terça-feira, 16 de março de 2010

ÂNGELO AGOSTINI NA REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL

Seguindo a sugestão de Matheus Moura, do Blog Toka di Rato, fui à banca de jornal ontem e comprei a Revista de História nº 54, por conta de uma matéria sobre quadrinhos. Não é que achei algo ainda melhor na mesma revista? Um artiho sobre Angelo Agostini. Pois é, esta na parte "leituras". Segue um trecho, dispinível no site da Revista. Aconselho a leitura completa do texto.

Rir pra não chorar
Cem anos após a morte de Angelo Agostini, suas caricaturas no jornal ‘Don Quixote’ continuam atuais
Rogéria Moreira de Ipanema

Em tempos de dinheiro nas meias, farras com passagens aéreas, atos secretos para nomear parentes e outros escândalos, completam-se 100 anos da morte de um defensor da ética na política: um homem que não dava descanso a ninguém – fosse o imperador na época do Segundo Reinado, fossem os presidentes da República Velha. Trata-se do caricaturista ítalo-brasileiro Angelo Agostini, editor de vários periódicos ilustrados no século XIX e início do XX, entre eles Don Quixote, publicado de 1895 a 1903.

Nascido na Itália em 1843, Agostini chegou ao Brasil com sua mãe aos 16 anos. Aos 21, editou em São Paulo seu primeiro jornal ilustrado, O Diabo Coxo, aproveitando a liberdade de imprensa que existia durante o Segundo Reinado. Era o início de uma carreira de mais de 40 anos de intensa produção para a imprensa humorística ilustrada.

No Rio de Janeiro, onde já colaborava na revista Vida Fluminense desde 1869, fundou publicações marcantes, como a Revista Illustrada, criada naquele mesmo ano, e Don Quixote, 19 anos depois. Este jornal usava textos e imagens para reproduzir as notícias de um país em crise, com conflitos e revoltas de Norte a Sul, mas sem deixar de lado o humor.

A obra O engenhoso fidalgo Dom Quixote de la Mancha (1605-1615), de Miguel de Cervantes (1547-1616), e a adaptação de Agostini têm em comum a obstinação, a convicção e a consciência da importância do seu papel como agente transformador da realidade. (...)

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