato. Temas mais maduros como a criação de filhos, divórcio, desafios da aposentadoria passam a ser centrais nas histórias.
Temática gay

Um dos exemplos interessantes de segmentação no mercado editorial japonês de mangás são os temas Yaoi, uma subdivisão da divisão de gênero, mas dos mangás femininos, segundo Sato. As histórias deste tipo de publicação seguem o mesmo estilo dos demais desenhos femininos e são desenhados por mulheres, apesar de os personagens principais serem homens e manterem relações entre eles, afirmou Sato.

A pesquisadora afirma que as leitoras deste tipo de mangá dizem que gostam de ler sobre a relação amorosa de dois homens porque o casal se trata com igualdade e não há subordinação ao marido.

Na escola

Pesquisadora de relações de gênero e professora de história para o Ensino Médio em Brasília, Silva usa mangás para trabalhar tais questões em sala de aula. "É um mercado de mulheres para mulheres", disse Silva, que é do Rio de Janeiro e não tem nenhuma origem japonesa. Isto foi um desafio para a pesquisadora, que tem de ler seus mangás em inglês, francês e outras línguas. Além disto, muitas vezes ela acompanha os quadrinhos em japonês com o roteiro em outra língua.

Ela se interessou pelos mangás por meio dos animês populares na década de 1990. Os mangás se tornaram tão presentes na vida de Silva, que ela acabou encontrando o marido, Júlio César Rodrigues da Silva, em uma lista de discussão sobre o assunto.
Fonte: Folha

A leitura de Mangás no Brasil: o pioneirismo

Aproveitando o início das comemoração sobre o Centenário da Imigração Japonesa, segue uma reportagem que saiu hoje na Folha on line, sobre os mangás no Brasil, fazendo um breve balanço sobre sua história, a a partir de informações dadas por estudiosos brasileiros. Aprendi muito, vale a leitura.


Brasil foi pioneiro na leitura de mangá no Ocidente

DAYANNE MIKEVIS


No Brasil, os mangás vieram com os imigrantes japoneses que aqui desembarcaram. Logo que surgiram as primeiras importadoras de revistas e jornais japoneses, este tipo de quadrinho se tornou uma forma de acompanhamento do que acontecia no Japão. "Ler mangá foi sempre uma forma de preservar a língua japonesa e também de atualização da mesma. Portanto o Brasil é um país que lê mangá muito antes de qualquer outro país ocidental do mundo. Somente nos anos 90 com o sucesso de alguns mangás e animês nos Estados Unidos é que a grande massa começou a ter conhecimento da cultura pop japonesa", afirma a pesquisadora Sônia Maria Bibe Luyten, autora de "Mangá, o Poder dos Quadrinhos Japoneses" e "Cultura Pop Japonesa: Mangá e Animê".

O contato com o universo dos mangás pela via familiar é o caso da estudiosa Christine Akune Sato, que desde a infância teve em sua casa as revistas, como uma forma dos avós a fazerem se interessar pelo idioma japonês. "Meus avós assinavam revistas que vinham do Japão e com elas, mangás. Nos anos 50, 60, elas eram exaustivamente trocadas entre os parentes", afirma Sato.

De origem italiana e com sobrenome holandês devido ao casamento, Luyten foge à regra. "Em 1972 comecei o primeiro curso universitário de histórias em quadrinhos. Foi na Universidade de São Paulo, na Escola de Comunicações e Arte, no departamento de Jornalismo e Editoração", disse a pesquisadora.

"Nos anos 1970 o Japão teve um grande avanço econômico que veio surgindo desde o final da 2º Guerra Mundial. Com este boom da economia a indústria editorial também cresceu muito e os quadrinhos japoneses --os mangás-- também aceleraram muito em vendas. Este foi o grande motivo do meu interesse pois em nenhum país do ocidente uma revista alcançou vendagens de um milhão de cópias por semana", conta Luyten. Ela resolveu então entrar em contato com editoras japonesas para obter mais informações em um semestre no qual havia muitas alunas nisseis na turma.

Mangás no Brasil

Segundo Luyten, muitos descendentes de japoneses que liam mangá também tomaram gosto pelo desenho e entraram no mercado editorial brasileiro nos anos 60. "É o caso de Julio Shimamoto, Paulo Fukue, entre outros. Portanto tivemos uma geração de nisseis desenhando mangá antes de qualquer outro país no mundo", disse a pesquisadora. Já Sato, concorda, mas afirma que o boom do mangá foi nos anos 80, após a criação da divisão de quadrinhos da editora Abril, no qual uma área passou a esporadicamente publicar mangás, e as exposições na Sociedade de Cultura Japonesa.

