Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
O cartunista e ilustrador do Diário, Gilmar, lança no sábado o quarto livro de sua carreira, depois de ser contemplado pelo primeiro Proac (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) dedicado exclusivamente a publicações de histórias em quadrinhos (essa categoria ficou conhecida como Proac23).
Caroço no Angu (R$ 20, o preço sugerido), uma coletânea de mais de 190 tiras publicadas em diversos veículos de comunicação nos últimos anos, acabou por ser também o primeiro dos dez livros dos quadrinistas que passaram no concurso, cujo edital foi publicado no ano passado.
O lançamento ocorre a partir das 21h30 na livraria HQ Mix (Praça Roosevelt, 142, São Paulo). "Quero aproveitar o agito da cidade em plena Virada Cultural. É importante porque públicos de todas as idades circulam por aquela região. As famílias saem completas", afirma o cartunista.
O conteúdo do livro contempla diversos momentos e temas que o cartunista vivenciou ao longo da carreira. Tudo por meio das tiras, modalidade de ilustração que mais aprecia. "Gosto de desenvolver vários personagens. Prefiro não me prender a histórias longas e ficar livre para criar em diversas situações", explica.
Essa sua característica versátil, acrescida aos diferentes editoriais em que se envolveu, resultou em diversos tipos divertidos e fáceis de serem encontrados no cotidiano: do casal em que o homem é esmagado por uma mulher dominadora, até colegas de escritório, passando por seus preferidos: adolescentes às voltas com sexualidade e várias outras situações novas.
Quando se inscreveu para concorrer ao Proac23, Gilmar teve de mandar uma prévia da publicação que pretendia. Recorreu ao seu arquivo de trabalhos, selecionou as tiras preferidas e correu para aprontar a papelada necessária. "Essa foi a parte mais trabalhosa. Tive de correr atrás de aspectos burocráticos com os quais não estava acostumado", conta.
Uma vez aprovado - o concurso teve pouco mais de 100 inscritos - e com a metade da verba de R$ 25 mil em mãos, Gilmar sentiu na pele a responsabilidade de viabilizar o produto final (de cerca de 1.000 exemplares), coisa que não foi necessário fazer nos três livros anteriores. Cartuns e Humor - Ócios do Ofício (2002), Para Ler quando o Chefe não Estiver Olhando (2004) e Pau pra Toda Obra (2005) todos tiveram editoras que fizeram todo o trabalho burocrático. "Algumas etapas são bastante estressantes. É uma experiência bastante complexa", afirma.
Como contrapartida do Proac, Gilmar e os outros nove contemplados terão de entregar 200 exemplares de seus livros para o acervo da Secretaria de Cultura, além de ministrar uma oficina de história em quadrinhos com no mínimo oito horas/aula de quadrinhos a preços populares (de até R$ 10).
Fonte: Cultura.dgabc
2 comentários:
Salve amigão, obrigado pela divulgação.
O prazer é nosso!
:-)
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