Manaus - O estudante de arquitetura Enaldo Barbosa encontrou uma forma de perpetuar as lendas da Amazônia de uma forma que atraís se a atenção de crianças e adultos. Os quadrinhos com contos da região são uma novidade em Manaus. Nascido em Parintins, cidade famosa por lançar artistas plásticos ao mundo, Enaldo revela que não fez nenhuma especialização para elaborar os desenhos ou a parte textual das revistas em quadrinhos. Ele que também atua como mestre de obras e encontra sempre um horário à noite para desenvolver aos enredos.
Origem
O artista teve vivência em muitos municípios do Amazonas, o que lhe rendeu grande conhecimento sobre as histórias contadas pelos próprios ribeirinhos. “Eu já tinha conhecimento de algumas lendas, e em contato com os caboclos da região pude dar uma noção real para as narrativas”, disse Enaldo. A iniciativa surgiu para valorizar a cultura amazônica, a criação do mundo e as lendas. Os quadrinhos têm a intenção de incentivar a leitura das crianças e valorizar a cultura do Amazonas, para que a mesma, com o tempo, não seja esquecida.
Revistas
Dez revistas já estão prontas para impressão. Enaldo possui ainda cerca de 400 lendas do interior e lendas urbanas arquivadas. Todas suas histórias estão patenteadas pela Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura do Rio de Janeiro. A intenção das obras é apresentar uma leitura de fácil entendimento e criar debates com alunos e professores. Uma forma de estruturar novos pensamentos sobre a cultura regional.
Elementos regionais
Nas histórias, o criador transforma o boto e a Yara em super-heróis barés em defesa da floresta e suas riquezas. Dessa forma, ele pretende reduzir a apreciação dos jovens pelos heróis americanos, que incentivam a luta, a guerra e a morte.“Retirar esse apego por histórias americanas motivará o interesse pelas lendas da floresta”, ressalta o escritor.
Apoio
O idealizador do projeto enfatiza que para que a população tenha acesso a este conteúdo, ele precisa de patrocínios para custear impressão e distribuição das publicações. Ele afirma que já buscou apoio de vários órgãos e não conseguiu a parceria necessária para divulgar o seu trabalho. Quem estiver interessado em saber mais sobre o projeto ou contribuir poderá ligar para 9160-0579.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO PERNAMBUCO.COM
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