terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eventos, cursos e lançamentos

Muitas novidades esta semana. Para começar, temos um evento sobre quadrinhos, a Semana de Quadrinhos da Travessa.

O evento será realizado de 06 a 10 de outubro de 2008, na Livraria da Travessa, na loja do Barrashopping (Avenida das Américas, 4.666 - loja 220 - Rio de Janeiro/RJ). São diversas mesas-redondas, com os temas Tiras - O Dia a Dia dos Quadrinhos; Produção Independente; Diálogos com a Nona Arte; Mulheres nos Quadrinhos e o documentário Quadrinhos. Clique na imagem ao lado para conferir toda a programação.

Outra novidade é a abertuda de inscrições para o Curso de mangá e cultura japonesa na PUC-RS a ministrado por Marcos Pinto, no Instituto de Cultura Japonesa da PUC-RS.

O curso tem duração de quatro meses, com aulas às terças-feiras, de 19h30 a 21h25. O investimento é de R$ 204,00 ou quatro parcelas de R$ 51,00. As inscrições devem ser feitas no prédio 40 da universidade, no quinto andar, sala 201 – de segunda a sexta-feira, das 13 às 19 horas. O telefone para contato é (xx51) 3320-3583.

Confira o conteúdo programático:

- Estrutura e proporções de mangá Shojo e Shonen - desenho de personagens adultas e crianças;
- Drapeamento (tecido), cabelo, acessórios;
- Estilização em mangá, SD, desenho de mangá Kodomo (para crianças );
- Perspectiva, luz e sombra;
- Proporções para objetos e cenografia;
- Desenho de armaduras e robôs;
- Desenho de veículos;
- Técnicas de arte-final;
- Editoração (tradicional e online);
- Direitos autorais e registro (aula aberta ao público e convidados).

Por fim, mas não menos importante está o lançamento de uma HQ nacional. O cartunista Flávio Luiz lança o álbum Aú, o Capoeirista, com histórias de um personagem tipicamente brasileiro. As histórias, ambientadas em Salvador, são repletas de aventura, humor e consciência ecológica, mostrando o cotidiano do capoeirista mirim Aú e seu inseparável amigo, o macaquinho Lucurí.

Criado por Flávio em 1992, Aú (cujo nome deriva de um conhecido movimento da capoeira) começou com o esboço de um típico capoeirista baiano recepcionando uma francesa nas ruas do pelourinho, feito para a exposição Bandes Dessinée – Quadrinhos Franco-belgas, em parceria com a Aliança Francesa, em Salvador. Nascia assim a idéia de criar um personagem com características do povo brasileiro. Depois de sucessivos estudos, esboços e aperfeiçoamento no traço, o personagem se consolidou, ganhou vida e atualmente tem 16 anos.

O objetivo da publicação é conquistar um público leitor de histórias em quadrinhos carente de personagens tipicamente brasileiros, no cenário das HQ nacionais. A publicação foi viabilizada com recursos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

Para saber mais sobre Aú e seus amigos, clique aqui .

O álbum será lançado dia 7 de outubro na Aliança Francesa de Salvador (Av. Sete de Setembro, 401, Ladeira da Barra), às 19h30.

Flávio Luiz nasceu em Salvador e começou a carreira em agências publicitárias. Em 1994 e 2000, conquistou o primeiro lugar no Salão Internacional de Humor em Piracicaba. Em 2000, também recebeu o Troféu HQMix com a revista independente Jayne Mastodonte Adventures #1, entre outros prêmios no Brasil e exterior.

Fontes:
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=noticias&cod_noticia=17542
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=noticias&cod_noticia=17540
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n30092008_05.cfm

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

HQs em livros didáticos

O ilustrador, roteirista e professor José Aguiar ilustrou algumas páginas de uma HQ sobre a Revolução Industrial para um livro de História, em Curitiba. Clique aqui para conferir mais imagens e conhecer o blog do autor.

Particularmente eu gosto muito de saber que este tipo de trabalho sendo realizado para fins didáticos. Acredito que os quadrinhos são muito úteis em livros de história (em livros de todos os conteúdos), mas como comentou muito propriamente uma colega, outro dia, é necessário saber explorá-los. Eles não dever ser meras ilustrações, precisam ter uma finalidade. Em livros de língua portuguesa os quadrinhos são muito bem usados, é preciso ter esta consciência em outros conteúdos, também.

Só porque os PCNs indicam os quadrinhos não basta simplesmente tê-los dentro de um livro. Seu espaço dever ser minuciosamente estudado, assim como a abordagem em torno de tema que ele introduz. No livrinho que lançamos, aqui em Leopoldina, sobre a História da cidade, para alunos entre 9 e 10 anos de idade tivemos a preocupação de usar as HQs como forma de introduzir temas complexos, como a contagem do tempo (como professora noto que os alunos tem muita dificuldade em entender a divisão da história em séculos) e para contar a lenda a fundação da cidade. As HQs forma produzidas por Igor Bastos e fazem parte de um contexto. Não estão ali apenas para ilustrar.

Existe, também, um certo despreparo por parte dos professores na hora de trabalhar este recurso, que só pode ser superado a partir de um esforço pedagógico que envolva o questionamento e o debate acerca do material que se utiliza nas salas de aula.

Exposição Santinhos de Campinas

A exposição “Santinhos de Campinas” busca retratar com muito bom humor os nove candidatos à prefeitura de Campinas, tornando-se uma resposta dos artistas da Pandora Escola de Desenho aos milhares de ‘santinhos’ que todos nós eleitores temos recebido nos últimos meses. “A finalidade desta exposição é rir um pouco que nossa cidade tem vivido nesta época de eleições”, diz Ricardo Quintana, professor da Escola de Arte Pandora.

São cerca de 30 caricaturas nas mais variadas técnicas; as mesmas ficarão em exposição diária no Campinas Shopping do dia 26 de setembro a 12 de outubro, das 10 às 22 horas, no Campinas Shopping;todas as obras foram feitas por alunos e também alguns professores da escola.

Participam da exposição artistas como: Paulo Branco e Bira Dantas.
Informações pelos telefones (19) 3305-4731 ou 3305-4732.
Fonte: http://zinebrasil.wordpress.com/2008/09/27/santinhos-de-campinas/

Ainda sobre eleições, confiram no Neorama (clicando aqui) uma HQ que está sendo distribuída nas ruas de Caxias do Sul.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

I Concurso Pontos de Leitura

MinC abre inscrições para iniciativas que promovam a prática da leitura em comunidades de todo o país

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, assinou a Portaria n° 60, que institui e regulamenta, no âmbito do Programa Mais Cultura, o I Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis. O ato administrativo foi publicado nesta quinta-feira, dia 25 de setembro, no Diário Oficial da União (Seção 1, página 6).

O concurso visa selecionar até 600 iniciativas culturais dentre as propostas inscritas, as quais, necessariamente, precisam fortalecer, estimular e fomentar a leitura e que, na data de 10 de novembro de 2008, completem pelo menos um ano de existência.

As iniciativas selecionadas deverão, prioritariamente, estar presentes nos 410 municípios atendidos pelo Programa Territórios da Cidadania 2008, nas áreas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e municípios prioritários do Mais Cultura, citados no Anexo A da Portaria.

