Na educação fundamental e média, os quadrinhos ainda não são incluídos como conteúdo programático nos currículos escolares, e nem mesmo como metodologia didática para ensinar outras disciplinas tais como língua portuguesa, matemática, geografia, etc. Observa-se que nas faixas etárias do ensino fundamental e médio há grande consumo de quadrinhos pelo público estudantil. Os quadrinhos ajudam as crianças e jovens a consolidar seus hábitos de leitura e compreensão de idéias, sem falar do potencial dos quadrinhos em trabalhar conteúdos curriculares por causa da sua grande aceitação.
Se nós podemos observar que as crianças e os jovens têm hábitos bastante arraigados de leitura de histórias em quadrinhos, pode-se dizer que este interesse está sendo pouco aproveitado pela escola. A arte seqüencial ainda não está presente na sala de aula, como uma linguagem que ajude a integrar os conteúdos curriculares com a cultura, a linguagem e o interesse das crianças.
As experiências que se observam aqui e ali são ainda muito tímidas em contraposição com a grande necessidade e com o grande potencial desta linguagem que tem uma audiência cativa entre os mais jovens. Nas escolas, alguns professores de língua Portuguesa utilizam quadrinhos para trabalhar diferentes conteúdos e estratégias didáticas. Quando isto acontece, o interesse pelo texto apoiado por imagens da arte seqüencial é comum entre os estudantes de diferentes faixas etárias e culturas.
Devido a uma série de fatores favoráveis ao uso didático das histórias em quadrinhos na sala de aula, notamos uma grande necessidade de integrar esta linguagem como conteúdo e como método didático nas escolas de nível fundamental.
*Mauro Cesar Bandeira é professor, formado em Artes Plásticas, Habilitação em Licenciatura, do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília.
Fonte: http://zinebrasil.wordpress.com/
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