A própria Abrademi foi criada naquela década, em 1984. Para Sato, o sucesso só não foi maior porque havia um certo preconceito com a publicação de mangás, pois estes eram considerados muito violentos e sem apelo para o público brasileiro em geral. A pesquisadora, que foi bolsista em 1987 no Japão, conta que também há dificuldades técnicas em decorrência da escrita, que é da direita para a esquerda, de baixo para cima. Isto muda o formato dos balões.

Sato cita, como tentativas de se publicar mangás no Brasil, "Akira", que foi lançado pela editora Globo. A especialista marca a metade da década de 90 como uma outra mudança crucial, com a vinda ao mercado das editoras Conrad e JBC, focadas na publicação de mangás para o público brasileiro.

"Atualmente há muitas publicações em forma de fanzines que estão experimentando a linguagem dos mangás, o que acho algo extraordinário pois a maioria nem é descendente de japoneses", afirmou Luyten.

Dentre os sucessos brasileiros de mangás em bancas, a pesquisadora cita "Holy Avenger", da dupla Marcelo Cassaro e Erica Awano. A publicação teve uma série completa e boa vendagem.

A pesquisadora também lembra a publicação de "Mangá Tropical", coordenada por Alexandre Nagado, que reuniu desenhistas e roteiristas com ou sem descendência japonesa e que tinha como principal característica histórias passadas no Brasil. Além disso, Luyten também citou Fábio Yabu, que desenhou Combo Rangers publicado primeiro na internet e que depois virou revista em quadrinhos, publicadas pelas editoras JBC e Panini. Ao todo, foram 25 revistas.
Desafios

Os principais desafios para este mercado, segundo Luyten, são os desafios que qualquer desenhista brasileiro enfrenta: encontrar editoras que aceitem o trabalho, ter um trabalho bom e com continuidade, enfrentar os ciclos altos e baixos da economia brasileira entre outros motivos.

"Há muita gente que acha o mangá está tirando o pão de cada dia do desenhista brasileiro. Antes a culpa era dos americanos e antes ainda dos europeus. Acredito que o mercado brasileiro tem capacidade de absorver tudo desde que seja bom, de preço acessível, que tenha continuidade. Há lugar para todos quando algo tem qualidade", disse Luyten.


Fonte:Folha
OBS: as imagens não são as do texto original.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

2º Prêmio Internacional de Mangá

Notícia tirada do Portal Japão.
Por Maurício Kanno Portal Japão / SBPN

"Até 29 de fevereiro de 2008, é possível se inscrever para o 2º Prêmio Internacional de Mangá. A Fundação Japão convidará os vencedores para irem ao Japão por 10 dias, incluindo a Cerimônia de Premiação. Haverá também encontros com outros artistas e visita a editoras.O trabalho deve ter 4 ou mais páginas, e ter sido produzido fora do Japão. Não importa quando o trabalho foi feito, ou se foi publicado ou não. A obra deve ser enviada impressa.O primeiro lugar será concedido ao melhor mangá dentre todos os inscritos, e cerca de três trabalhos de destaque receberão o segundo lugar. A primeira edição do Prêmio começou em maio de 2007, com a intenção de recompensar os artistas de Mangá que têm contribuído para a sua promoção fora do Japão. Em 26 de novembro de 2007, o Comitê Executivo do 2º Prêmio Internacional de Mangá se formou e decidiu formalmente por um segundo evento. A imagem que ilustra esta matéria é do mangá premiado na primeira edição: "Sun Zi's Tactics", de Lee Chi Ching (China, Hong Kong)."

Concurso de Mangá e imigração japonesa

A Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (ACCIJB) definiu, em 10 de janeiro, o desenhista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, para fazer o personagem-mascote do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. O concurso para a escolha da mascote, que recebeu cerca de 200 inscritos, ficou sem vencedor, com a decisão da comissão julgadora de que nenhum dos 25 trabalhos selecionados alcançou os resultados esperados. Maurício irá criar um personagem exclusivo para o centenário que poderá ser posteriormente encaixado dentro da Turma da Mônica.