Cada iniciativa selecionada receberá um kit com, no mínimo, 500 títulos, assim distribuídos: 50% de obras de ficção; 25% de não-ficção e 25% de referência. Além disso, fará parte do kit um computador e mobiliário básico. O Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) farão a compra e a distribuição dos kits. De acordo com a Portaria, o material recebido na premiação só poderá ser utilizado para fortalecer ou ampliar a iniciativa beneficiada.

Inscrições

As inscrições estarão abertas no período de 25 de setembro a 10 de novembro. Poderão se inscrever no concurso pessoas físicas ou jurídicas nacionais, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, representantes de iniciativas voltadas para, pelo menos, um dos objetivos que constam no artigo 1º, parágrafo 2º da Portaria. Não poderão candidatar-se bibliotecas, escolas e universidades mantidas pelo poder público. Cada candidato poderá inscrever uma única iniciativa.

As inscrições são gratuitas e só poderão ser feitas por meio dos serviços dos Correios, preferencialmente via Sedex ou carta registrada, e encaminhadas para:

Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis
Caixa Postal n° 8614
CEP 70312-970 - Brasília/DF

Os envelopes a serem remetidos pelos candidatos deverão conter a ficha de inscrição preenchida e assinada pela pessoa responsável pela iniciativa. Além da ficha, precisam constar dentro dos envelopes os documentos que se encontram listados na Portaria, a qual deve ser lida atentamente, uma vez que contém todas as orientações e normas para a participação no concurso. Os candidatos devem solicitar a adesão à Rede Biblioteca Viva (Anexo C), cujos objetivos e conceitos podem ser lidos aqui.

A avaliação e seleção das iniciativas serão feitas por uma comissão julgadora, que será presidida pelo coordenador-geral de Livro e Leitura do MinC ou por substituto formalmente designado. A comissão será composta por 15 profissionais representantes de escritores, editores e leitores, técnicos e/ou dirigentes do Ministério da Cultura e também de órgãos federais e/ou organismos internacionais parceiros.

A Portaria ficará à disposição dos interessados nas páginas do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), no link Editais e Premiações, e do Programa Territórios da Cidadania (www.territoriosdacidadania.gov.br).

Mais informações pelos e-mails pontosdeleitura@minc.gov.br ou pontosdeleitura@cultura.gov.br e pelo telefone (61) 3316-2014.

Veja a Portaria e os anexos.

(Gláucia Ribeiro Lira, CGLL/MinC)

Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2008/09/25/concurso-pontos-de-leitura/

Morreu Raymond Macherot, um dos pioneiros das HQs belgas.

Estou postando uma mensagem que recebi do amigo Pedro Bouça.

Morreu aos 82 anos o veterano Raymond Macherot, um dos pioneiros das HQs belgas. Especialista em HQs estreladas por animais atropomórficos, Macherot entrou na Tintin belga em 1953. Em 1956 criou seu personagem mais famoso, o ratinho Chlorophylle. Em 1959, sua outra grande criação, o detetive britânico Coronel Clifton, que se popularizaria nas mãos de outros autores depois que Macherot passou para a Spirou em 1964. Na Spirou sua criação mais conhecida foi a ratinha Sibylline (1965), cujas aventuras são hoje produzidas por Andre Taymans.

Ele também trabalhou com autores como Goscinny, Raoul Cauvin e Will Maltaite durante sua longa e prolífica carreira.

Aposentado já há muitos anos, Macherot acabou por tornar-se um autor obscuro para as novas gerações, já que de seus personagens apenas Clifton e Sibylline ainda são publicados hoje em dia. E NENHUM dos seus álbuns está disponível, a não ser em uns raros integrales (eu tenho o de Clifton, em formatinho e P&B). As editoras que detém seu catálogo, Lombard e Dupuis, prometem consertar essa injustiça publicando integrales de seu material no futuro.

Ele era um dos últimos sobreviventes da "era de ouro" das revistas Tintin e Spirou belgas. Sua esposa, que foi colorista de muitos dos seus álbuns, morreu há cerca de dois anos. Em uma notícia menos triste, Raoul Cauvin, que trabalhou com Macherot na série Mirliton, completa hoje 70 anos de vida. Apesar da idade, ele ainda é o principal escritor da editora Dupuis, tendo sido criador de sucessos como Os Túnicas Azuis e Cedric. Felicidades a ele, embora tenho certeza de que preferiria ter melhores notícias neste dia especial.

Fonte:
http://bd75011.blogspot.com/2008/09/disparition-de-raymond-macherot.html

Nossos alunos em ação!

A gibiteca ainda não pôde voltar a funcionar normalmente, por conta das mudanças e das reformas que a sala onde vamos ficar está passando. No entanto, acredito que até o dia 10 de Outubro tudo já esteja de volta a seu lugar. No entanto, trabalho não para. Além de estarmos registrando semanalmente as doações que recebemos, temos, nossos alunos começaram a trabalhar com as crianças menores.

Pois é, Paulyare e Karoline, duas alunas do 9º ano, estão trabalhando juntamente com a professora do 2º ano, Sheyla Fontes. Uma vez por semana, elas estão separando 50 minutos de seu tempo para ir na escola a tarde, reunir as crianças (7 a 8 anos) e apresentá-los às histórias em quadrinhos. Esta semana elas levaram HQs da Turma do Sítio do Picapau Amarelo.

Reunidas em cima do "tapetão" (fotos tiradas pelas nossas voluntárias), as crianças examinaram várias revistas e depois contaram o que estavam lendo e falaram dos personagens. As nossas alunas estão adorando. Trabalhar assim com as crianças está sendo muito proveitoso para elas, em vários sentidos. Já os meninos, bem, ele tem preferido o trabalho mais pesado, do tipo carregas as caixas de revista e registrar as doações, mas assim que a gibiteca estiver com seu funcionamento normalizado eles vão passar a trabalhar com crianças menores, seja fazendo empréstimos, visitando salas ou mesmo, quem sabe, coordenando pequenas aulinhas de leitura de gibis.

Quanto aos alunos, estão adorando a novidade. A professora disse que eles estão entusiasmados e se interessando pelos gibis. Na próxima semana eles irão conhecer os quadrinhos do Pato Donald e do Mickey.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

III Semana de Quadrinhos da UFRJ


A III Semana de Quadrinhos da UFRJ, acontecerá no Sesc Madureira, entre os dias 28 e 31 de outubro, e terá diversas atividades gratuitas para os aficionados por HQs. Com o objetivo principal de transpor as portas da Universidade e dialogar com o público jovem e fã de quadrinhos as diferentes formas de se construir a arte seqüencial.

A II Semana de Quadrinhos, realizada em 2007, contou com grandes nomes como Carlos Patati, Jaguar e Chico Caruso, além de exposição com trabalhos amadores e profissionais, concurso de tirinhas e mostras de animação. Esse ano o homenageado é o cartunista Henfil, que mesmo vinte anos após sua morte ainda influencia toda uma geração de jovens artistas.

Os debates irão tratar da concepção dos quadrinhos como arte, mídia digital na arte seqüencial, quadrinhos e humor político e publicação de quadrinhos no Brasil. Mais informações pelo telefone (21) 3350-7744.

Mais informações pelo telefone (21) 3350-7744.

