sábado, 30 de junho de 2007

Experiência de ensino: A turma da Mônica e a matemática

A professora Roseane Peres Rocha está tornando as avaliações de matemática uma gostosa brincadeira para os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental da E. M. Jutith Lintz Guedes Machado. Ela está utilizando tirinhas da Turma da Mônica para montar problemas matemáticos e desafiando os alunos a fazerem o mesmo. Esta experiência está sendo colocada em prática há aproximadamente um mês e tem dado ótimos resultados.
Segundo a professora, os alunos prestam muito mais atenção aos problemas quando eles são apresentados nas tirinhas. A professora ainda destaca que é interessante o fato dos alunos se preocuparem com pequenos detalhes quando preenchem os balões: "Eles colocam a fala errado do Cebolinha e sublinham as palavras que estão erradas”. Roseane dá uma dica: ela usa os quadrinhos com balões em branco que ela retira do site http://www.4shared.com/. Ela vai em shearch files e digita quadrinhos. Lá há diversos documentos em word e pdf. É de lá que ela tira o material que usa em suas aulas.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Hq educacional ensina a prevenir o câncer

Um material muito bom para ser trabalhado nas aulas de biologia e ciências está disponível para download. Trata-se de uma hq criada para informar sobre o câncer de pênis. A notícia saiu no site especializado em quadrinhos Bigorna. Segundo o site, a HQ Jogue limpo com seu amigo foi criada para o Projeto Urologista Cidadão da Sociedade Brasileira de Urologia por Daniel Esteves (roteiro), Bira Dantas(desenhos e arte-final) e Wanderson Souza (cores digitais). A história de 12 páginas alerta para os perigos do câncer de pênis, doença que atinge muitos homens nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ela conta com personagens bem regionais e, apesar do bom humor, trata o assunto com muita seriedade.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Informática, quadrinhos e educação


Entrei recentemente para o grupo Blogs Educativos, e nos poucos dias em que estive participando do grupo pude perceber como há gente boa trabalhando pela educação no Brasil e sempre com idéias muito legais. Um dos trabalho que me chamaram a atenção foi o do uso da informática na educação.
Entre as pessoas que estão levantando esta bandeira estão Vanessa dos Santos Nogueira , com seu blog Informática na Educação (http://ciberespaconaescola.blogspot.com/) e o blog de Andréa de Carli (http://informaticaeeducacaoblog.blogspot.com/), também com o mesmo nome. Estas duas educadoras estão inovando no uso da informática e elas, também, estão trabalhando com quadrinhos. Inclusive, foi através do blog destas duas educadoras/pesquisadoras, que eu pude conhecer uma ferramenta para construção de quadrinhos digitais, o programa AGÁQUÊ.

Este programa pode ser adquirido gratuitamente através do link http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/. Além de disponibilizar o programa para download o site ainda oferece diversos textos (trabalhos científicos e experiências) abordando o uso das webcomics Embora a realidade brasileira não nos permita ter acesso a um bom laboratório de informática, creio que conhecer e ter este programa pode ser muito útil até mesmo para elaboração de aulas e atividades com quadrinhos.

Façam uma visita aos blogs, informem-se e tentem algo diferente. É o que eu pretendo fazer. A idéia de uma oficina de quadrinhos digital pode ser uma das próximas realizações da Gibiteca. Além disto, os dois blogs tratam de temas como informática na educação infantil e muitos outros assunto.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

I Oficina de Quadrinhos da Gibiteca (III)

Tivemos nesta quinta (21/06) e na sexta (22/06) duas oficinas de quadrinhos com alunos da Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado, que frequentam a Gibiteca Escolar e compareceram na escola, em turnos alternados para participar da oficina. Foram aproximadamente 40 alunos e as oficinas duraram cerca de duas horas e meia cada. A oficina foi elaborada em parceria com o professor Hudson de Jesus Rodrigues. Foram explorados os elementos que compõe os quadrinhos (como balões, metáforas visuais, onomatopéias) e uma técnica simples de elaboração de hqs (criação de personagens, roteiro, desenho, cores, etc).

A Oficina se dividiu em duas partes: uma teórica e outra prática. Os meninos e meninas se descaram, cada um, em campos diferentes: uns se mostraram habilidosos em montar roteiros. outros demonstraram um senso de organização e de perspectiva muitos apurado; outros revelaram talentos artísticos e muita criatividade ao desenhar personagens. As hqs produzidas serão expostas na Gibiteca, em um mural.