Maurício de Sousa tem uma ligação forte com a comunidade japonesa que vive no Brasil, pois é casado com uma descendente nissei Alice Takeda, com quem tem três filhos sanseis. Além disso, nos quadrinhos Maurício de Sousa já possui, desde 1963, um personagem descendente de japoneses, nas histórias rurais de Chico Bento: Hiro, cujo nome verdadeiro seria Hiroshi. Ele é nissei e mantém as tradições orientais de seus ascendentes. Em em 1994 foram criados mais dois personagens nipônicos mestiços: Nimbus e Do Contra. Nimbus, popular entre as personagens meninas da turma, é muito interessado nos fenômenos atmosféricos, e foi baseado em Mauro, filho de Maurício de Sousa. Do Contra, que sempre tenta fazer tudo ao contrário, foi baseado em Mauricinho, caçula do autor. A matéria completa sobre a escolha do mascote, de autoria de Maurício Kanno pode ser lida no site do Portal Japão, onde podem se encontradas mais informações sobre as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, é só clicar aqui

Histórias em quadrinhos Japonesas

No Japão, as histórias em quadrinhos (mangás) são consideradas uma forma de arte tão importante quanto qualquer outra. Lá as Hqs são utilizadas inclusive como instrumentos para facilitar a alfabetização das crianças, uma vez que o sistema de escrita japonês é extremamente complexo. As publicações mais populares chegam a vender centenas de milhares de exemplares por semana. Nascidas de uma indústria voltada para o público e os autores nacionais, algumas séries são publicadas durante anos, formando coleções com milhares de páginas.

“O principal responsável pelo estilo japonês de fazer quadrinhos foi Osamu Tezuka, um médico que dedicou sua vida às HQs e animações, sendo considerado o "pai" dos mangás modernos. Inspirado pelos primeiros desenhos animados de Walt Disney e por figuras do teatro japonês, Tezuka criou os olhos gigantescos que são o elemento característico dos quadrinhos japoneses, desenvolvendo um estilo cartunístico que conjuga um traço conciso a uma narrativa bastante dinâmica.O personagem mais famoso criado pelo quadrinista foi Tetsuwan Atomu (Astro Boy), um menino-robô movido a energia atômica, que luta pela paz mundial. O sucesso das HQs de Tezuka possibilitou que seus personagens fossem parar em desenhos animados, tornando-o também um pioneiro dos animes. Osamu Tezuka faleceu aos 60 anos, em 1989, deixando mais de 100 mil páginas de quadrinhos e centenas de horas de animação.” [1] No Japão há um museu, criado em sua homenagem, o Museu Osamu Tezuka.

Os mangás podem abordar os mais diversos temas da atualidade. Recentemente foi lançada uma série de mangá que fala sobre autismo. A série, Hikari to Tomoni (Com a Luz), é centrada em um casal e seu filho autista, como lidar com a questão, como interagir com o mundo. A autora, Keiko Tobe, diz que buscou inspiração no drama de um coleguinha de jardim de infância do filho, que era autista.[2]

A Imigração Japonesa

No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional, o que provocou a escassez de empregos. Foi então selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.

Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). De 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferia o estado de São Paulo, porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços. Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão.

Para conhecer um pouco mais da história da imigração japonesa, dê um pulinho no site do Museu da Imigração

O concurso

Em comemoração aos cem anos da imigração japonesa, o Folhateen lançou o Concurso Ninja de Mangás. A idéia é estimular os milhares de leitores a assumirem o lugar de mestres como Masami Kurumada ("Cavaleiros do Zodíaco"), Akira Toriyama ("Dragon Ball") ou Satoshi Tajiri ("Pokémon"). Serão duas categorias, uma até 17 anos e outra a partir de 18. Os prêmios incluem uma câmera digital e um kit com dez mangás da editora Conrad, que é parceira do Folhateen no concurso. Mais detalhes, em breve!

[1] http://maisquadrinhos.blogspot.com/2008/01/mangs-os-quadrinhos-japoneses.html
[2] http://www.shoujo-cafe.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Onde encontrar Bandes Dessinées no Brasil

Uma dica para quem quer conhecer, ler e mesmo pesquisar Bandes Dessinées (Histórias em Quadrinhos) sem ter que importar diretamente da França: visitar a Mediateca da Maison de France, no Rio de Janeiro.

Como parte da rede de mediatecas da França no estrangeiro, o da Mediateca da Maison de France oferece aos leitores brasileiros um amplo e diversificado panorama da edição e da cultura francesas, de acesso público e irrestrito, podendo ser consultado gratuitamente no local ou emprestado mediante inscrição prévia. Originado da fusão, em 1961, das bibliotecas do Serviço Cultural da Embaixada da França e da Aliança Francesa do Rio, esse acervo é regularmente atualizado com verba do Ministério francês das Relações Exteriores, e conta com cerca de 30.000 documentos – entre livros, BD, periódicos, CDs, vídeos e DVDs. Majoritariamente composta de autores franceses e em língua francesa, a coleção passou também a integrar um número crescente de traduções francesas em português. O acervo audiovisual é composto por cerca de 2.500 vídeos, 1.500 CDs e 500 DVDs, além de uma coleção de 700 discos em vinil – herança da discoteca formada a partir de 1956 pela Embaixada da França. A Mediateca possui um catálogo virtual (clique aqui) onde os interessandos podem consultar todos os títulos. A mediateca funciona de segunda a sexta de 09:30 às 19:30, na Av. presidente Antônio Carlos, 58 - 11º andar - CEP: 20020-010 Rio de Janeiro - RJ - Brasil. O telfone para contato é 55 21 3974 6699.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