Confira a programação completa do evento.
Programação:

28/10
18h - OFICINA - ROTEIRO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Tem por objetivo dar uma noção de como é planejado e executado um roteiro feito para HQs e Mangás, pontuando as particularidades dessa modalidade literária e introduzindo o participante nas técnicas necessárias para se elaborar uma história em quadrinhos.

20h - DEBATE - QUADRINHOS: ARTE?
Muitas vezes a importância dos quadrinhos como manifestação artística não é bem compreendida. Pretendemos aqui discutir o lugar dos quadrinhos no universo da arte, suas relações com a comunicação, com o imaginário coletivo, identidade cultural e com o público.
Debatedores: Wally Silva e Henrique Cesar

29/10
18h - OFICINA - DESENHO E ARTE FINAL
Focada na criação dos personagens e materiais necessários para a criação de uma HQ, pretende ensinar algumas técnicas essenciais, além de indicar conteúdos a serem dominados para aqueles que almejam se aventurar pelo mundo da arte seqüencial.

20h - DEBATE - MÍDIA DIGITAL E ARTE SEQUENCIAL
Será discutido o uso de diferentes mídias como meio de divulgação para as histórias em quadrinhos, os benefícios e desvantagens para os autores, além das perspectivas do mercado de HQ’s no mundo virtual
Debatedores: Carlos Holanda e André Dahmer

30/10
18h- OFICINA - TIRINHAS
Uma vez dominados os fundamentos básicos nas oficinas anteriores, é hora de botar a mão na massa. Aqui o foco é a produção, é onde os participantes poderão colocar em prática o que aprenderam produzindo o seu próprio material, com a ajuda dos monitores.

20h - DEBATE - QUADRINHOS E HUMOR POLÍTICO
O uso do cartum nos quadrinhos, charges e caricaturas é uma forma irreverente de exercer a crítica social. Essa discussão irá pautar a importância do gênero no Brasil, bem como suas diversas vertentes, do ativismo artístico até o humor editoria
Debatedores: Amorim, Nico e Latuff

31/10
18h - WORKSHOP DE MANGÁ - STUDIO SEASONS
Para não deixarmos órfãos os apreciadores da modalidade oriental dos quadrinhos, teremos aqui apontamentos sobre as principais diferenças na construção dos Mangás, personagens e conteúdo das histórias.

20h - DEBATE - PUBLICAÇÃO DE HQ´s NO BRASIL
Muitos quadrinistas iniciantes encontram dificuldades para publicar seus trabalhos. O debate irá pautar as possibilidades para a publicação de material autoral, apesar da falta de investimento nesse setor no Brasil.
Debatedores: Zope e Renato Lima
Brasil - debate sobre as possibilidades para publicação de material autoral.

Sesc Madureira
Rua Ewbanck da Câmara, 90
Rio de Janeiro - RJ

Fonte: http://www.impulsohq.com.br/2008/09/25/iii-semana-de-quadrinhos-da-ufrj/#more-717

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Doações de Além Mar!

Hoje chegaram em minhas mãos as doações mui aguardadas de 200 revistas! Pois é, esta doação veio praticamente de além mar. Meu grande amigo Pedro Bouça, que atualmente mora em Portugal, separou algumas revistas da sua enorme coleção (que embarcou para o Tejo em julho), e mandou para nós. São revistas variadas, com clássicos como Flash Gordon, super-Heróis cvariados, infantis e mangás. Nosso grande agradecimento a este colecionador notório e reconhecido tradutor de HQs. Quanto tiver mais, é só mandar! Segue abaixo uma amostra da doação:

História e Histórias em Quadrinhos

História é a minha praia. Toda vez que tenho a oportunidade de poder anunciar aqui o lançamento de uma HQ baseada em fatos históricos e/ou com fins educativos é para mim uma grande felicidade. Minha última compra, por exemplo, foi Dom João Carioca. Para minha felicidade, a Gibiteca tem recebido várias HQs deste gênero e, sempre que posso, eu leio.

Este mês recebemos uma doação especial, da qual não tem como não fazer um comentário detalhado. Recebemos do quadrinhista André Diniz três HQs autorais, toda eles com temas relacionados à nossa história. A primeira da qual vou falar é Chico Rei. A HQ resgata a história de Galanga, rei do Congo, que foi capturado na África e trazido como escravo para o Brasil, durante o período colonial. Ele trabalho nas minas de ouro, do século XVIII. É uma HQ que retrata o drama da escravidão, baseando-se na vida deste personagem emblemático. Ela por vezes tem momentos comoventes, como o do encontro de Galanga (depois chamado de Chico Rei) com seu filhos. No geral, um ótimo material para-didático a ser utilizado nas aulas de história.

A Segunda HQ (seguindo um critério cronológico de análise) é Ponha-se na Rua. Trata-se de uma obra construída sobre um contexto histórico específico: a instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro. A HQ conta de forma divertida um dos episódios mais marcantes deste período: a desocupação de residências na cidade do Rio de Janeiro para alojar-se os quase 15 mil portugueses que se transferiram para lá, fugindo de Napoleão. No caso, o personagem central é João Fernandes (filho de Chica da Silva) que foi um dos vitimados da época.

Por fim, temos uma HQ que retrata uma fase negra da nossa história: a ditadura militar. Subversivos mostra o cotidiano da luta contra a ditadura no Brasil, mostrando do drama de quem entra na clandestinidade, tendo inclusive cenas de perseguição e tortura. Uma HQ forte e baseada em pesquisa bibliográfica e que se traduz em um rico material para se trabalhar o período Embora seja um parte recente da nossa história, fora alguns filmes e algumas imagens é difícil encontrar, pelo menos para mim, um material deste tipo, para trabalha nas salas de aula.

As três HQs fazem parte agora do nosso acervo e todos estão convidados a se sentar em um cantinho da nossa gibiteca e apreciar este rico material.

Traça Traço Quadro a Quadro: A produção de histórias em quadrinhos no ensino da Arte


A Editora C/Arte e o autor João Marcos Parreira Mendonça lançam o livro “Traça Traço Quadro a Quadro: A produção de histórias em quadrinhos no ensino da Arte”.

O livro “Traça Traço Quadro a Quadro: A produção de histórias em quadrinhos no ensino da Arte” é resultado de pesquisas realizadas pelo professor e chargista João Marcos Parreira Mendonça durante o mestrado na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Lúcia Gouvêa Pimentel, coordenadora da coleção Arte e Ensino, apresenta a publicação com as seguintes palavras: “O leitor encontrará, neste livro, base sólida para conhecer os fundamentos das HQ e para trabalhar com elas no ensino fundamental, mas poderá ir muito além, desenvolvendo potencialidades importantes para o pensamento criativo”.

A publicação apresenta um breve histórico dos quadrinhos HQ, aborda questões relativas ao ensino de artes na contemporaneidade, analisa a linguagem da obra “Santô e os pais da aviação” (escrita pelo cartunista João Spacca de Oliveira e adotada pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola) e ressalta os aspectos lúdicos, artísticos e visuais das histórias em quadrinhos. O autor oferece aos educadores, por meio de uma proposta metodológica moderna e concisa, possibilidades de práticas criativas que visam ampliar o universo de aprendizagem das Artes nas escolas de ensino fundamental, dando abertura para sua utilização em outras áreas do conhecimento. Neste livro, João Marcos Parreira Mendonça demonstra como o estudo das histórias em quadrinhos contribui para o desenvolvimento de capacidades e habilidades artísticas, além de reforçar a relação do sujeito com a literatura e as artes visuais.

