quarta-feira, 28 de maio de 2008

Duas HQs que podem fazer a diferença nas salas de aula estão sendo lançadas no Brasil

Uma cartilha de história em quadrinhos, que traz referências étnicas sobre pontos turísticos e história da Capital mato-grossense para o público infantil, será lançada na quinta-feira (29-05) durante a 1ª Conferência Municipal “Cuiabá abraça a África”, no Hotel Fazenda Mato Grosso. A cartilha “Conhecendo Cuiabá” foi escrita e organizada pela vice-prefeita, Jacy Proença.

A cartilha traz uma história em quadrinhos ilustrada com referências indígenas e negras, além de valorizar a cultura oral cuiabana. O material está escrito em português e espanhol. A abordagem prioriza a versão étnica para atender à proposta de trabalho da Vice-Prefeitura, que é voltada à defesa da igualdade de gênero e de raça. Após o lançamento, cópias serão distribuídas aos alunos de escolas públicas municipais. Leia a notícia completa clicando aqui

A Editora Conrad, por sua vez, está lançando uma HQ nacional que fala sobre um episódio muito importante da nossa história: a Revolta da Chibata. No dia 22 de novembro de 1910, os marinheiros do Encouraçado Minas Gerais, em protesto, tomaram o navio. Logo a insurreição (que ganhou mais tarde o nome de Revolta da Chibata) foi aderida pela tripulação do Encouraçado São Paulo e de outros navios.

Chibata!, escrito por Olinto Gadelha e desenhada por Hemeterio, se insere nesse contexto ao retratar em quadrinhos os principais acontecimentos da Revolta da Chibata, inclusive aqueles que a Marinha preferia ver apagados, e recuperar a vida do Almirante Negro, um rebelde brasileiro que ousou se levantar cabeça contra a servidão e pagou caro por isso.

Só recentemente o nome de João Cândido começou a ser relembrado, graças à liberação de seus arquivos pela Marinha, à inscrição de seu nome no Livro dos Heróis da Pátria e à anistia post-mortem concedida a ele em 2008, 98 anos depois da rebelião que fez tremer o governo recém-eleito do marechal Hermes da Fonseca.

Leia mais sobre a HQ e saiba como adquiri-la clicando aqui

terça-feira, 27 de maio de 2008

Tiras de Letra até debaixo d’água

Dia 31 de maio será realizado o lançamento do livro “Tiras de Letra até debaixo d’água” , organizado e Editado pelo cartunista Mario Mastrotti. Este é o sétimo livro da série, publicado pela editora Virgo desde 2003, que continua com a missão de mostrar a produção de tiras nacionais de humor atual revelando talentos e destacando veteranos que por muitas vezes tem seus trabalhos publicados em alguns nichos de mercado de suas regiões.

Esta edição contém 243 tiras de 25 autores de 6 estados e do Distrito Federal.

Ceará : João Belo Jr

Paraíba : Henrique Magalhães

Distrito Federal: Cloudis

Minas Gerais : Edgard Guimarães,Lipik e Rodrigo Zoom

Rio de Janeiro: Rose Araújo

São Paulo : André Marangoni, Anita Costa Prado, Edson Lovatto jr, Ricardo Chacur ,Denílson Fontanetti(Turma do Papi), Jean Pires, Jodil, Julinho Sertão Maiolo , Marcos Venceslau, Mastrotti, Mauro oliveira , Gilmar , Rafael Dourado e Renato Machado.

Paraná: Antonio Eder, Jefferson Silveira e Rafa Camargo.

O lançamento está terá início a partir das 18:00 na Livraria HQ MIX na Praça Roosevelt,142,centro,São Paulo (SP)

Maiores Informações:11 32587740 na Livraria HQMIX ou 11 42264396 na Editora Virgo.

Exposição de histórias em quadrinhos africanas

De 26 a 31 agosto de 2008 acontecerá na Holanda, no Africa Museum, situado numa pequena cidade chamada Berg en Dal, a 1ª Exposição de HQ africanas. A exposição é uma iniciativa do NCDO, uma organização holandesa para a conscientização da cooperação internacional, que teve um peso considerável para a realização desta mostra. Um grande grupo de pesquisadores foi responsável pela coleta de informações e o curador Joost Pollmann é o mesmo que realiza o famoso festival Sripdagen, a cada dois anos em Haarlem.A pesquisadora Sonia M. Bibe Luyten, publicou uma matéria sobre o assunto no site do Universo HQ. Vale a pena conferir, clicando aqui.

domingo, 25 de maio de 2008

HQ narra a história do fundador do Correio Braziliense

O Correio Braziliense está lançando em quadrinhos a biografia de Hipólito José da Costa. Hipólito é considerado o fundador do primeiro jornal brasileiro, que é o próprio Correio Braziliense. Desenvolvida pela equipe do Correio Braziliense, a HQ conta de forma lúdica e envolvente um capítulo da história do Brasil, relatada a partir da vida de um homem que amava um país que via nascer 200 anos atrás.

A biografia e os relatos referentes ao jornalista no Brasil colônia, à instalação da Corte de Dom João VI, estão reunidos nesta HQ, com a qual o Correio irá presentear seus leitores no dia 31 de maio.

O ilustrador Kleber Sales foi o responsável pela criação da narrativa e dos desenhos da HQ. Dois personagens foram criados para dar dinâmica à história. Tudo começa no encontro do menino Fernando com um funcionário do Museu da Imprensa Nacional, chamado Alfredo, que toma para si o encargo de envolver o estudante, contando eventos heróicos, como a fuga do cárcere em Lisboa, onde Hipólito ficou preso durante três anos e meio, processado pelo Tribunal do Santo Ofício e acusado de participar da maçonaria, organização que na época era considerada subversiva.