Para o inicio do mês de julho estão programadas oficinas com os alunos do EJA, da educação infantil e de 1ª a 4ª séries, ministradas pelos próprios professores, que também tiveram oficinas esta semana, nos dias 19, 21 e 22. As oficinas para os professores ficaram sob minha responsabilidade (Natania Nogueira). O objetivo é despertar o interesse dos alunos menores não apenas pela leitura, mas também pela produção de hqs para que eles possam, futuramente, tornarem-se participantes ativos do projeto Gibiteca Escolar.

O interesse dos alunos pela oficina é um indicador de que o projeto Gibiteca Escolar está sendo bem aceito pois uma parte dos alunos está se sentindo motivada a comparecer na escola mesmo fora do horário de aulas para desenvolver atividades lúdicas. Além disso, os alunos que participaram das duas oficinas estão dispostos a participar também do I Concurso de Histórias em Quadrinhos que a Gibiteca está promovendo. Esta participação pode atrair ainda mais alunos para outras atividades que serão futuramente desenvolvidas, como fanzines, oficinas de desenho, etc.

Gibiteca, leitura e aprendizagem: primeiras experiências com o uso de quadrinhos já estão saindo

Já estamos tendo os primeiros resultados positivos com projetos desenvolvidos junto a Gibiteca Escolar. A professora de língua portuguesa, Mary Ângela Carraro Dibo (foto ao lado), mediante aos péssimos resultados com alunos da 6ª série, nas primeiras avaliações do bimestre (muitos erros de ortografia, interpretação, etc) resolveu fazer uma experiência: uma vez por semana estes alunos frequentam a biblioteca e a gibiteca, divididos em dois grupos que se alternam. Lá os alunos fazem uma aula de leitura livre. A experiência já tem três semanas e os resultados estão claramente visíveis. Além dos alunos terem melhorado seu desempenho nas aulas e nas avaliações até a disciplina da turma - que tem dado muitos problemas desde o início do ano - está aos poucos melhorando.

A professora destaca que os alunos preferem as aulas na gibiteca pelo ambiente agradável e despojado, diferente da biblioteca, onde eles ficam sentados em cadeiras e mesas. Na Gibiteca o grupo de alunos se espelha pelas almofadas e pelo tapete, ficando a vontade para fazer a leitura. A professora observa que na biblioteca os alunos folheiam livros e muitas vezes não os lêem. Já na gibiteca a atenção com a leitura é bem maior. Ela assinala que o apelo visual das hqs é um fator importante, pois o desenho prende a atenção e mesmo que o aluno "pule" algumas falas ele consegue entender a história graças à leitura das imagens. O interesse deles pela leitura está levando-os , também, a ter novas perspectivas e arriscar novas experiências de ensino. Na oficina de quadrinhos que foi realizada na quinta (21/06) cerca de metade dos alunos presentes eram desta turma. Meninos e meninas que normalmente não se sentem muito motivados a frequentarem a escola vieram fora do seu turno de aula e fizeram 3 horas de oficina de quadrinhos. Uma grande vitória para o projeto, para a escola e, principalmente, para a professora, que está apostando na leitura para formar estudantes mais interessados e cidadãos mais informados.

A professora nos disse que já trabalhava com quadrinhos em suas aulas, na forma de atividades. Ela mostrou um delas: usando tirinhas do Almanaque do Snoopy (personagem de Charles Schulz) ela propõe exercícios que misturam deste questões gramaticais (identificar locuções verbais, vocativos e onomatopéias) até interpretação.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

I Oficina de Quadrinhos da Gibiteca (II)

Esta semana estamos tendo a primeira oficina de quadrinhos com os alunos da escola e com os professores. Este primeiro contato com a produção de quadrinhos está tendo dois objetivos, inicialmente: a) dar ao aluno uma visão diferente dos quadrinhos, mostrando a complexidade da sua elaboração e fornecendo instrumentos para que ele possa montar suas próprias histórias; b) oferecer ao professor uma alternativa de trabalho em sala de aula (com alunos da série inicial do ensino fundamental), onde ele possa desenvolver no aluno várias habilidades, necessárias para a elaboração de uma hq.

