domingo, 31 de maio de 2009

10 anos de "Onde a Luz Fez a Curva"


Dia 29 de maio de 2009, foi um dia muito importante para o Ceará. E nem todo cearense sabe disso. Hoje, há exatos 90 anos, uma expedição científica do Brasil, da Inglaterra e dos Estados Unidos foi até a cidade de Sobral, no Norte do Estado, para comprovar a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, a partir do eclipse solar ocorrido naquela data. Sobral foi escolhida como um dos dois melhores locais do mundo para observar o fenômeno. O outro era na Ilha do Príncipe, na África, mas o mau tempo não ofereceu as melhores condições para os cientistas, fazendo do material coletado em Sobral o mais relevante para a comprovação da teoria de Einstein. Bem, mas o que tudo isso tem que ver com quadrinhos?

Há 10 anos, como parte das comemorações dos, então, 80 anos da experiência, a professora Maria Norma Maia Soares, coordenadora das Edições da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), propôs uma forma alternativa de narrar para os alunos das escolas de Sobral os acontecimentos daquele dia, que revolucionou a Ciência em todo o mundo. Uma proposta feita ao professor Geraldo Jesuíno, então coordenador da Oficina de Quadrinhos da Universidade Federal do Ceará (UFC), da qual surgiu a HQ "Onde a Luz Fez a Curva". A obra foi desenvolvida pelos irmãos João Belo Júnior (http://www.opovo.com.br/colunas/sequencial/793781.html) e Júlio César Filgueira Belo, então alunos da Oficina. Contou ainda com a participação direta de Geraldo Jesuíno, Walber Feijó e João Belo Júnior na fase de colorização das páginas.

Um trabalho intenso de quatro meses, desde a fase de pesquisas até a produção da obra, passando pelos desenhos, arte final e letras. O gibi contou com um material bruto de cerca de 80 páginas de roteiro, cujo processo de condensação foi difícil pela necessidade de traduzir a linguagem científica para a dos quadrinhos. O resultado de tanto esforço veio ainda em 1999, quando a publicação venceu duas categorias do Prêmio Carbono 14, criado a partir de iniciativas do desenhista e professor de desenho Daniel Brandão (http://www.opovo.com.br/colunas/sequencial/860343.html).

A publicação levou os troféus de Melhor Publicação e Melhor História. "Onde a Luz Fez a Curva" teve tiragem inicial de 10 mil exemplares, mas a circulação ficou quase restrita à cidade de Sobral. Poucos gibis chegaram à capital, Fortaleza. Por ocasião da 57ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Estadual do Ceará (UECE), uma segunda edição foi distribuída aos participantes do evento. Segundo a professora Maria Norma, uma nova fornada de 5 mil exemplares está sendo preparada e deve ficar pronta agora em junho. "Estou fazendo uma boa tiragem para tentar fazer a revista chegar a um público maior. O lançamento deve acontecer ainda em junho, mas depende do trabalho da gráfica", comenta.

A coordenadora das Edições UVA se mostra entusiasmada também com outros projetos ligados à comemoração da experiência. Neles se incluem o lançamento de um vídeo produzido pela equipe da Casa Amarela, durante a SBPC de 2005, e a idéia trazida por João Belo Júnior de uma exposição com as pranchas da HQ, que bem que poderia acontecer na recém inaugurada Gibiteca de Quadrinhos de Fortaleza. Para elevar a autoestima do cearense A importância da HQ "Onde a Luz Fez a Curva" para a cidade de Sobral e para todo o Ceará, como forma de divulgação da experiência científica que comprovou a Teoria de Einstein, a professora Maria Norma enxerga na contribuição para elevar a auto-estima do povo cearense.

"A gente ama aquilo que a gente conhece. Logo, é muito importante fazer chegar mais ao conhecimento dos jovens os nossos valores. Como educadora, me preocupei em saber como ensinar às crianças que um alemão criou uma teoria e o que ela significa. Daí surgiu a idéia de fazer isso em quadrinhos, porque temos que ter outras formas de fazer chegar o ensino às crianças, ensiná-las a valorizar sua terra", acrescenta. Embora o gibi tenha como motivo a comprovação da teoria em Sobral, a trama é focada no criador da teoria. A obra funciona também como uma biografia em quadrinhos de Einstein.

Conta desde o seu nascimento na cidade alemã de Ulm, em 14 de março de 1879, até o seu falecimento em 18 de abril de 1955, em Princeton (EUA), passando, é lógico, por fatos e situações que foram despertando seu interesse pela Ciência e pela elaboração de teorias científicas. A HQ "Onde a Luz Fez a Curva" tem algumas curiosidades. Uma delas é o emprego da terceira pessoa para narrar a história. Nesse caso, o simpático Sobralito, um personagem fictício que teria presenciado a visita da expedição em sua infância. "Quando vi o boneco da revista achei que tudo estava sendo contado de forma muito direta, daí o personagem Sobralito foi criado como solução. O nome é uma homenagem a Sobral e ele representa a tradição que o povo da cidade mantém de conversa na calçada, trazer a cadeira para calçada e conversar, contar histórias", explica a professora Maria Norma.

Outro aspecto interessante pode ser visto nas apresentações, logo no início da obra. Uma delas é assinada pelo então prefeito de Sobral, Cid Gomes, que hoje é o governador do Ceará. No texto, Cid Gomes afirma que "... 'Onde a Luz Fez a Curva nos enche de orgulho quando nos mostra o lugar que nossa cidade ocupa na história científica mundial". Sem dúvida, é mesmo para ter muito orgulho. Da experiência científica e dessa maravilhosa obra em quadrinhos, leitura obrigatória para todo aquele que ama a Nona Arte. Orgulho de Sobral. Orgulho do Ceará! Depoimento dos criadores de Onde a Luz Fez a Curva "A UVA contratou a Oficina de Quadrinhos da UFC para desenvolver a idéia na linguagem dos quadrinhos.

O Geraldo Jesuíno, gestor da Oficina, confiou o projeto a mim e a meu irmão Júlio César. A Universidade nos forneceu um script do que deveríamos abordar. A partir daí iniciamos uma pesquisa através da leitura de livros, artigos, textos na internet. Buscamos referências fotográficas de Albert Einstein, pessoas de sua família, referências da arquitetura dos locais onde viveu ou passou, mobília e roupas. Além disso, tivemos que tentar compreender um pouco o mecanismo das teorias para tentar expressar de forma clara ao público leitor, como por exemplo a idéia da curvatura da luz. Fizemos um roteiro de aproximadamente 80 páginas, que precisou ser condensado para se adequar ao formato e proposta do projeto.

O processo de roteirização e desenhos levou em torno de quatro meses. A colorização foi feita em aquarela e acrílica e ficou a cargo de Geraldo Jesuíno, Walber Feijó e de mim num menor número de páginas. A idéia era falar da vida de Einstein desde seu nascimento, passando pela comprovação da Teoria da Relatividade e toda a notoriedade alcançada, atingindo o ponto alto com os experimentos realizados em Sobral e os desdobramentos posteriores até sua morte. O curioso é que a história era narrada por um personagem fictício, que teria supostamante presenciado os acontecimentos na sua infância, e que portanto seria alguém apropriado para contar a história do eclipse.

A capa foi feita por Julio Cesar e, em 1999, a revista conquistou as categorias de Melhor História e Melhor Publicação, numa premiação local de nome Carbono 14.", João Belo Júnior "Após o contato da Universidade Vale do Acaraú (UVA) junto à Oficina de Quadrinhos da UFC, e a confirmação de nossa participação, João Belo Júnior e eu tivemos quatro meses para desenvolver o projeto. A idéia era narrar a história da vida de Albert Einstein e enfatizar a contribuição do eclipse solar ocorrido em Sobral na comprovação da Teoria da Relatividade do ilustre físico. Foram sugeridas algumas diretrizes e fatos marcantes da vida do personagem, mas tivemos que pesquisar ainda em diversas fontes, especialmente, referências fotográficas, tanto de Einstein quanto da arquitetura e de vestimentas da época.