O reconhecimento póstumo à figura de Hipólito José da Costa serve, embora de forma tardia, para reconhecer uma falha. “Hipólito sempre foi um ilustre desconhecido”, opina o tetraneto dele Fernando Hippólyto da Costa, aviador aposentado de 81 anos. Neste ano de comemorações do bicentenário da transferência da família real para o Brasil, o que transformou a colônia em vice-reino, inúmeros nomes e eventos têm sido descobertos e justiçados com um certo atraso.


Matéria sugerida pela amiga Valéria e adaptada do texto publicado pelo Correio Brasiliense, disponível na íntegra clicando aqui.

Projetos incentivam a leitura

Duas iniciativas relacionadas ao estimula da leitura nas escolas chamaram minha atenção este fim de semana. A primeira é a produção de cordel como forma de estimular a leitura entre estudantes do ensino fundamental. A iniciativa partiu do projeto ‘‘Histórias Contadas’’, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) com o apoio do Instituto C&A e do Banco do Nordeste.

Este trabalho é um dos frutos do projeto Lugares Onde Moram as Palavras’’, também desenvolvido pelo IDE, e é feito na Escola Estadual Hegésippo Reis, localizada no bairro de Nova Descoberta, Natal (RN). Os cordéis são baseados em histórias contadas pelas famílias das próprias crianças. O projeto procura desenvolver o prazer pela leitura, além de estimular a oralidade e desenvolver nas crianças o gosto de brincar com as palavras. Também é uma forma de aproximar o estudante de sua família, abrindo um novo canal para o diálogo. Os estudantes participam ainda de oficinas de xilogravura.

A escola criou um espaço, ‘‘Cantinho do Escritor’’, para estes jovens leitores escritores onde eles podem pesquisar e desenvolver seus pequenos projetos em forma de cordel. Livros, quadrinhos e obras de vários autores se fazem presentes e compõem a riqueza literária da sala, à disposição dos estudantes. Os cordéis criados sãoo expostos para serem lidos pelos estudantes.

Chegou às minhas mãos, há pouco tempo, um trabalho envolvendo cordel, realizado em um distrito de Leopoldina, que ficou muito bom. Fiz uma postagem sobre ele em um outro blog. Quem quiser conferir, é só clicar aqui.

O outro trabalho que chamou a minha atenção, até mesmo pela sua simplicidade – pode ser repetido em qualquer escola, basta que haja acordo entre diretor e professores -, é o que está sendo realizado na Escola Estadual “Nilza de Oliveira Pipino”, em Sinop (MT). Durante meia hora, em cada semana, em dias alternados, toda a escola pára durante o Projeto “Momento de Leitura”. Não apenas os alunos, mas também os professores, servidores técnicos e administrativos, dirigentes e até os eventuais visitantes, que estejam dentro da escola no momento do início do projeto. A atividade é feita nos três períodos de funcionamento da escola, revezando os horários, para não afetar sempre uma mesma disciplina.

O projeto começou agora em 2008, com o início do ano letivo. A idéia partiu dos professores da área de linguagem e foi assumida pela escola, tornando-se um projeto organizado, com calendário previsto para o ano todo. O projeto funciona da seguinte forma: cada professor que ministra uma disciplina na escola se encarrega do material que seus alunos vão ler. Quando aos funcionários, estes podem escolher o tipo de leitura.

No momento em que inicia o horário previsto para o projeto, o portão da escola é fechado e quem quiser entrar tem que esperar por meia hora. Pais e mães de alunos, que por acaso já estivessem dentro da escola durante a atividade, são convidados a participar da leitura.

A escola “Nilza de Oliveira Pipino” já tem uma estratégia preparada de avaliação do projeto de leitura. O aluno não apenas irá ler, mas também produzir textos, conforme a série em que estiver matriculado. Estes textos serão apresentados numa “Feira do Conhecimento”, aberta a toda comunidade escolar.

Fontes:
http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=2&idmat=171332
http://www.odocumento.com.br/noticia.php?id=262416

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Nhô Quim e As Capivaras em oficina de animação


Notícia publicada hoje, na Gazeta de Piracicaba:

União HQ e cinema

Personagens Nhô Quim e As Capivaras ganharão vida em oficinas de animação gratuitas no Sesc Piracicaba

Desde 1936, quando Alex Raymond deixou seu herói Flash Gordon, publicado inicialmente em história em quadrinhos ganhar as telas do cinema, uma legião deles detentores dos mais diversos tipos de virtudes e personagens comuns criados para viverem confinados entre quatro linhas têm ganhado vida nas asas da sétima arte. Encontrada com freqüência em países onde a indústria do cinema tem mercado sólido, a união entre a HQ e audiovisual, no Brasil, apesar dos inúmeros cartunistas de talento e das novas ferramentas de animação, ainda não manifestou todo o seu potencial.

Para mapear o que já foi feito e traçar caminhos à comunhão dessas duas expressões da arte no país, o Sesc Piracicaba realiza o Projeto HQ.MOV, uma série de eventos gratuitos, oficinas, palestra, documentários, storyboards e exibições de longas, curtas-metragens e vinhetas baseadas em HQ's consagradas, alternativas e em personagens publicados em tiras de jornais com o objetivo de mexer um pouco nos quadros dessa história.

INSCRIÇÕES ABERTAS. A programação se inicia nesta sexta-feria (23). Um workshop à tarde com o produtor e diretor gaúcho, Otto Guerra abordará a experiência de 30 anos da Otto Desenhos Animados na produção de comerciais, filmes e cinema de animação. No mesmo dia, o Sesc inaugura a exposição em homenagem às três décadas de atividades contendo aproximadamente 50 painéis com desenhos e storyboards feitos pela produtora. À noite, Guerra participa de um debate com o cartunista Jal, criador do prêmio HQ Mix, sobre o "Potencial audiovisual do quadrinho brasileiro".