2º Concurso Cultural da Turma do Gabi

Moacir Torres, criador da Turma do Gabi, está realizando o 2º Concurso Cultural, onde serão escolhidos desenhos feitos por crianças de todas as partes do Brasil, entre 08 e 13 anos de idade.

O tema é “ECOLOGIA” e o desenho deve ser feito em papel ofício (colado em cartolina) e envieado para o ESTÚDIO EMT: Rua Eliza Ghirotti, 332, Jd. Monte Verde CEP: 13348-872 Indaiatuba/SP, ou entregar na Secretaria do Casarão Cultural Pau Preto - Indaiatuba/SP.

Os trabalhos devem ser enviados até o dia 30 de Abril. No verso do desenho deve constar o nome do autor, endereço completo, idade, nome da escola e série que está cursando.

De todos os trabalhos que forem recebidos, a equipe do “Estúdio EMT” estará selecionando os que farão parte da exposição. Dentre os selecionados, a comissão estará premiando os três melhores.

Cada um dos três vencedores receberão um prêmio surpresa, bem como um “kit cultural” com várias revistas de atividades, quadrinhos e livros infantis do cartunista e escritor Moacir Torres.

Todos os selecionados estarão recebendo um certificado pela participação. Os organizadores divulgarão o nome de todos os selecionados, bem como os três trabalhos premiados no site: www.turmadogabi.com.br.

A exposição dos trabalhos selecionados e premiados acontecerá de 27 de Maio a 30 de Junho no Casarão Cultural Pau Preto – Indaiatuba/SP

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Livro dá dicas de como ensinar através de tirinhas

Uma novidade para 2008 é o livro Questões ambientais em Tirinhas, de Francisco Caruso e Cristina Silveira, disponível para compara na Livraria da Física, lançado no final do ano de 2007, trata-se de um precioso instrumento de trabalho para professores de ciências eu desejam melhorar a qualidade das aulas e do aprendizado de seus alunos.
Questões ambientais em tirinhas é resultado de um longo e competente trabalho realizado por estes dois autores, que pode ser conferido no site EDUHQ

Segue a sinopse do livro:

Não é tarefa simples fazer humanos compreenderem as relações complexas da vida, suas fragilidades e capacidades de suportar impactos de atividades humanas, cada vez mais intensos e freqüentes, e sua repercussão sobre o futuro. A maioria dos governos de todo o mundo ainda não entendeu isto. Nesta perspectiva, esses quadrinhos concretizam a compreensão clara e acertada daqueles que os produziram sobre os mais variados impactos humanos sobre a natureza, sobre nós mesmos e o que ainda há por vir. A criatividade, o humor e a concepção de cenários em tempos diversos revelam a profundidade com que essas questões foram trabalhadas e reprocessadas neste incrível conjunto de representações.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Quadrinhos Não São Mais Uma Piada Na Academia

Minha amiga Valéria Fernandes, que possui um excelente blog sobre quadrinhos (mangás) traduziu uma resportagem muitos interessante sobre o espaço que está sendo conquistado por esta mídia nas universidades estrangeiras. Elame autorizou a postar o texto aqui, mas vale a pena conferir, também, os comentários que ela fez.

Segue o texto! Espero que gostem!


Como estudante de belas artes no início dos anos 1980, Carol Tyler achava que deveria esconder seu interesse pelo desenho de cartuns dos professores: uma arte associada aos quadrinhos e tirinhas não era considerada como assunto de faculdade. Ano passado, como uma cartunista profissional e quadrinista, Tyler lecionou sua primeira disciplina em arte dos quadrinhos na Universidade de Cincinnati. Outros colegas também começaram cursos semelhantes em meio ao aumento recente do respeito dos críticos e do meio acadêmico pelos quadrinhos.

Os cursos começaram em 2005 na Universidade do Alasca Fairbanks, por exemplo, e estão atraindo artistas profissionais e professores de escola pública. As inscrições têm crescido em pelo menos 50% no Center for Cartoon Studies em White River Junction de Vermond – que foi fundado dois anis atrás e ganhou aprovação do estado este ano para seu mestrado em belas artes.“As escolas estão reconhecendo agora o valor comercial e criativo dos quadrinhos,” Tyler diz enquanto observa os alunos cobrir seus desenhos a lápis com tinta. “O interesse por quadrinhos e cartuns não tem mais que ser segredo.”

