quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fim de ano com novas exposições no Solar do Barão (Gibiteca de Curitiba)

Os espaços do Solar do Barão abrigam novas exposições, a partir das 19h desta terça-feira (13), proporcionando ao público o contato com diversas possibilidades de construção das expressões visuais. Na programação preparada pela Fundação Cultural de Curitiba estão seis mostras nas salas do Museu da Gravura, ao lado de duas exposições no Museu da Fotografia e uma na Gibiteca, além da produção de vários artistas reunida na Loja da Gravura, em agenda especial de fim de ano.

As diferentes propostas e abordagens artísticas que tomam conta do Museu da Gravura podem ser conferidas nas seguintes exposições: Série Autobiográficas, com gravuras em metal realizadas por Louise Bourgeois e pertencentes ao acervo municipal; Arquivo / Operação.Impermanência, reunindo obras de Arthur do Carmo, Luana Navarro e Patrícia Lion; Miragens, gravuras em metal e litografias de Larissa Franco; Práticas de Aproximação, com xilogravuras realizadas por artistas nos ateliês do museu; Hacklab S.o.l.a.r., ciclo deencontros comandado por Guilherme Soares e Simone Bittencourt para discussão sobre Cultura Digital Livre e de Código Aberto; e a coletiva de gravuras Marcas e Ilhas, com trabalhos de Maikel da Maia, Julcimarley Totti, José Roberto da Silva e Maria Lúcia de Júlio. 
No Museu da Fotografia, a fotógrafa Milla Jung responde pela mostra Países Imaginários, enquanto a exposição Malote Destino CWB reúne trabalhos de dez artistas convidados por Deborah Bruel, dentro de um projeto de arte de alcance nacional. A Gibiteca de Curitiba oferece ao espectador Histórias de Nanquim, com criações do desenhista André Caliman, sendo que na Loja da Gravura o visitante encontra obras de diversos artistas para admirar e adquirir. São gravuras, desenhos, fotografias, pequenos objetos, catálogos e publicações que também se constituem em excelentes opções de presentes para as festas de dezembro.


Traços que contam histórias — Na exposição Histórias de Nanquim estão trabalhos do desenhista André Caliman, que usa a linguagem dos quadrinhos para revelar seu talento. Formado em Desenho pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, o artista tem um premiado currículo na área de histórias em quadrinhos, além de responder pela ilustração de livros didáticos e obras literárias para diversas editoras. 
Professor dos cursos da Gibiteca de Curitiba desde 2009, André Caliman participou como oficineiro de criação de histórias em quadrinhos da GIBICON e da RIOCOMICON, dois dos principais eventos de HQ no Brasil. Recebeu o Troféu HQ MIX na categoria de melhor revista independente de grupo, com a “Quadrinhópole #4” de julho de 2008, e desenha a série americana E.L.F..


Em Histórias de Nanquim, André Caliman apresenta páginas originais da série em quadrinhos E.L.F., publicada nos Estados Unidos pela editora Across The Pond, ao lado de originais de algumas HQs publicadas de forma independente aqui no Brasil, como a que foi feita para a internet Ruídos, e a inédita Sequestro em Três Buracos. Completam a mostra obras em giz pastel e nanquim, do acervo do artista.
Fotos para “ouvir” e viajar — Montadas com recursos do Fundo Municipal da Cultura, as exposições que ocupam as salas do Museu da Fotografia apresentam duas propostas inovadoras relacionadas à imagem fotográfica. As fotos da exposição “Países Imaginários”, da fotógrafa Milla Jung, primeiro devem ser “ouvidas” e depois vistas. Ela sugere que, logo na chegada, o visitante coloque um fone para ouvir algumas narrativas. Depois, ao passar para a segunda sala, aprecie uma biblioteca de livros sobre fotografia, escolhendo uma entre as 40 obras com imagens de fotógrafos famosos, como Thomas Demand, Diane Arbus, Robert Frank e outros. Milla propõe que o visitante relacione as narrativas de áudio, que inspiraram a sua imaginação, com as imagens concretas que encontra nos livros. “É quase um jogo. Para cada um a foto funciona de uma maneira diferente”, diz a fotógrafa.


A exposição Malote Destino CWB reúne dez artistas convidados por Débora Bruel para participar de um projeto nacional. Ao integrar o “Malote”, emprestando ou doando suas obras, obrigatoriamente de pequenas dimensões, os artistas passam a fazer parte de um acervo que está em permanente circulação, levado para vários lugares do país. Antes disso, porém, o público terá oportunidade de conhecer os trabalhos na exposição montada no Museu da Fotografia. 
Diferentes propostas – As salas do Museu da Gravura oferecem um passeio por variadas propostas das artes visuais. Confira o roteiro: 
Séries Autobiográficas – Louise Bourgeois — As gravuras em metal da artista, que pertencem ao acervo municipal, “retiram a mulher da zona de sombra da história da arte”, segundo o registro do crítico Paulo Herkenhoff, no catálogo da XI Mostra da Gravura Cidade de Curitiba. Para ele, “depois de Bourgeois, o universo da arte já não será de mulheres no mundo dos homens, nem têm elas que falar a linguagem dos homens, mas podem tornar presentes seus próprios desejos”. 
Impermanência — Os artistas Arthur do Carmo, Luana Navarro e Patrícia Lion exploram os agenciamentos e encadeamentos narrativos que constituem os arquivos, numa operação de seleção motivada pela necessidade de montar e remontar o tempo, sob a ótica de um sujeito contemporâneo. 
Miragens — Na série inédita de gravuras em metal e litografia, o arabesco e a ornamentação presentes nas culturas árabe e muçulmana são utilizadas por Larissa Franco como expressão de linguagem gráfica. 
Práticas de Aproximação — A exposição é resultado de pesquisas realizadas por artistas, nos ateliês do Museu da Gravura, entre agosto e novembro deste ano. As xilogravuras exploram possíveis conexões entre duas obras de Oswaldo Goeldi, pertencentes ao acervo do museu, e a produção atual de arte, em Curitiba. 
Hacklab S.o.l.a.r. (Sistema orbital de labs autônomos em resistência) — O ciclo de encontros comandado por Guilherme Soares e Simone Bittencourt traz para o campo da criação artística a discussão e a prática sobre Cultura Digital Livre e de Código Aberto. O processo envolve debates e produções no espaço público do museu, iniciando um trabalho coletivo em torno dessas experiências. 
Marcas e Ilhas — Exposição coletiva com gravuras de Maikel da Maia, Julcimarley Totti, José Roberto da Silva e Maria Lúcia de Júlio.

Serviço
Exposições nos espaços do Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Centro):
Museu da Gravura de Curitiba – Série Autobiográficas – Louise Bourgeois, Arquivo / Operação.IMPERMANÊNCIA, Miragens, Práticas de Aproximação, Hacklab S.o.l.a.r. e Marcas e Ilhas. 
Data: de 13 de dezembro de 2011 (abertura às 19) a 19 de fevereiro de 2012.
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h.
Entrada franca
Loja da Gravura – venda da produção de diversos artistas.
Data: de 13 de dezembro de 2011 (abertura às 19h) a 19 de fevereiro de 2012.
Horário de atendimento: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h.
Museu da Fotografia de Curitiba – Países Imaginários e Malote Destino CWB. 
Data: de 13 de dezembro de 2011 (abertura às 19h) a 4 de março de 2012.
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h.
Entrada franca
Gibiteca de Curitiba – Histórias de Nanquim” 
Data: de 13 de dezembro de 2011 (abertura às 19h) a 19 de fevereiro de 2012.
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h. Entrada franca.

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BEM PARANÁ

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