Dia 10 de setembro começa a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

Auto-ajuda, ficção contemporânea, crítica de cinema, internet, jornalismo, quadrinhos . Ao longo de 11 dias de evento – entre 10 e 20 de setembro – a Bienal do Livro do Rio de Janeiro vai trazer 18 autores internacionais dos mais diferentes estilos para palestras, debates e sessões de autógrafos.

No ano em que a Bienal tem a literatura dos EUA como tema, os convidados americanos são maioria entre os estrangeiros, com 12 representantes. Um dos maiores destaques entre eles é Meg Cabot, autora da série “O diário da princesa”.

Com dois filmes produzidos, 14 livros publicados e 15 milhões de exemplares vendidos no mundo (incluindo 800 mil no Brasil) , a série acompanha a Princesa Amelia "Mia" Thermopolis Mignonette Grimaldi Ronaldo e sua adaptação ao mundo da realeza do país de Genovia. Cabot é autora 40 best-sellers no total, e deve lançar o mangá “Avalon High: A coroação” no Brasil. Ela se apresenta no Auditório Euclides da Cunha no dia 13.

Ainda na área de best-sellers está o casal Robert e Kim Kiyosaki. Robert é autor do livro de auto-ajuda e “educação financeira” “Pai rico, pai pobre”, que vendeu 17 milhões de cópias só no Brasil. Ele inclusive criou um programa de educação e um jogo de tabuleiro para transmitir suas teorias financeiras. Sua esposa, Kim, publicou em 2006 “Mulher rica” e trabalha nos projetos educaionais do casal ao lado do marido. Os dois estarão no Auditório Euclides da Cunha no dia 19.

Novatos

Entre os novatos está David Wroblewski, elogiado por Stephen King e que teve os direitos de seu livro de estreia “A história de Edgar Sawtelle” comprados por Oprah Winfrey, para virar uma adaptação cinematográfica. Arthur Phillips, outro norte-americano na Bienal, lançou seu primeiro romance, “Praga” em 2004, mas já é sucesso de crítica – o “New York Times” o classificou como “genial”.

Também no time dos novatos, mas na área de quadrinhos, está Dash Shaw. “Umbigo sem fundo”, seu principal álbum, foi indicado ao Harvey Awards em 2008 e escolhido como “quadrinho do ano” pela revista “New York Magazine”. O livro de mais de 700 páginas conta a história de três irmãos que enfrentam o divórcio dos pais depois de 40 anos de casamento.

O escritor Joseph O'Neill, um dos favoritos de Obama.

Além destes destaques, o bloco americano da Bienal inclui Eli Gottlieb, ex-editor da revista “Elle” e escritor de “O homem que você vai ver”; David Grann, autor de "Z, a cidade perdida", suspense que inclui canibalismo na Amazônia; Thrity Umrigar, indo-americana autora de “A distância entre nós”; o polêmico jornalista Larry Rother, de “Deu no New York Times” e o crítico de cinema e editor do livro “1001 filmes que você tem que ver antes de morrer” Steven Jay Schneider.

Obama

Fora dos EUA, a Bienal conta com escritores como Joseph O´Neill, irlandês autor de “Terras baixas” – um dos livros favoritos de Barack Obama. Em uma entrevista à BBC, o presidente dos EUA disse que o romance é “excelente”, e acabou por aumentar as vendas do escritor em 40%. Além disso, ficou entre os dez melhores livros do ano do “New York Times” e faturou prêmios como o PEN/Faulkner Award.

Um dos autores de não-ficção que mais deve chamar a atenção na Bienal é o britânico Andrew Keen, de “O culto ao amador”, em que defende que a internet é uma ameaça à cultura. Já o britânico Bernard Cornwell é especialista em romances históricos, com 4 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo – no Brasil são 19 títulos traduzidos, e 300 mil cópias vendidas.

O único estrangeiro lusófono convidado pela Bienal é o português Miguel Sousa Tavares, jornalista, comentarista e escritor, autor de “Equador”. Completando o time internacional vem o australiano Tim Winton, de “Fôlego” e o israelense David Grossman, autor de “Desvario".

Fonte: Globo.com