Os alunos das fases avançadas do fundamental terão as oficinas em horários extra-classe, uma vez que ela será suporte para aqueles que estão participando do nosso concurso de quadrinnhos. A escola fornecerá aos alunos o material didático (apostila) e teremos a participação de um quadrinista amador local, o prof. Hudson de Jesus Rodrigues, que, aliás é um dos nossos maiores parceiros, desde que o projeto teve início.

Em um segundo momento iremos produzir os primeiros fanzines da escola, com participação dos nossos alunos e serão oferecidas novas oficinas de quadrinhos, desenho, roteiro, charge, etc.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Relato de Experiência: o machismo nas hqs

Realizei hoje uma experiência com hqs na aula de história da sétima série. Lancei um desafio aos alunos: eles iriam manipular um documento e identificar nele um discurso, o do machismo. O documento em questão eram hqs da Ebal, das décadas de 1960 e 1970. O exercício consistia em ler a revista e destaca passagens ou cenas onde, de alguma forma o machismo estive presente, mesmo - e principalmente - de forma sutil. Os títulos escolhidos para o exercício proposto foram: Os Justiceiros (Antiga Liga da Justiça); Batman, Super Girl, Super Homem e O Judoka.

Os alunos tinha opção de escolher mais de uma hq para analisar. Como se tratava de uma turma pequena, dei meia hora para que eles examinasse as hqs e mais 20 minutos para que pudessem relatar sua pequena "investigação". Os alunos reuniram-se em um círculo comigo (professora) que fui mediadora. A cada aluno que relatava uma passagem ou uma impressão, perguntava-se: porque você acha que é uma passagem machista" A cada fala unia-se o comentário de um colega e, ao término do exercício tema havia se tornado uma conversa informal e descontraída.

Realizei o trabalho em uma turma com 15 alunos, onde apenas um não conseguiu cumprir a tarefa e, aproximadamente 3 alunos que haviam tido dificuldade no início ao final da atividade não apenas compreendiam o significado do machismo embutido no discurso das hqs como complementaram comentários de seus colegas.

O objetivo deste exercício foi preparar os alunos para identificarem o discurso ideológico contido em um texto, mesmo em situações mais simples. Como os alunos da sétima série estão estudando conteúdos como revoluções achei importante que eles comecem a analisar o texto de uma forma mais crítica,visto que os discursos de fundo ideológico tornar-se-ão cada vez mais presentes. Ademais, creio ser necessário o contato com outros documentos, tais como jornais, revistas e, claro, hqs dando a eles uma função não apenas informativa e/ou de lazer, mas de fonte de pesquisa.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

100 anos de Adolph Aizen, o "Pai das Histórias em Quadrinhos do Brasil"

Adolfo Aizen (1907-1991) foi um dos principais responsáveis pela popularização dos quadrinhos no Brasil. Aizen defendeu intensamente na mídia da época, sempre afirmando que as revistas estimulavam o hábito de ler, sendo de uma importância ímpar na educação. Agora, no centenário do seu nascimento, vale a pena fazer um breve resumo da obra deste que foi um dos maiores nomes do mercado editorial brasileiro.

Viajando aos Estados Unidos, como repórter d’O Malho em 1933, Aizen reparou o sucesso que os "comics" faziam grande naquele país.No Brasil, Adolfo Aizen foi à busca de patrocinadores e em 1934 lançou o seu "Suplemento Juvenil", publicando "Jim das Selvas", "Flash Gordon", "Mandrake", "Terry e os Piratas" e "Tarzan". Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve escassez de papel e ele teve que vender a empresa. Com o fim da guerra, Aizen fundou a EBAL (Editora Brasil América Ltda), que publicava tanto revistas de quadrinhos estrangeiros quanto adaptações de clássicos da literatura. Com a EBAL, Adolfo Aizen, tornou-se um dos pioneiros na produção e edição de histórias em quadrinhos dedicadas a temas históricos, abrindo espaço para desenhistas nacionais, numa época em que os quadrinhos eram colocados como responsáveis pela delinqüência juvenil.
Ele lançou as séries Edições Maravilhosas, Grandes Figuras do Brasil (lançado pela primeira vez em 20 volumes, entre 1957 e 1958), História do Brasil e Epopéia. A finalidade destes empreendimentos, segundo o professor Alexandre Valença Alves Barbosa, era reverter o status cultural dos quadrinhos e afastar do Brasil o fantasma da censura aos quadrinhos – praticada na década de 50 nos Estados Unidos, na forma do macartismo, liderado pelo senador Joseph McCarthy, o mais famoso caçador de bruxas, no cinema, jornalismo, literatura e televisão -, colocando-os como parte importante da formação cultural Brasileira.( BARBOSA, Alexandre Valença Alves. Quadrinho Histórico Brasileiro no final da década de 50. 1o Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, Mídia Brasileira: 2 séculos de História. – São Paulo, 2003). Para tanto, Aizen procurou se aproximar das autoridades brasileiras da época, como o Ministro Clóvis Salgado.