“Traça Traço Quadro a Quadro: A produção de histórias em quadrinhos no ensino da Arte” é composto por 120 páginas, foi editado em formato brochura (15,5 x 22,5 cm) e possui ilustrações p&b. Poderá ser adquirido nas principais livrarias do país ou através do site da Editora C/ Arte: www.comarte.com

Visite o blog do autor clicando aqui.

domingo, 21 de setembro de 2008

HQ conta a história dos maiores filósofos em forma de quadrinhos de ação

Filósofos em Ação, HQ independente de Fred Van Lente e Ryan Dunlavey, vai chegar ao Brasil em outubro. Será a primeira publicação da Editora Gal, que está entrando no mercado de quadrinhos. Filósofos em Ação é uma das melhores misturas entre educação e diversão que os quadrinhos já viram. Lançada em 2005, após os autores receberem o prêmio Xeric - que dá apoio financeiro a projetos de HQ independente -, a série conta a história dos mais importantes filósofos da humanidade em forma de quadrinhos de ação.

Ao mesmo tempo que ensina o pensamento de alguns grandes nomes da filosofia, a HQ mistura comédia e momentos típicos dos quadrinhos de super-heróis. A idéia é não criar apenas uma explicação chata sobre Friedrich Nietzsche ou Sigmund Freud, mas uma HQ envolvente que ponha o leitor em contato com os pensadores.

O primeiro volume - três foram lançados nos EUA, onde a série já se encerrou - fala de Nietzsche e Freud, bem como de Platão, Bodhidharma, Ayn Rand, Thomas Jefferson, Santo Agostinho, Carl Jung e Joseph Campbell. A HQ concorreu ao prêmio Ignatz, para quadrinhos alternativos, e ajudou a lançar a carreira do escritor Fred Van Lente, que atualmente escreve a elogiada linha de quadrinhos infanto-juvenis da Marvel.

Fonte: http://www.omelete.com.br/quad/100014678.aspx

Cartilha da Justiça em quadrinhos

No dia 17 (quarta-feira) foi realizado o lançamento do programa Cidadania e Justiça também se Aprendem na Escola, uma iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que reúne mais 13 mil juízes de todo o país, e da Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro.

A publicação tem como objetivo conscientizar professores, alunos, pais e responsáveis sobre a importância da democracia na vida das pessoas, mostrando como a sociedade pode e deve exercer seus direitos e deveres. No evento foi distribuído a Cartilha da Justiça em Quadrinhos, que divulga os direitos dos cidadãos contando com uma linguagem simples, visando principalmente o público infantil.

Fonte: http://zinebrasil.wordpress.com/2008/09/21/cartilha-da-justica-em-quadrinhos/

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Revolução Farroupilha em quadrinhos

Os livros didáticos e as narrativas populares passam adiante as histórias da maior batalha vivida pelo povo rio-grandense – a Guerra dos Farrapos. São mitos e verdades que se misturam, personagens que se solidificam com os anos e uma tradição que fortifica suas raízes.

Na Gazeta do Sul a celebração do 20 de setembro – data que lembra o acordo que colocou fim à guerra – vai receber um tom diferente. Ao invés da reprodução de retratos, quadrinhos de traço simples e recheados de humor prometem contar a história rio-grandense de uma maneira única. “O simples fato de conseguirmos juntar alguns cacos dessa e transformá-los em humor, demonstra que não saímos derrotados. Não é só de vitórias que se forma o caráter de uma nação”, salienta o responsável pelos desenhos, Paulo Louzada.

O texto é baseado na pesquisa feita pela jornalista Gisele Loeblein e revisão da historiadora Maria da Graça Schenkel. “É um texto fácil, com gravuras agradáveis. Uma trama surrealista envolvendo uma prosa de galpão entre o Tapejara e o Tio Gamela”, adianta Louzada. Já os rumos dessa conversa, ainda são um mistério. “Desculpa, mas eu não posso revelar o final da novela. Está no contrato”, brinca.

Sobre a interação entre os quadrinhos e a história, Paulo lembra que já fez uma porção de coisas dentro desse contexto, utilizando o universo dos desenhos como um instrumento didático. “Por sua versatilidade, velocidade de comunicação, universo lúdico e por estar ligado à sensação de prazer e relaxamento, é uma das formas mais eficientes de transportar uma história para a memória”, explica.

Louzada, o pai de Tapejara, confessa que traz na lembrança o fato de rabiscar um papel, se arrastando pelo chão. “Só não me lembro se foi aos quatro anos ou na churrasqueada da semana passada”, brinca, dizendo que essa resposta pode definir sua personalidade e revelar há quanto tempo dedica boa parte do sua vida aos desenhos.

Fonte: http://www.gazetadosul.com.br/default.php?arquivo=_noticia.php&intIdConteudo=101896&intIdEdicao=1577

Alunos visitam a Exposição de Quadrinhos "Mineiros do Pasquim"

A Usina Cultural de Leopoldina está com uma exposição muito legal, sobre o Pasquim. Ao todo, estão em exposição 20 vinte reproduções de imagens, páginas e textos do jornal que revolucionou o Brasil nos anos 70, em pleno período da ditadura militar. Cartunistas mineiros, Caulos, Guz, Henfil, Nani, Ziraldo e Zélio estão em destaque na exposição.Hoje eu levei meus alunos para visitar a exposição. Assista o vídeo que fizemos lá!

1º Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil

Professores que trabalham a Educação Ambiental em suas disciplinas, informe seus alunos! Formem um grupo e envie sua animação com o tema Meio Ambiente! Estudantes, mostrem seu talento com animação e não deixe de participar desta grande festa da animação brasileira! Enviem seus trabalhos até o dia 13 de outubro!

Tema: Meio Ambiente

O PRÊMIO
O Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil é parte integrante do projeto de extensão Desenho Animado Ambiental vinculado ao PROEX (Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários) da Univille – Universidade da Região de Joinville.

O Desenho Animado Ambiental é um projeto com o cujo objetivo de desenvolver animações com ênfase em questões socioambientais. Coordenado pelo professor José Francisco Peligrino Xavier (Chicolam) e pela Professora Marli T. Everling tem a participação de alunos bolsistas, estagiários e voluntários do curso de Design. O projeto também oferece oficinas de animação para professores e alunos da região de Joinville, SC nos laboratórios da Univille.

O Menino Caranguejo é um personagem que foi idealizado com a proposta de ser um símbolo na luta pela preservação ambiental. Ele faz parte de Histórias em Quadrinhos, Animações e Tirinhas para o Jornal A Notícia.

OBJETIVOS
Premiar animações produzidas por estudantes de escolas e colégios de Joinville, SC e do Brasil com a finalidade de integrar a comunidade, professores e familiares, instigando a busca pela valorização das animações como meio de comunicação e arte.

Incentivar a produção criativa regional de animações realizadas por alunos e professores de escolas e colégios de Joinville, demonstrando e premiando as animações em conjunto com o festival “Dia Internacional da Animação” a ser realizado no dia 28 de outubro de 2008, para familiares, estudantes e o público em geral.

