Sábado, o lançamento PSDB Mulher lança neste sábado a cartilha sobre direitos e orientação contra a violência
LUCIANA CARNEVALE
Especial para a Gazeta
Levantamento realizado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), de Piracicaba, revela que os registros de crimes contra a mulher sofreram leve aumento no mês de fevereiro deste ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado. A curiosidade é que de janeiro de 2008 para janeiro de 2009, houve queda no número de denúncias. Foram 294 casos neste ano e 282, ano passado. Em fevereiro deste ano, foram registrados 257 crimes. No mesmo mês de 2008, foram 275 registros.
O sobe e desce é estatístico, ou seja, não mede se a violência contra a mulher sofreu os mesmos revezes, oficialmente. Isso porque, apesar dos registros, muitos outros boletins deixaram de ser feitos. Apurando os registros, o que se percebe, na cidade, é a frequência de casos de lesões corporais dolosas (com intenção), ameaças, além de calúnia, difamação e injúria. Nas estatísticas, esses são os crimes mais registrados na cidade (veja nesta página).
Para se ter uma ideia, no último mês de fevereiro, foram 127 lesões para 124 em fevereiro de 2008. Há registros de 89 mulheres ameaçadas em fevereiro, e 103 no mesmo mês do ano passado. Existem números iguais nos mesmos períodos. É o caso da tentativa de homicídio, um crime considerado grave na escala dos atendidos pela DDM.
Houve um caso em janeiro de 2009 e o mesmo número em janeiro de 2008. Nos meses de fevereiro de 2008 e de 2009, não foram registrados boletins de ocorrência semelhantes. Em entrevista à Gazeta, a delegada de polícia, Monalisa Fernandes dos Santos, deixa claro que não há um fator que determine a queda ou o avanço dos casos.
Outros especialistas concordam que não há como analisar objetivamente a questão porque dependem de um crivo mais detalhado quanto a comportamentos e situações. É algo bem mais complexo do que parece ser.
NÃO À VIOLÊNCIA. De qualquer maneira, o Secretariado de Mulheres do PSDB de Piracicaba, presidido pela advogada Mônica Montezano, pretende lutar, ainda que pacificamente, contra agressões ou quaisquer outros tipos de violência a crianças, adolescentes, mulheres adultas e idosas.
O grupo decidiu lançar neste sábado (4), às 9h30, no Salão Nobre da Câmara de Vereadores, localizado à rua Alferes José Caetano, 834, a cartilha intitulada 'Diga Não à Violência contra as Mulheres'.
Idealizada pelo PSDB nacional e distribuída em larga escala em escolas, organizações não-governamentais, entre outras instituições - a primeira tiragem da cartilha, de 20 mil unidades, esgotou no primeiro dia em que foi divulgada -, a publicação deve chegar a entidades locais imediatamente após o lançamento. A edição atual é de 130 mil folhetos.
Assinada pela psicóloga Maria Perroni, a cartilha, de fácil manuseio, é colorida, apresenta uma linguagem didática e lembra um gibi, com histórias reproduzidas em quadrinhos. Presidente do Secretariado Nacional do PSDB Mulher, a deputada Thelma de Oliveira explica que a iniciativa do partido visa à orientação das mulheres para que elas tenham seus direitos garantidos. "Na cartilha, é possível conferir histórias de cinco mulheres diferentes que sofrem violência dentro de casa. Se alguém estiver vivendo algo parecido, que faça como elas: denuncie!", enfatiza a parlamentar.
Nancy Ferruzzi Thame, engenheira agrônoma e coordenador ade articulação política do PSDB Mulher, ressalta que a mensagem contra a violência não ocorre de forma unilaterial, isto é, apenas entre mulheres. "Agimos em parceria com os homens. Mesmo porque, valorizamos os homens que fazem leis em defesa das mulheres", observa.
Segundo Nancy, a amplitude da cartilha atinge, inclusive, quem nunca foi agredida em qualquer momento. "As mulheres que sofrem, se identificam. Por outro lado, as que não passaram ou passam por isso não podem ficar alheias. Defendemos a solidariedade", enfatiza.
Uma dos lemas do trabalho das mulheres tucanas é 'o pão, as rosas e o poder'. Nancy observa que o pão representa a qualidade de vida, enquanto que as rosas lembram a ternura. O poder revela o posicionamento que as mulheres precisam em relação às suas decisões. "Somos mais de 50% da população. Mesmo assim, apenas 9% das mulheres brasileiras ocupam cargos eletivos no Brasil. Em outros países, o índice chega a 18%. É preciso mais", reitera.
Além da presidente Mônica Montezano e da agrônoma Nancy Thame, o PSDB Mulher de Piracicaba é liderado pela ex-secretária municipal de Desenvolvimento Social, Aracy Lovadini, vice-presidente da entidade; e pela primeira-dama, Sandra Negri, segunda vice-presidente.
Fonte:http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1627386&area=26050&authent=EDFD9E856371539CBCA991700012AB
Especial para a Gazeta
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