Dono de um talento indiscutível e de uma nobre alma, Stan Lee é o homem
por trás dos mais icônicos e humanos super-heróis que circulam por
prateleiras de jovens e adultos há gerações. Graças a sua criatividade, o
mundo pode se imaginar mais belo, seguro e justo, protegido por pessoas
quase como todas as outras.
Se dominar o mundo é a missão de muitos vilões terríveis, naturalmente
cabe aos super-heróis a tarefa de salvá-lo. Esses personagens dotados
de capacidades extraordinárias, que defendem a terra e lutam em prol do
bem comum, habitam o imaginário coletivo e personificam alguns dos
maiores anseios da humanidade, como paz e justiça. E se hoje eles têm
tanta importância na cultura pop, dominando o mercado dos quadrinhos,
marcando presença na sétima arte e representando muitas esferas da
sociedade, muito se deve a Stan Lee.
O quadrinista de 89 anos nasceu com o poder de uma
“super-imaginação”. Iniciando sua carreira nos primórdios da Marvel
Comics, a Timely, Stanley Martin Lieber já escrevia histórias aos 17
anos. Seu icônico pseudônimo artístico nasceu pelo fato de que pretendia
escrever o maior livro já feito na história americana e não queria seu
nome verdadeiro associado aos quadrinhos. Mas mesmo que não tenha
revolucionado a literatura, seu legado abriu portas para um novo mundo
fantástico, capaz de abrigar, com a mesma harmonia, das pesadas críticas
sociais de Alan Moore às inteligentes metáforas psicológicas de Mark
Millar.
Embora seja o idealizador, mas não o desenhista de suas criações, um
dos maiores trunfos de Stan Lee foi se tornar responsável pelo enfoque
revolucionário nas histórias de heróis. Graças a sua esposa Joan Lee,
que o incentivou a escrever quando ele queria desistir do ramo, sua
criatividade sobrenatural fez personagens com características mais
humanas em resposta à bem sucedida criação da Liga da Justiça da
América, da DC Comics. Embora se distinguissem de pessoas comuns,
enfrentavam os mesmos problemas que elas, também tinham famílias e
rotinas, sentimentos e problemas cotidianos. Nasciam os famigerados
super-humanos.
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