terça-feira, 2 de novembro de 2010

Leitura que é passaporte para uma vaga na faculdade


Um bom preparo para enfrentar a maratona de vestibulares e provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que vai ser aplicado nos dias 6 e 7 de novembro, não pode excluir os textos informativos e lúdicos da internet. Mas imprescindível mesmo continua sendo a leitura de livros, revistas e jornais, em papel ou virtualmente.

Com publicações de diferentes gêneros, o estudante vai exercitar a capacidade de interpretar textos, se atualizar e abrir a cabeça para a diversidade do mundo.

"Muitas questões, tanto no Enem quanto nos vestibulares, exigirão do aluno a capacidade de apreender (compreender) sentidos. Daí a importância de ler não só obras exigidas, mas também jornais, revistas e HQs (histórias em quadrinhos)", diz Eduardo Calbucci, professor de português do curso preparatório Anglo.

Para a professora Maria Aparecida Custódio, do Cursinho Objetivo, o ideal é diversificar: "Jamais deve-se excluir o que dá prazer ao jovem. Gibis, HQs, revistas e editoriais de jornais devem fazer parte da rotina."

No quesito literatura de ficção, os professores são unânimes em afirmar a importância dos clássicos brasileiros como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Lima Barreto e também de José Saramago, Edgar Alan Poe, Gabriel Garcia Marques e Ítalo Calvino.

Consideram que, embora a leitura seja um hábito cultivado em família e consolidado na escola, sempre há como recuperar o tempo perdido. Se o aluno nunca apreciou ler, precisa procurar tempo para ver editoriais de jornais, além de uma ou outra revista semanal, segundo Aparecida. "Ele pode ler as tirinhas de jornais e interpretá-las", sugere.

"No que se refere à literatura propriamente dita, o estudante não deve se preocupar em aprender algo, mas deve ter o objetivo do deleite. Com isso, aprende a ver a vida com outros olhos, tem assunto para redações e aprimora, mesmo sem querer, a escrita", fala Everaldo Pinheiro, professor de letras da Universidade São Judas Tadeu.

Resumos não substituem as obras
Os professores ouvidos pelo BOM DIA concordam que os resumos de livros, têm a sua função e importância, mas de modo algum podem substituir a leitura da obra. Eles são úteis na hora de revisar uma matéria ou leitura feita há algum tempo, mais para relembrar aspectos da obra. "Eles são para recapitular", observa a professora Maria Aparecida Custódio, do Objetivo.

Livros obrigatórios nos dois vestibulares
Os mesmos pedidos por Fuvest e Unicamp: "Auto da Barca do Inferno" (Gil Vicente); "Memórias de um Sargento de Milícias" (Manuel Antônio de Almeida); "Iracema" (José de Alencar); "Dom Casmurro" ( Machado de Assis); "O Cortiço" (Aluísio Azevedo); "A Cidade e as Serras" (Eça de Queirós); "Vidas Secas" (Graciliano Ramos); "Capitães da Areia" (Jorge Amado) e "Antologia Poética" (Vinícius de Moraes).

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BOM DIA

2 comentários:

Niuza Eugênia disse...

Bonjourrr Passei para conhecer seu blog e agradecer a visita.Eu também adoro ler e sou apaixonada pelas HQ que em francês é BD - bande dessinée - Astérix para mim é o exemplo.Você conhece este site: http://www.maquinadequadrinhos.com.br/Intro.aspx

Acho que será interessante para o grupo.
Um abraço
Niuza Eugênia

Natania A S Nogueira disse...

Salut, Maria Eugênia. Eu leio bastante - talvez não suficiente - BD, sempre que sai alguma no Brasil ou que consigo comprar na FNAC ou em outras livrarias que tem o material. Gosto muito do traço dos autores franca-belgas, principalemente pq eles não tem compromisso com a rapidez: publicam um álbum de cada série que produzem por ano, o que torna a qualidade do material muito maior do que o das comics americanas, que são praticamente produzidas em massa. Eu conheço a Máquina de Quadrinhos e prentendo brincar com ela e outros programas nas férias, espero. Abraços!