Se de segunda a sexta todo mundo é mais um na multidão no Japão, no fim de semana as ruas mudam. A onde é passar o dia vestindo a roupa do personagem preferido dos mangás (histórias em quadrinhos japonesas), dos animês (suas versões em animação) ou dos videogames.
O nome disso é “cosplay”, que vem do inglês “costume roleplay”, algo como “jogo de fantasias”. Os fãs são os mais variados, até homem vestido de mulher, aos montes. O importante é caprichar no detalhe – como a cor dos olhos – e na pose para as fotografias. “Fico feliz em vestir a roupa de alguém que admiro”, diz um dos cosplayers.
Essa moda japonesa se espalhou pelo mundo. Todos os anos milhares de adeptos de vários países invadem a cidade de Nagoia. São tantos “seres exóticos’ que a sensação é de estar em outro planeta, onde cada um é livre para viver a sua fantasia, onde o normal é ser diferente.
Os melhores viram celebridades, como o brasileiro Gabriel Niemietz Braz, vencedor do ano passado. “A gente se sente popstar, é gostoso. É diferente do Brasil, onde as pessoas olham e pensam ‘que cara estranho’”.
Para vencer o concurso, não basta vestir a fantasia, é preciso incorporar o personagem – e quanto mais exagerado, melhor. Pode ser uma música ingênua, uma história romântica ou uma luta violenta. O título mundial de 2009 ficou com o Japão, com a dupla japonesa que encenou um jogo eletrônico. Durante a semana, eles voltarão ao normal – mas nesse momento se sentem heróis, os melhores do mundo.
Fonte: Globo.com
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