terça-feira, 15 de julho de 2008

Os 70 anos do Super Homem e as histórias em quadrinhos no Brasil

Reportagem muito legal que saiu na Piauí TV – Canal 13. Estou reproduzindom na íntegra. Para ir no link original é só clicar aqui, já as imagens foram adicionadas por nossa conta

Quadrinhos comemoram 70 anos de Brasil

Há 70 anos nascia o super-herói mais famoso de todos os tempos no mundo ocidental: o Super-Homem, criado pela dupla de autores de quadrinhos Joe Shuster e Jerry Siegel. A personagem foi apresentada na revista Action Comics. O número um foi publicado em 1938, nos Estados Unidos. "Ainda hoje o Super-Homem é considerado o ideal de personagem, de histórias, de super-herói, de estilo de história a ser seguido", diz Bernardo Aurélio, um aficionado por quadrinhos e que é membro de clube de gibis em Teresina.

"As histórias em quadrinhos começaram a ser publicadas no Brasil em periódicos semanais. Depois começaram a ser compiladas e publicadas também semanalmente, se transformando, assim, em revistinhas", contextualiza Bernardo. O novo formato trouxe consigo uma evolução no tipo e perfis dos quadrinhos no ocidente.

Nas primeiras décadas do século XX, eles derivavam das charges e cartuns em jornais, que priorizavam o humor. O tema policial (pop) tomou conta das tirinhas e aventuras como o Tarzan também tinham muito espaço.

HERÓIS EM GUERRA - Na década de 1940, os super-heróis surgiram com força total em plena Segunda Guerra Mundial. Muitos lutavam contra o Nazismo, transmitindo muita ideologia em cada quadrinho. Depois da guerra, o humor volta com muita força.

Na década de 1960, o under-ground vem à tona, com estórias com motivos mais adultos que chamavam a atenção para os temas da época e conteúdos para leitores maiores de idade. Nos anos 80, Watchmen ("Os Vigilantes", em português, cuja versão no cinema está pronta para estrear em breve) fez escola. Esta foi uma série de histórias em quadrinhos escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em 12 edições mensais pela editora norte-americana DC Comics, a mesma editora do Super-Homem, hoje. Com Os Vigilantes e o Batman, as páginas de revistas ganharam com contos mais adultos.

PICTOGRAFIA - Embora os quadrinhos do Super-Homem estejam completando 70 anos de criação, a professora da graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Piauí, Zozilena Froz, sustenta que a história das HQs é muito mais antiga.

"As histórias em quadrinhos vêm desde a pré-história, se considerarmos que eram retratos do cotidiano. Os egípcios também usavam signos como os hieróglifos e desenhos [para registrar o seu cotidiano]", diz Zozilena. A professora cita a obra "Os 300 de Esparta" como um exemplo.

Levando em consideração as artes plásticas, as histórias em quadrinhos também seguem uma linha evolutiva que à vezes acaba se misturando com a própria história das artes. "Os primeiros [quadrinhos] eram muito artesanais. Hoje tem uma tendência de não ficar só nas artes gráficas - balões, letras, onomatopéias. Hoje o artista plástico está mostrando seus pincéis, acrescentando recursos de colagem, manchas de aquarelas, rendas. Eles estão usando recursos das artes plásticas, o que deixa as histórias mais próximas do público. Isso faz parecer que não é só história em quadrinho e dá um tom mais emocional ao enredo", diz a professora Zozilena.

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