Em entrevista à Folha, artista fala da pausa criativa e lança olhar melancó lico sobre o mundo
TARSO ARAUJO
DE SÃO PAULO
"Não gosto de matérias jornalísticas. E me sinto um idiota posando para fotos. Mas como estão saindo esses livros aí, achei que deveria fazer", diz o cartunista argentino Quino à Folha, por telefone, de Buenos Aires.
Os livros que fizeram Joaquín Salvador Lavado -o nome que consta no RG de Quino- deixar de lado sua reticência a entrevistas são coletâneas de cartuns publicados após 1973, ano da "morte" da Mafalda, sua mais célebre personagem.
Os volumes são "Humanos Nascemos" (1991) e "Que Presente Inapresentável" (2004). Nesta semana, chega às livrarias do país "10 Anos com Mafalda" (Martins Fontes, R$ 45, 190 págs.)
A tradução em português desta coletânea de tiras está separada por assunto e tem textos inéditos de Quino, introdutórios a cada bloco.
Embora tenha projetado Quino internacionalmente, Mafalda é "apenas uma mínima parte" de sua carreira, como ele diz. Foram 55 anos de uma intensa produção, que ele decidiu suspender em abril do ano passado.
Aos 77, ele diz que cogita voltar a criar, mas não estabelece prazo para enfrentar de novo a angústia de preencher o papel branco. Quino é avesso ao computador, que afirma não usar.
As coletâneas agora lançadas deixam claro que, se na Mafalda Quino tinha a figura infantil para amenizar a seriedade dos temas -corrupção, opressão etc.-, nas obras posteriores seu humor ganha um ar tão grave que quase perde a graça.
Há um tom de desilusão sob o olhar de quem passou mais de cinco décadas apontando os problemas do mundo e só os viu crescer.
Mundo vai mal e humoristas são "raça em extinção", afirma Quino
TARSO ARAUJO
DE SÃO PAULO
"Não gosto de matérias jornalísticas. E me sinto um idiota posando para fotos. Mas como estão saindo esses livros aí, achei que deveria fazer", diz o cartunista argentino Quino à Folha, por telefone, de Buenos Aires.
Os livros que fizeram Joaquín Salvador Lavado -o nome que consta no RG de Quino- deixar de lado sua reticência a entrevistas são coletâneas de cartuns publicados após 1973, ano da "morte" da Mafalda, sua mais célebre personagem.
Os volumes são "Humanos Nascemos" (1991) e "Que Presente Inapresentável" (2004). Nesta semana, chega às livrarias do país "10 Anos com Mafalda" (Martins Fontes, R$ 45, 190 págs.)
A tradução em português desta coletânea de tiras está separada por assunto e tem textos inéditos de Quino, introdutórios a cada bloco.
Embora tenha projetado Quino internacionalmente, Mafalda é "apenas uma mínima parte" de sua carreira, como ele diz. Foram 55 anos de uma intensa produção, que ele decidiu suspender em abril do ano passado.
Aos 77, ele diz que cogita voltar a criar, mas não estabelece prazo para enfrentar de novo a angústia de preencher o papel branco. Quino é avesso ao computador, que afirma não usar.
As coletâneas agora lançadas deixam claro que, se na Mafalda Quino tinha a figura infantil para amenizar a seriedade dos temas -corrupção, opressão etc.-, nas obras posteriores seu humor ganha um ar tão grave que quase perde a graça.
Há um tom de desilusão sob o olhar de quem passou mais de cinco décadas apontando os problemas do mundo e só os viu crescer.
Mundo vai mal e humoristas são "raça em extinção", afirma Quino
Em tom desiludido, criador de Mafalda diz que quer voltar a desenhar, mas não sabe quando
Para autor, humoristas tendem a se repetir enquanto tratarem da sociedade, que pouco mudou com o tempo
Folha.com
Leia a íntegra da entrevista com Quino
folha.com.br/il741360
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3005201008.htm
folha.com.br/il741360
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3005201008.htm
2 comentários:
Natania, sou aluna de Pedagogia da FIC - Cataguases.Estamos seguindo seu blog e divulgamos seu blog no nosso. Grande abraço.
Acesse e nos siga também.
http://pedagogiaficcat.blogspot.com
Nossa! Obrigada! Vou fazer uma visita agora. Abraços para todos!
:-)
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