Além de material importado, a Ebal publicou várias revistas com artistas brasileiros, como Álbum Gigante, Edição Maravilhosa (posteriormente republicada como Clássicos Ilustrados), com versões em quadrinhos para obras consagradas de autores como Euclides da Cunha e José de Alencar, Série Sagrada, com biografias de santos católicos e Episódios e História do Brasil e Figuras do Brasil, com adaptações de fatos históricos.

A produção de Histórias em Quadrinhos da EBAL possuía características positivistas. Eram álbuns ilustrados por desenhistas brasileiros e organizados por historiadores, que privilegiam a narrativa e apresentavam os temas de forma romanceada, enaltecendo a figura do herói. A título de ilustração, podemos citar a edição comemorativa dos 500 anos do nascimento de Pedro Álvares Cabral, lançada pela EBAL em l968. Outro exemplo é a História do Brasil em Quadrinhos, que narra em duas edições a História do Brasil (de 1500 a 1967). Os dois álbuns possuem um caráter enciclopédico, prevalecendo a narrativa dos fatos, que são ilustrados em quadrinhos, sem destaque para nenhum personagem em especial.

O declínio da editora teve início no final dos anos 60. Com o avanço da televisão, no mundo inteiro os quadrinhos passaram a vender cada vez menos, levando ao fim várias editoras do gênero. A crise se prolongou durante a década de 1970 e, em 1983 a editora encerrou sua produção. Durante suas primeiras quatro décadas a Ebal foi uma forte influência em várias gerações de editores, artistas e leitores, contribuindo decisivamente para a estabilização das histórias em quadrinhos no Brasil. Atualmente fala-se muito do impacto das revistas em quadrinhos como uma forma de expressão artística importante no mundo atual.

A própria trajetória da Editora Brasil-América confunde-se com a evolução da imprensa brasileira e seu impacto na sociedade. Apesar disso, o tema nunca ganhou o merecido destaque, só sendo visualisado em sua total dimensão com o lançamento em 2004 de A Guerra dos Gibis - A Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos do jornalista e escritor Gonçalo Junior, uma pesquisa ampla e sem precedentes da história da Ebal.

A quem deseja saber um pouco mais sobre a vida e a obra de Adolfo Aizen, sugiro a leitura do livro de Orlando Jr, a Guerra dos Gibis.

domingo, 10 de junho de 2007

I Oficina de Quadrinhos da Gibiteca

Estamos preparando (eu e o professor Hudson) a primeira oficina de quadrinhos da Gibiteca Escolar. A princípio ela deverá servir para instrumentalizar os alunos que irão participar do nosso Primeiro concurso de quadrinhos. A oficina também estará aberta aos professores da escola que tiverem disponibilidade. Na oficina os alunos terão as noções técnicas do que é uma hq e quais são os seus elementos característicos. Após uma parte teórica irão partir para dinâmicas de construção de quadrinhos e, por fim, produzir um quadrinho só seu. Posteriormente serão oferecidas oficinas de roteiro e de desenho. A previsão é que possamos oferecer uma oficina uma vez ao mês, nos três turnos de funcionamento da escola. Até o final do ano esperamos poder contar com multiplicadores (alunos que possam assumir a função de repassar para outros alunos o que aprenderam nas oficinas) podendo a atividade se tornar quinzenal ou mesmo semanal a partir do ano de 2008. A primeira oficina está agendadas para dos dias 21 e 22 de junho. Esperamos, em breve, poder postar algumas hqs produzidas pelos alunos e, é claro, relatar a experiência.

