segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tintim abriu caminho para outros heróis belgas dos quadrinhos

O jovem e astuto repórter e seu simpático cãozinho tiveram um volta triunfante em 2011, com o lançamento do filme As aventuras de Tintim, de Steven Spielberg.
Tintim é uma das histórias em quadrinhos mais traduzidas no mundo, e é em grande parte graças ao seu criador, Hergé, que a Bélgica se tornou o berço de outros heróis dos quadrinhos, como Os Smurfs e Lucky Luke.
"Hergé foi algo como a locomotiva dos quadrinhos no país", diz Willem de Graave, do Centro Belga de Quadrinhos, um templo em estilo Art Nouveau dedicado ao que os belgas chamam de "a nona arte".
"Ele foi o primeiro artista na Bélgica a alcançar a fama com seus quadrinhos", diz De Graeve. "Tintim foi um campeão de vendas desde o princípio e isso inspirou outros artistas daqui a seguirem os passos de Hergé."
Quando Hergé, cujo nome real era George Remi, começou a desenhar, no início dos anos 1920, os quadrinhos ainda eram um mercado restrito no continente europeu. Nos Estados Unidos as tiras de aventuras já haviam sido incluídas semanalmente nos jornais, enquanto na Europa os quadrinhos eram, em sua maioria, voltados para crianças.
"Aí veio Hergé, com uma maneira completamente diferente de desenhar e contar histórias", diz De Graeve. As sombras e os contornos escuros foram substituídos por cores fortes e vibrantes, que permitem aos leitores entender toda a cena em segundos.
"Era um estilo extremamente simplificado, não só visualmente mas também em termos de diálogos. As histórias era muito bem estruturadas, e prenderam instantaneamente a atenção de toda uma geração de crianças", diz Yves Fevrier, da Fundação Hergé Moulinsart.

Ao seu peculiar estilo ligne claire (linhas claras), o artista de então 22 anos adicionou balões de diálogos e justapôs personagens contrastantes, como o volumoso e embriagado capitão Haddock, um antídoto perfeito ao estilo bom moço de Tintim.

O estilo de Hergé virou moda e, em pouco tempo, revistas belgas voltadas aos quadrinhos começaram a publicar uma seleção de histórias locais e importadas, estas vindo principalmente dos Estados Unidos, pátria-mãe dos super-heróis.

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