A campineira Tathiana Heiderich, portadora da síndrome de Down, tornou-se personagem das histórias em quadrinhos de Maurício de Souza, o criador da Turma da Mônica. Ela foi a inspiração para a personagem Tati, que faz parte de uma revistinha especial que foi lançada neste sábado (21), durante o simpósio Síndrome de Down — Cinquentenário da Trissomia, no Memorial da América Latina, zona Oeste da capital paulista, quando é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Donw. O evento é coordenado pelo médico especialista Zan Mustacchi, diretor clínico do Cepec, e contará com 20 profissionais. Serão abordados avanços em relação ao atendimento da pessoa com Síndrome de Down.
A mãe de Tathiana, Patrícia Haiderich, que tem uma ONG que busca diminuir o preconceito com os portadores de Down, conseguiu chamar a atenção de Maurício de Souza para o tema. “As crianças não nascem com preconceito, mas vão adquirindo no decorrer da vida, então se trabalharmos na infância, teremos uma sociedade melhor”, afirma.
Quando Tathiana Piancastelli tinha 6 anos e adorava as histórias da Turma da Mônica.. O primeiro encontro com Maurício de Souza foi quando ela tinha 6 anos e ganhou, em um concurso, uma visita ao estúdio do cartunista. Na época, ele fez um desenho dela, que agora virou personagem e ganhou uma história.
“Não é uma homenagem à Tathiana, mas sim a todas as pessoas com síndrome de Down. A persongem é representante de todas as crianças com a síndrome”, enfatiza Patrícia Piancastelli, mãe de Tathiana. A primeira tiragem do gibi será de 165 mil exemplares, que serão distribuídos em consultórios pediátricos de todo o Brasil. “É uma revista com caráter pedagógico e está bem alinhada com aquilo que queremos: informar as pessoas sobre o que é a síndrome de Down. O desconhecimento gera o preconceito.”
A expectativa agora é a respeito da possibilidade de que Tati passe a fazer parte das aventuras da turma e torne-se uma nova personagem das revistas do Estúdio de Maurício de Sousa. “Ainda não tem nada certo, mas ele demonstrou que tem a intenção. Mas nós sabemos que existe um grande estudo antes de lançar um personagem”, afirma Patrícia.
Assim como Tathiana, a personagem Tati é bastante desinibida e interage com toda a turma com facilidade. Se a Mônica tem o inseparável coelhinho de pelúcia Sansão, Tati ganhou um companheiro muito parecido, o Teobaldo. “Gostei muito do coelhinho. Tanto que fiz minha mãe comprar um desses para mim”, revela Tathiana, segurando o bichinho de pelúcia.
Essa era uma ideia antiga que exigiu muita pesquisa e muito cuidado, pois há muita lenda e preconceito sobre Down. Na história, Tati entra na escola e a professora fala um pouco sobre a síndrome. É um primeiro passo para conscientizar as crianças", diz o desenhista Maurício de Sousa.
Vacinação diferenciada
A partir de segunda-feira (23), crianças e adolescentes com síndrome de Down que moram no Estado de São Paulo terão acesso a um calendário de vacinação diferenciado, com vacinas que não estão disponíveis na rede pública.
A iniciativa das secretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiência é inédita no país e tem como objetivo fortalecer a saúde dessas crianças, que têm o sistema imunológico menos resistente do que as crianças que não possuem a síndrome.
A síndrome de Down é caracterizada por uma trissomia do cromossomo 21 e está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico. Cinquenta anos após a descoberta da trissomia, estima-se que no Brasil existam 300 mil pessoas com Down -30 mil em São Paulo.
De acordo com o pediatra e geneticista Zan Mustacchi, chefe do Departamento de Genética do Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas, uma das funções do cromossomo 21 é organizar o sistema imunológico. "Com a alteração cromossômica, além de "n" comprometimentos paralelos, as pessoas com Down serão mais suscetíveis a algumas viroses e bactérias, por isso a vacinação diferenciada é muito importante."
O calendário diferenciado inclui sete vacinas especiais, entre elas a vacina contra varicela (catapora), contra o vírus influenza (gripe), a vacina pneumocócica e a meningocócica. Atualmente elas estão disponíveis no Crie (Centro Regulador de Imunizações Especiais) apenas em casos específicos, como pessoas portadoras do vírus HIV, com anemia falciforme ou outras anomalias congênitas.