Também tivemos de superar a dificuldade em transportar a complexidade científica para a linguagem dos quadrinhos, de forma a garantir o acesso à teoria de Einstein. Com isso, levamos um bom tempo em mais pesquisas, reescrevendo trechos inteiros da história. A solução foi a inserção de um personagem narrador que aproximasse os leitores com a situação vivida pelos cidadãos de Sobral na época do eclipse. Levamos dois meses para concluir o texto, incluindo aí a revisão de diálogos e a definição das páginas, a chamada decupagem. Dois outros meses foram necessários para desenhar e finalizar as páginas em formato A3.

Foram trinta e cinco páginas de trabalho intenso, principalmente por se tratar de nosso primeiro trabalho profissional. A colorização, que contou com a participação de Geraldo Jesuíno, Walber Feijó e João Belo Jr, foi realizada à medida que as páginas eram concluídas. O livro, que teve tiragem inicial de 10 mil exemplares e que recebeu o “Prêmio Carbono 14 do Quadrinho Cearense” nas categorias “Melhor Publicação de 1999” e “Melhor História de 1999”, retratou um momento histórico na comunidade científica mundial, e foi marcante no cenário quadrinhístico cearense enquanto publicação.

Infelizmente, “Onde A Luz Fez A Curva” não teve grande divulgação por se tratar de um projeto destinado apenas ao público das escolas de Sobral (e não ter caráter comercial).", Júlio César Filgueira Belo Para saber mais sobre os 90 anos de comprovação da Teoria da Relatividade, confiram o seguinte artigo da professora Maria Norma Maia Soares, publicado no O POVO http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/879684.html

Fonte: O Povo

Centro Educacional comemora Dia do Meio Ambiente


O Centro Educacional Miraflores, da Barra da Tijuca, divulgou uma série de atividades por conta do Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. Atividades como leitura e dramatização de poesia, inauguração de uma horta com temperos para merenda escolar, confecção de brinquedos com material reciclado e de histórias em quadrinhos estão na programação.

Outras atividades também estão confirmadas ao longo das semanas que antecedem a apresentação, tais como: inauguração de uma horta para plantio de sementes de salsinha, cebolinha e demais temperos que serão utilizados na merenda escolar; confecção de brinquedos feitos com materiais reciclados e de histórias em quadrinhos sobre temas ambientais.

Globalização: Turma da Mônica chega à China

Personagens criados por Mauricio de Sousa viram produtos licenciados no varejo chinês. Gigante asiático seduz empresas brasileiras a apostarem cada vez mais

Zulmira Furbino


Personagens criados por Mauricio de Sousa viram produtos licenciados no varejo chinês. Gigante asiático seduz empresas brasileiras a apostarem cada vez maisZulmira FurbinoMônica, Cebolinha, Magali e Cascão, entre outros personagens da Turma da Mônica criados pelo quadrinista Mauricio de Sousa, estão falando mandarim e chegando à TV chinesa.

Depois de desfilarem em revistas em Xangai e estrelarem um site educativo com público estimado de 180 milhões de pessoas, equivalente ao tamanho da população brasileira, em breve também poderão ser encontrados no varejo chinês na forma de produtos licenciados. A presença da Turma da Mônica na China é o mais simpático exemplo da atratividade comercial que o gigante asiático continua a exercer sobre empresas nacionais. Apesar da crise global, pequenos, médios e grandes empresários do Brasil permanecem e continuam a investir em seus negócios na China, especialmente se o setor no qual estão inseridos não foi abalado pela turbulência econômica.

“O total de revistas vendidas até agora é incipiente diante do potencial da China, onde os números são muito grandes. Só na internet são 180 milhões de pessoas. Imagine o mercado que estamos abrindo para a Turma da Mônica no futuro”, observa Mauricio de Sousa.Longo prazoDaniel Randon, diretor-superintendente de relações com investidores da Fras-Le, especializada na fabricação de materiais de fricção como pastilhas para freios a disco e lona, iniciou exportações para a China em 2001. Em 2006, abriu escritório em território chinês e no começo do segundo semestre inicia uma linha de fabricação, com investimentos iniciais de US$ 3,5 milhões. “O projeto é de longo prazo. Apostamos em ganhos de produtividade”, explica.


Luluzinha também cresceu!


A famosa personagem dos quadrinhos, que acompanhou a infância de muita gente, vai passar por uma forte reformulação a partir de junho. A exemplo do que aconteceu com a Turma da Mônica Jovem há pouco menos de um ano, a Pixel vai lançar a revista Luluzinha Teen e Sua Turma.

A miolo será preto e branco e o estilo, mangá. Só por aí já dá para ver que as referências aos personagens de Maurício de Sousa são óbvias e a voracidade, idem. Segundo o jornal Valor Econômico de hoje, o primeiro número da nova publicação sai com uma tiragem de 100 mil exemplares, um número superestimado para o mercado brasileiro.

A ousadia pode dar certo. Muita gente torceu o nariz para a Turma da Mônica Jovem, mas a verdade é que o título se tornou o mais recente fenômeno de vendas de uma HQ nacional.
Luluzinha Teen e Sua Turma – que também trará versões adolescentes de Bolinha, Glorinha, Alvinho e Aninha – é uma invenção “made in Brazil”.

A Ediouro, dona da Pixel, conseguiu autorização com a Random House, que detém os direitos do personagem, e chamou um time brasileiro para a empreitada. O roteiro será de Renato Fagundes; a arte, ainda não foi divulgada, só se sabe que a direção está a cargo da Labareda Design.

Haverá interação com os leitores por meio de Orkut, Twitter e um blog, que começa a ser atualizado a partir do próximo dia 5. Tanto quanto a mudança de uma personagem clássica, chama atenção o novo reposicionamento da Pixel, que até ser comprada pela Ediouro publicava a linha de quadrinhos adultos da DC Comics.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pryscila Vieira e José Aguiar em reportagem da Gazeta do Povo

Ouro da casa
Os paranaenses Pryscila Vieira e José Aguiar estão entre os finalistas do Troféu HQMIX, considerado o Oscar brasileiro dos quadrinhos e do humor gráfico




O Paraná, considerado um polo de quadrinistas, ilustradores, chargistas, desenhistas enfim, emplacou dois representantes na 21ª edição do Troféu HQMIX, o “Oscar” brasileiro dos quadrinhos e do humor gráfico. Pryscila Vieira, de 30 anos, concorre na categoria Tira Nacional. José Aguiar, 33, está no páreo em outras duas categorias: Desenhista e Roteirista Nacional. Pryscila foi classificada pela sua tira Amely, veiculada na internet e no jornal PubliMetro. O álbum Quadrinhofilia, publicado ano passado pela editora HQM, credenciou Aguiar para o concurso. Os vencedores serão conhecidos dia 7 de agosto, em cerimônia agendada para acontecer nas dependências do Sesc Pompéia, em São Paulo.

Os dois artistas, independentemente do resultado, já comemoram o fato de figurarem entre os indicados. Pryscila diz estar bastante satisfeita por ter sido selecionada ao lado de “lendas”, como Angeli e Laerte. “Ser indicado ao HQMIX já garante maior visibilidade ao artista. Ganhar o prêmio pode abrir novas perspectivas profissionais, pois as editoras estão cada vez mais solicitando os quadrinistas. Nosso mercado está em aquecimento crescente há uns bons três anos e o HQMIX é o melhor termômetro”, comenta Aguiar.

Ele e Pryscila, que já trabalharam na Gazeta do Povo, analisam que atualmente desenhistas, chargistas e ilustradores de todo o Brasil (e não apenas quem vive em São Paulo e Rio de Janeiro) conseguem oportunidades profissionais e visibilidade em âmbito nacional. A internet, enquanto vitrine, é uma das responsáveis por essa diminuição da distância entre pequenas cidades, onde vivem muitos talentos, e os grandes centros, endereço das ofertas de trabalho.
Pryscila faz desenhos sob encomenda para empresas de todo o Brasil e drena um pouco de sua verve autoral, sobretudo, na personagem Amely. Hoje, ela inaugura uma mostra com 50 tiras no Centro de Criatividade de Curitiba. Amely surgiu depois do naufrágio de um relacionamento. Em 2005, entre lágrimas e não pouca frustração, Pryscila concebeu uma boneca inflável que chegava com defeito de fabricação: o “objeto” pensava e falava.