PROMOÇÃO
O 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil é um evento promovido e realizado pelo projeto Desenho Animado Ambiental, pela UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville; Departamento de Design; Equipe Menino Caranguejo em parceria com a Fundação Cultural de Joinville e com o Dia Internacional da Animação organizado pela ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação).

COMISSÃO ORGANIZADORA
A Comissão Organizadora do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil é composta por membros da Equipe Menino Caranguejo, alunos do projeto de extensão ‘Desenho Animado Ambiental’ 2008, profissionais e professores convidados na área de Vídeo, Design e Artes Visuais.

A Comissão Organizadora será responsável pela designação da comissão julgadora, assim como pelo planejamento e execução de todas as atividades necessárias para a realização do evento.

PARTICIPANTES
Poderão participar do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil estudantes dos ensinos Infantil, Fundamental, Médio e Superior. Não poderão participar estudantes e parentes ligados diretamente com os integrantes da comissão julgadora e dos realizadores do prêmio.

INSCRIÇÕES
As inscrições para o 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil serão aceitas no período de 20 de agosto de 2008 a 13 de outubro de 2008. A Comissão Organizadora não se responsabilizará por imagens e músicas de terceiros, utilizadas nas produções inscritas, sendo todo e qualquer ônus relacionado aos direitos autorais de responsabilidade do produtor ou responsável pela inscrição.
1. A Inscrição das animações no 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil é INTEIRAMENTE GRATUITA. Não havendo limite de inscrições por participante.
1.1 A inscrição do concurso deverá ser efetuada através da ficha de cadastro disponível para impressão no site www.meninocaranguejo.com.
1.2 A animação deverá ser enviada pelo correio (conforme o item 6 deste regulamento) com a ficha de inscrição totalmente preenchida e assinada junto com o material em vídeo.
1.3 Poderão ser inscritas mais de uma obra (animação) pela equipe participante, desde que sejam preenchidas fichas de inscrição (imprimir formulário) separadas, uma para cada obra;
1.3.1 Para cada produção inscrita, deverá ser gravada isoladamente em uma única fita VHS, CD ou DVD. Sendo que deverão conter etiquetas (interna e externa), com os seguintes dados: título, ano de produção, produtor (alunos e professores responsáveis), tempo de duração e nome do responsável pela inscrição.
1.3.2 Não existe um número de participação limite para possíveis integrantes da animação inscrita, ficando a critério do grupo definir o responsável pela animação.
1.4 Os trabalhos enviados deverão estar devidamente preenchidos conforme os itens 1 a 1.3.2. Caso isso não ocorra os trabalhos estarão automaticamente desclassificados do prêmio;

CATEGORIAS PARA INSCRIÇÃO
2. O 1º Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil é composto por 04 (quatro) categorias:
• Melhor Animação Estudantil (categoria ensino infantil)
• Melhor Animação Estudantil (categoria ensino fundamental)
• Melhor Animação Estudantil (categoria ensino médio)
• Melhor Animação Estudantil (categoria ensino superior)

Haverá também a entrega de 02 (duas) Menções Honrosas.

PRAZO E DAS CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO
3. Poderá participar do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil todo e qualquer aluno inscrito no ano letivo, com um professor orientador, que poderá auxiliá-lo no desenvolvimento das animações.
3.1 O PRAZO DE INSCRIÇÃO É DE 20 DE AGOSTO A 13 DE OUTUBRO DE 2008.
3.2 Considerar-se-á a produção inscrita quando o material enviado pelo correio vier juntamente com a ficha de inscrição e verificar-se a presença de todos os elementos necessários à inscrição.

CONTEÚDO DAS OBRAS INSCRITAS
4. O tema abordado na obra inscrita é MEIO AMBIENTE
4.1 EXCLUI-SE desta condição obras que FOMENTEM DISTORÇÕES SOCIAIS COMO QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO, A ENUMERAR-SE RACISMO, HOMOFOBIA, RELIGIOSO ou quaisquer outros tipos de preconceitos notoriamente identificados pela comissão julgadora. Caso algum trabalho deste gênero seja inscrito, a comissão julgadora reserva-se no direito de exclusão da produção na competição;

FORMATOS PARA INSCRIÇÃO DAS OBRAS PARA PRÉ-SELEÇÃO
5. (Dados Técnicos) Tipo de formatação das animações que poderão ser entregues:
Dimensões da tela: entre 640 x 480, VGA;
Formatos de mídia: VHS, DVD ou CD-R;
Formatos de vídeo: wmv, swf ou avi;

ENDEREÇO PARA ENVIO DAS PRODUÇÕES
6. O material produzido deverá ser enviado, preferencialmente com AR (Aviso de Recebimento) para o seguinte endereço:
Departamento de Design / PROF. CHICOLAM
Endereço: Campus Universitário, s/n - Bom Retiro
Cidade: Joinville - Estado: SC - CEP: 89201-972

6.1 AS DESPESAS DECORRENTES DO ENVIO DA INSCRIÇÃO FICARÃO A CARGO DO REMETENTE.

DIREITOS DAS OBRAS INSCRITAS
7. As produções inscritas no 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil estarão automaticamente, a partir da efetivação de sua inscrição, liberadas para exibição em qualquer edição do festival que venha a ser realizada posteriormente, como forma de divulgação.
7.1 As animações premiadas poderão ser utilizadas em material publicitário após o evento.
7.2 As animações enviadas serão selecionadas para a exibição no festival “Dia Internacional da Animação”, que acontecerá no dia 28 de outubro de 2008 no Teatro Juarez Machado.
7.3 O Material enviado não será devolvido.

PREMIAÇÃO
8. Serão entregues 4 (quatro) troféus para as categorias relacionadas no item 2.
8.1 Serão entregues 2 (dois) troféus de Menção Honrosa para Professor e para a Escola.
8.2 O anúncio dos vencedores do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil será realizado durante o festival “Dia Internacional da Animação”, que acontecerá no dia 28 de outubro de 2008 no Teatro Juarez Machado.
8.3 A entrega dos prêmios será realizada dia 28 de outubro de 2008 no período vespertino em solenidade pública, previamente programada e amplamente divulgada.

SELEÇÃO
A Comissão Organizadora poderá instituir, a seu critério, a Comissão de Seleção para avaliação prévia das produções inscritas a serem encaminhadas à Comissão Julgadora.

JÚRI
9. A Comissão Julgadora será constituída por profissionais da área de Vídeo, Animação, Professores, Designers e Artista Plástico e membros da instituição promotora do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil. Serão designados dois suplentes para eventual substituição, na falta dos titulares.
9.1 A Comissão Julgadora deverá atribuir pontuação de 5,0 (cinco) a 10,0 (dez) às animações concorrentes de toda a Mostra, premiando aqueles que obtiverem melhor desempenho e elaborando justificativa da premiação.
9.2 O resultado será divulgado a partir do dia 28/10/2008 no site www.meninocaranguejo.com, via e-mail, por telefone ou pelos correios de acordo com os dados informados na ficha de inscrição de cada produção.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Todos os participantes CLASSIFICADOS receberão certificado de participação;
Nenhuma cópia de trabalho será emprestada a terceiros durante sua permanência em poder da comissão realizadora da premiação;
As condições não previstas neste regulamento deverão ser submetidas à comissão julgadora do 1° Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil, sendo este soberano em suas decisões e de completa irrevogabilidade em seu julgamento.