Novo espaço escolar na net

A Escola Estadual Justiniano Fonseca, do distrito de Tebas, colocou no ar o Blog Folha Estudantil (http://folhaestudantilcom.blogspot.com/), um espaço na net para veicular informações referentes a escola, seus professores, alunos e projetos. A Folha Estundantil já existe como periódico publicado por esta escola. Agora a comunidade escolar também possui seu espaço na internet. É bom lembrar que os professores da Escola Estadual Justiniano Fonseca estiveram presentes no I Seminário sobre leitura, Quadrinhos e Ensino, ocorrido no dia 18 de maio do ano corrente e estão muito interessados em introduzir o uso das histórias em quandrinhos nas salas de aula. Esperamos que a criação deste blog possa trazer ao domínio público novas e ricas experiências de ensino aprendizagem, valorizando o trabalho de professores e o empenho dos alunos.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Hq conta história dos índios brasileiros

Achei esta notícia hoje, lendo o Blog dos Quadrinhos. Será lançado, em breve, um álbum ricamente ilustrado, que conta a história dos índios brasileiros em hq, da colonização até os nossos dias. Nele irão estar presentes cerca de doze tribos brasileiras, entre elas as dos kayapó, dos xavante e dos kreen-akarore.


O autor é Sergio Macedo, desenhista brasileiro. Ele saiu do Brasil em 1974, indo morar na França. Na Europa, se tornou um bem-sucedido e reconhecido desenhista de álbuns europeus (bande dessinée), tendo publicado quinze álbuns, até o momento. Para quem não sabe os álbuns europeus são publicados anualmente e, em muitos casos, chegam a demorar mais de seis meses para serem concluídos. Agora, aos 56 anos Sérgio Macedo realiza um antigo sonho, ao finalizar seu projeto sobre o índios brasileiros.

Para isto ele aproveitou a experiência de ter morado por dois meses no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, em 1987, quando começou a produzir o álbum.

Segundo o Blog dos Quadrinhos, Sergio é um apaixonado por índios e este trabalho representa a realização de um sonho de muitos anos. Parte da história foi elaborada com base em relatos orais, através dos quais o autor obteve um rico material para compor sua narrativa. No Blog dos Quadrinhos ele resume sua obra da seguinte forma:

"[Vai] ser estritamente cronológico. Não tem nada de ficção. É didático, pedagógico, como um documentário, com começo e fim."

Vamos aguardar ansiosos a publicação. É mais um bom material para professores e uma firma original de se homenagear os índios brasileiros.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Entrega do prêmio à vencedora do Concurso Cultural da Turna do Gabi

Tivemos hoje a entrega do prêmio conquiistado por Labiby Mary, aluna da terceira série. Ela foi a primeira colocada no Concurso cultural da Turma do Gabi. Labiby, segundo os pais, é uma menina muito inteligente e esforçada e que gosta muito de ler. Ela recebeu, assim como outros coleguinhas que participaram do concurso, um certificado. Além do certificado Labiby ganho 50 livrinhos da Turma do Gabi, com jogos, brincadeiras e muita leitura. Vencedora do primeiro lugar no concurso do qual participaram crianças de todo o Brasil, a menina se emocionou com o carinho da professora e dos coleguinhas, que a presentearam com um pequena festinha, com bolo e refrigerante. Mais do que uma vitória, a conquista desta aluna serve para motivar os outros colegas e até mesmos alunos de séries mais avançadas a participarem deste tipo de atividade, sabendo que a possibilidade de ganhar é real.

domingo, 3 de junho de 2007

Duas Hqs que falam da nossa história

O site Nona Arte disponibiliza muitas hqs para download e é também um espaço de referência para jovens talentos. Recentemente André Diniz, um dos fundadores lançou duas novas hqs. As duas com temáticas ligadas à história. A primeira, ocorre no período da chegada de Dom João aos Brasil e destaca o episódio do "Ponha-se na rua", quando os moradores da cidade do Rio de Janeiro são obrigados a entregar suas casas à corte portuguesa. A segunda narra a história de um personagem quase folclórico da nossa história. Chico Rei, que de escravo torna-se um homem livre e rico, nas Minas Gerais oitocentistas. Segue abaixo um resumo de cada obra, retirado do blog da Nona Arte.