Atualmente, 10 mil acessos diários em seus endereços virtuais, obrapryma.blogspot.com e prys cila-freeakomics.blogspot.com, atestam o sucesso da proposta que nasceu sem muita pretensão. Pryscila também está muito contente por ver, nos ônibus que circulam nas ruas da capital, os personagens que ela fez para uma campanha de reciclagem do lixo.

José Aguiar, a exemplo de Pryscila, não pára. Em seu blog, www. joseaguiar.com.br/blog, atualiza semanalmente quatro tirinhas. Também batalha para viabilizar alguns projetos. Um deles é o Reisetagebuch – Uma Viagem Ilustrada pela Alemanha, fruto de uma viagem, desdobrou-se em desenhos, exposição e agora, se alguma empresa se interessar, pode render um livro.

Simultaneamente, produz uma série de livros didáticos sobre arte e está conectado ao projeto Vigor Mortis Comics, em parceria com o diretor Paulo Biscaia e com o colega DW. “Estamos expandindo o universo dos personagens das peças do Biscaia. Esse é outro projeto que busca patrocinadores, pois foi aprovado no edital do Mecenato Municipal, mas ainda não captamos o valor integral”, conta Aguiar.

Serviço
Amely – A Mulher de Verdade, exposição da cartunista Pryscila Vieira. Centro de Criatividade de Curitiba (Parque São Lourenço). Abertura hoje, às 19 horas. Até 12 de julho. Entrada franca.

Monografia em quadrinhos sobre o Cerrado mineiro


O cartunista mineiro Alves (Mad) disponibilizará em seu blog a monografia em formato de tiras cômicas que fez em 2008 para a conclusão do curso de Geografia da Universidade Federal de Minas Gerais."Na monografia Cerrado em Quadrinhos: A Linguagem das Histórias em Quadrinhos Aplicada ao Ensino de Geografia, procuro discutir a questão da destruição silenciosa do Cerrado, assim como propor uma atividade didática no ensino de Geografia (por meio das HQs e da educação ambiental) como forma de sensibilização de professores e alunos quanto às questões socioambientais desse importante bioma brasileiro", disse o artista ao Universo HQ.Um dos destaques do trabalho é a participação da Graúna, criação de Henfil, contracenando com o pássaro manuelzinho-da-croa, personagem principal das tiras.


Governo de SP pode retirar de programa de alfabetização mais dois ou três livros com conteúdo inadequado

E o rolo continua. O bom é que eles não tem como esconder a incompetência dos funcionários irresponsáveis que assumiram o trabalho de selecionar livros para alunos das escolas, respeitando a faixa etária dos mesmos. O ruim é que ao invés de supervisionar o programa eles acham melhor ficar no jogo de empurra-empurra. Ainda falam mal do livro de quadrinhos. Por ter sido o primeiro vai ficar marcado, infelizmente.



SÃO PAULO - O governo de São Paulo pode retirar mais dois ou três livros do programa de melhoria da alfabetização no estado. Os títulos com problemas serão anunciados nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado da Educação. Até agora, duas das 818 obras selecionadas pelo Programa "Ler e Escrever" foram recolhidas por serem consideradas inadequadas.

Uma obra que havia sido escolhida como material de apoio para alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental foi recolhida nesta quarta-feira. O livro tem dois poemas considerados inadequados à série, ambos escritos pelo poeta mato-grossense Joca Reiners Terron. O problema está na ironia, que crianças desta idade escolar ainda não conseguem decifrar. O secretário de Educação, Paulo Renato de Souza, admitiu que o livro pode causar problemas no desenvolvimento das crianças.

- O livro não é adequado e pode causar certa perturbação no desenvolvimento psicológico e moral das crianças - disse Paulo Renato.

Na poesia 'Manual de auto-ajuda para supervilões', há uma frase que diz 'Nunca ame ninguém. Estupre'. No mesmo poema, os alunos ainda encontraram frases como 'Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto' e 'Seja um pouco efeminado. Isso sempre funciona com estilistas'. A outra poesia, 'Perdido nas cidades', tem um trecho que fala de um esquimó: "Meu amigo esquimó nunca me deixa só. E, quando estou prestes a congelar, ele mija em cima de mim".

Segundo Paulo Renato, a material é destinado a adolescentes e não a crianças de 9 anos. Ele determinou na quarta-feira o recolhimento de todos os exemplares que tinham chegado às escolas da rede pública, 15 dias dias atrás. O secretário Paulo Renato, ex-ministro da Educação, disse que foi instaurada uma sindicância para apurar as responsabilidades na escolha dos livros.

- Houve erro grave na seleção dos livros. Não foram seguidos os critérios definidos pela própria equipe da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Logo que surgiu o primeiro problema, pedimos à coordenação do programa que revisasse os livros. Isso está sendo feito e será concluído nesta quinta-feira. Nesta sexta-feira, mais dois ou três livros serão retirados do programa por serem considerados inadequados - disse Paulo Renato, sem dar maiores detalhes sobre o conteúdo dos livros.

Esse é o terceiro caso de problemas com o material escolar registrado nas escolas estaduais de São Paulo neste ano. Em março, alunos da 6ª série do ensino fundamental receberam livros de Geografia com informação errada, em que o Paraguai aparecia duas vezes no mapa e o Equador sequer era ilustrado. Na semana passada, a Secretaria estadual da Educação mandou recolher mais de mil exemplares de um livro também distribuído pelo programa 'Ler e Escrever'. A obra "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol" é uma coletânea de histórias em quadrinhos de vários autores sobre futebol. Mas as histórias são recheadas de palavrões, piadas de duplo sentido, referências a agressões físicas e verbais e palavrões, além de imagens de mulheres seminuas.

- Em uma semana foram detectados dois problemas graves. Da primeira vez, um livro com tiras e charges de conteúdo adulto, discriminatório, cheio de rótulos preconceituosos e linguagem ambígua, além de inadequada. Agora esse livro de poesia, com um conjunto de preconceitos embutidos num único poema, além de incitação à violência - disse a professora Ângela Soligo, coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo a educadora, há duas preocupações nos sucessivos casos de erro em livros distribuídos a alunos da rede pública. A primeira é se há profissionais com qualificação para fazer essa seleção. Ela disse que os livros selecionados parecem ter passado apenas pelo crivo de 'compradores'. A segunda é que agora os professores estão inseguros. A educadora afirmou que cabe aos professores uma nova atribuição nesse momento, o de revisar um material que já deveria estar revisado.

- Ninguém leu o primeiro livro. Leram apenas a capa, o prefácio e alguma história lá dentro - disse o secretário Paulo Renato, dizendo que a partir de agora os livros serão analisados por uma comissão especial, no mesmo molde adotado pelo Ministério da Educação.

Uma pessoa que foi ligada à Secretaria de Estado da Educação disse que faltam técnicos gabaritados para analisar os livros. Segundo a fonte, as falhas na seleção começaram a ocorrer depois que um grupo de mulheres que analisava minuciosamente o conteúdo dos livros foi substituído.

- Mais de 10 mulheres que estavam há muito tempo na Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP) foram substituídas por professores universitários que não têm paciência em analisar minuciosamente os livros. Esses livros têm que ser lidos página por página. Até fotos com dupla interpretação precisam ser desclassificadas - disse a fonte.

O vereador João Antônio, do PT, disse que há um problema crônico na Secretaria de Educação. Segundo ele, as pessoas não conseguem fazer uma triagem dos livros que devem ser distribuídos na rede estadual de educação. Para ele, os sucessivos erros mostram mais do que um descuido dos responsáveis pela análise das obras. Ele disse que o assunto será discutido na Comissão de Educação e na Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal.

- Vamos mandar os erros para a Academia Brasileira de Letras tomar conhecimento. O Ministério Público já está investigando a responsabilidade. Esperamos que a Assembléia Legislativa do Estado também se posicione - afirmou.


Fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/05/28/governo-de-sp-pode-retirar-de-programa-de-alfabetizacao-mais-dois-ou-tres-livros-com-conteudo-inadequado-756088649.asp

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Coleção Bem-Me-Quer ensina a respeitar as diferenças

As bibliotecas do país receberão, gratuitamente, a coleção Bem-Me-Quer, com nove livros infanto-juvenis assinados por autores nacionais e um áudio-livro, destinado a deficientes visuais. Os livros tratam sobre temas como etnia, classe social, deficiências, religião, orientação sexual, gênero e regionalismo, e são uma realização do Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente – INDICA, uma organização não-governamental.

O lançamento da coleção acontece nesta quinta-feira, 28 de maio, no Itaú Cultural, em São Paulo (Av. Avenida Paulista, 149, Cerqueira César). O trabalho tem o patrocínio da Fundação Itaú Social e seus exemplares serão distribuídos a bibliotecas de 2.600 escolas públicas do Brasil, apoiadas pela instituição, através do Programa Itaú Criança.

A mineira/baiana Ana Raquel escreve e desenha o volume É Igual Mas É Diferente, que fala sobre etnia. Jonas Ribeiro é autor do texto de As Meninas Descalças, ilustrado por Raquel Echenique. Flávia Lins e Silva aborda as deficiências em Como Somos, ilustrado por Leicia Gotlibowsky.

A brasiliense Eliana Carneiro assina e ilustra o volume que trata de religião, o Livro das Pequenas Grandes Perguntas. O franco-brasileiro Gilles Eduar escreve e ilustra Marina e Makulelê, que trata do tema das diferenças. Adriana Falcão escreve Roda-Gigante, sobre religião, com ilustrações do paulistano José Carlos Lolo.

Por Que Eu Não Consigo Gostar Dela é o título do volume que trata de orientação sexual, escrito por Ana Claudia Ramos e desenhado por Maurenilson Freire. O ilustrador cearense também é responsável pelas imagens de O Salto da Borboleta, livro escrito por Márcia Cristina Silva e que fala da questão de gênero.

E o último da coleção, assinado por Chico Salles, é A Cor do Ovo, que aborda o tema do regionalismo e tem ilustrações de Jô Oliveira.O áudio-livro contém todas as nove estórias narradas por contadores profissionais (com capa escrita em braile) e com trilha sonora original composta pelo violonista e compositor Jorge Brasil. Cada um dos livros apresenta textos e ilustrações criados especialmente para o projeto.

Fonte: HQ Maniacs

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bira Dantas e Magias & Barbaridades


O programa HQ Além dos Balões traz em sua mais recente edição uma matéria sobre a Hamburgueria Burgguers, que tem Quadrinhos como tema de sua decoração. Outros destaques do programa são uma tira de Bira Dantas publicada internacionalmente, as 500 tiras de Magias & Barbaridades, mais uma animação de Tulípio, de Eduardo Rodrigues e Paulo Stocker, Notícias do 4º Mundo (Café Espacial #4 e Tempestade Cerebral #5), dicas da Internet e comentários de lançamentos. O HQ Além dos Balões é produzido e apresentado por Fábio Sales Agnati para a web TV Tatuapé e pode ser assistido aqui ou aqui.

O Manual do Direito do Entretenimento


Acaba de ser lançado pela Editora Senac São Paulo, “O Manual do Direito do Entretenimento — Guia de Produção Cultural”, a obra é desenvolvida pelos artistas: Andréa Francez, José Carlos Costa Netto e Sérgio Famá D’Antino, tendo inicio com uma história em quadrinhos ilustrada pelo cartunista Paulo Caruso.

A idéia do manual surgiu de criações anteriores do cartunista e o peojeto começou a ser desenvolvido desde 2006; a obra ajuda o leitor com um verdadeiro check-list de atitudes que devem ser tomadas no desenvolvimento de um projeto cultural.

O livro possui 292 paginas e custa R$: 45,00.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Guarani em quadrinhos na HQMix Livraria


Nesta sexta-feira, dia 29 de maio, os autores Luis Gê e Ivan Jaf comparecem à HQMix Livraria para promoverem o lançamento de seu álbum O Guarani, adaptação em quadrinhos da obra de José de Alencar publicada pela editora Ática. O evento começa às 19h30.Escrita em 1857, a história narra o romance entre o índio Peri e Ceci, jovem branca filha de um rico fazendeiro. É uma das histórias mais marcantes da literatura brasileira, leitura obrigatória de dez entre dez vestibulares.

O roteiro foi adaptado por Ivan, e a arte é de Gê.Este é apenas um dos quatro álbuns de adaptações literárias em quadrinhos que a Ática pretende lançar este ano. Na lista, estão ainda O Cortiço e Memórias de um Sargento de Milícias, ambos com texto de Jaf e desenhos de Rodrigo Rosa e Tiago Lacerda, respectivamente; e O Triste Fim de Policarpo Quaresma, com texto de Luiz Antonio Aguiar e desenhos de Cesar Lobo. Ano passado, a editora lançou a versão em quadrinhos de O Alienista, de Machado de Assis.O Guarani tem 96 páginas no formato 19 x 26 cm e custa R$ 22,90.A HQMix Livraria fica na Praça Roosevelt, 142, no centro de São Paulo. A entrada é franca.

René Goscinny ganha exposição na Bélgica


René Goscinny, um dos criadores de Asterix, é tema de uma exposição na Fundação Raymond Leblanc, em Bruxelas, na Bélgica.A exposição Goscinny Au Journal Tintin (1955-1961) estreou em 1 de abril e ficará em cartaz até 25 de setembro.

Os trabalhos incluem parcerias com desenhistas como Uderzo, Attanasio, Breck, Craenhals, Franquin, Macherot, Maréchal, Bob de Moor, Tibet e Weinberg.Goscinny trabalhou com muitos personagens neste período, incluindo Modeste et Pompon, Spagheti, Chick Bill, Poussin e Puissif, Pantouffle, Strapontin Prudence, Petitpas e Oumpah-Pah.Além disso, a exposição também apresenta objetos relativos a alguns desenhos animados produzidos pela Belvision, dos quais Goscinny participou, como Asterix, o Gaulês; Asterix e Cleópatra; e Daisytown, com Lucky Luke.

Walt Disney: polêmica biografia do cineasta chega ao Brasil



O perfil romântico do criador do Pato Donald, Mickey Mouse e de outros personagens - alguns dos quais verdadeiramente saídos da mente criativa de vários autores - cai por terra no livro Walt Disney - O triunfo da imaginação americana (Novo Século, 944 páginas, R$ 89,90), lançado no final do mês passado.

Publicada originalmente nos Estados Unidos em 2006, a obra escrita pelo jornalista Neal Gabler traça a trajetória do cineasta desde a infância pobre, destacando fatos marcantes como a construção da Disneylândia, e derruba diversos mitos em torno da imagem icônica do artista falecido há mais de 40 anos.Foram necessários sete ano de pesquisas, cujas fontes mais seguras e disponíveis eram os próprios arquivos do gênio da animação.

Documentos, cartas e outros registros guardados nos estúdios e aos poucos liberados com total acesso permitiram a Gabler traçar uma imagem de Walt Disney que o grande público desconhecia.De patrão tirânico a figura pouco sociável, vítima de depressão depois da Segunda Guerra Mundial e desinteressado pelos quadrinhos - ele não sabia muito sobre as criações atribuídas a ele -, o artista era viciado em trabalho e direcionava todas as suas energias para os desenhos animados, aquilo que mais gerava dinheiro.

Segundo Gabler, a greve que os estúdios deflagraram em 1941 foi resultado de, dentre outros motivos, a condição desumana de trabalho que costumava fazer funcionários desmaiarem de fome por falta de tempo e dinheiro para comer. Em vez de parlamentar com os grevistas, Disney optou por se isolar em viagem à América Latina, coincidindo com a intenção do governo dos Estados Unidos de torná-lo embaixador do país na região.

O livro também desfila algumas curiosidades, muitas delas já conhecidas (como o nome com o qual o camundongo Mickey foi inicialmente batizado antes de estrear no cinema), outras nem tanto - como o fato de o corpo de Walt Disney não ter sido congelado, ao contrário do que muitos acreditam, mas cremado, e suas cinzas estarem em um cemitério da Califórnia; o fracasso de bilheteria de Pinóquio; e o Pateta na lista dos personagens que o artista detestava.