Nos dias seguintes, Danilo Moura, especialista em charges animadas e Erasmo, cartunista de Santa Maria da Serra, realizam uma oficina de animação vetorial em cima das "Capivaras", personagens criadas por Erasmo. Elas ganharão vida e voz em 19 historietas produzidas pelos participantes da oficina.

As inscrições para as oficinas já estão abertas.

Animação de Nhô-Quim

O mais famoso personagem piracicabano, Nhô Quim, criação do cartunista Edson Rontani também será animado na oficina de Tadao Miaqui, desenhista com participação na produção dos filmes de longa-metragem de animação Wood&Stock e Brichos. Serão quatro histórias, típicas do universo caipiracicabano escritas pelo jornalista e escritor Cecílio Elias Netto.

E para quem quer saber um pouco mais sobre a história do quadrinho brasileiro e seu casamento com o audiovisual, o cartunista Jal, ministra nos dias 27 e 28/5 a oficina "HQ e cinema - diferenças e semelhanças".

O projeto prevê ainda a exibição das mostras HQ.MOV - integrada por vários longas, curtas e vinhetas ficcionais adaptadas de personagens dos quadrinhos - e HQ.DOC - composta por documentários que retratam a luta e a vida de cartunistas alternativos e consagrados. As vinhetas foram produzidas pelo estúdio Daniel Messias para o Canal Cartoon Network.

Informações
Sesc Piracicaba, rua Ipiranga, 155, fone 3437-9292 ou www.sescsp.org.br


quarta-feira, 21 de maio de 2008

Samanta Flôor e o Mundo de Bia

Depois de uma roteirista, agora uma ilustradora. Lendo algumas notícias sobre quadrinhos descobri uma desenhista que tem um espaço muito legal na internet: a arquiteta, Samanta Flôor.

Ela é gaúcha e, embora não “viva” de seu trabalho com quadrinhos, mas como ilustradora, ela está ganhando espaço, ilustrando histórias em quadrinhos para a revista Atrevidinha, com o nome O Mundo de Bia. Eu gostei muito das ilustrações dela e acho que vale a pena dar uma conferida no seu trabalho clicando aqui ou fazendo uma visita ao seu blog.

Pois é, as mulheres estão se destacando nos quadrinhos. Quem sabe, daqui há algum tempo as pessoas superem o preconceito de dizer que isto é apenas coisa de menino.

Mariazinha: tiras e poesia

Esta semana tive a oportunidade de conhecer uma roteirista de histórias em quadrinhos que está fazendo um trabalho muito legal, que une poesia e quadrinhos. Trata-se da Claudia Gomes, que junto com o ilustrador Fábio Turbay, criaram Mariazinha, pesonagem da HQ que está sendo lançada em Vitória/ES. O livro de tiras chama-se Mariazinha em verso & prosa.

A HQ tem objetvos educacionais e pode ser usada para desenvolver o gosto pela leitura de poesias. Mariazinha é uma menina órfã, que vive com os avós e é apaixonada por poesia e literatura brasileira. O Universo Hq fez uma excelente resenha sobre este lançamento que pode ser lida clicando aqui.


Para saber como adquirir um exemplar é só escrever para fabioturbay@hotmail.com.

sábado, 17 de maio de 2008

Programação Geral do II Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino (atualizada)

Local: Auditório do CEFET – Uned/Leopoldina

Credenciamento/recepção (08:00 às 8:30)


Abertura (08:30): cerimonial com presença de autoridades ligadas ao ensino e convidados.


Palestra (09: 00 – 10:00)


Palestra: “Quadrinhos e leitura: verbal e não-verbal na formação do leitor”

Doutora Leonor Werneck dos Santos (UFRJ)


Mesa Redonda (10:00 – 11:30)

“Acessibilidade física e virtual” - Estevão Ribeiro (UFES)
"Ficção Científica, Divulgação Científica e Quadrinhos” – Lúcia Rodriguez de la Rocque (FIOCRUZ/CNPq)


Intervalo para o almoço (11:30 – 13:00)

Mesa redonda: Histórias em Quadrinho e o ensino de ciências( 13:00 – 14:30)

“Histórias em Quadrinhos e o ensino de ciências: a hanseníase em foco

Karina Saavedra Acero Cabello (FIOCRUZ - CNPq)

“Ciências e quadrinhos: explorando as potencialidades das HQ como materiais instrucionais” - Cláudia Kamel (FIOCRUZ - CNPq)

Intervalo para café: (14:30 – 15:00)

Oficina de Tirinhas de Física (15:00 – 17:00)

Doutor Francisco Caruso (UERJ/CBPF)

Maria Cristina Silveira (CES)


Espaço aberto para a palavra de professores da Rede Municipal de Ensino (17:00)


Encerramento

II Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino: nossos convidados

Para o II Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino vamos receber um time de pesquisadores super diversificado, que atua nas aréas de literatura, ciencias e física.


Leonor Werneck dos Santos
- Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ e Professora Adjunta de Língua Portuguesa da mesma universidade. Desenvolve projetos nas áreas de Lingüística Textual e Análise do Discurso, na linha de pesquisa Língua e ensino. Integrante do GT da ANPOLL de Lingüística Textual e Análise da Conversação. Tem vários artigos publicados em livros e revistas, organizou os livros Discurso, coesão, argumentação (Oficina do Autor, 1996) e Estratégias de leitura: texto e leitor (Lucerna, 2006) e publicou Articulação textual na literatura infantil e juvenil (Ed. Lucerna, 2003). Participa freqüentemente de congressos nacionais e internacionais, apresentando trabalho sobre ensino de língua portuguesa, leitura, literatura infantil e juvenil.