Não são somente os artistas que estão interessados em quadrinhos dentro do círculo acadêmico. Um curso na Universidade do Estado de Ohio em história dos cartuns nos jornais americanos está sendo oferecido regularmente. Outros cursos da instituição incluem um sobre graphic novels e outro sobre roteiro para quadrinhos.A mídia está lentamente sendo aceita no pela academia – graças em grande parte ao aumento da qualidade das graphic novels, autobiografias, histórias e jornalismo, diz Jared Gardner, professor associado de Inglês e cinema da OSU [Universidade do Estado de Ohio].

Desde o final dos anos de 1990, ele diz, alguns dos melhores trabalhos da literatura americana têm sido produzidos em forma de quadrinhos. “É o caso mais definitivo em que a qualidade e aperfeiçoamento do trabalho superaram a o ambiente cultural impregnado de conservadorismo de muitas academias,” ele diz por e-mail.OSU está entre os lugares mais receptivos da nação para o estudo de quadrinhos, diz Gardner, por conta da Biblioteca de Pesquisa de Cartuns e do Festival de Arte de Cartum que é trienal e ocorrerá de novo em 2010.

“Mas mesmo for a da Estadual de Ohio,” ele diz, “ o ambiente está melhorando a cada ano.”Alguns dos alunos de Tyler esperam adquirir conhecimentos que sejam úteis nas carreiras de propaganda, cinema, vídeo-game, designer ou ilustração. Alguns apenas gostam de quadrinhos; outros querem produzir quadrinhos de graphic novels. “Comecei a desenhar quadrinhos quando tinha mais ou menos 12 anos, mas tinha colocado de lado,” diz Mariana Young, de 25 anos e que planeja se tornar uma quadrinista profissional e produzir uma série com uma personagem para ser publicada trimestralmente.

Os alunos e alunas de Tyler aprendem designer gráfico, composição, letreiramento, layout e como desenhar personagens e expressar emoções. Ela também busca mostrar como organizar os pensamentos para comunicar as idéias de forma concisa e livre. Os enredos incluem o efeito das babás na vida de um estudante e as lembranças de um avô pitoresco.Ben Towle, diretor da National Association of Comic Art Educators, diz que é muito cedo para terinformações em números ou sobre onde as novas disciplinas estão sendo ensinadas. Mas a Associação está recebendo em campo muito mais questionamentos sobre como começar as turmas. “Há muitos cursos desorganizados em oposição aos programas bem estruturados,” ele diz, “mas você não iria nem ver isso uns cinco anos atrás.”A demanda também está crescendo nos cursos já estabelecidos, e algumas escolas já têm listas de espera.

O número de calouros em na graduação em cartum da Escola de artes Visuais de Nova York mais do que dobrou entre 2002 e o último ano. A Escola de Arte e Design de Savannah (Geórgia) ofereceu rte dos quadrinhos em 1992 como uma disciplina eletiva para um punhado de alunos. A instituição agora tem mais de 300 alunos, incluindo graduandos do bacharelado e aspirantes ao mestrado em arte seqüencial, também conhecida como arte dos quadrinhos.

Muito dos créditos vão para a emergência das graphic novels nos idos de 1980 oferecendo histórias complexas e bem estruturadas para audiências mais maduras. Elas são tipicamente mais bem amarradas e longas do que as desleixadas revistas em quadrinho que contas histórias do Super-Homem ou as travessuras de um adolescente do interior como Archie Andrews e seus amigos.O aumento da aclamação das graphic novels por parte da crítica e a maior visibilidade nas grandes livrarias e bibliotecas também ajudaram no crescimento do respeito pela arte dos quadrinhos.

Os educadores também citam a popularidade mundial e a influência dos quadrinhos japoneses conhecidos como mangá – escritos para crianças e adultos – e a transformação de graphic novels tais como Ghost World em filmes de Hollywood.Mais escolas estão também estudando quadrinhos como literatura e escrita criativa nos departamentos de Inglês. E apesar de professores de arte e alunos dizerem que o preconceito acadêmico ainda existe, há mais conferências acadêmicas sobre quadrinhos, e as bibliotecas estão aumentando o seu acervo na área. “Com as graphic novels e mangás, bibliotecas têm assistido a um grande aumento na demanda nos últimos três para cinco anos, e muitas dizem que o mangá é seu maior material em circulação,” diz Ann Kim, editora de projetos especiais e graphic novels do Library Journal. “Há definitivamente mais respeito agora.”