As realizações que o empreendedorismo pessoal e profissional de Walt Disney legou estão presentes na biografia, pontuando as passagens em que aquele convencionado lado mágico e encantador de sua história parece real."Acontece que Walt amava fantasiar sua vida (...) e adorava alimentar sua própria mitologia. A um ponto em que eu não me sentia confortável em usar a versão dele se não pudesse checá-la", disse Neal Gabler à jornalista Raquel Cozer, da Folha de S.Paulo.

Walt Disney - O triunfo da imaginação americana tem o mérito de, para o bem ou para o mal, humanizar um dos maiores inspiradores do mundo das artes. "É, de longe, a mais brilhante e específica biografia de Disney. Os detalhes familiares são reveladores", escreveu a Entertainment Weekly.


Garoto de 13 anos faz charges de “gente grande” em São Paulo


"Precisei de uma vida inteira para aprender a desenhar como as crianças”. A constatação do pintor espanhol Pablo Picasso no fim de sua carreira reflete o valor da criatividade infantil no processo artístico. Esta liberdade de pensamento, aliada a uma capacidade técnica nata, caracteriza a obra do jovem cartunista João Montanaro. Aos trezes anos, o garoto surpreende velhos desenhistas com suas tirinhas e mostra que é possível amadurecer profissionalmente, sem perder a naturalidade criativa da infância.

Nascido em 1996, João Montanaro realizou o sonho de muitos profissionais: transformou em ofício sua principal diversão. Apesar dos estudos e atividades cotidianas, ele tenta desenhar todos os dias e se diz muito feliz com o reconhecimento de seu trabalho. “É muito legal receber todos esses elogios”, conta o desenhista que ficou conhecido após divulgar suas tirinhas na internet. A maratona de entrevistas, convites e viagens que surgiram no último ano não parecem incomodar o jovem artista, que já teve suas charges publicadas na revista de

João começou a desenhar aos 6 anos. Influenciado por tirinhas de jornais, o garoto copiava personagens e exibia para a família. Aliás, foi na família que ele encontrou o suporte necessário para desenvolver seu trabalho. Ao perceber o talento do filho, o publicitário Mário Barbosa, passou a incentivar a atividade, comprando material para desenho. O garoto, que começou a pintar com canetas bic, hoje, utiliza nanquim e aquarela e classifica o pai como “maior fã e maior crítico” de seus trabalhos. Ele ainda assegurou que os irmãos – um gêmeo e um mais novo – servem de referência para verificar a qualidade das tirinhas. “Se eles esboçam um sorrisinho, sei que a piada é boa”, conta.
João diz que nunca gostou de usar programas de computador para desenhar e a ideia do blog só surgiu em 2008, quando percebeu que poderia expor sua arte para pessoas interessadas. “Meus amigos não curtem, acho que não entendem. Resolvi divulgar minhas tirinhas quando vi que era fácil fazer um blog”, explica o artista que sacaneia suas obras para publicar na internet.

Seu trabalho ainda surpreende pelos temas abordados. Críticas a líderes mundiais, como o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, peças cômicas, como a caricatura do psicanalista Sigmund Freud, fazem parte do repertório de João e revelam uma maturidade espantosa para um artista que acabou de completar treze anos de idade.

A maturidade de João Montanaro também se revela nas expectativas que tem em relação ao seu trabalho. Sem se deslumbrar com o sucesso precoce, João responde naturalmente quando indagado sobre o que vai ser quando crescer. “Eu vivo o dia de hoje. Acho que posso fazer muitas coisas que envolvam desenho, mas acho que ainda é cedo para responder”, diz dando uma aula de humildade para os mais afoitos.


O mundo do trabalho em quadrinhos

Inspirado nos mangás (histórias em quadrinhos japonesas) e autoproclamado o primeiro livro de negócios no Brasil neste formato, o livro As intrépidas aventuras de um jovem executivo narra a história de Johnny Bunko, um profissional que, apesar de ser contratado por uma grande empresa e seguir as principais regras de sucesso na carreira, não consegue mais progredir.Tudo muda quando ele descobre uma “gênia da lâmpada” – com traços de Cameron Diaz. Com ilustrações de Rob Ten Pas, vencedor de uma grande competição de mangás no Japão, a obra aproxima os jovens tanto de noções de carreira quanto de livros sobre o tema.
Fonte: Zero Hora

sábado, 23 de maio de 2009

Anime introduz Sistema Jurídico para Estudantes

O governo japonês encomendou uma animação de 22 minutos chamada Bokura no Saibanin Monogatari, para informar aos cidadãos algo muito importante: a reintrodução do sistema de julgamentos com júris na legislação japonesa. A partir de Julho, o Japão passará a ter pela primeira vez em seis décadas julgamentos com júri nos moldes que conhecemos nos ocidente – o que claramente pode gerar incertezas sociais. A idéia é tentar ganhar a adesão de um público mais jovem, por um motivo simples: muitos se opõem a idéia, porque não querem o fardo de decidir se alguém deve ir para a prisão ou ser executado. E isso vai ser colocado usando-se a forma dos animes de romance, com personagens adolescentes discutindo sobre a adoção de júris no Japão. Meio estranho – porque esse tipo de discussão costuma circular normalmente em grêmios estudantis de colégio nos termos em que conhecemos por aqui, não entre estudantes normais que estão mais ocupados falando de futebol, música e outros assuntos mais leves (e isso levando em conta que nossos grêmios tem um perfil bem diferente dos conselhos estudantis dos colégios japoneses). Mas há uma função informativa aqui a ser cumprida, então a gente releva. Pode funcionar.

Fonte: Maximun Cosmo

Mostra Chantal: tiras, quadrinhos e desenhos


A exposição reúne uma coletânea das tiras em quadrinhos da série "Juventude" publicadas no jornal "Estado de Minas", e também do período de publicação no "Diário da tarde". Estão expostos também ilustrações editoriais, trabalhos de design gráfico e cadernos de desenhos da autora e designer gráfica Chantal Herskovic.

Chantal é formada em Design Gráfico pela UEMG, possui especialização em Comunicação e hipermídia e é Mestre em Artes Visuais pela UFMG. É autora dos livros infanto-juvenis "Blog da Cacau: ninguém merece!" e "Ai, amigas! Ninguém merece!"

Dia 28, quinta-feira, às 14:00h haverá um Puxa-Prosa com a autora.

Período da exposição: 11 a 29 de maio de 2009
Local:
Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Horário de funcionamento: 2 a 6 feira, das 9h às 17:30

Rua Carangola, 288 - térreo - Santo Antônio - http://us.mc356.mail.yahoo.com/mc/compose?to=bpijbh@pbh.gov.br - tel: 32778651

Cartunista Victor Klier quebra preconceitos com quadrinhos sobre deficientes físicos

Por Ana Luiza Moulatlet/Redação Portal IMPRENSA




Uma turminha diferente, disposta a quebrar preconceitos. Esta era a proposta do cartunista Victor Klier ao criar a "Turma da Febeca", cujas histórias em quadrinhos abordam diversas formas de deficiência, com o objetivo de esclarecer a população.

Geralmente as pessoas olham alguém com deficiência na rua e já fazem aquela cara de pena. Parece que por estarem numa cadeira de rodas, usando muletas, etc, não produzem ou pensam. Mas ao contrário, muitas vezes acabam conseguindo feitos extraordinários e boa posição nos estudos e no trabalho. Limitações todos temos, deficientes ou não. As vezes as limitações ficam expostas visualmente, por causa da cadeira de rodas, muletas ou próteses, mas é só isso. É mais ou menos como usar óculos", explica.

