O escritor e ilustrador carioca Mario Bag lançou um novo livro infanto-juvenil baseado no folclore do Brasil, resgatando assustadoras histórias de criaturas fantasmagóricas que são narradas há muitas gerações, mas ainda pouco conhecidas e lembradas apenas em determinadas regiões do País.
Em Papa-Figo e Outras Lendas do Brasil (Editora Paulinas, 32 páginas, R$ 17,80), da Coleção Mito & Magia, o autor volta a se inspirar na literatura de cordel para contar em versos rimados as inquietantes histórias de personagens como Sapo-Aru, As Amazonas, Muiraquitã, Mapinguari, Uirapuru, Mão-de-Cabelo, Gralha Azul, Cabeça-de-Cuia, Anhangá, Romãozinho, Porca dos Sete Leitões, Diabinho da Garrafa e a terrível entidade que dá título ao livro.
Além do apuro na qualidade gráfica - formato grande, capa cartonada e miolo em papel couché -, chamam a atenção na obra as ilustrações coloridas que formam painéis de página inteira, cada um deles sucedendo uma história e apresentando visualmente o respectivo personagem.
As artes, no estilo naïf (usada tradicionalmente nos livros de cordel), são ricas em detalhes que prendem a atenção do leitor e brincam com a linguagem dos quadrinhos ao se valer de balões de diálogo e cenas de impacto para, embora de forma caricatural, expressar os elementos rústicos dessas lendas menos famosas (e que por isso mesmo não foram atenuadas pela repetição de suas narrativas ao longo dos anos).
Nas últimas páginas, Mario Bag presta uma homenagem definitiva ao cordel emulando as típicas capas dessas publicações artesanais tão comuns no Nordeste brasileiro. Papa-Figo e Outras Lendas do Brasil é um livro também indicado para o público adulto que gosta de cultura popular ou que aprecia artes gráficas.
Do mesmo autor há, também, a obra 13 Lendas Brasileiras, lançado em 2005. Escrito na forma de literatura de cordel, o grande atrativo do livro são as belíssimas ilustrações com xilogravuras e pintura naïf (um estilo de desenho que tem o Brasil como um dos maiores expoentes e é muito utilizado nos cordéis). Embora destinado a um público infantil, o livro tem tudo para agradar aos adultos. A obra não suaviza a descrição de lendas como o Negrinho do Pastoreio, o Lobisomem e o Curupira, por exemplo, mostrando textos e desenhos que assustam (e divertem) qualquer pessoa mais suscetível.
Fonte:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n15082008_09.cfm
http://www.universohq.com/quadrinhos/2005/n30032005_07.cfm
Nenhum comentário:
Postar um comentário