Francisco Caruso: Doutor em Física pela Universidade de Turim, Itália, é professor titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi Superintendente de Difusão Científica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro e tem dedicado particular atenção à divulgação da ciência, tendo editado vários livros. Escreveu, com V. Oguri, o livro "Física Moderna: origens Clássicas e Fundamentos Quânticos (Elsevier/Campus, 2006), que recebeu o Prêmio Jabuti (2o. lugar) na categoria Ciência, Engenharias e Informática em 2007. Coordena a Oficina de Educação de Ciências Através de Histórias em Quadrinhos (EDUHQ),


Maria Cristina de Oliveira Silveira – Licenciada em Pedagogia com especialização em Orientação Educacional, na Faculdade de Educação e Letras da Universidade Iguaçu – UNIG (2002), especialista em Dificuldades de aprendizagem pela UERJ (2004). Atualmente é coordenadora pedagógica do Centro de Estudos Supletivos Casa do marinheiro e professora regente do Município de Duque de Caxias, lotada na Secretaria Municipal de Educação (membro da equipe da Subsecretaria de Planejamento Pedagógico). Desenvolve trabalhos na área de divulgação científica, quadrinhos e educação.


Karina Saavedra Acero Cabello Rocio: Mestre em biologia, bióloga e pesquisadora da FIOCRUZ, desenvolveu seu trabalho de mestrado sobre quadrinhos e o tratamento de hanseníse.


Cláudia Kamel: Bióloga, mestre em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz, Rio de Janeiro.Possui longa e bem sucedida com a utilização das histórias em quadrinhos, não somente em aulas de ciências naturais, mas também com a educação infantil, alfabetização e ensino fundamental. Realizou vários projetos utilizando os quadrinhos como uma das fontes de leitura e motivação dos alunos.


Estevão Ribeiro: Infografista e chargista do jornal A Tribuna/ES ,; designer gráfico da Gráfica Prograf; roteirista de Histórias em Quadrinhos, estudante de Artes Visuais na Universidade Federal do Espírito Santo; Editor e escritor (roteiro e textos) de Contos Tristes (2007/2008) - Coletânea e histórias em quadrinhos desenhada por artistas convidados. Álbum premiado no Prêmio Capixaba de Literatura, 2º lugar na categoria Infanto-Juvenil; responsável pelo roteiro, edição e diagramação da HQ Tristão - Senhor do Fogo (revista em quadrinhos infanto-juvenil - 2007/2008); roteirista, ilustrador e diagramador de cartilhas para o Incaper (2006/2007) – responsável pelo roteiro, ilustração, diagramação e criação dos personagens da série de publicações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Incaper), de nomes “Protejam as Nascentes” (2006), “Reserva Legal – Uma solução Genial (2006/2007) e “Agroecologia (2007). Todas as revistas são acompanhadas com passatempos.

Lúcia Rodriguez de la Rocque: (2006). Bacharel em Ciências Biológicas (1977) e em Letras (1994) pela UERJ. Mestre em Biologia pela UERJ (1988) e em Letras pela UFRJ (997), e doutora em Ciências pelo Instituto de Biofísica da UFRJ (1995). Realizou pós-doutorado na Área de Antropologia, Gênero e Ciência na UFRSAtualmente é pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e professora adjunta de literatura na UERJ. Atua nas áreas de Gênero, Ciência e Saúde na Literatura, literarura e outras Mídeas na Educação em Ciência.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Notícias e eventos sobre quadrinhos

Duas ótimas notícias, neste fim de semana, para os apreciadores dos quadrinhos.

Estão abertas as inscrições para um curso de gratuito oferecido pelo Centro de Formação em Artes Visuais (CFAV) da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR). Ao todo, são 20 vagas para ensinar os modos de veiculação e a elaboração de publicações em quadrinhos. Podem se inscrever jovens com idade acima dos 16 anos até o dia 4 de junho. As aulas começam dia 7 de junho.

Os interessados devem mandar uma carta de intenção e currículo para o e-mail cefavartesvisuais@gmail.com ou entregues na sede do CFAV, situado no casario número 11 do Pátio de São Pedro, bairro de Santo Antônio, Centro.

As aulas serão ministradas pelo especialista em desenho de quadrinhos Vítor Batista Filgueira. O conteúdo inclui o desenvolvimento da mídia dos quadrinhos como veículo de comunicação de massa. Na capacitação, também serão analisados os aspectos mais importantes de obras de autores nacionais e internacionais. Durante o curso, os alunos vão fazer exercícios de representação, desenvolvendo sua própria linguagem gráfica de contar histórias.


O curso acontece aos sábados, das 8h às 12h, até o dia 2 de agosto. Após o término da oficina, os alunos receberão certificado de profissionais autorais de quadrinhos. De acordo com a gerente do CFAV, Luciana Soares, este curso foi aprovado no II Concurso para Bolsas de Incentivo à Cultura.

Outra notícia importante vem de São Paulo. O roteirista Gian Danton ministrará uma palestra sobre roteiros para quadrinhos durante o Dia D RPG, no SESC Araxá, dia 17 de maio, às 17:30. Na ocasião haverá sorteio de camisas do blog ivancarlo.blogspot.com e exemplares da revista Manticore.