"A iniciativa é inovadora como política pública, pois a vacina é o que temos de mais consagrado como medicina preventiva. Na Espanha, nos EUA e na Inglaterra já existe o calendário diferenciado e nós agora vamos seguir essa tendência", diz Linamara Rizzo Battistella, secretária estadual dos direitos das pessoas com deficiência.As vacinas serão disponibilizadas nas unidades do Crie. Cidades que não possuem o centro deverão encomendar as vacinas via postos de saúde.
Um exemplo
Tathiana, que tem 24 anos, realmente é um exemplo de como é possível aos portadores de síndrome de Down ter uma vida ativa. Ela tem dois empregos. Há quase 4 anos trabalha em um salão de beleza. Também faz de tudo em uma clínica de fisioterapia: atende o telefone, prepara os pacientes e até faz tratamentos, para isso fez curso de massagem. Ainda tem tempo para os cursos de música e teatro. “Meu sonho é fazer a faculdade de artes dramáticas. Quero ser atriz”, assegura.
A mãe comemora os avanços na luta contra o preconceito às pessoas com síndrome de Down e elogia a postura da filha diante da vida. “Acho muito bonito a perseverança que ela tem. Nós sempre a tratamos igual aos nossos outros filhos e acreditamos no potencial dela. E isso é muito importante para o desenvolvimento dela”, aponta Patrícia.
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que apoia o evento, lança o Programa Complementar de Imunizações para Pessoas com Síndrome de Down, incluindo os brasileiros com a síndrome no calendário especial de vacinação. A Associação Mais 1 também lançará o Guia do Bebê com Síndrome de Down, livro que tem a finalidade de ajudar os pais a lidar com as dúvidas, o medo e a insegurança que surgem quando descobrem que seus filhos são portadores da síndrome. O livro será distribuído gratuitamente em hospitais e maternidades. (AE).
Fonte:
http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.aspx?251297
A mãe de Tathiana, Patrícia Haiderich, que tem uma ONG que busca diminuir o preconceito com os portadores de Down, conseguiu chamar a atenção de Maurício de Souza para o tema. “As crianças não nascem com preconceito, mas vão adquirindo no decorrer da vida, então se trabalharmos na infância, teremos uma sociedade melhor”, afirma.
Quando Tathiana Piancastelli tinha 6 anos e adorava as histórias da Turma da Mônica.. O primeiro encontro com Maurício de Souza foi quando ela tinha 6 anos e ganhou, em um concurso, uma visita ao estúdio do cartunista. Na época, ele fez um desenho dela, que agora virou personagem e ganhou uma história.
“Não é uma homenagem à Tathiana, mas sim a todas as pessoas com síndrome de Down. A persongem é representante de todas as crianças com a síndrome”, enfatiza Patrícia Piancastelli, mãe de Tathiana. A primeira tiragem do gibi será de 165 mil exemplares, que serão distribuídos em consultórios pediátricos de todo o Brasil. “É uma revista com caráter pedagógico e está bem alinhada com aquilo que queremos: informar as pessoas sobre o que é a síndrome de Down. O desconhecimento gera o preconceito.”
A expectativa agora é a respeito da possibilidade de que Tati passe a fazer parte das aventuras da turma e torne-se uma nova personagem das revistas do Estúdio de Maurício de Sousa. “Ainda não tem nada certo, mas ele demonstrou que tem a intenção. Mas nós sabemos que existe um grande estudo antes de lançar um personagem”, afirma Patrícia.
Assim como Tathiana, a personagem Tati é bastante desinibida e interage com toda a turma com facilidade. Se a Mônica tem o inseparável coelhinho de pelúcia Sansão, Tati ganhou um companheiro muito parecido, o Teobaldo. “Gostei muito do coelhinho. Tanto que fiz minha mãe comprar um desses para mim”, revela Tathiana, segurando o bichinho de pelúcia.
Essa era uma ideia antiga que exigiu muita pesquisa e muito cuidado, pois há muita lenda e preconceito sobre Down. Na história, Tati entra na escola e a professora fala um pouco sobre a síndrome. É um primeiro passo para conscientizar as crianças", diz o desenhista Maurício de Sousa.
Vacinação diferenciada
A partir de segunda-feira (23), crianças e adolescentes com síndrome de Down que moram no Estado de São Paulo terão acesso a um calendário de vacinação diferenciado, com vacinas que não estão disponíveis na rede pública.
A iniciativa das secretarias de Estado da Saúde e dos Direitos das Pessoas com Deficiência é inédita no país e tem como objetivo fortalecer a saúde dessas crianças, que têm o sistema imunológico menos resistente do que as crianças que não possuem a síndrome.
A síndrome de Down é caracterizada por uma trissomia do cromossomo 21 e está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico. Cinquenta anos após a descoberta da trissomia, estima-se que no Brasil existam 300 mil pessoas com Down -30 mil em São Paulo.
