Na última página de A casa do pesadelo, um dos contos de terror que Pedro Rodríguez adapta para os quadrinhos em Histórias para não dormir, o leitor possivelmente sentirá subir pela espinha um calafrio. Provavelmente, sentiria a mesma coisa se estivesse lendo o conto homônimo de E. Lucas White. O calafrio proporcionado pelos quadrinhos, contudo, é diferente. Nem melhor nem pior que a reação à experiência literária, mas distinto.
Ele é, na essência, provocado pelo choque entre essa experiência e a imagem: os olhos arregalados do homem que revela a verdade, suas sobrancelhas inclinadas e tristes, o cachimbo na boca e a barba branca que o fazem parecer vir de um passado distante. Momentos como esse, além de apreender a essência da narrativa de terror, mostram toda a força dos quadrinhos como linguagem complexa, em que o sentido é apreendido exatamente do jogo entre as linguagens mais simples que a compõem.
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