MAIORES INFORMAÇÕES E DÚVIDAS
Tel: 47 34730772
Email: premio@meninocaranguejo.com

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ciência e Arte na FIOCRUZ: vídeo

Para apreciação de todos, um pequeno vídeo que eu fiz durante a nossa visita na FIOCRUZ, no dia 17 de setembro de 2008.

Encontro na FIOCRUZ

Bom é muito pouco para descrever o dia que passamos na FIOCRUZ. Nem a chuva estragou. Eu diria que ela deu um certo charme ao nosso passeio. O encontro Ciência e Arte promete muitas surpresas até a sexta, pena que tivemos que voltar. Mas um dia já deu para fazer muitas novas amizades, firmar parcerias e encontrar gente muito interessante. Nossos alunos, então, nem se fala. Eles ficaram encantados com tudo. Nunca tinham ido ao Rio de Janeiro e até os aviões se preparando para pousar no aeroporto era motivo de festa.

Nosso Pôster estava lá, na Mostra de Quadrinhos, que reuniu trabalhos na área de quadrinhos, educação e ciência. Ao nosso lado estavam os trabalhos feitos pela Karina Saavedra, por Mário Feijó e Marília Cristina Tenório Rebolho, tudo muito lindo, muito instrutivo e mostrando que os quadrinhos estão vindo para ficar, como um instrumento de ensino.

Na abertura tivemos palestras em homenagem ao grande cientista brasileiro Leopoldo de Meis, um dos pioneiros no Brasil na defesa da ciência e arte. Ele trabalha, com a ajuda de artistas, para mostrar a face emocionante da ciência. Dessa parceria inusitada já surgiram peças de teatro, livros (dentre eles, O Método Científico) e um CD-ROM sobre o funcionamento da mitocôndria.Um grande fã dos quadrinhos, ele os considera uma fonte de inspiração. Aos 70 anos, este cientista de renome internacional recebeu várias homenagens, que foram desde uma apresentação lúdica do Palhaço Matraca (o sociólogo Marcus Vinícius Campos) até um vídeo super divertido, contanto sua história e sua vida.

Além das exposições e palestras, havia muita coisa para ser vista e muitas pessoas com quem conversar. Um dia foi pouco. Seguem algumas imagens e, em breve, um vídeo da nossa aventura.


Texto sobre guerras e quadrinhos

O Universo HQ públicou um texto muito legal, chamado As guerras, os quadrinhos e o cinema. Trata-se de um apanhado sobre a trajetória das HQs de guerra nos Estados Unidos e a influência do filme Os Doze Condenados em algumas delas. Vale a pena ler o texto e tirar suas conclusões sobre o assunto.
Aces High
As guerras sempre foram populares no cinema e nos quadrinhos. Embora o gênero permita a reflexão social dos acontecimentos recentes e passados, é mais usado para atuar como forma de entretenimento escapista. Durante a Segunda Guerra, os quadrinhos abraçaram o gênero e até o mesclaram ao nascimento dos super-heróis, com personagens patrióticos como o Capitão América e tantos outros que lutaram contra o nazismo, o fascismo italiano e o imperialismo japonês.

Mas foi na década de 1950 que as revistas deste gênero realmente vingaram. Entre as mais importantes publicações do gênero estão as revistas Aces High, da EC Comics, que publicava histórias focadas nos combates aéreos das duas grandes guerras, e trazia na arte feras como George Evans, Wally Wood, Jack Davis e Bernard Krigstein.

A EC também publicava as revistas Two-Fisted Tales e Frontline Combat, editadas por Harvey Kurtzman. A arte era sempre um destaque à parte e contava com o talento de John Severin, Jack Davis, Wally Wood, George Evans, Will Eld, Alex Toth, Ric Estrada, Joe Kubert e Russ Heath.

A DC Comics, por exemplo, tinha a revista Our Army at War, lançada em 1952 e que foi publicada até 1977, lançando heróis como Ás Inimigo (Enemy Ace) e o Sgt. Rock e sua Companhia Moleza, personagem muito associado a Joe Kubert. Outro título importante da DC, também lançado em 1952, foi G.I Combat, que incorporava alguns personagens da Quality Comics (que havia sido adquirida pela DC), como Blackhawk.
(...)

Muitos dos personagens de guerra da DC ganharam revistas próprias na década de 1960, como Soldado Desconhecido, Sgt. Rock e o Tanque Assombrado. Entre 1965 e 1966, a Warren Publishing publicou, possivelmente, a melhor revista do gênero: Blazing Combat. Apesar de sua curta duração, Blazing Combat era uma revista de primeiríssima linha. As histórias eram de Archie Goodwin e os artistas incluíam muitos veteranos da EC Comics, como John Severin, Wally Wood, George Evans, Russ Heat, Frank Frazetta, Alex Toth e Reed Crandall.

(...)

A Atlas, que mais tarde se tornaria a Marvel, teve uma participação mais discreta no gênero, com títulos como Combat Kelly, de 1951. Foi na década de 1960 que a editora resolveu, à sua maneira, explorar mais o gênero. Stan Lee discutiu com Martin Goodman sobre o sucesso das revistas Marvel. Goodman afirmava que eram os adjetivos como amazing, spectacular, uncanny (Amazing Spider-Man, Uncanny X-Men etc.) e outros usados nos títulos que ajudavam nas vendas.
Mas Lee garantia que era o estilo Marvel e a força de seu trabalho em parceria com Jack Kirby que geravam as vendas altas. Para solucionar a questão, Lee fez uma aposta. Disse que bolaria o título mais rocambolesco e improvável para uma revista e que, apesar do péssimo nome, ela venderia bem devido ao estilo Marvel.

E foi assim que nasceu a revista Sgt. Fury and his Howling Commandos, com Nick Fury liderando o grupo de comandos durante a Segunda Guerra. O primeiro número foi publicado em maio de 1963. Foi um grande sucesso e a revista teve 167 edições publicadas entre 1963 e 1981.
Our Army at War
Em 1965, E.M. Nathanson publicou o romance The Dirty Dozen (Os Doze Condenados), parcialmente baseado em uma unidade de elite pertencente ao 506º Regimento Pára-quedista de Infantaria, conhecida como Os Treze Sujos (The Filthy 13). O nome era uma referência ao fato de esses soldados, durante seu treinamento na Inglaterra, só se banhavam uma vez por semana e nunca lavarem seus uniformes. Dois anos depois, em 1967, a MGM lançou nos cinemas o filme de Robert Aldrich, Os Doze Condenados, baseado no romance de Nathanson. Trata-se de uma aventura de guerra que chocou alguns críticos na época por sua violência (mas que atualmente seria classificado para menores de 12 anos) e até hoje continua sendo uma boa diversão.

(...)