De acordo com o pediatra e geneticista Zan Mustacchi, chefe do Departamento de Genética do Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas, uma das funções do cromossomo 21 é organizar o sistema imunológico. "Com a alteração cromossômica, além de "n" comprometimentos paralelos, as pessoas com Down serão mais suscetíveis a algumas viroses e bactérias, por isso a vacinação diferenciada é muito importante."
O calendário diferenciado inclui sete vacinas especiais, entre elas a vacina contra varicela (catapora), contra o vírus influenza (gripe), a vacina pneumocócica e a meningocócica. Atualmente elas estão disponíveis no Crie (Centro Regulador de Imunizações Especiais) apenas em casos específicos, como pessoas portadoras do vírus HIV, com anemia falciforme ou outras anomalias congênitas.
"A iniciativa é inovadora como política pública, pois a vacina é o que temos de mais consagrado como medicina preventiva. Na Espanha, nos EUA e na Inglaterra já existe o calendário diferenciado e nós agora vamos seguir essa tendência", diz Linamara Rizzo Battistella, secretária estadual dos direitos das pessoas com deficiência.As vacinas serão disponibilizadas nas unidades do Crie. Cidades que não possuem o centro deverão encomendar as vacinas via postos de saúde.
Um exemplo
Tathiana, que tem 24 anos, realmente é um exemplo de como é possível aos portadores de síndrome de Down ter uma vida ativa. Ela tem dois empregos. Há quase 4 anos trabalha em um salão de beleza. Também faz de tudo em uma clínica de fisioterapia: atende o telefone, prepara os pacientes e até faz tratamentos, para isso fez curso de massagem. Ainda tem tempo para os cursos de música e teatro. “Meu sonho é fazer a faculdade de artes dramáticas. Quero ser atriz”, assegura.
A mãe comemora os avanços na luta contra o preconceito às pessoas com síndrome de Down e elogia a postura da filha diante da vida. “Acho muito bonito a perseverança que ela tem. Nós sempre a tratamos igual aos nossos outros filhos e acreditamos no potencial dela. E isso é muito importante para o desenvolvimento dela”, aponta Patrícia.
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que apoia o evento, lança o Programa Complementar de Imunizações para Pessoas com Síndrome de Down, incluindo os brasileiros com a síndrome no calendário especial de vacinação. A Associação Mais 1 também lançará o Guia do Bebê com Síndrome de Down, livro que tem a finalidade de ajudar os pais a lidar com as dúvidas, o medo e a insegurança que surgem quando descobrem que seus filhos são portadores da síndrome. O livro será distribuído gratuitamente em hospitais e maternidades. (AE).
Fonte:
http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.aspx?251297
http://www.puc-campinas.edu.br/servicos/detalhe.asp?id=42257
http://agenciainclusive.wordpress.com/2009/03/21/ela-e-da-turma/
4 comentários:
Olá, Natania!
Fiquei muito contente ao saber desta notícia, desta forma a Turminha está mais completa. Pois, a personagem é da Turma. Estou louquinha para ler. Penso que desta forma a turma do Maurício irá sensibilizar muita "criança".
Veio em boa hora!
Maria do Rocio
Oi, Natania!!!
Que linda ação, que belo exemplo de Maurício de Sousa. Fiquie emocionada e muito feliz com este trabalho, em prol de todas as criaças com Down.
E vale como uma reflexão: todos nós somos capazes de ajudar, basta querermos.
Bjs,
Maria do Carmo Procaci Santiago
Oi, Natania!!!
Que linda ação do nosso grande Maurício de Sousa. Quantas crianças serão beneficiadas com este trabalho dele. Estou muito feliz com a notícia e veja como podemos ajudar outras pessoas. Vale refletirmos sobre isto...
Bjs,
Maria do Carmo Procaci Santiago
Pois é, Maurício é empresário que se compromete com causas sociais. Fico, às vezes, abestalhada quando vem alguém fazer algum tipo de crítica sobre a produção dele e do seu estúdio. A Turma da Mônica já é quase um símbolo nacional: todo mundo conhece. Esta semana uma professora da minha escola levou seus alunos de 5 anos para a gibiteca. Ela queria que eles tivessem um primeiro contato com os gibis. Mostrou o que eram, distribuiu para que os alunos pudessem olhar e contou uma histórinha. Ela disse que escolheu a Magali e que, quando perguntou quem ela era, os alunos responderam na hora. E nem sabem ler! Acho que nem preciso comentar mais nada.
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