segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Revolta em quadrinhos


Garibaldi e sua família encostaram sua carroça no Sudoeste na pior época possível para cultivar o sonho de uma vida nova em uma terra nova. Eram os anos 50, e os colonos da região passavam maus bocados nas mãos dos jagunços da Citla, companhia que exigia que os posseiros comprassem as terras que já eram suas.
A violência era rotina nesse cenário mais do que propício para que Garibaldi aplicasse sua alta habilidade no manejo de um facão, ferramenta de trabalho transformada em arma para defender suas terras, seus filhos e sua esposa.
Um de seus maiores inimigos tinha a altura de um pinheiro e empunhava um machado do tamanho de uma casa. O saldo das batalhas entre o mocinho migrante e os vilões era um cenário desolador, salpicado de crateras e araucárias derrubadas.
Garibaldi está no meio de uma dicotomia entre realidade e ficção. Inspirado nos colonos que de fato brigaram por suas terras na histórica Revolta dos Posseiros, o “espadachim” é protagonista da série de histórias em quadrinhos Samurai Tchê, pensada, escrita, desenhada e distribuída pelos irmãos beltronenses Luciano e César dos Santos.
Pensada para ser um resgate histórico menos enfadonho do que o dos livros e folhetins, a revista conta a história fictícia da família Garibaldi, ambientada no Sudoeste dos tempos do conflito e desenhada com os traços do mangá, gênero de história em quadrinhos publicada no Japão e um dos mais reconhecidos no mundo.
Como todo bom mangá, Samurai Tchê traz personagens ágeis, deformados e muito expressivos, mas que falam a linguagem típica da região na época e estão rodeados por pinheiros, casas de madeira e estradas de chão. “Eu havia pensado em fazer uma HQ didática, com desenhos realistas, para comemorar os então 50 anos de revolta. Mas eu também queria falar com um público mais amplo, por isso julguei que seria melhor fazer algo diferente”, conta Luciano.
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