O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que os livros didáticos que serão comprados pelo governo e distribuídos a escolas públicas que oferecem as séries iniciais do ensino fundamental passaram por uma banca de educadores "totalmente imparciais" antes de serem adquiridos. Os livros, com exceção de cartilhas para as primeiras e segundas séries, serão usados pelos estudantes entre os anos de 2010 a 2012.
"Os educadores receberam os exemplares sem capa para não saberem o autor ou a editora para evitar qualquer preferência comercial", completou. Segundo Haddad, o MEC está fazendo uma consulta pública e, com o resultado, pretende publicar um decreto condensando todos os procedimentos de escolha para os livros didáticos.
O decreto só valerá para as próximas edições do programa de seleção de livros. "Fizemos isso para nos organizarmos internamente e servirá como um guia para que os nossos parceiros comprem os livros adequadamente", ressaltou. "O processo de seleção dos livros está mais criterioso", comentou.
Para o ministro, a triagem das obras "está cada vez mais bem feita". "Somos referência internacional pela maneira como escolhemos nossos livros de forma segura. Sempre pode ocorrer algum erro, mas os livros adotados pelo ministério são, em geral, de boa qualidade", opinou. Em um debate com o secretário de Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, Haddad disse que as eleições de 2010 não vão atrapalhar o Plano Nacional de Formação de Professores.
"Os canditatos são comprometidos com o País e têm maturidade política, quem vencer irá continuar com os programas", afirmou. Para ele, o importante é que a educação não perca jovens talentosos para outras carreiras apenas por uma questão financeira. "As pessoas deixam de dar aulas por causa dos baixos salários", disse.
O ministro afirmou ainda que o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é resultado de uma política conjunta feita entre o ministério, as universidades e secretarias de Educação estaduais. "O Enem é a evolução do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e do velho Enem. É a mesma forma, com conteúdo mais abrangente."
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