O cartunista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica e presidente do Grupo Mauricio de Sousa, defendeu a existência de publicidade dirigida às crianças, mas dentro de um ambiente de "consciência do consumo". "Na hora de vender um produto, se pergunte se você daria esse produto ao seu filho", disse Sousa, durante audiência que discute a proposta de proibir a propaganda dirigida a crianças, prevista em substitutivo ao Projeto de Lei 5921/01.
Para o cartunista, a consciência sobre o que apresentar para as crianças vem crescendo, inclusive no conteúdo das histórias em quadrinhos. Ele citou algumas mudanças nas histórias da Mônica, que "não bate mais nos meninos, só ameaça". Além disso, disse que o personagem Cebolinha não aparece mais pichando muros e que os cachorros dos quadrinhos estão sempre presos nas coleiras.
Abusos na publicidade
Também na audiência, a coordenadora-geral do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, Isabella Henriques, manifestou apoio ao substitutivo que proíbe a publicidade dirigida às crianças.
Isabella Henriques lembrou que, atualmente, os abusos na publicidade são controlados de forma dispersa pelo Poder Judiciário, pelo Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, pelos Procons e pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), especialmente quando provocados. Para ela, o controle do Conar não é suficiente e, além disso, o conselho não tem poder punitivo.
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