Nessa nova safra de policiais designados a proteger os ribeirinhos e as florestas do Matogrosso e da Amazônia, encontra-se o Capitão Chico, um paraense com vinte e dois anos, competente, formado em lutas marciais, um dos melhores elementos da corporação.
Capitão Chico, numa batida para repreender e capturar alguns caçadores de jacarés que estavam agindo no pantanal vê seu melhor amigo cair sem vida à sua frente. Então ele fica furioso, e num ato impensado, dispara contra os dois bandidos. Depois o policial chamou outros companheiros e levaram os dois bandidos feridos para o hospital mais próximo, onde foram socorridos e depois encaminhados para a prisão. Enquanto seu amigo já sem vida foi encaminhado para sua terra natal, onde recebeu um sepultamento com honras militares.
Depois daquele trágico episódio, o Capitão Chico, um policial florestal muito querido pelos ribeirinhos e moradores de Kakinã vilarejo localizado na divisa com a Amazônia, começa a elaborar um plano secreto, não se esquecendo de nenhum detalhe.
Inspira-se em heróis dos gibis de sua infância e confecciona uma roupa toda verde e bem diferente, para impossibilitar o seu reconhecimento junto aos caçadores, madeireiros e garimpeiros ilegais da região.
A partir daquele instante a natureza, os animais das florestas brasileiras ganharam um importante e poderoso aliado, Papo Amarelo, que passa a defendê-los e a protegê-los.
Para enfrentar seus inimigos, nosso herói verde utiliza somente os punhos, os pés e a mente, armas essas que são mais eficazes que qualquer arma de fogo. Assim surge aquele que já é uma lenda viva entre os índios e ribeirinhos da Amazônia e do Matogrosso.
Moacir Torres
Fonte: EMT Cultura
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