segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Questão do ENEM sobre linguagem dos quadrinhos é anulada

Eis a minha dúvida: a questão foi anulada porque houve reclamação ou ela estava mal formulada? Pergunto isso porque eu sei que muitos alunos não entendem a linguagem dos quadrinhos. Meus alunos saberiam, mas eu os considero uma exceção. Poucos professores trabalham os quadrinhos como devem ser trabalhados. Segue a notícia.

Inep anula questão de prova do Enem aplicada neste domingo

O Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais), responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), realizado neste sábado (5) e domingo em todo o Brasil para os 4,1 milhões de estudantes inscritos, anulou uma questão da prova de hoje.

Veja as provas e o gabarito A questão --número 101 da prova azul, rosa e amarela e 102 da cinza-- perguntava sobre variantes linguísticas presentes em uma tira de história em quadrinhos. A informação consta no gabarito oficial divulgado na noite deste domingo pelo Inep, que ainda não se manifestou sobre a anulação.

Ontem, foram quatro horas e meia para responder a 90 questões, sendo 45 de ciências da natureza e 45 de humanas. Neste domingo, o estudante teve uma hora a mais de prova, porque, além das 45 questões de linguagens e das 45 de matemática, teve também que elaborar uma redação.

O tema da redação tratou de corrupção e ética. Com a proposta "o indivíduo frente à ética nacional", a coletânea utilizou uma charge de Millôr Fernandes e adaptações de dois textos publicados na imprensa.

Presos
O Enem também será aplicado em janeiro de 2010 nos presídios que inscreveram os detentos e que mantêm programas especiais de ensino médio, segundo portaria do Inep publicada no "Diário Oficial da União" de sexta-feira (4).

O Enem deveria ter sido aplicado nos dias 3 e 4 de outubro passado, mas foi adiado após vazamento do conteúdo. Na quinta-feira (3), o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que todos os procedimentos e as recomendações feitas pela PF (Polícia Federal) para o esquema de segurança da prova foram "atendidos sem exceção".

Após a fraude, o Ministério da Educação rompeu o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação do exame. Mas a empresa negou falhas na segurança. Cinco pessoas foram indiciadas pelo crime, entre eles estão Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena --funcionários da Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio.

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