domingo, 24 de janeiro de 2010

Há 100 anos, morria o ilustrador Ângelo Agostini, veja trecho


Em 23 de janeiro de 1910 morria um dos maiores caricaturistas que o Brasil já conhecera, o italiano Ângelo Agostini, que causou grande impacto no país com suas belas ilustrações críticas sobre política e sociedade, em um país que ainda lutava contra o analfabetismo.

Um dos mais importantes artistas gráficos do Segundo Reinado, iniciou sua carreira com sátiras da Guerra do Paraguay e seguiu a história do país até o início da República.

Devido às suas críticas ácidas, sempre teve inimigos poderosos. Em 1864 fundou o "Diabo Coxo", o primeiro jornal ilustrado de São Paulo. Após o fim desse periódico, lançou o "Cabrião" cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de ao clero e às elites escravocratas paulistas.

Essa última fase do artista em São Paulo, antes de ser forçado a seguir carreira no Rio de Janeiro dado a intensidade da controvérsia que criou com uma charge que representava a elite paulistana se divertindo em uma festa em um cemitério, é capturada no livro "Cabrião".

Surgido em 30 de setembro de 1866, circulou ininterruptamente até 29 de setembro de 1867, num total de 51 números, tendo sido incontestavelmente o mais conhecido periódico humorístico e de caricaturas editado em São Paulo durante o Império. Esta segunda edição fac-similar, revista e ampliada, do irreverente semanário (que também contou com a colaboração de Luís Gama), traz uma introdução do pesquisador Délio Freire dos Santos, situando o "Cabrião" no contexto do jornalismo humorístico brasileiro do Império e analisando o seu conteúdo.

Fonte: Bol Notícias

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