sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mais notícias sobre o lançamento da Cartilha da Turma da Mônica em MG


Segundo levantamento feito pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), 51% dos atendimentos são provocados por acidentes domésticos, que poderiam ser evitados, e 43% atingem crianças de até 10 anos. Para mudar os números dessa dolorosa estatística, foi lançada quinta-feira, no Palácio da Liberdade, a Campanha estadual de prevenção a acidentes domésticos provocados por queimaduras.

A mobilização será feita com ajuda de histórias em quadrinhos do cartunista Maurício de Sousa, com a revista A Turma da Mônica – prevenindo queimaduras. O foco da mobilização são crianças em ambientes domiciliares, já que dos cem atendimentos diários a queimados realizados no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), 51% acontecem dentro de casa, sendo que 43% das vítimas têm menos de 10 anos de idade. São quatro histórias que pretendem conscientizar as crianças sobre os perigos do contato com água fervente, álcool, óleo de cozinha e outros líquidos inflamáveis.

A Unidade de Tratamento de Queimados Professor Ivo Pitanguy atende diariamente 100 pessoas, sendo que 51 delas sofreram queimaduras em acidentes domésticos. Desse total, 43 deles são crianças de até 10 anos, entre pacientes novos e retornos.

O desenhista Maurício de Sousa participou do lançamento da campanha contra os acidentes com queimaduras. Em sua primeira edição especial para a campanha, a revista, que virá com quatro histórias, terá tiragem inicial de 50 mil exemplares. No total serão 1 milhão de revistas, que devem ser entregues, nas próximas semanas, para alunos do ensino fundamental, matriculados nas escolas públicas estaduais e municipais de Belo Horizonte e do interior.

“Espero que os estudantes usem a revista como para casa e conscientizem toda a família, além de elaborar discussões com suas comunidades sobre o tema. Eu também enviarei essas cartilhas a outros governadores para que a campanha possa ser nacional. Essa não é uma ação de governo, mas de toda a sociedade mineira.”

A campanha é desenvolvida pelas secretarias de Estado de Saúde e Educação. Segundo o ilustrador Maurício de Sousa, suas revistas também vão abordar o tema de forma permanente. As histórias da Turma da Mônica são lidas por 10 milhões de pessoas, por mês, e estão presentes em mais de 40 países.

A Turma da Mônica se envolveu num projeto de conscientização sobre os cuidados com a higiene para crianças de países carentes a pedido da Organização Pan-Americana de Saúde. Premiado, o trabalho serviu para reduzir as taxas de desidratação e infecção alimentar e conseqüente queda da mortalidade infantil. O ilustrador espera que a campanha contra as queimaduras atinja metas semelhantes.

“Queremos baixar os gráficos de queimaduras e vamos usar os quadrinhos para alcançar as crianças. Minas é referência nesse tipo de serviço, por isso a mobilização começa aqui, mas, como o problema está ligado a uma questão cultural, acho que a campanha deve ser permanente e atingir o mundo todo. É intenção abordar o tema em revistas para adolescentes, que freqüentam churrascos e podem se queimar”, diz Maurício.

Cozinha é local mais perigoso para criança
Até agosto deste ano, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) já registrou 1.759 atendimentos às vítimas de queimaduras. A grande maioria, 947 casos, foram motivados por contato das pessoas com líquidos inflamáveis. Em segundo lugar, o fogo foi o principal vilão dos acidentes, com 329 ocorrências, seguido pelo contato com objetos quentes, com 264. Queimaduras com fogos de artifício também figuram no ranking das principais causas de acidentes, sendo mais freqüentes nas épocas de festa junina e ano novo. Segundo o presidente da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Luiz Márcio Ramos, 80% dos acidentes dentro de casa acontecem na cozinha. “A cozinha é um local perigoso para as crianças. Os pais não devem deixá-las sozinhas dentro dela. Sempre tem um objeto quente ou produto químico que pode comprometer a saúde das pessoas”, disse ele.

Eu tenho um interesse pessoal nesta campanha, pois minha sobrinha de 4 anos sofreu um grave queimadura em 40% do braço esquerdo, porque mexeu em uma panela com óleo quente. Quem vê o sofrimento de uma criança no estado que o braço dela ficou, sabe reconhecer a importância desta campanha.
Fontes:
http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=89694
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/09/05/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=78310/em_noticia_interna.shtml

2 comentários:

Jenny Horta disse...

Vamos espalhar este alerta pelos Blogs. Sei o que vcs sentiram e sinceramente desejo que ninguém mais saiba, pois é muito ruím.

Natania A S Nogueira disse...

Menina, é dose! O pior é que no hospital só limparam a ferida e colocaram um remédio. Não fizeram um curativo adequado. Quando eu fui ver, a menina estava com metade do braço infeccionado e se machucava a todo instante. Os olhinhos dela ficavam o tempo todo marejados. Liguei para minha demartologista e ela a atendeu. Em 10 dias a ferida dela estava curada, mas a marca deve fica. Cerca de 40% do braço ficou queimado. Como vc disse por e-mail, criança em 1 segundo faz um estrago enorme.