domingo, 14 de março de 2010

Lazer no mundo dos quadrinhos


O fantástico mundo das histórias em quadrinhos encanta os amantes de gibis. Na prateleira, os encartes do Homem-Aranha trazem envolventes fantasias de um super-herói que detinha forças superespeciais. Para os mais românticos, a Turma da Mônica traz diversão garantida com as provocações entre a dona da rua e Cebolinha, Cascão e Magali. Ao lado, Hulk(1) — o cientista Robert Bruce Banner, que se envolveu em uma experiência genética e teve a cor da pele modificada — mostra nas revistas que está longe de ser uma ameaça ao planeta. Em emocionantes ações descritas e ilustradas nos quadrinhos, ele usa sua força para destruir povos maus. São milhares de revistas espalhadas em diversas gibitecas de acesso gratuito do Distrito Federal. Todas à espera de quem está de férias, não vai sair da cidade e tem tempo de sobra para se deliciar com a leitura.

No DF, os espaços voltados a livros deixaram de ser apenas despensas de acervos literários ou didáticos. Muitas bibliotecas destinam um local especial aos gibis, que atraem não só crianças, mas adultos e colecionadores. “Não existe um perfil de leitores que frequentam a gibiteca. Vejo pessoas de 80 a 5 anos por aqui”, explica a funcionária pública responsável pela gibiteca do Espaço Cultural da 508 Sul, Zenaide Lustosa Elvas Nogueira. Neste período de férias escolares, a biblioteca de quadrinhos está mais reservada, com menor fluxo de leitores. E tamanha tranquilidade serve de atrativo para aqueles que preferem um ambiente reservado, tranquilo, sem barulho ou inquietação.

Em poucos minutos, diante do livro da Turma da Mônica, Luana Caeiro Fujishima, 7 anos, devora as histórias. Após ler uma a uma e dar a entender que a entrevista atrapalhava a concentrada leitura, ela abandona a já lida revista e troca de exemplar. A agilidade da menina no trato com as letras impressiona. “Ela já ganhou prêmio na escola de aluna que mais leu durante o ano”, conta o irmão de 16 anos, Michael Caeiro Fujishima, que, entusiasmado, acompanhava a irmã na visita à gibiteca da 508 Sul. “Ganhei uma caixa de livros em formato de cachorro”, descreve a inteligente menina. “Nesta época, eu pegava dois livros a cada vez que visitava a biblioteca da escola”, conta. Perguntada sobre a frequência dessa visita, a menina s urpreende: “Eu ia à biblioteca toda semana”.

A leitura preferida da moradora do Guará é Turma da Mônica. O irmão dela prefere os heróis, como o Demolidor, que, destemido e ousado, se tornou amigo do Homem-Aranha e foi um dos poucos a conhecer a sua real identidade de Petter Parker. “Minha mãe, Judite, sempre nos incentivou a ler”, conta o jovem, que cursa o 2º ano do ensino médio e também adora assistir a filmes de super-heróis.

Acervo

Formadas por doações e compras, as bibliotecas de quadrinhos colecionam e conservam edições, das mais antigas as mais novas. “Recebemos, limpamos, colamos e catalogamos as edições”, explica Zenaide Lustosa. Visivelmente atrativos, com poltronas confortáveis, esses espaços — voltados ao lazer e ao aprendizado — somam exemplares de estilos variados, do infantil ao erótico, e em diversos idiomas. Alguns colecionadores às vezes vão atrás de edições raras. No acervo, as revistas mais procuradas são aquelas sobre heróis e os mangás (gibis japoneses). “Os mangás precisam de muito cuidado no manuseio, por serem prensados com colas nas laterais. Os adolescentes querem fazer cópia e abri-los e temos que orientá-los de que isso estraga o livro”, explica.

Na Biblioteca Demonstrativa de Brasília, o pontapé inicial para a coleção de gibis foi quando um leitor resolveu doar 4 mil exemplares à Gibiteca Jô Oliveira — nome do jornalista, escritor e ilustrador pernambucano de Itamaracá premiado no mundo inteiro. Perto dali, na gibiteca da 508 Sul, há ainda um acervo não estimado de exemplares encaixotados. “São doações que recebemos e não temos como catalogar. Precisamos de uns seis bibliotecários para conseguir, em uma semana, colocar em dia todo o trabalho atrasado”, conta.

Do cinza ao verde
Originalmente, a cor do personagem era cinza, mas, por problemas na hora da impressão dos quadrinhos (a gráfica não conseguia acertar a tonalidade), ele apareceu num tom esverdeado, fazendo com que o Hulk passasse a ser o “Gigante Esmeralda”.

FONTE: CORREIO BRASILIENSE

2 comentários:

Thaiza Montine Gomes dos Santos Cruz disse...

Bom dia Natty!!!
Deixa te perguntar: o gibi e o livro não chegaram pra vcs aí, ainda não?!
Tem uma semana que enviei já!
Me avise caso não cheguem para que eu possa verificar junto ao correio, ok?!
[]'s, amiga!!
Bom início de semana!!
=]

Natania A S Nogueira disse...

Ops!
Respondi por e-mail, mas quero registrar aqui que chegaram sim, valeu!
:-)