terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Editora Marvel lança super-heroína muçulmana de história em quadrinhos

Com promessa de ir contra estereótipos, série de HQ tem como protagonista adolescente de 16 anos e origem paquistanesa que possui superpoder de mudar a própria aparência.


Kamala Khan é uma adolescente muçulmana convencional. Filha de imigrantes paquistaneses, ela se encontra num complexa crise de identidade. Mas por sorte tem um superpoder, que lhe permite mudar a própria aparência. Ela é a super-heroína da nova série Ms. Marvel (Senhorita Marvel), da editora americana de quadrinhos Marvel Comic, e estará nas livrarias a partir de fevereiro.
A personagem foi criada pelos redatores Sana Amanat e Steve Wacker, a partir das anedotas de infância de Amanat, como filha de imigrantes muçulmanos nos Estados Unidos. G. Willow Wilson, encarregada de escrever a série, se entusiasmou imediatamente com o projeto.
"Eu queria que Ms. Marvel fosse o mais próxima possível da realidade, uma personagem com a qual sobretudo as jovens se identificassem. Mas coloquei também muita coisa das minhas próprias experiências de adolescente", revela a autora.
Quadrinhos como reflexo da realidade
"A super-heroína Kamala Khan não é representada de forma tão sexy quanto suas antecessoras. Ela corresponde, antes, à imagem de ídolo adolescente em voga nos EUA", observou, em entrevista à Deutsche Welle, Sabine Schiffer, especialista do Instituto de Responsabilidade na Mídia, localizado na cidade bávara de Erlangen.
Como figura de HQ, Kamala Khan, por um lado, dá continuidade a uma tradição, mas, por outro, também mostra como os super-heróis mudaram, a fim de se manterem atuais. "Há, decerto, a expectativa de que ela reflita a diversidade da sociedade e que, ao mesmo tempo, contradiga os estereótipos", estima Schiffer.
ndrea Schlosser, especialista em Filologia americana que pesquisa a apresentação das minorias étnicas na mídia nos EUA, acredita que as HQs são, de fato, um reflexo da realidade. "Para os leitores jovens, pode-se deduzir a partir delas algo assim como um modelo de identidade."
"Indo mais além, é possível traçar paralelos com a realidade: 'Kamala' poderia ser um jogo de palavras, referindo-se à personagem real Malala Yousafzai, indicada no ano passado para o Prêmio Nobel da Paz”, especula a pesquisadora, em entrevista à DW.
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