quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Concurso vai premiar melhores histórias em quadrinhos sobre a hanseníase


Envolver os jovens em ações de cidadania é a principal meta de um concurso que vai ser lançado nesta terça-feira (20). Alunos de 11 a 16 anos de idade, de escolas públicas estaduais e municipais, podem participar da primeira edição do Concurso Pernambucano de Educação e Saúde, que este ano tem como tema a hanseníase. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, este ano, foram registrados 1.893 novos casos de hanseníase, sendo 188 em pessoas menores de 15 anos. O concurso, que tem como foco essa doença, é promovido pela Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Olinda e Recife, em parceria com a Secretaria de Saúde de Pernambuco. A técnica da coordenação do Programa de Prevenção da Hanseníase no Estado, Ana Wylma Saraiva, explica como vai ser o concurso. “Eles vão elaborar histórias em quadrinhos com a hanseníase como tema, o regulamento disponível no site da Secretaria de Saúde, e o material pode ser enviado a partir de hoje”, disse. “A inscrição segue até 18 de novembro, eles podem utilizar papel ofício ou A4, com histórias de duas a três folhas. Vai contar na escolha tanto o texto sobre a doença como o desenho”. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, destaca a ação como importante para esclarecer a população mais carente. “Temos a facilidade de ter sempre uma paróquia na diocese a nossa disposição, podemos assim chegar ao povo e também colaborar com a divulgação nas escolas”, afirma. “O concurso atinge as pessoas na faixa etária mais vulnerável, para motivar crianças e adolescentes. A premiação tem computador, bicicleta e mp4s”. A hanseníase é uma doença crônica provocada por uma infecção causada por uma bactéria. Os principais sintomas são manchas brancas ou avermelhadas dormentes, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés. Outras partes do corpo também ficam com dormência ou sensação de formigamento, e aparecem caroços no corpo. “A hanseníase é transmitida pelas vias respiratórios, quando uma pessoa tosse, fala ou espirra ela transmite o bacilo para o meio ambiente. O contágio depende da imunidade da pessoa”, explica Ana Wylma Saraiva. “A doença tem cura, se o paciente usa a medicação a doença deixa de existir. O tratamento é gratuito pela rede pública de saúde, os municípios tem profissionais treinados para a doença, pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”. Dom Saburido lembra que a doença, antigamente chamada de lepra, é muito presente na bíblia. “Lázaro foi curado pela fé. Na época de Jesus, doentes de lepra eram discriminados, mas Jesus ia ao encontro deles, os beijava, em uma atitude solidária”, observa o arcebispo. “É isso que queremos fazer agora”. Ao acessar o site da Secretaria de Saúde, o estudante terá acesso a mais informações e à ficha de inscrição. “Ele deve anexar essa ficha ao trabalho que ele produziu e encaminhar ao endereço da arquidiocese. Também podem ir em horário comercial entregar pessoalmente”, explica a técnica Ana Wylma Saraiva. O endereço é Estrada de Belém, 1425, Campo Grande, Recife, CEP: 52.040-000.

Fonte: Globo.com

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