Entre os 15 personagens idealizados por ele, duas têm lesão medular, (a paraplégica Febeca e a tetraplégica Nenê), duas paralisia cerebral (a Mila e a Ana, com quadros diferentes de paralisia) a Tati é amputada, a Polin é anã, a Iara é cega, a Jana tem câncer, a Lara tem amiotrofia espinhal e a Lili tem síndrome de Down. Entre os meninos, o Cuca tem diabetes, o Beto é portador de HIV, o Fabinho é autista, o Lôlo é surdo e o Dudu tem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Segundo Klier, no início só existia uma personagem, a Fernanda, que integrava uma outra turminha de personagens e de um outro autor, onde ela ficava em segundo plano. Como o projeto inicial não deu certo, ele resolveu investir sozinho na ideia e começou a pesquisar mais sobre o assunto.

"Ao contrário do que muitos fariam, não pesquisei com fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos ou outros profissionais da área de saúde. Procurei entrevistar pela Internet pessoas com deficiências e que tivessem o perfil da personagem, no caso meninas em idade escolar. Eu também queria aproveitar o nome da personagem que já havia criado, mas para não dar problemas com o projeto anterior juntei o nome que já tinha - e que era o mesmo de uma das meninas entrevistadas - com o nome de outra, chamada Rebeca. Da união dos nomes Fernanda e Rebeca, criei Febeca".

Para ele, o grande diferencial do seu trabalho foi entrevistar essas meninas pela Internet. "Elas me mostraram o caminho ideal a seguir, que era na contramão do chamado politicamente correto, que seria a tendência se entrevistasse profissionais de saúde ou de educação. Elas queriam se ver nos quadrinhos como qualquer adolescente normal, ou seja, levando broncas da professora, ficando de castigo, aprontando travessuras. Descobri que elas também brincavam com suas deficiências com muita naturalidade. A conclusão é que o problema não está nas palavras, mas nas nossas atitudes".

Victor Klier afirma que o fato de ter começado na profissão na equipe do Ziraldo, em 1990, foi um grande aprendizado. "A maior preocupação dele era não subestimar as crianças, como se elas fossem seres estúpidos, que é o que a maioria das pessoas faz. Com isso aprendi a escrever para crianças sem medo de não haver compreensão da parte delas, até porque se não entenderem estarão sendo estimuladas a pesquisar. Não pode dar resposta de bandeja, tem que fazer pensar", conclui.


Para manter viva a Turma da Febeca, o cartunista conta com o apoio e colaboração do Estúdio Megatério, da fotógrafa Kica de Castro, que também faz um trabalho de inclusão, de artistas como Oswaldo Montenegro, Paloma Duarte, Luiza Curvo e Sthefany Brito, além de Camila Mancini, "que tem paralisia cerebral e é uma das pessoas mais engajadas ao projeto".

"Ela nem completou 20 anos e já faz um ótimo trabalho de assessoria de imprensa e relações públicas. Formada em Jornalismo, para se ter uma idéia a própria Camila sequer assumia sua deficiência até as vésperas de completar 18 anos. Ela não admitia ter uma cadeira de rodas e só mudou sua postura (segundo ela mesmo) por causa deste projeto. Outras meninas também resolveram ousar mais depois da Febeca e viraram modelos, viajaram atrás de seus sonhos e mostram ao mundo que são pessoas normais. Limitação todos temos, deficientes ou não e isso não impede ninguém de vencer na vida e de ser feliz", diz Klier.


Fonte: Portal Impresa

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Livro revela os segredos dos roteiros da Disney


A Panda Books acaba de lançar o livro Os Segredos dos Roteiros da Disney: Dicas e Técnicas para Levar Magia a Todos os seus Textos, escrito pelo americano Jason Surrell, roteirista e produtor da Walt Disney Imagineering.Na obra, Surrell, baseado em sua experiência, dá dicas de como escrever uma trama atraente, como alinhavar uma história, construir os personagens, como recriar textos clássicos e os demais aspectos que envolvem o processo de criação de um texto.

O processo criativo é dividido em três fases:

- Inspiração, o momento em que as ideias nascem e evoluem. O autor discute sobre o uso de contos de fadas, mitos e lendas e a técnica consagrada pelo tempo de contar uma velha história de uma nova maneira;

- Transpiração, o ato de escrever. Surrell ensina a desenvolver heróis que tenham credibilidade, a importância dos subenredos e dos personagens de apoio, os artifícios para aprofundar a trama e as reviravoltas que alinhavam a história;

- Clímax, o ato de reescrever. Trata da crítica ao próprio trabalho, mantendo a motivação e a inspiração nos altos e baixos da criatividade.Todos os capítulos são entremeados por citações do próprio Walt Disney e histórias pessoais da criativa comunidade Disney, que oferecem estímulo para o máximo desenvolvimento do potencial criativo do leitor.

Os Segredos dos Roteiros da Disney tem 228 páginas no formato 14 x 21 cm e custa R$ 35,90.
Fonte: HQ Maniacs

O óbvio: quadrinhos não são só para crianças


PAULO RAMOS e WALDOMIRO VERGUEIROPor trás dessa questão, parece estar um olhar ainda estreito sobre as histórias em quadrinhos, herdado das décadas de 1940 e 1950
REPORTAGEM DESTA Folha publicada na última terça-feira (dia19) revelou que uma obra em quadrinhos com palavrões e conotação sexual seria distribuída pelo governo paulista a alunos do terceiro ano do ensino fundamental. Em nota, a administração estadual reconheceu a falha e mandou recolher os 1.216 exemplares adquiridos. O governador José Serra prometeu punição aos responsáveis e instaurou uma sindicância.

Em entrevista ao telejornal "SPTV - 1ª Edição", da TV Globo, classificou o livro em quadrinhos como um "horror", obra de "muito mau gosto". É preciso olhar criticamente esse noticiário, pois corre o risco de haver generalizações e reprodução de discursos antigos a respeito das histórias em quadrinhos. É o caso da associação delas somente às crianças. A obra em pauta -"Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol"- não é direcionada ao público infantil. O álbum foi pensado para o leitor adulto, como confirmam o organizador da publicação, o ilustrador Orlando Pedroso, e outros desenhistas do livro.

O governo de São Paulo acerta ao não distribuir a obra a estudantes de nove anos. Nessa idade, o aluno não está preparado para uma leitura nesses moldes. Seria um desserviço pedagógico. Mas parece estar por trás dessa questão um olhar ainda estreito sobre as histórias em quadrinhos, herdado das décadas de 1940 e 1950. Tal olhar ainda está presente também em parte da imprensa. Reportagem sobre o assunto, exibida na edição noturna do "SPTV", começava com a frase "as histórias são em quadrinhos, mas o conteúdo não tem nada de infantil". É um discurso que enxerga a linguagem como feita exclusivamente para crianças. É claro que o conteúdo não é infantil: a obra foi direcionada ao leitor adulto.

A falha, assumida pelo governo do Estado, foi direcioná-la ao ensino fundamental. Os quadrinhos, assim como a literatura, o teatro e o cinema, possuem uma diversidade de gêneros. Um deles é o infantil, do qual faz parte a Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa. Mas há muitas outras produções, direcionadas a diferentes leitores. Inclusive aos adultos, como provam muitas livrarias e as tiras publicadas neste jornal.

O mesmo discurso tende a ver os quadrinhos de forma infantilizada ou não séria. Essa generalização evidencia desconhecimento sobre as histórias em quadrinhos e sua produção e afastou das escolas, por décadas, essa forma de leitura. Os primeiros passos para a inclusão "oficial" dos quadrinhos no ensino ocorreram no fim do século passado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e, pouco depois, nos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, quando o atual secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, era ministro da Educação e do Desporto.

Os parâmetros traziam orientações para as práticas pedagógicas dos ensinos fundamental e médio. Outra medida que levou as obras em quadrinhos às escolas ocorreu na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de 2006, publicações em quadrinhos foram incluídas na lista do PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola), que distribui livros para escolas de todo o país. A prática foi repetida nos anos seguintes e também no edital deste ano. Em 2008, a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", do Instituto Pró-Livro, revelou que as histórias em quadrinhos encontram forte eco entre os brasileiros.

É o gênero mais lido entre os homens e o sétimo mais listado pelas mulheres. Especificamente entre estudantes até a quarta série, os quadrinhos são o terceiro item mais mencionado (36%). São corretas as iniciativas de levar histórias em quadrinhos à sala de aula e ao roteiro de leitura dos estudantes. No entanto, há dois cuidados que deveriam ser óbvios, mas que o noticiário recente revelou que não são. O primeiro é haver uma seleção do material, de modo a separar as obras de melhor qualidade e destiná-las a seu público ideal.

"Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol" tem qualidade. Mas não é destinada ao leitor juvenil. O segundo cuidado é o de não associar as histórias em quadrinhos somente ao público infantil. Do contrário, corre-se o risco de repetir a falha agora vista e de generalizar discursos adormecidos, que são despertados em situações-limite como essa.

PAULO RAMOS, 37, é jornalista e professor adjunto do curso de letras da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo). É autor de "A Leitura dos Quadrinhos". WALDOMIRO VERGUEIRO, 52, é professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP e coordenador do Observatório das Histórias em Quadrinhos, da mesma universidade. É organizador do livro "Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula".

Videogame é tema de série de HQs de Mauricio de Sousa


A série de histórias em quadrinhos Game na Real, de Mauricio de Sousa, acaba de ser lançada e será publicada, mensalmente na revista Turma da Mônica – Uma Aventura no Parque da Mônica.As histórias destacam temas relacionados à força dos quadrinhos, desenhos animados e games na formação das crianças e querem despertar o espírito crítico nesse público a respeito da sua relação, principalmente, com o universo dos videogames.

O argumento principal da série é “O que aconteceria se os personagens dos jogos eletrônicos se recusassem a ser manipulados e entrassem na vida real para cobrar seus direitos?” Nesta situação, a Turma da Mônica enfrenta uma “rebelião” desses personagens quando Cebolinha e Cascão jogam mais uma partida nos games. Muitos acreditam que as crianças estão abandonando o ato de leitura por gastarem suas horas com jogos eletrônicos – e em alguns casos podem estar certos.

Com a série Game na Real, Mauricio procura criar na criança um questionamento sobre os videogames, com uma linguagem que faz o leitor infantil avaliar se exagera ou não no tempo que destina aos jogos eletrônicos. As histórias “Games na Real” pretendem passar para as crianças, de forma suave, um questionamento do uso dos games e até que a compulsão pelo joguinho pode – e deve – ser controlada.

A humanização dos personagens tenta ser um movimento contrário à banalização da violência que muitos jogos promovem: mortes com muito sangue e violência.Nesse sentido, Games na Real é uma tentativa de desenvolver um sentimento crítico capaz de diferenciar o que é real do que é virtual e pretende instigar a imaginação das crianças para inovar e participar da criação de novos jogos.

Charge do Bira sobre as mancadas da secretaria de educação de São Paulo


Clique em cima para ampliar!


Fonte: http://chargesbira.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Oficina de educação

Fui na oficina que minha amiga karina, desenvolve com crianças e professores, falando sobre educação, ciência e arte e adorei. A oficina foi em Cataguases (MG), na FIC. A sala estava cheia de alunas do curso de pedagogia e foi tão bom que não vi nem o tempo passar. Ela mostra como o ensino pode ser uma coisa gostosa e alegre. Ela faz a gente descobrir a alegria de ensina e as dinâmicas que desenvolve libertam a parte teatral do professor. Muito bom mesmo. Eu conhecia a proposta do trabalho, mas ainda não tinha participado da oficina. Tenho slides que ela apresentou do 1° SIEL, aqui em Leopoldina (MG), em março, sobre o tema, que seguem, abaixo.


Associação de Cartunistas defende livro distribuído por engano a alunos da 3ª série em SP


A Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) divulgou um comunicado nesta quarta-feira (20) defendendo o livro “Dez na área, um na banheira e nenhum no gol“, da Editora Via Lettera. A obra, que contém palavrões e quadrinhos com conotação sexual, provocou polêmica ao ser indicada para alunos de nove anos da terceira série do ensino fundamental pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo.

Segundo a ACB, o livro é premiado e traz desenhistas também premiados, inclusive fora do Brasil. As informações divulgadas pela imprensa, diz a associação, “podem depor contra um trabalho sério nas escolas de utilização de publicações de quadrinhos como ferramenta de incentivo à leitura e cultura nacional“.

“Fica evidente que houve um descuido de quem escolheu esse título para distribuição para o ensino básico, mas não se pode dizer que os artistas estão deturpando algo, como fica a impressão das matérias. Uma criança de nove anos assiste ao futebol com o pai, que não deve economizar em seu linguajar diante da emoção que o esporte exerce sobre seus torcedores“, explica a ACB.

A entidade continua defendendo a obra, alegando que “as transmissões de futebol não conseguem evitar o som dos palavrões cantarolados pelas torcidas. Portanto não é criação dos desenhistas a linguagem chula, mas simplesmente estão colocando o que todos vêem num jogo de futebol pelas transmissões livres de censura. Ao mesmo tempo, a forma como são colocadas as mulheres no futebol com as ‘Maria Chuteira’ ou ‘travestis’ que se relacionam com jogadores, nas reportagens, que não são também censuradas, só podem ter um reflexo nas histórias dos autores do livro“.

O que vemos é uma crucificação de um trabalho sério de artistas e da editora, muito bem conceituados e que podem ser sim distribuídos em universidades para o estudo do mundo do futebol e sua influência na cultura popular. “Apenas houve um equívoco na escolha pela faixa etária a que se destinava os livros”, afirma a nota.

Mafalda ganhará estátua em sua homenagem


Mafalda, a politizada e contestadora personagem criada nos anos 1960 pelo cartunista argentino Quino, ganhará em breve uma estátua em sua homenagem. A escultura ficará em exposição fixa no bairro de San Telmo, em Buenos Aires, na Argentina. O local é conhecido dos fãs das tiras de Mafalda, pois foi cenário de muitas de suas aventuras. Segundo a agência de notícias AFP, a estátua terá o tamanho natural de uma criança de seis a oito anos, idade que a criação de Quino tem no universo dos quadrinhos.


Esta postagem é especial para a Karina!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

1890: Primeira revista em quadrinhos

Não existe um consenso sobre qual foi a primeira história em quadrinhos, mas muitos apontam o Yellow Kid. Independentemente deste debate, o texto é interessante e instrutivo, para quem não conhece a história das Histórias em Quadrinhos.



No dia 17 de maio de 1890, foi publicada em Londres pela primeira vez uma revista semanal com histórias desenhadas. Algumas fontes consideram o 17 de maio de 1890 como o dia de nascimento da história em quadrinhos.

Foi nessa data que Alfred Harmsworth, mais tarde Lord Northcliffe, um magnata da imprensa de então, lançou em Londres a Comic Cuts, primeira revista com histórias desenhadas. Ela continha mais textos que desenhos e seu conteúdo era satírico-humorístico. Apenas um mês mais tarde, a publicação já tinha atingido uma tiragem de 300 mil exemplares, muito maior do que a dos grandes jornais de então. Outras fontes apontam o norte-americano Richard Outcalt como o verdadeiro criador do gênero.

Ele sintetizou o que tinha sido feito até então e introduziu em suas histórias do Yellow Kid, publicadas regularmente a partir de 1897 no suplemento dominical colorido do New York Journal, um elemento novo: o balão com as falas. Há, no entanto, no Brasil um precursor que não deve ser deixado de lado numa crônica das HQ: o ítalo-brasileiro Angelo Agostini, que criou, já em 1869, para o jornal Vida Fluminense, As Aventuras de Nhô Quim.Origens se perdem no tempoNa verdade, as origens das HQ são mais remotas ainda. Já as culturas mais antigas, tais como a egípcia e a grega, narravam histórias através de seqüências de figuras desenhadas.. Na virada do século 20, os gibis viraram um fenômeno comercial e artístico nos Estados Unidos, pela sua forma fácil de comunicação.

