Celebrado na Alemanha, onde seu livro de estreia recebeu o prêmio Max & Moritz em 2004, o quadrinista alemão Felix Görmann, 34, conhecido como Flix, fez sua primeira visita ao Brasil, onde lança no próximo ano "Da War Mal Was...Erinnerungen an Hier und Drüben" (Quando tinha o muro...Lembranças daqui e de lá), de 2009.
O livro,que será editado pela Tinta Negra, reúne cerca de 30 histórias curtas nas quais os personagens -todos amigos de Flix, que tinham entre 12 e 19 anos quando o muro caiu- relatam suas lembranças da Alemanha dividida.
São casos como o de uma menina, moradora de Berlim Oriental, que estava convencida de que a função do muro era evitar que as pessoas caíssem no precipício -o mundo, para ela, era plano e acabava ali.
"Muito já tinha sido dito sobre os adultos, mas muito pouco sobre a geração que era pequena naquela época. Essas crianças tiveram que usar uma lógica própria para explicar o muro", afirmou Flix à Folha após debate na Maison de France, no Rio.
O resultado, diz, são quadrinhos que mesclam história, fantasia e humor. Histórias mais pesadas, porém, não ficaram de fora. O autor cita a do personagem Mario como uma marcante.
Então com 18 anos, Mario envolveu-se com homem mais velho. A convivência com o estrangeiro chamou a atenção e ele passou a ser vigiado. Tentou fugir e foi detido na Hungria.
"Ele passou seis meses na prisão, sendo interrogado e torturado, até que teve sua liberdade comprada pela Alemanha Ocidental. Quando chegou a Berlim Ocidental, descobriu que o homem tinha mulher e filhos", conta.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NA FOLHA
O livro,que será editado pela Tinta Negra, reúne cerca de 30 histórias curtas nas quais os personagens -todos amigos de Flix, que tinham entre 12 e 19 anos quando o muro caiu- relatam suas lembranças da Alemanha dividida.
São casos como o de uma menina, moradora de Berlim Oriental, que estava convencida de que a função do muro era evitar que as pessoas caíssem no precipício -o mundo, para ela, era plano e acabava ali.
"Muito já tinha sido dito sobre os adultos, mas muito pouco sobre a geração que era pequena naquela época. Essas crianças tiveram que usar uma lógica própria para explicar o muro", afirmou Flix à Folha após debate na Maison de France, no Rio.
O resultado, diz, são quadrinhos que mesclam história, fantasia e humor. Histórias mais pesadas, porém, não ficaram de fora. O autor cita a do personagem Mario como uma marcante.
Então com 18 anos, Mario envolveu-se com homem mais velho. A convivência com o estrangeiro chamou a atenção e ele passou a ser vigiado. Tentou fugir e foi detido na Hungria.
"Ele passou seis meses na prisão, sendo interrogado e torturado, até que teve sua liberdade comprada pela Alemanha Ocidental. Quando chegou a Berlim Ocidental, descobriu que o homem tinha mulher e filhos", conta.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NA FOLHA
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