Aproveitando o momento de sucesso de Os Doze Condenados e o interesse por histórias de guerra, a Marvel lançou Captain Savage and his Leatherneck Raiders, em janeiro de 1968. Os personagens chegaram a interagir com Nick Fury e seus comandos, mas o título durou apenas 19 edições e foi cancelado em 1970.
Mesmo assim, a Marvel não perdeu o interesse pelo assunto. Em maio de 1972, introduziu em Sgt. Fury and his Howling Commandos # 98 uma nova série de personagens, os Doze Mortíferos (The Deadly Dozen), que inicialmente seriam liderados por "Dum Dum" Dugan. No mesmo ano, a "Casa das Idéias" lançou Combat Kelly And The Deadly Dozen, incorporando o título da revista de 1951 ao novo conceito.

(...)

Mas com o atual interesse em Hollywood por tudo que se relaciona aos quadrinhos, as editoras estão fazendo o possível para tirar do limbo seus personagens mais antigos. A DC vai trazer de volta o Tanque Assombrado, o Soldado Desconhecido e o Sgt. Rock (cujo projeto de filme está sofrendo percalços, mas ainda deve vingar).
A Marvel também relançou os Howling Comandos, durante a Invasão Secreta, mas como um grupo de super-heróis, ligado a Nick Fury, sem nenhuma relação com as histórias de guerra tradicionais. Também existe o trabalho de Garth Ennis, um aficionado do gênero, que recentemente lançou pela Marvel, War is Hell e tem três minisséries Battlefields em andamento na Dynamite Entertainment.

Enquanto isso, nos cinemas, Quentin Tarantino está trabalhando numa refilmagem de Inglorious Bastards (que no fundo não deixa de ser um remake de Os Doze Condenados). Depois de um arrastado processo, iniciado em 2001, está finalmente sendo filmado Inglorious Bastards, com um elenco que inclui Brad Pitt, Mike Myers, Eli Roth e Diane Kruger.

O longa-metragem está em produção na França e chegará aos cinemas em 2009. E se isso não bastasse, a Warner e Joel Silver estão planejando a refilmagem dos Doze Condenados, que será dirigida por Guy Ritchie, de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes.

O primeiro roteiro, que colocava a história nos tempos atuais, foi muito mal recebido online. Por isso, um novo enredo está sendo desenvolvido por Zak Penn. Outro filme de guerra previsto para 2009, é Valkyrie, de Bryan Singer (de X-Men, X-Men 2 e Superman - O Retorno), sobre a tentativa real de assassinar Hitler, com Tom Cruise no papel principal.

O texto é de Sérgio Codespoti. Eu estou postando apenas alguns trechos do texto, quem se interessar em ler o texto integral e ver todas as imagens (e elas são realmente interessantes), é só clicar aqui.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ciência e Arte na FIOCRUZ

Amanhã estaremos na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), participando de um encontro e representando a nossa escola com um pôster do projeto da Gibiteca. E quando falo nós. é plural mesmo. Vamos eu, a nossa diretora Ana Maria Petraglia e dois alunos da escola, voluntários na Gibiteca. Pois é, será quase uma excursão. Os meninos estão que não se contendo de tanto entusiasmo.

Trata-se do Ciência, Arte e Cidadania - 5º Simpósio, 1º Forum de ex-alunos e Premiação da 4ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente. Amanhã é a abertura do encontro, que vai até sexta, dia 19 de Setembro. Para ver a programação completa é só clicar aqui.

Aguardem um relato completo até o fim de semana, com direito a fotos e vídeos!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estamos entre as 55 escolas classificadas para a segunda fase do Prêmio de Reportagem Jovem Protagonista


Voltado para Escolas Solidárias que receberam o Selo Escola Solidária 2003, 2005 e/ou 2007, conferido pelo Instituto Faça Parte, o Prêmio de Reportagem Jovem Protagonista reconhecerá a melhor reportagem sobre Voluntariado Educativo feita por jovens do ensino médio e das últimas séries do ensino fundamental.

O Prêmio de Reportagem Jovem Protagonista tem duas fases. Na primeira serão selecionados projetos de Voluntariado Educativo que estejam em andamento e tenham a participação de alunos.
As escolas escolhidas para a segunda fase deverão enviar uma reportagem audiovisual de 1 a 3 minutos de duração sobre o projeto inscrito na etapa anterior. Para conferir a lista das 55 escolas selecinadas basta clicar aqui. Nós concorremos com mais de 200 escolas em todo o Brasil, com nosso Projeto da Gibiteca. Estar entre os 55 finalistas é uma grande vitória!

Toda a produção, a gravação e a edição deverão ser feitas por quatro alunos.
Essa é uma maneira de estimular o uso das tecnologias da informação a favor da educação. Ao se apropriar das novas ferramentas, o estudante tem a oportunidade de enriquecer o próprio conhecimento, transformando dados abstratos em ações concretas. Dos vídeos entregues, cinco serão selecionados como semifinalistas e exibidos na programação da Rede Record, Record News e Instituto Ressoar. Além do evento de premiação na cidade de São Paulo, a equipe finalista receberá certificado, DVD do vídeo feito pela escola e making of da visita aos estúdios da TV Record.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Curso de roteiro de quadrinhos


A jornalista Carol Almeida ministra, a partir de segunda-feira, 15 de setembro, um curso de roteiro de quadrinhos em Recife. Cinco vezes indicada como Melhor Articulista de Quadrinhos no Troféu HQMix, ela assina a coluna Zine no Jornal do Commercio e mantém o blog www.zuper.com.br. As aulas trarão uma introdução sobre as histórias em quadrinhos, um estudo dos gêneros e também será ensinado como estruturar um roteiro. No final do curso, haverá um debate sobre o roteiro criado por cada aluno.

O curso acontece na Conteúdo Criativo (Rua das Pernambucanas, 144, em Graças). São 15 horas/aula, com direito a certificado de conclusão. O investimento custa R$ 220 e estão disponíveis 12 vagas. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail oficina@conteudocriativo.com.br ou através dos telefones (xx81) 3076-0380 / 9666-0688 / 9686-0446.

Confira o conteúdo das aulas:

Aula 1: Uma introdução à história das histórias em quadrinhos: os bastidores de quem realmente criou uma poderosa indústria de entretenimento e as pessoas que construíram o formato;
Aula 2: Histórias em quadrinhos é coisa de gente grande: como os autores estão descobrindo nos quadrinhos a melhor forma de comunicação; definição dos diferentes tipos de quadrinhos adultos: testemunhais, jornalísticos ou próprios da contra-cultura.
Aula 3: Como fazer um roteiro para quadrinhos: quais as escolhas a serem feitas em um roteiro de quadrinhos, uso das palavras, uso das imagens, enquadramentos, momentos, fluxo. Será pedido aos alunos o esboço de um roteiro.
Aula 4: Aula prática, onde o aluno pegará uma ou duas histórias em quadrinhos e reescreverá o roteiro, sem imagens.
Aula 5: Exercício e debate sobre os roteiros preparados pela turma.
Fonte: http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=noticias&cod_noticia=17324

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Uma dica para se trabalhar Guerra Fria com Quadrinhos

Li este texto e achei que devi citá-lo aqui. Uma ótima dica para trabalhar quadrinhos em aulas de história. Para quem não concordar com os exemplos dados, basta adaptar usando outras HQs de sua preferência como fonte para montar uma aula. É sempre bom ter uma referência e nem sempre é fácil achar uma. O texto foi publicado no UOL Educação no link http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u35.jhtm

Gibis retratam o conflito entre EUA e URS
Júlio Vilela*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

A Guerra Fria foi uma disputa travada durante quase cinco décadas pelas duas superpotências vencedoras da Segunda Guerra Mundial: os Estados Unidos e a União Soviética. Foi um período marcado por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o conflito militar direto.