Tanto histórias divertidas como dramas eram estampados nos quadrinhos. O interesse era tanto que não demorou para as empresas explorarem o tema através da comercialização de licenças, a venda de brinquedos com a imagem dos personagens, programas de rádio e filmes, já na primeira década de 1900. Em 1929, foi criado o marinheiro Popeye e, um ano mais tarde, o Mickey, seguindo-se o Pato Donald em 1938. A partir de 1933, começaram a ser publicadas as revistinhas de Walt Disney, exclusivamente com histórias em quadrinhos.Foi a época também do detetive Dick Tracy e do aventureiro do espaço Buck Rogers, e, depois, de Super-Homem e Batman. Durante a Segunda Guerra Mundial, foram criados vários super-heróis norte-americanos para ajudar na luta dos Estados Unidos contra a Alemanha e o Japão. Depois, a temática ampliou-se para a reprodução de clássicos, ficção científica, aventuras, romances, crimes e horror.

Devido à censura na década de 50, muitas editoras foram à falência, principalmente nos Estados Unidos. O renascimento aconteceu nos anos 60, com a criação de mais uma série de personagens conhecidos, como o Homem Aranha. Os nomes mais famosos da produção alemã são Fix e Foxi, de Rolf Kauka. Na Bélgica e na França, foram criados Tintin, Asterix, Lucky Luke, Spirou e Fantasio.


Japão lança concorrente no mercado de leitores eletrônicos

Flepia, da Fujitsu, tem tela de 8 polegadas sensível ao toque. Aparelho é alternativa ao Kindle, lançado pela Amazon nos Estados Unidos.


Funcionária da japonesa Fujitsu apresenta o Flepia, leitor eletrônico com tela de 8 polegadas sensível ao toque. O aparelho tem conectividade Bluetooth e WiFi, pesa 385 gramas e tem 1,25 centímentros de espessura. Ele permite ler livros e histórias em quadrinhos e é alternativa ao Kindle, comercializado pela Amazon nos Estados Unidos (Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP)
Fonte: Globo.com

terça-feira, 19 de maio de 2009

Inscrições abertas para as oficinas da Bienal da Floresta


A Bienal da Floresta do Livro e da Leitura, realizada pelo Governo do Estado, que acontece de 29 de maio a 7 de junho também oferece oficinas em diversos ramos culturais. As inscrições irão de 20 a 26 de maio, na Biblioteca Pública Estadual, aberta durante a semana das 8 às 21 horas, sábados das 10 às 21 horas e domingos das 16 às 21. Ao todo, estão disponíveis 40 vagas para cada oficina. Conheça as oficinas:

Criação Literária – Ministrada por Raimundo Carrero. De 29 a 31 de maio, das 9 às 11 horas e das 15 às 17h, no auditório da Prefeitura Municipal de Rio Branco.

Editoração de Livros – Ministrada por Antonio Roberto Bertelli. Nos dia 1 e 2 de junho, das 9 às 11 horas, 15 às 17 horas e 19 às 21 horas, no auditório da Prefeitura Municipal de Rio Branco.

Produção e Difusão da Cultura: a utilização de espaços tradicionais e das novas mídias – Ministrada por Nelson Patriota. Nos dias 3 e 4 de junho, das 9 às 11 horas e das 15 às 17 horas, no auditório da Prefeitura Municipal de Rio Branco.

Literatura e Cinema – Ministrada por Fernando Monteiro. De 2 a 4 de junho, das 9 às 11 horas e das 15 às 17 horas, no Theatro Hélio Melo.

Literatura Infanto/Juvenil – Ministrada por Luiz Galdino. Nos dias 4 e 5 de junho, das 9 às 11 horas e das 15 às 17 horas, no Teatro de Arena do Sesc.

Histórias em Quadrinhos – Ministrada por Cláudio Oliveira. Nos dias 5 e 6 de junho, das 9 às 11 horas e das 15 às 17 horas, no auditório da Prefeitura Municipal de Rio Branco.

Além dessas oficinas, os professores da rede municipal e estadual de ensino, e os agentes envolvidos em projetos culturais e pedagógicos, também terão oficinas voltadas para Contação de Histórias e Ateliê de Histórias.
Fonte: Agencia AC

Grupo"Ciências Sociais em Quadrinhos"abre inscrições

Alunos do curso de Ciências Sociais convidam a comunidade acadêmica para participar do novo Grupo de Estudos “Ciências Sociais em Quadrinhos”, que terá início no dia 19, terça-feira. A iniciativa é do “Coletivo Sala Livre”, grupo de estudantes interessados em desenvolver atividades culturais que sejam complementares aos estudos desenvolvidos na Faculdade.

Os quadrinhos serão analisados tendo em vista algumas disciplinas, tais como: semiótica, antropologia visual, sociologia da linguagem e outras. Inicialmente, os organizadores propõem o seguinte plano de estudo:

- Uma breve história das Histórias em Quadrinhos (HQ’s);

- HQ's europeus (bande dessinée, fumetti, tebeos etc.);

- HQ's de Humor (Quino, Henfil, Laerte, B. Watterson etc.);

- Tirinhas;- Fanzines;- Comics e Graphic Novells;

- HQ's Nacionais;- Mangas e Doujins;

- HQ's Eróticos.

Os membros do Coletivo Sala Livre ressaltam que, por se tratar de um Grupo de Estudos, qualquer contribuição ao conteúdo programático será bem-vinda. As atividades começam na terça feira, dia 19, às 15h, no Bloco A. As inscrições permanecem abertas até o fim do mês e podem ser feitas na Xerox do mesmo bloco.

Contatos: Pelo telefone 8850-4401(falar com Michel Ribeiro) ou pelos endereços eletrônicos: michel.rms88@gmail.com ou leonardovitor86@gmail.com

Fonte: http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=2937

Boom! Studios lança HQ sobre Edgar Allan Poe


editora Boom! Studios publica a partir deste mês uma HQ sobre Edgar Allan Poe, mas não baseada nos contos do autor, e sim nas aventuras detetivescas que o próprio teria vivido. Os roteiros de Poe ficarão a cargo de J. Barton Mitchell, com arte de Dean Kotz e capas variantes por Declan Shalvey e Jeffery Spokes.A série, em quatro edições, mostrará Poe em situações e em contato com personagens que podem ter influenciado a criação de suas principais obras. Na trama, o célebre escritor está no encalço de um assassino sobrenatural que assola as ruas de Baltimore.Edgar Allan Poe é considerado um dos grandes nomes da literatura de ficção científica e fantástica modernas. Algumas de suas obras, como Os Assassinatos da Rua Morgue, A Carta Roubada e O Mistério de Maria Roget, são reconhecidas como o marco inicial do gênero policial na literatura norte-americana.

ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE HQ Maniacs

Gonçalo Jr. traça a vida de Flavio Colin


A editora Marca de Fantasia acaba de lançar o livro Vida Traçada: Um Perfil de Flavio Colin, no qual o jornalista Gonçalo Jr. analisa a vida e a obra do grande mestre dos quadrinhos brasileiros.O material contido no livro resulta de textos escritos por Gonçalo para duas edições que serviram de tributo a Flavio, organizadas em parceria com o editor Franco de Rosa para a Opera Graphica. As edições foram O Filho do Urso e Outras Histórias, publicada em 2002, e Mapinguari e Outras Histórias, de 2003. Franco encarregou-se da seleção das narrativas gráficas e Gonçalo dedicou-se à parte biográfica, para a qual colheu depoimentos de artistas e textos analíticos para a abertura de cada trabalho.Além do relato da obra do artista, notável por tratar de temas e personagens brasileiros, Gonçalo vai além e investiga a infância de Colin, revelando uma vida singular, marcada por uma tragédia familiar.O livro revela um artista de histórias repletas de brasilidade, dotadas de um traço estilizado e personalíssimo, incansável na busca da excelência, tanto no tocante ao roteiro quanto ao desenho. Gonçalo o compara a outro mestre dos quadrinhos nacionais, Julio Shimamoto: “Nesse sentido, Colin combina com Shimamoto no esforço de experimentar, ousar e desafiar a própria linguagem das HQs e estabelecer novos parâmetros e possibilidades. Para as novas gerações, um mestre de verdade não poderia deixar outra lição e outro legado”.Vida Traçada: Um Perfil de Flavio Colin tem 92 páginas e custa R$ 13,00. Para adquirir, visite o site da editora em http://www.marcadefantasia.com/.

ORIGINALMENTE PUBLICADO NO SITE HQ Maniacs