Gian Danton (pseudônimo do professor Ivan Carlo Andrade de Oliveira) é roteirista desde 1989, tendo trabalhado com alguns dos mais importantes desenhistas nacionais, entre eles Bené Nascimento, que atualmente trabalha para a editora DC Comics. A graphic novel Manticore, escrita e desenhada por ele, é a publicação mais premiada da história dos quadrinhos nacionais. Gian Danton tem publicado também em países como EUA, Portugal e França.

Na palestra, ele vai explicar quais são os principais elementos de um roteiro de quadrinhos e a complexidade que envolve a construção de um argumento. ¨Muita gente nem sabe que existe uma profissional que escreve as histórias¨, conta o palestrante.

O dia D RPG é o maior evento sobre o tema da América Latina e acontece em diversas cidades do Brasil e de outros países. O RPG é um jogo de interpretação no qual os jogadores incorporam personagens e contam uma história. É a primeira vez que o evento acontece em Macapá. Para se inscrever, é necessário doar um quilo de alimento (exceto sal). As inscrições poderão ser feitas no dia, no SESC Araxá. Além da palestra haverá várias outras atrações no dias 17 e 18, entre eles um jantar medieval, simulação de jogos, torneios, mostra de filmes e concurso de fantasias com o tema medieval (cosplay).

Fontes:
http://www.correaneto.com.br/noticias/05/14_5_08rpg.htm
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=2008514092859&assunto=76&onde=1

terça-feira, 13 de maio de 2008

II Concurso Cultural da Turma do Gabi: estamos entre os vencedores!

Recebemos em primeira mão o resultado do 2º Concurso Cultural da Turma do Gabi “Desenho” que teve com o tema “Ecologia”, que teve a participação de várias cidades brasileiras, como: Belém (Pará), Natal (RN), Guarulhos (SP), Roseiras (SP), Leopoldina (MG), Florianópolis (SC), Resende (RJ) e Indaiatuba (SP).

O júri formado pelo superintendente da Fundação Pró-Memória Marcelo Cerdan, o cartunista e escritor Moacir Torres e a artista plástica Cida Ocar, selecionaram 09 desenhos para serem premiados e ainda escolheram outros 60 desenhos que farão parte da exposição, bem como os nove premiados.

Representando a E. M. Judith Linzt Guedes Machado ( que ano passado ganhou o primeiro lugar no 1º Concurso Cultural), o aluno Johnatan Gomes do Valle Silva ganhou o terceiro lugar na categoria entre 12 e 13 Anos

A exposição dos desenhos selecionados e os premiados estarão acontecendo de 27 de Maio a 30 de Junho no Casarão Cultural Pau Preto, em Indaiatuba (SP). Entre os autores dos desenhos selecionados para a exposição estão vários alunos da escola. Segue a relação:

1 - Maike Lucas Matias Inocêncio
2 - Camila Lopes Dias
3 - Sávio Reis Nicolau Silva
4 - Nara dos Santos Germano
5 - Hallison da Silva Barbosa
6 - Adriana Procópio da Silva
7 - Gustavo Martins Álvarez
8 - Maria Isabela Arão Montan
9 - Thiago Gomes do Valle
10 - Jainne Soares Luciano
11 - Sabrina Resende Pereira
12 - Isabela da Silva Zambrano
13 – Ana Maria Matos Rocha Raimundo
14 – Mayara Ribas Santana
15 _ Jeisa Duarte Franco
6 – Cássia Munier Gonçalves
17 – Marta Arão Montan
18 – Cátia Munier Gonçalves
19 – Érica Ap. Lima Rocha
20 – Bruna Araújo de Almeida
21 – Elayne Oliveira Lombé
22 – Poliana Gonzaga da Silva
23 – Nájela de Oliveira da Silva
24 – Mariane da Silva Coelho
25 – Carolina Silva de Oliveira

Os nomes de todos os selecionados e os três trabalhos premiados estarão sendo divulgados no site: www.turmadogabi.com.br.

O concurso é realizado pelo Estúdio EMT com o apoio da Fundação Pró-Memória e Prefeitura Municipal de Indaiatuba.

Professores do Estado de São Paulo terão aula de Mangá e Haiku

Treinamento faz parte das comemorações do centenário da imigração japonesa

A Secretaria de Estado da Educação está com inscrições abertas para professores que queiram aprender a história e a arte milenar do Mangá e Haiku, técnicas japonesas de desenho e poemas. O treinamento faz parte das comemorações do centenário da imigração japonesa no País.

Para participar, basta procurar sua respectiva Diretoria de Ensino. O conteúdo oferecido ficará a cargo de Alexandre Nagato, especialista em Mangá, e de Teruko Oda, autora de livros sobre Haicais (poemas).

Mangá
Assim são chamadas as histórias em quadrinhos japonesas, que possuem seus traços específicos, com ênfase nas expressões faciais para distinguir o emocional das personagens os mangás também possuem uma caracterização e uma escala, que distingue os desenhos mais infantis até chegar nas ilustrações feitas para adultos.

Vários mangás dão origem a animes para exibição na televisão, em vídeo ou em cinemas, mas também há o processo inverso em que os animes tornam-se uma edição impressa de história em seqüência ou de ilustrações.

Os mangás têm suas raízes no período Nara (século VIII d.C.) com a aparição dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa nitidamente o texto da pintura.

A partir da metade do século XII, surgem os primeiros emakimono com estilo japonês, do qual o Genji monogatari emaki é o representante mais antigo conservado, sendo o mais famoso o Chojugiga, atribuído ao bonzo Kakuyu Toba. No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukiyo-e no século XVI.

Os mangás não tinham, no entanto, sua forma atual que surge no início do século XX sob influência de revistas comerciais ocidentais, provenientes dos Estados Unidos. Sob ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial, os mangakas, como os desenhistas são conhecidos, sofrem grande influência das histórias em quadrinhos ocidentais da época, traduzidas e difundidas em grande quantidade na imprensa cotidiana.