Foi durante a Guerra Fria que uma nova onda de super-heróis surgiu nos gibis norte-americanos, especialmente nos da Marvel Comics (hoje a maior editora de quadrinhos do mundo). Você certamente já ouviu falar dessas personagens, pois várias foram adaptadas para o cinema nos últimos anos, com grande sucesso de bilheteria. Dentre essas personagens, podemos destacar o Homem-Aranha, os X-Men, o Hulk e o Quarteto Fantástico.

Aqui, falaremos da relação delas com a Guerra Fria. Afinal, embora sejam fictícias e tenham sido criadas apenas para entretenimento, seus criadores se inspiraram na época que viviam. Começaremos pelo Quarteto Fantástico, o primeiro gibi da Marvel em que o escritor-editor Stan Lee fez parceria com o desenhista Jack Kirby.

O Quarteto Fantástico

O primeiro gibi do Quarteto Fantástico foi publicado em novembro de 1961 -ou seja, poucos meses depois de o cosmonauta soviético Yuri Gagarin ter-se tornado o primeiro ser humano a viajar para o espaço, realizando um vôo orbital (12 de abril de 1961), e quase uma década antes de o astronauta norte-americano Neil Armstrong ter s ido o primeiro homem a pisar na Lua (20 de julho de 1969). Assim, o Quarteto Fantástico foi lançado na mesma época em que os EUA e a URSS disputavam a corrida espacial.


O próprio surgimento desse grupo de heróis faz alusão à Guerra Fria: no início da história, pouco antes de os quatro futuros heróis viajarem para o espaço, a narração menciona que os EUA estão numa "corrida espacial" com "uma potência estrangeira". Claro que a tal "potência estrangeira" era a URSS, mas, diferentemente do que tinha acontecido durante a Segunda Guerra Mundial, os autores dos gibis da Guerra Fria preferiam não dar nome aos bois quando se referiam aos "inimigos da América".

No gibi, o Quarteto Fantástico tem origem um pouquinho diferente daquela contada no filme de 2005: quatro amigos - o cientista Reed Richards; sua noiva, Sue Storm; o irmão adolescente dela, Johnny Storm; e o piloto de foguetes Ben Grimm - embarcam num foguete experimental, voam para o espaço e são bombardeados por raios cósmicos. Ao voltarem para a Terra, descobrem que os raios cósmicos os afetaram, dando-lhes superpoderes.

Richards consegue esticar partes de seu corpo e assume o codinome Senhor Fantástico (qualquer semelhança com outro super-herói, o Homem-Borracha, não é mera coincidência); Sue se torna a Garota Invisível (anos depois, mudará o nome para Mulher Invisível, pois em nossos tempos "politicamente corretos" é considerado machismo chamar de "garota" uma mulher adulta); Johnny vira o Tocha Humana; e Ben, o monstruoso Coisa. Os raios cósmicos existem mesmo, mas na vida real eles matam, como seu professor ou professora de ciências poderá lhe explicar.

A corrida espacial não é a única alusão à Guerra Fria que encontramos nos primeiros gibis do Quarteto Fantástico. O principal inimigo do Quarteto era o Doutor Destino, que governava literalmente com mãos de ferro um pequeno país do Leste Europeu, bem na região onde se concentravam os países do bloco socialista.

Na tradução feita no Brasil, o nome dado ao país do Doutor Destino era "Latvéria", o que poderia levar a concluir que se tratava de uma terra imaginária. Mas, no original, o nome era "Latvia" - cuja tradução correta para o português é Letônia, na época uma das repúblicas que compunham a URSS. O próprio visual do vilão, com sua armadura de ferro, pode ser referência à "Cortina de Ferro", a expressão popularizada pelo ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill para se referir aos países da Europa oriental que ficaram sob influência da URSS após a Segunda Guerra Mundial.

O Incrível Hulk

O Incrível Hulk, segunda criação da parceria Stan Lee-Jack Kirby, também refletia o contexto da Guerra Fria. No primeiro número do gibi, lançado em maio de 1962, ficamos sabendo como o cientista Bruce Banner se tornou o Hulk: ele tenta salvar um adolescente que invadiu o local onde se testará pela primeira vez a "bomba gama" (projetada pelo próprio Banner) e fica exposto aos raios gama quando a bomba é detonada propositalmente por seu assistente, um espião iugoslavo disfarçado.

Banner, em vez de morrer de leucemia ou queimaduras radiativas (que é o que aconteceria na vida real), descobre que os raios gama alteraram a química de seu corpo. Agora, sempre que se enfurece, é humilhado ou entra em pânico, ele se transforma no Hulk, um brutamontes capaz de levantar toneladas. Curiosamente, o Hulk era para ser cinzento, mas falhas de impressão no primeiro número do gibi fizeram que ele aparecesse esverdeado em alguns quadrinhos. Assim, o verde se tornou sua cor definitiva.

Até o fato de Banner ser físico nuclear tinha relação com a Guerra Fria. Desde o Projeto Manhattan (o qual desenvolveu as bombas atômicas que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki), os físicos nucleares tinham "importância estratégica" para o governo dos EUA. Vale recordar que, segundo alguns historiadores, as bombas atômicas usadas contra o Japão marcaram não apenas o fim da Segunda Guerra Mundial, mas o começo da Guerra Fria.

Segundo tal interpretação, o ataque a Hiroshima e Nagasaki teria sido a forma que os EUA encontraram de mandar o seguinte recado à URSS: "Cuidado conosco! Nós temos a bomba!" Depois disso, a procura por carreiras científicas, sobretudo em física nuclear, aumentou consideravelmente nas universidades norte-americanas. Bruce Banner, assim como os físicos do Projeto Manhattan, trabalha para os militares; e a "bomba gama" explode no deserto do Novo México, região dos EUA onde foram mesmo realizados os primeiros testes atômicos.

Outro elemento da Guerra Fria presente na saga do Hulk é o espião iugoslavo. Naquela época, histórias de espionagem eram comuns tanto na ficção quanto na realidade. Além disso, a Iugoslávia era um dos países do Leste Europeu onde os comunistas haviam chegado ao poder. (No entanto, os iugoslavos eram um caso à parte: o então governante do país, o marechal Tito, principal líder da resistência contra os invasores alemães durante a Segunda Guerra Mundial, não seguia todos os ditames da União Soviética; por isso, o modelo socialista adotado na Iugoslávia era um pouco diferente daquele que predominava nos outros países do Leste.)

Em suas primeiras aventuras, o Hulk enfrentou vários vilões comunistas, mas havia igualmente críticas aos EUA. Em primeiro lugar, porque o principal inimigo do Hulk era o general Ross, também pai da namorada de Banner. Ou seja, em muitas histórias do Hulk, o inimigo era o próprio Exército norte-americano, sempre perseguindo o gigante verde. E não se deve esquecer que o Hulk era um monstro criado pelo horror atômico. Ao conceberem a história, Stan Lee e Jack Kirby pretenderam transmitir uma lição de moral: Banner é vítima de uma arma que ele mesmo projetou, e o cientista sente remorsos por isso.