Ponha-se na Rua – Com desenhos de Tibúrcio. A divertida história de João Fernandes, um brasileiro dos tempos do Brasil Colônia que corre o risco de perder sua casa com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808. De uma forma criativa, João Fernandes tenta dar a volta por cima, e ainda prepara um troco para o pretenso novo morador, que quer expulsá-lo de lá o quanto antes.Como cenário, um dos nossos mais importantes momentos históricos: a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil, fugindo das tropas de Napoleão. Para abrigar todos os membros da Coroa e da elite portuguesa que vieram para a Colônia - cerca de quinze mil pessoas! - as melhores casas foram desapropriadas. Estas eram marcadas com as letras PR pintadas na porta - sigla de "Príncipe Regente", que o povo logo reinterpretou como "Ponha-se na Rua".Após dois séculos destes acontecimentos, este livro faz o leitor voltar no tempo e reviver, nas páginas das histórias em quadrinhos, este momento tão curioso e decisivo na História do Brasil.


Chico Rei – Com desenhos de André Diniz.Pelas páginas das histórias em quadrinhos, Chico Rei revela ao leitor a história de Galanga, o rei do Congo que foi capturado para servir de escravo no Brasil Colônia. De um reles cativo, Galanga - agora conhecido como Chico Rei - voltou a reinar nos corações dos escravos de Vila Rica, ao tornar-se dono de uma mina de ouro e usar todo o dinheiro conseguido com esta para comprar a liberdade de outros escravos.Ao contrário da maior parte dos eventos que entram para a história, onde perpetuam-se tiranos, injustiças e massacres, Chico Rei traz um belíssimo capítulo da história do Brasil e resgata um personagem do qual todos nós deveríamos nos orgulhar. Um personagem que é, antes de tudo, uma lição de vida a ser aprendida ainda hoje, mais de dos séculos depois.Chico Rei é o tipo de rebelde poucas vezes visto na história da humanidade: sua rebelião foi feita com amor, e não com armas.Os livros têm 24 páginas e formato 14,8 X 21 cm.

Fonte: http://blognonaarte.blogspot.com/2007/05/dois-lanamentos-de-andr-diniz.html

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Projetos em andamento e novas gibitecas


Fazendo um balanço deste primeiro ano de projeto, porque semente da idéia foi plantada em junho de 2006, quando começamos a mobilizar alunos e professores da escola, acho que posso afirmar que o aproveitamento foi melhor do que o esperado. Inauguramos a gibiteca e fizemos o I Seminário sobre quadrinhos e estamos, agora, podendo dar início aos projetos com hqs, tanto por parte de todos os professores do ensino fundamental da escola, mesmo aqueles que encontravam-se resistentes à idéia no início, mas que depois das reuniões e, principalmente, do seminário, estão empolgadíssimos.

Já temos professores começando a trabalhar com os alunos a elaboração de hqs para o nosso I Concurso de Histórias em quadrinhos - diga-se de passagem o primeiro desafio da Gibiteca que envolve diretamente os alunos da escola. Estão sendo preparadas as primeiras oficinas de quadrinhos com a ajuda de membros da comunidade e outras escolas, tanto de Leopoldina quando de municípios vizinhos já estão nos procurando para montarem sua própria gibiteca. Creio que esta talvez seja uma das nossas maiores conquistas: sensibilizar outros colegas em relação ao uso das hqs nas escolas, incentivando a leitura e a criatividades dos alunos.

Em breve pretendemos divulgas já alguns trabalhos feitos com alunos da escola com quadrinhos.

A Gibiteca Escolar no Universo HQ

A Gibiteca Escolar saiu em uma reportagem do site Universo Hq, nesta quinta, dia 31 de maio. Foi uma ótima forma de fechar este mês, que foi muito especial para todos nós da escola, com a inauguração da gibiteca e com o Seminário sobre quadrinhos, leitura e ensino. Agradecemos muito o apoio de Sidney Gusman e Marcelo Naranjo. Aproveitando a opotunidade, agradeço também o interesse de colegas de várias partes do Brasil e de Minas Gerais que têm nos enviado e-mail, seja para oferecer doações, seja para trocar idéias e oferecer sugestões. Tem sido um grande aprendizado, mesmo, e uma oportunidade única de fazer intercâmbio com outras pessoas preocupadas com a qualidade do ensino de nossas crianças e com a divulgação do uso das hqs e mesmo sua leitura.


Para quem tiver interesse em ler o artigo sobre a Gibiteca o link é http://www.universohq.com.br/quadrinhos/2007/n31052007_04.cfm