É então que um artista influenciado por Walt Disney revoluciona esta forma de expressão e dá vida ao mangá moderno: Osamu Tezuka. As características faciais semelhantes aos dos desenhos de Disney onde olhos, boca, sobrancelhas e nariz são desenhados de maneira bastante exagerada para aumentar a expressividade dos personagens, o que tornou sua prolífica produção possível. É ele quem introduz com exatidão os movimentos nas histórias através de efeitos gráficos, como linhas que dão a impressão de velocidade ou onomatopéias que se integram com a arte, destacando todas as ações que comportassem movimento, mas também, e acima de tudo, pela alternância de planos e de enquadramentos como os usados no cinema. As histórias ficaram mais longas e começaram a ser divididas em capítulos.

Para os japoneses as histórias em quadrinhos são leitura comum de uma faixa etária bem mais abrangente do que a infanto-juvenil; a sociedade japonesa é ávida por leitura e em toda parte vê-se desde adultos até crianças lendo as revistas. Portanto, o público-consumidor é muito extenso, com tiragens na casa dos milhões e o desenvolvimento de vários estilos para agradar a todos os gostos.

Por isso os mangás são comumente classificados de acordo com seu público-alvo. Histórias onde o publico alvo são meninos — o que não quer dizer que garotas não devam lê-los — são chamados de shounen (garoto jovem, adolescente, em japonês) e tratam normalmente de histórias de ação, amizade e aventura. Histórias que atualmente visam meninas são chamados de shoujo (garota jovem em japonês) e têm como característica marcante as sensações e sensibilidade da personagem e do meio (também existem garotos que leêm shojo pois existem shoujos com bastante ação e luta).

Além desses, existe o gekigá, que é uma corrente mais realista voltada ao público adulto (não necessariamente são pornográficos ou eróticos) e ainda os gêneros seinen para homens jovens e josei para mulheres. Os traços típicos encontrados nas histórias cômicas (olhos grandes, expressões caricatas) não são encontrados nessa última corrente. Existem também os pornográficos, apelidados hentai. As histórias yuri yaoi (ou Boys Love) trata da relação amorosa entre dois homens, mas ambos não possuem necessariamente cenas de sexo explícito. abordam a relação homossexual feminina e


Haiku
Conhecido no Brasil como haikai, são poemas de três versos, tercetos, cuja origem remonta ao período feudal japonês e sua característica e expressar sensações e impressões da natureza com o mínimo de palavras.

O haiku deriv
a duma forma anterior de poesia, em voga no Japão entre os séculos IX e XII, designada por tanka; tinha 5 versos, de 5 e 7 sílabas, que tratavam temas religiosos ou ligados à corte. No século XV, os muitos concursos de poesia tanka deram origem a um jogo de escrita de longos poemas: a primeira estrofe, de 3 versos (com 5, 7 e 5 sílabas), era sugerida por um poeta e as restantes iam surgindo e associando-se, num jogo competitivo entre vários poetas. Este tipo de poesia era a renga, de temática clássica, e os primeiros três versos (os mais importantes, pois serviam de mote) designavam-se por hokku. No século XVI, tornou-se mais popular o haikai-renga, de temática humorística. Rapidamente a estrofe inicial de 3 versos acabou por se tornar uma forma independente de poesia. Mas só no século XIX, o mestre Masaoka Shiki lhe atribuiu um nome: haiku (pela junção das palavras haikai e hokku).

Basicamente, o haiku define-se como uma forma poética que, quanto à forma, tem três versos curtos e, quanto ao conteúdo, expressa uma percepção da natureza. Os três versos (sem rima) apresentam, respectivamente, 5, 7 e 5 sílabas métricas japonesas. A métrica japonesa assenta essencialmente no elemento duração: por exemplo, a palavra Bashô, metricamente tem três sílabas ou unidades de som, porque o /o/ final é longo.

Exemplo de Haiku


"mittsu no ashi
shikashi yattsu no hane
yatagarasu ga mottekite
otaiyou to shiawase"


Em tradução livre:

"o corvo de três patas
mas oito penas
voa trazendo o sol
e alegrias pequenas"

Os professores poderão acompanhar a vídeo-conferência em todas as Diretorias de Ensino ou via qualquer computador, pelo link: www.rededosaber.sp.gov.br

Fontes:
http://www.pindavale.com.br/100anosjapaobrasil/default.asp?id=3809&cod=33
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/mmanuelr/hjapao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1

domingo, 11 de maio de 2008

Fotos do I Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino

Na época eu ainda não sabia muito bem como colocar fotos em slides no blog, por isto não cheguei a postar muitas fotos do I Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino, que foi realizado há quase um ano, em 18 de maio de 2007. Agora, menos de um mês para a realização do nosso segundo evento, coloco a disposição dos interessados algumas imagens. Espero que gostem e que estejam presentes nas fotos que serão tiradas este ano.


sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Turma da Mônica conta a História das HQs

Um bom material volta às bancas: A Turma da Mônica explica o que são histórias em quadrinhos na nova edição da revista Saiba Mais! Turma da Mônica. A revista é a reedição da série publicada pela Editora Globo “Você Sabia?”. Eu particularmente gosto muito desta série, porque ela aborda temas que podem ser usados em várias áreas. No meu caso, eu gosto de utilizar nas minhas aulas de história, enriquecendo textos que monto para meus alunos (tenho cerca de 10 revistas desta série, que falam de episódios importantes da história do Brasil, como a Descoberta, a Independência, a abolição da escravidão, a Proclamação da República, etc.).

Em uma aventura completa e um caderno de passatempos e curiosidades, as criações de Mauricio de Sousa (e ele próprio) narram a trajetória da nona arte, desde seus primórdios até a atualidade, mostrando os principais estilos, autores e personagens que marcaram as HQs no Brasil e no mundo.

Nesta revista, em especial, temos Maurício de Sousa contanto a história das Histórias em Quadrinhos, das primeiras a surgirem até as atuais, homenageando os personagens e seus criadores. Segundo resenha feita no Universo HQ, por ocasião da primeira edição da revista, em 2003.

Pelas páginas da revista são mostrados, em ordem cronológica, os mais variados cartuns e gêneros de HQs. Com desenhos da própria equipe dos Estúdios Mauricio de Sousa, além de reproduções dos autores originais, desfilam neste gibi Groo, Mickey, Sacarrolha, Superman, Batman, Reco-Reco, Bolão, Azeitona e tantos outros menos ou mais famosos, antigos ou atuais. As HQs brasileiras de terror também não foram esquecidas, e ganharam uma página inteira de destaque.”[1]


Eu, particularmente acho a iniciativa de uma revista deste tipo genial, pois além de informar os jovens leitores sobre aquilo que estão lendo – as HQs – dão aos quadrinhos um status maior, mostrando sua trajetória, levando ao conhecimento dos mais jovens personagens, artistas e autores, de forma geral, que foram importantes para a construção da história deste produto de cultura de massa que faz parte do nosso cotidiano há mais de cem anos.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

II Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino em destaque no Universo HQ

O Universo HQ publicou hoje uma nota sobre o II Seminário sobre Quadrinhos, Leitura e Ensino. Quem quiser çer a máteria é só clicar aqui. Nossos agradecimentos à equipe do Universo HQ pelo apoio que tem nos dado desde que começamos a colocar em prática o projeto da Gibiteca, em especial a Sidney Gusman e Marcelo Naranjo. Aproveitando, gostaria de agradecer, também, a Enaldo Mattos, Gelsiara Mattos e Alexandre Soares que, respectivamente, elaboraram o banner e o logotipo deste II Seminário.

Só pra completar, o seminário está sendo divulgado, também, na agenda de eventos do grupo de pesquisas Linguagens Desenhadas e Educação que, aliás, disponibiliza informações sobre vários eventos realizados em todo o Brasil. Para conferir a agenda, clique aqui.

domingo, 4 de maio de 2008

Projeto Gibiteca da Escola Municipal Fernando Henrique Cardoso

Já comentei, em uma postagem anterior, sobre o projeto da Professora Antônia de Sousa Carvalho, que coordena uma Oficina de Histórias em Quadrinhos, na escola Municipal Fernando Henrique Cardoso, na cidade de Ribeira do Pombal (BA). Fiz contato com a professora e começamos a trocar e-mails. Sempre muito empolgada, ele me enviou várias fotos que tirou com os alunos da escola, durante as oficinas. Eu achei as fotos ótima e as estou postando no blog (c0m autorização da professora) para que outras pessoas possam ver. Caso alguém queira saber mais sobre o trabalho que ela desenvolve, é entrar em contato comigo, pelo e-mail gibitecacom@gmail.com que eu repasso para ela.


sábado, 3 de maio de 2008

A Corte Portuguesa no Brasil: história contada através dos quadrinhos

As comemorações da data começaram no final do ano passado e atingiram seu clímax em abril deste ano. Muitas publicações foram feitas, principalmente livros e revistas que narram a viagem e as histórias em torno deste período, marcado por grandes transformações culturais, econômica e políticas no Brasil. Nas linhas que seguem, pretendo tratar destas transformações e, ao mesmo tempo, mostrar como os quadrinhos retrataram personagens marcantes deste nosso período histórico, que considero ainda pouco explorado e comentado nas salas de aula do nosso país.

Tudo começou com o Bloqueio Continental criado por Napoleão em 1806, o qual pretendia sufocar econômica mente sua maior inimiga, a Inglaterra. Dom João, reina época príncipe regente de Portugal relutou em compactuar com Napoleão, tentando se manter neutro dentro desta disputa. Como governante ele não desejava uma guerra nem com a França, nem com a Inglaterra. A estratégia funcionou por algum tempo, até que Napoleão ordenou a invasão de Portugal e D. João teve de aceitar o plano de fuga proposto pelos Ingleses e transferir a Corte Portuguesa para o Brasil.

Foi uma viagem longa, em navios lotados – dizem que D, João trouxe consigo cerca de 15 mil pessoas, membros da administração pública e da nobreza lusitana -, viajando com animais vivos, sem condições mínimas de higiene e privacidade. As acomodações eram as mais simples: a corte teve de se contentar com redes estreitas e muita gente acabou dormindo no chão. Os deques reservados aos nobres eram mal ventilados e não garantiam a menor privacidade dos seus ocupantes. Dom João viajou na cabine do comandante. Era o lugar mais confortável do navio.

A chegada de Dom João e da Corte ao Brasil, em 1808, trouxe um verdadeiro choque cultural, político e econômico à colônia portuguesa. Era uma situação nova: um futuro rei e sua família morando em uma colônia, distantes da metrópole e tendo que se adaptar a um novo mundo. Ocorreu uma troca, uma reciprocidade entre o futuro rei a sua nova casa, onde ele seria, por fim coroado, após a morte de sua mãe, a rainha D. Maria I. Da mesma forma que Dom João e a Corte provocaram mudanças na cidade do Rio de Janeiro, onde se estabeleceram também a cidade veio a promover mudanças em vários hábitos dos portugueses, recém chegados. Talvez por esta razão a historiadora Lilia Moritz Schwarcz tenha dado o título de D. João Carioca, à HQ que produziu juntamente com quadrinista Spacca, onde conta a chegada da corte portuguesa ao Brasil (clique aqui para saber mais sobre esta HQ).

A cidade cresceria de forma rápida e desordenada. Não havia nem mesmo moradias disponíveis para todos os recém-chegados e muitas pessoas tiveram que ceder suas casas à Corte por ordem do regente. Este episódio deixou marcas não apenas nas portas das moradias, selecionadas para acomodar os nobres portugueses, mas em muitas família, nem todas satisfeitas em perder suas casas, por tempo indefinido, e ter que ir morar na periferia ou na zona rural. Para contar este episódio, o quadrinista André Diniz escreveu uma HQ muito interessante, chamada “Ponha-se na rua” (mais detalhes, clique aqui), onde através da ficção procura mostrar o impacto das mudanças que estavam ocorrendo na história do nosso país, e nem todas tinham apenas efeitos positivos.

Junto com a abertura dos portos e com a elevação do Brasil a Reino Unido, também a forma de se retratar o país estava mudando. Homem erudito, Dom João promoveu a vinda de artistas, cientistas e outros estudiosos europeus para desvendar os mistérios e retratar as belezas da nova sede do Império. Destacaram-se a Missão Artística Francesa (1816), a Missão Austríaca (1817) e a Expedição Langsdorff (1824). Estas missões, que tinham por objetivo “mapear” a cultura e a natureza brasileira, ajudaram a criar uma identidade para o país perante o mundo. Dentre os cientistas e artistas que aqui chegaram, um se tornou famoso pela forma como ilustrou nossa terra e nosso povo em seus quadros Jean-Baptiste Debret, que morou no Brasil, de 1816 a 1831. Não raramente, suas obras são encontradas em livros de História, mostrando o cotidiano brasileiro na primeira metade do século XIX. O quadrinista Spacca dedicou uma HQ a este personagem histórico, chamada de "Debret em Viagem Histórica e Quadrinhesca ao Brasil" (para saber mais, clique aqui). De 1834 a 1839 Debret publicou, em três volumes, "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", retratando o dia-a-dia brasileiro: paisagens, índios, escravos, condecorações e cenas da sociedade carioca.

Toda esta parte da história do Brasil pode ser contada e ilustrada através dos quadrinhos, como fizemos neste pequeno trecho. Opções, atualmente, não faltam. Nos primeiros parágrafos, por exemplo, usamos alguns quadros e tiras retirados da revista "Você Sabia?" - Independência do Brasil, da Turma da Mônica. Atividades variadas podem ser feitas com este material, tendo-se em vista que os quadrinhos não vão substituir o texto histórico convencional ou os exercícios comumente aplicados nas salas de aula, mas sim enriquecê-los e torná-los mais compreensíveis aos alunos.


sexta-feira, 2 de maio de 2008

5º Seminário Educação e Leitura – Brasil

Coordenadora: Marly Amarilha

Temática: Educação e Leitura: tecendo manhãs.
Hotel Praiamar - Ponta Negra
Natal, RN, Brasil

Será realizado na cidade de Natal (RN) o 5º. Seminário Educação e Leitura – Brasil (5º.SEL), promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), entre os dias 10 e 15 de novembro de 2008. Durante o encontro serão debatidas pesquisas, estudos, discussões e atividades envolvendo a Educação e a Leitura no país.

Além da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estão presentes na organização e interlocução deste 5º. SEL : a Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio; a Universidade Federal do Ceará (UFC) através do Departamento de Ciências da Informação; a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Os objetivos do evento são:

- estabelecer um fórum de discussão entre diferentes pesquisadores sobre investigações realizadas na interface Educação e Leitura;

- aproximar os conhecimentos produzidos na universidade da sociedade que os motiva;

- dialogar com os atores diretamente envolvidos: professores, educadores, em serviço, e em formação, de forma crítica, sobre a temática Educação e Leitura;

- promover o constante arejamento e atualização das abordagens sobre o tema;

- fornecer subsídio para políticas públicas na área da educação e da leitura;
- prestar contas à sociedade dos investimentos feitos em pesquisa à instituições públicas e privadas.

Para ter mais informações e saber como participar é só clicar aqui.

Exposição Santos-Dumont e a Turma da Mônica (RJ)

Por Humberto Yashima

Foi aberta ontem (dia 1º) a exposição Santos-Dumont e a Turma da Mônica em Um Sonho Que Virou História no Museu de Astronomia e Ciências Afins (Rua General Bruce, 586 - São Cristóvão – Rio de Janeiro-RJ), que ficará aberta ao público até o dia 15 de junho e já passou com sucesso pelas cidades de São Paulo e Brasília. A exposição, que mostra a trajetória de Alberto Santos-Dumont através de painéis com a Turma da Mônica e maquetes das invenções do criador do 14-Bis, tem entrada franca e é patrocinada pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. "Quero que sirva de exemplo e referência para crianças e adultos. E que as informações contidas nos painéis ajudem a divulgar grandes feitos de brasileiros como Santos-Dumont", declarou Mauricio de Sousa, o “pai” da Turma da Mônica. Horários de visita: terças, quintas e sextas-feiras, das 10h às 17h; quarta, das 10h às 20h; e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.

Fonte: http://www.bigorna.net/index.php?secao=noticias&id=1209686663

Dica: na coleção "Você sabia?", da Turma da Mônica, lançada pela Globo há uma revista dedicada a Santos Dumont. A Globo tem disponibilizado esta coleção nas bancas - encalhe - com preços que variam entre 1 e 2 reais.